quinta-feira, 29 de junho de 2017

CADUCIFOLIA

Na botânicacaducifóliacaduca ou decídua é o nome dado às plantas que, numa certa estação do ano, perdem suas folhas, geralmente nos meses mais frios e sem chuva (outono e inverno), ou em que a água se encontra congelada ou de difícil acesso no solo.
É a forma que as plantas encontram para não perder água pelo processo de evaporação, pelas folhas. Às vezes ficam só os galhos e o caule. Desta forma elas armazenam a água sem perder praticamente nada pela evaporação.
Algumas plantas de pequeno porte, ficam com suas folhas aparentemente murchas quando os raios solares incidem sobre elas. É uma forma de não perder a umidade, também, pois assim elas fecham os estômatos - os "poros" das folhas. Plantas que apresentam o atributo contrário têm folhas persistentes (espécie perenefólia).

Referências[editar | editar código-fonte]

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FENOLOGIA

Fenologia forma contraída de “Fenomenologia”,é o ramo da Ecologia que estuda os fenômenos periódicos dos seres vivos e suas relações com as condições do ambiente, tais como temperaturaluz e umidade. A migração das aves e a floração e frutificação de plantas são exemplos de fenômenos cíclicos estudados pela fenologia.
Ela estuda as mudanças exteriores (morfologia) e as transformações que estão relacionadas ao ciclo da cultura. Representa, portanto, o estudo de como a planta se desenvolve ao longo de suas diferentes fases: germinação, emergência, crescimento e desenvolvimento vegetativo, florescimento, frutificação, formação das sementes e maturação.
Muitos processos fenológicos, como a queda de folhas e a floração, estão claramente relacionados ao clima.

Importância[editar | editar código-fonte]


Evolução fenológico de floração de oliva. BBCH: a-50, B-51, C-54, d-57; f-65; g-67; h-68 (J. Oteros)[1] [2]
Estudos fenológicos têm ganho especial importância na última década devido ao seu papel relevante no manejo e conservação de vegetações nativas.
A fenologia contribui para o entendimento da regeneração e reprodução das plantas, da organização temporal e dos recursos dentro das comunidades, das interações planta-animal e da relação da historia de vida dos animais que dependem das plantas para alimentação.
O estudo destes fenômenos fenológicos também é importante para a compreensão da estrutura dos ecossistemas florestais.
Tais informações permitem identificar respostas das plantas aos fatores abióticos e edáficos. Além disso, estas observações são de grande valia para o desenvolvimento de um plano adequado de ordenamento da floresta, sob um enfoque silvicultural, e para preservação da vida dentro dos recursos florestais.

Fenologia da Cana-de-açúcar[editar | editar código-fonte]

Os estágios fenológicos da cana-de-açúcar são os seguintes:
  • Brotação e emergência;
  • Perfilhamento;
  • Crescimento dos colmos;
  • Maturação dos colmos.

Brotação e emergência[editar | editar código-fonte]

  • O broto rompe as folhas da gema e se desenvolve em direção à superfície do solo. Ao mesmo tempo surgem as raízes do tolete. A emergência do broto ocorre de 20 a 30 dias após o plantio. O broto é um caule em miniatura que surge acima da superfície do solo (chamado de colmo primário). Esta fase depende da qualidade da muda, ambiente, época e manejo do plantio. Neste estágio ocorre, ainda, o enraizamento inicial (duas a três semanas após a emergência) e o aparecimento das primeiras folhas.

Perfilhamento[editar | editar código-fonte]

  • Perfilhamento é o processo de emissão de colmos por uma mesma planta, os quais recebem a denominação de perfilhos. O processo de perfilhamento é regulado por hormônios e resulta no crescimento de brotos que vão em direção à superfície do solo. Esses brotos aparecem de 20 a 30 dias após a emergência do colmo primário. Por meio desse processo, ocorre a formação da touceira da cana-de-açúcar e a população de colmos que será colhida. É importante destacar que a formação do sistema radicular da touceira é resultado do desenvolvimento das raízes de cada perfilho.
Auge do perfilhamento: É quando ocorre a total cobertura do solo pela folhagem das plantas. Cada touceira possui o máximo de perfilhos.

Crescimento dos colmos   [editar | editar código-fonte]

  • A partir do auge do perfilhamento, os colmos sobreviventes continuam o crescimento e desenvolvimento, ganhando altura e iniciando o acúmulo de açúcar na base. O crescimento é estimulado por luz, umidade e calor. Durante essa fase, as folhas mais velhas começam a ficar amareladas e secam.
Crescimento radicular vigoroso: O crescimento do sistema radicular torna-se mais intenso, tanto nas laterais quanto em profundidade. A maior parte das raízes estão nos primeiros 40 centímetros de profundidade, sendo esta a zona principal no que concerne a absorção de água e nutrientes por parte da cultura.
Definição da população final de colmos: O canavial pode atingir altura acima de três metros, com a população final de colmos, variando em função das condições de clima e solo.

Maturação dos colmos[editar | editar código-fonte]

  • Maturação inicial: A maturação inicia-se junto com o crescimento intenso dos colmos sobreviventes do perfilhamento das touceiras. É válido mencionar, novamente, que o excesso de açúcar permanece armazenado na base de cada colmo.
Maturação do terço médio: Quando as touceiras atingem altura igual ou superior a dois metros, nota-se o amarelecimento e a conseqüente seca das folhas que se encontram na altura mediana da planta, indicando que já está sendo depositado açúcar nessa região.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  • Ir para cima Oteros, J., García-Mozo, H., Vázquez, L., Mestre, A., Domínguez-Vilches, E., Galán, C. (2013). Modelling olive phenological response to weather and topography. Agriculture Ecosystems & Environment, 179: 62-68. Link
  • Ir para cima Oteros Jose (2014) Modelización del ciclo fenológico reproductor del olivo (Tesis Doctoral). Universidad de Córdoba, Córdoba, España Link

SAPAL

Sapal é a designação dada às formações aluvionares periodicamente alagadas pela água salgada e ocupadas por vegetação halofítica ou, em alguns casos, por mantos de sal.[1]
O sapal é um ecossistema de grande importância ecológica, que possui um papel preponderante no equilíbrio do ciclo de matéria orgânica numa perspectiva de produtores primários.
Contém uma enorme diversidade faunística e florística de relevo nacional e internacional, principalmente como habitat de aves aquáticas migratórias ou não (ver Convenção de Ramsar).
Existem dois tipos de sapal, um fluvial e outro marinho, formado por uma diversidade de canais anastomosados, de grande hidrodinamismo de marés, que alternam com pequenas elevações de substrato. Este biótopo encontra-se sobre a acção de diversos factores ambientais naturais, como os rápidos fluxos tidais, a constante erosão do substrato lodoso, com pequena granulometria, que fazem deste um habitat singular e selectivo. Por outro lado existem factores relacionados com a acção humana, tais como a poluição, o pisoteio, presença de infraestruturas (estradas, habitações, complexos turísticos e outros), que afectam o ecossistema a um nível superior.
Um tipo de sapal marinho das regiões tropicais é o mangal ou manguezal.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

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MARISMA

Marisma ou pântano salgado[1] em ecologia é um pântano formado pela água do mar, [2] um ecossistema úmido com plantas herbáceas que crescem na água.[3]
Os marismas estão sujeitos aos mesmos extremos de salinidade, temperatura e marés que afetam as planícies de maré. Têm fundo lamacento, mas a lama fica afixada pelas raízes de plantas, por isso são relativamente estáveis. A vegetação dos marismas compreende poucas gramíneas e plantas terrestres tolerantes ao sal, como a Spartina alterniflora na costa do oceano Atlântico e a S. foliosa na costa do oceano Pacífico[1] A distribuição das plantas no marisma somente pode ser compreendida como resultando da interação entre competição e parasitismo.[4]

Conservação[editar | editar código-fonte]

Os marismas dos deltas estão entre os mais extensos e biologicamente importantes habitats de zonas úmidas. Muitos desses habitats têm sido restaurados e preservados, mas as civilizações antigas e mesmo as modernas desenvolvem neles áreas agrícolas. Por exemplo, citamos áreas para plantio do arroz, criando drenos para o controle de enchentes, como nos deltas do rio Tigre, do rio Eufrates, do rio Ganges, do rio Amarelo, do rio Mississipi e do rio Nilo.[5]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b Peter Castro; Michael E. Huber. Biologia Marinha. 8 ed. McGraw Hill Brasil; 2012. ISBN 978-85-8055-103-7. p. 278.
  2. Ir para cima Ernani Fornari Neto; Wanderbilt Duarte de Barros; Joaquim Campelo Marques. Dicionário prático de ecologia. Editora Aquariana; 2001. ISBN 978-85-7217-068-0. p. 156.
  3. Ir para cima U.S. Environmental Protection Agency: Characterization of marshes (em inglês)
  4. Ir para cima Colin R. Townsend. Fundamentos em Ecologia. Artmed; ISBN 978-85-363-2168-4. p. 253.
  5. Ir para cima Nyle C. Brady; Ray R. Weil. Elementos da Natureza e Propriedades dos Solos. Bookman; ISBN 978-85-65837-79-8. p. 40.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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