sábado, 30 de setembro de 2017

GEOGRAFIA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Com 98.311 km², Pernambuco é um dos 27 estados brasileiros. Localizado no centro leste da Região Nordeste, tem sua costa banhada pelo Oceano Atlântico. O estado faz limite com a Paraíba, Ceará, Alagoas, Bahia e Piauí. Também faz parte do território pernambucano, o arquipélago de Fernando de Noronha, a 545 km da costa. São 185 municípios - com um total de 8.796.032 habitantes - e tem a cidade do Recife como sua capital.
Morro do Pico - Fernando de Noronha

Apesar de ser um dos menores estados da Federação em extensão territorial, o estado possui paisagens variadas: serras, planaltos, brejos, semi-aridez no interior, e belíssimas praias. O relevo é linear em sua maioria, sendo de planície litorânea - com alguns pontos, sobretudo no Recife, no nível do mar - e, à medida que vai se entrando para o interior, tem picos de montanhas que ultrapassam os 1000 metros de altitude.
Vista do Alto da Sé - Olinda

A Zona da Mata é marcada por formações onduladas, caracterizadas como “domínio dos mares-de-morro”. É lá, inclusive, que na transição com o Agreste é localizada a Serra das Russas que, na verdade, é a borda ocidental do Planalto da Borborema, que corta alguns estados da Região Nordeste. O Agreste localiza-se sobre este planalto, sua altitude média é de 400m, podendo passar dos 1000m nos pontos mais elevados. A estrutura geológica predominante é a cristalina, sendo responsável, junto com o clima semi-árido, por formações abruptas (pedimentos e pediplanos).

No Sertão as cotas altimétricas decrescem em direção ao Rio São Francisco formando, em relação ao Planalto da Borborema, uma área de depressão relativa. As formações geomorfológicas predominantes são os inselbergues, serras e chapadas, estas últimas aparecendo em áreas sedimentares. Na Microrregião do Pajeú, próximo ao Município de Triunfo, localiza-se o Pico do Papagaio com 1.260 metros, no limite com o sudoeste da Paraíba.

No clima, Pernambuco está inserido na Zona Intertropical apresentando predominantemente temperaturas altas, podendo variar no quadro climático devido à interferência do relevo e das massas de ar. No Recife, por exemplo, a temperatura média é de 25ºc, com máximas de 32º. Já em cidades do interior, nos meses de inverno – entre maio e julho – as temperaturas podem baixar consideravelmente, podendo chegar, em alguns locais, até a 8ºc, a exemplo de Triunfo e Garanhuns, Sertão e Agreste respectivamente.

O Estado também é dotado de uma vegetação muito diversificada, com matas, manguezais e cerrados, além da grande presença da caatinga. Na hidrografia, existe a forte presença de rios – sobretudo na Região Metropolitana do Recife (RMR) que conta com 14 municípios. Há, também, muitas barragens de contenção de enchentes e abastecimento populacional como Tapacurá, Carpina, Jucazinho, entre outras. Os principais rios do estado são o Capibaribe e Beberibe, Ipojuca, Uma, Pajeú, Jaboatão e São Francisco, este último extremamente importante do desenvolvimento do Sertão, uma vez que possibilita a distribuição de águas nas regiões secas.

POVO DE PERNAMBUCO

Pernambuco é o sétimo estado mais populoso do Brasil, com 8.796.032 habitantes, o que corresponde a aproximadamente 4,6% da população brasileira, distribuídos em 185 municípios. Cerca de 80,2% dos habitantes do estado moram em zonas urbanas. A densidade demográfica estadual é de 89,5 hab./km². Conforme dados do IBGE, a composição étnica da população pernambucana é constituída por pardos (53,3%), brancos (40,4%), negros (4,9%) e índios (0,5%), de acordo com o Censo 2010 do IBGE.

Os povos e a diversidade caminham de mãos dadas desde o início da formação do Estado de Pernambuco. Heterogeneidade é a palavra que descreve o povo pernambucano. Na sua formação, o Estado teve um elevado número de imigrantes. São portugueses, italianos, espanhóis, árabes, judeus, japoneses, alemães, holandeses e ingleses. Além das fortes influências africana e, claro, indígenas.

Trata-se de um caldeirão cultural de riqueza ímpar, traduzida no jeito de ser de uma gente que aprendeu, desde sempre, a lutar por liberdade. O espírito guerreiro e o amor pela terra vêm desde os primórdios. Foi esta garra que fez com que os pernambucanos se unissem para derrubar o domínio holandês no estado em 1645, quando teve início a Insurreição Pernambucana. O movimento foi o responsável pelo começo de um sentimento conhecido como pernambucanidade.

Povo festeiro, acolhedor e trabalhador, dedicado à arte de receber bem e de cultivar as tradições. Este é o pernambucano. Que tem orgulho de carregar a bandeira do Estado no peito, símbolo maior dessa cultura. Mas esse estado não é apenas a tradição: é também o espaço da modernidade e das expressões contemporâneas no campo das artes, da tecnologia, da arquitetura, da música, da dança, do teatro, da culinária.

TURISMO DE PERNAMBUCO

Do Litoral ao Sertão, Pernambuco é só beleza. É o destino certo para quem procura o melhor das riquezas naturais do Nordeste, com um extenso e apreciado litoral de águas mornas e cristalinas. Os cenários convidativos de praias paradisíacas como Tamandaré e Porto de Galinhas são apenas alguns dos inúmeros atrativos se sobressai, ainda, na magnitude e importância histórica de suas tradições culturais, como os festejos carnavalescos e juninos.
Fernando de Noronha

O litoral com cerca de 187 km de extensão, entre praias e falésias, zonas urbanas e locais praticamente intocados, representa o principal atrativo turístico do Estado. Sem falar no belíssimo arquipélago de Fernando de Noronha, frequentado por brasileiros e estrangeiros durante todas as épocas do ano.
Instituto Ricardo Brennand

Pernambuco tem umas das igrejas mais antigas do Brasil, localizada no município de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife. A igreja dedicada a São Cosme e Damião, que data de 1535, faz parte de um Centro Histórico com 396 m² tombados pelo IPHAN. Um dos mais antigos e bem conservados conjuntos arquitetônicos, civil e religioso do Estado.

Ainda na Região Metropolitana do Recife as atrações são inúmeras. O Recife Antigo, bairro mais tradicional da capital pernambucana, polo cultural e de animação, é ponto de visitação imperdível para o turista. São bares, restaurantes, boates, feirinha de artesanato, além do marco zero da cidade e da primeira sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, construída em 1637 por judeus que vieram de Amsterdã para viver no Recife. A capital do Estado também se destaca pelo pioneirismo na cinematografia e por ser berço de talentos criativos e empreendedores e todos os anos a cidade do Recife se transforma no palco do cinema nacional. No CINE PE são exibidos os melhores filmes brasileiros da temporada e estão presentes cineastas que fizeram nome no cinema nacional, assim como jovens realizadores, produtores, atores e atrizes, uma vitrine da sétima arte que já entrou no calendário nacional.
Oficina de Francisco Brennand

O Sítio Histórico de Olinda é uma atração à parte para os sedentos de cultura. Um dos mais importantes conjuntos arquitetônicos do país, Olinda recebeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Unesco, e de primeira capital brasileira da cultura. Os antigos casarios e as charmosas ladeiras contribuem para o charme da cidade, que também é palco de uma das festas mais populares do Brasil: o Carnaval.

No Agreste pernambucano está o paraíso dos esportes radicais. Bonito, com oito quedas d’água que variam de 2 a 30 metros de altura, proporciona aos aventureiros, trilhas, arvorismos, trekkings e rapéis de tirar o fôlego. Formadas pelas águas do Rio Verdinho e riacho Águas Vermelhas, as cachoeiras de Bonito compõem uma das mais belas paisagens do Estado.

Também no agreste pernambucano um dos atrativos é o clima. A cidade de Gravatá, a 80 km do Recife, está a uma altitude de 447 metros. Nos meses de junho e julho, as baixas temperaturas, as atividades que caracterizam a vida no campo e a gastronomia local atraem milhares de visitantes. Nas cidades de maior altitude, no chamado Planalto da Borborema, o frio inspirou eventos culturais como o Festival de Inverno de Garanhuns. O município, a 230 km do Recife, sedia há mais de vinte anos um dos maiores festivais de música do estado.
Gastronomia pernambucana

O sertão do estado também tem um sítio de clima diferenciado. A 1.004 metros de altitude fica a cidade de Triunfo, a mais alta do território pernambucano, onde todos os anos acontece a Festa do Estudante, com grupos de teatro de dança, e o Festival de Cinema, no Cine Teatro Guarany, um prédio tombado pelo patrimônio histórico.

Pernambuco tem ainda a Feira de Caruaru, a maior feira livre do mundo, considerada patrimônio imaterial do Brasil pelo IPHAN; o Teatro de Nova Jerusalém, o maior teatro ao ar livre do mundo onde, todos os anos, é encenado o espetáculo da Paixão de Cristo; o Parque Nacional da Serra do Catimbau, entre o Agreste e o Sertão pernambucano, formado por um complexo de serras, vales e rochas sedimentares, distribuídos em 90 mil hectares, que impressiona pela grandiosidade e primitivismo; a Serra Negra, em Bezerros, situada em uma altitude de 960 metros com temperatura de até 9º C, cercada por uma reserva ecológica, que faz da sua beleza um cenário para cartão postal; o Vale do São Francisco, com suas dezenas de vinícolas, local ideal para os amantes de um bom vinho.

Pernambuco está sempre de braços abertos para receber os turistas. Além da riqueza natural, dispõe de moderna e capacitada rede hoteleira. Sem falar na hospitalidade sem igual do povo pernambucano.

SIMBOLOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

A Bandeira de Pernambuco foi idealizada pelos revolucionários de 1817 e oficializada, anos depois, pelo governador Manuel Antônio Pereira Borba (1915-1919).

A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris em três cores (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o estado no conjunto da Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.

Brasão

Brasão de PernambucoO brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre José Barbosa Lima (1892-1896), em 1895.

O leão representa a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar simbolizam riquezas do estado; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas são os municípios. Ainda estão no brasão o mar de Recife e o farol do Forte da Barra, de onde se vê a cidade de Olinda. Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889.

Hino

O hino pernambucano é uma poesia acompanhada de música em honra aos bravos guerreiros do estado. Foi composto no ano de 1908. A letra foi escrita por Oscar Brandão e a música é de autoria de Nicolino Milano.

Ouça AQUI

Letra do Hino

"Coração do Brasil! em teu seio
Corre o sangue de heróis - rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, no porvir.

Estribilho
Salve! Oh terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!


Esses montes e vales e rios,
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis.

Estribilho

Do futuro és a crença, a esperança,
Desse povo que altivo descansa
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito,
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!

Estribilho

A República é filha de Olinda,
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
Liberdade! Um teu filho proclama!
Dos escravos o peito se inflama
Ante o Sol dessa terra da Cruz!"

Estribilho

SIMBOLOS DO ESTADO DE PERNAMBUCO

A Bandeira de Pernambuco foi idealizada pelos revolucionários de 1817 e oficializada, anos depois, pelo governador Manuel Antônio Pereira Borba (1915-1919).

A cor azul do retângulo superior simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris em três cores (verde, amarelo, vermelho) representa a união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o estado no conjunto da Federação; o sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz representa a fé na justiça e no entendimento.

Brasão

Brasão de PernambucoO brasão de Pernambuco foi oficializado pelo governador Alexandre José Barbosa Lima (1892-1896), em 1895.

O leão representa a bravura do povo pernambucano; os ramos de algodão e de cana-de-açúcar simbolizam riquezas do estado; o sol é a luz cintilante do equador; as estrelas são os municípios. Ainda estão no brasão o mar de Recife e o farol do Forte da Barra, de onde se vê a cidade de Olinda. Na faixa, aparecem as datas históricas mais importantes do estado: 1710 (guerra dos Mascates), 1817 (Revolução Pernambucana), 1824 (Confederação do Equador) e 1889.

Hino

O hino pernambucano é uma poesia acompanhada de música em honra aos bravos guerreiros do estado. Foi composto no ano de 1908. A letra foi escrita por Oscar Brandão e a música é de autoria de Nicolino Milano.

Ouça AQUI

Letra do Hino

"Coração do Brasil! em teu seio
Corre o sangue de heróis - rubro veio
Que há de sempre o valor traduzir
És a fonte da vida e da história
Desse povo coberto de glória,
O primeiro, talvez, no porvir.

Estribilho
Salve! Oh terra dos altos coqueiros!
De belezas soberbo estendal!
Nova Roma de bravos guerreiros
Pernambuco, imortal! Imortal!


Esses montes e vales e rios,
Proclamando o valor de teus brios,
Reproduzem batalhas cruéis.
No presente és a guarda avançada,
Sentinela indormida e sagrada
Que defende da Pátria os lauréis.

Estribilho

Do futuro és a crença, a esperança,
Desse povo que altivo descansa
Como o atleta depois de lutar...
No passado o teu nome era um mito,
Era o sol a brilhar no infinito
Era a glória na terra a brilhar!

Estribilho

A República é filha de Olinda,
Alva estrela que fulge e não finda
De esplender com seus raios de luz.
Liberdade! Um teu filho proclama!
Dos escravos o peito se inflama
Ante o Sol dessa terra da Cruz!"

Estribilho

CULTURA DE PERNAMBUCO

Pernambuco é, antes de tudo, um estado marcado pela diversidade cultural. E tem uma população que respira e valoriza a sua cultura, passando de geração em geração. Não por acaso, o estado é conhecido no país como um dos que têm a cena cultural mais viva, construída a partir da contribuição de índios, portugueses, holandeses, judeus, africanos, entre outros. É celeiro de poetas, artistas plásticos e músicos reconhecidos em todo mundo, sem falar nos seus movimentos, no carnaval, no São João, em nossa cultura. Isso é Pernambuco.
Lampião e Maria Bonita | Museu do Forró - Caruaru

O carnaval, por exemplo, é a maior festa. Não só dos pernambucanos, mas de todos que visitam o estado na época dessa democrática festa – seja na capital, nas praias, no interior. Tem o maracatu, o caboclinho, o coco de roda, a ciranda e o maior de todos os representantes - o frevo! O ritmo, aliás, é único e teve origem no próprio estado. Na festa, além das ladeiras de Olinda, do fervor do Recife Antigo, tem também o Galo da Madrugada, o maior bloco de rua do mundo (segundo o Guinness Book).

No interior, seja no Sertão ou no Agreste, há outros movimentos culturais. Os caretas de Triunfo (cidade sertaneja a 600km do Recife); os Papangus de Bezerros (agreste, 90km da capital) que no carnaval promovem uma grande festa nas ruas do município.
Rua da Aurora - Recife

Pernambuco também é a terra do São João. O período junino no estado é um dos mais tradicionais do país. A cidade de Caruaru, no agreste, é o ponto central onde acontecem 30 dias de festa - todo o mês de junho. É a terra do forró, do xaxado, do mestre Vitalino, da famosa “Feira de Caruaru”, do Alto do Moura, entre outros. Mas não só é nesta cidade, onde acontecem os festejos. Da capital ao interior são muitas as homenagens ao Santo.

Na Zona da Mata, tanto a Norte quanto a Sul, o destaque fica para os maracatus. De baque solto ou de baque virado. De influência africana, eles têm muita força nesta região devido à grande presença de engenhos de cana de açúcar. No período colonial, os escravos vindos da África para trabalhar a produção do açúcar trouxeram os costumes para cá. Antigamente, muitas dessas movimentações aconteciam às escondidas ou na senzala. Com o passar dos anos e a liberdade dos negros, a cultura foi incorporada como um todo. E hoje é um dos nossos destaques. E entre as cidades, Nazaré da Mata desponta como uma das que mais concentra maracatus.

Tudo isso é apenas uma demonstração da rica cultura de Pernambuco. Uma cultura que orgulha os pernambucanos, que é passada de geração em geração, levada para todos os cantos do mundo, mas que só pode ser sentida em sua alma em nosso Estado. Por isso, para conhecer um pouco mais do que o povo pernambucano tem a oferecer não basta estudar e ler... Tem que experimentar. Isso é Pernambuco.

HISTORIA DE PERNAMBUCO

Em 1501, quando a expedição do navegador Gaspar de Lemos fundou feitorias no litoral da colônia portuguesa, na recém descoberta América, teve início o processo de colonização de Pernambuco, uma das primeiras áreas brasileiras a ter ativa colonização portuguesa.

Entre os anos de 1534 e 1536, Dom João III, então rei de Portugal, instalou o sistema de Capitanias Hereditárias no Brasil, que consistia na doação de um lote de terras, chamado Capitania, a um Donatário (português), a quem caberia explorar, colonizar as terras, fundar povoados, arrecadar impostos e estabelecer as regras do local. Dentre os primeiros 14 lotes distribuídos por D. João III estava a Capitania de Pernambuco, ou Capitania de Nova Lusitânia, como seu Donatário, Duarte Coelho, a batizou. Dessa forma, em 1535, Duarte Coelho se estabeleceu no local onde fundou a vila de Olinda e espalhou os primeiros engenhos da região. Até então, os ocupantes do território eram os índios Tabajaras.

A Colônia

No período colonial, Pernambuco torna-se um grande produtor de açúcar e durante muitos anos é responsável por mais de metade das exportações brasileiras. Pernambuco torna-se a mais promissora das capitanias da Colônia Portuguesa na América. Tal prosperidade chamou a atenção dos holandeses, que, entre 1630 e 1654, ocuparam toda a região, sob o comando da Companhia das Índias Ocidentais, tendo como representante o Conde Mauricio de Nassau, que por ter incendiado Olinda, estabeleceu-se no Recife, fazendo-a capital do Brasil holandês. Nassau traz para Pernambuco uma forma de administrar inovadora. Realiza inúmeras obras de urbanização, amplia a lavoura da cana e assegura a liberdade de culto.

No período holandês, é fundada no Recife a primeira sinagoga das Américas. Amante das artes, Nassau tem na sua equipe inúmeros artistas, como Frans Post e Albert Eckhrout, pioneiros na documentação visual da paisagem brasileira e do cotidiano dos seus habitantes.

A partir de 1645 teve início um movimento de luta popular contra o domínio holandês de Pernambuco: a Insurreição Pernambucana. A primeira vitória importante dos insurretos se deu no Monte das Tabocas, hoje localizado no município de Vitória de Santo Antão, onde 1.200 insurretos mazombos munidos de armas de fogo, foices, paus e flechas derrotaram numa emboscada 1.900 holandeses bem armados e bem treinados. Foram quase 10 anos de conflito, com destaque para as duas Batalhas de Guararapes, até que em janeiro de 1654 os holandeses se renderam. O movimento foi um marco importante para o Brasil, tanto militarmente, com a consolidação das táticas de guerrilha e emboscada, quanto socio-politicamente, com o aumento da miscigenação entre as três raças (negro africano, branco europeu e índio nativo) e o começo de um sentimento de nacionalidade.

A ocupação dos holandeses fez Recife prosperar, onde se estabeleceram muitos comerciantes e mascates, enquanto Olinda continuava a ser o reduto dos senhores de engenho. Devido a divergências quanto à demarcação de novas vilas, em 1710, os moradores de Olinda invadem o Recife, dando inicio a chamada Guerra dos Mascates. O líder da ocupação, Bernardo Vieira de Melo entrou para a história quando sugeriu que Pernambuco se tornasse uma república. Essa foi a primeira vez que se falou em república no país. O conflito só terminou com a chegada, em 1711, do novo governador da região.

O Império

Em 1817, Pernambuco tentou proclamar-se independente de Portugal, mas o movimento foi derrotado. A Revolução Praeira, em 1848, questionava o regime monárquico, e já pregava a República. Joaquim Nabuco, um dos maiores símbolos do Abolicionismo, iniciou a pregação das idéias no Recife. Os pernambucanos se orgulham de sua participação altiva na História do Brasil, sempre mantendo altos ideais libertários.

A República

Com o advento da República, Pernambuco procura ampliar sua rede industrial, mas continua marcado pela tradicional exploração do açúcar. O Estado moderniza suas relações trabalhistas e lidera movimentos para o desenvolvimento do Nordeste, como no momento da criação da Sudene. A partir de meados da década de 60, Pernambuco começa a reestruturar sua economia, ampliando a rede rodoviária até o sertão e investindo em pólos de investimento no interior do Estado. Na última década, consolidam-se os setores de ponta da economia pernambucana, sobretudos aqueles atrelados ao setor de serviços (turismo, informática, medicina) e estabelece-se uma tendência constante de modernização da administração pública.

SALGUEIRO ( PERNAMBUCO )

Salgueiro é um município brasileiro do interior do estado de PernambucoRegião Nordeste do país. Pertence à Mesorregião do Sertão Pernambucano e à Microrregião de Salgueiro, localizando-se a oeste da capital estadual, estando distante dela 513 km. Possui uma extensão territorial de 1 733,7 km², sendo 6,75 km² em perímetro urbano,[6] tendo sua população estimada em 2014 em 59 409 habitantes.[7]
A sede municipal tem uma temperatura média de 26,0 °C,[8] tendo a Caatinga como sua vegetação original e predominante.[9] Com aproximadamente 80,7 % da população vivendo na área urbana,[10] Salgueiro dispunha, no ano de 2009, de 52 estabelecimentos de saúde.[11] O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,669, considerado médio em relação ao valor estadual.[4] A prestação de serviços e a indústria destacam-se como os principais geradores de renda para o município.[10]
A região onde o município se localiza foi habitada originalmente pelos índios Cariris, sendo, posteriormente, ocupada por habitantes oriundos da região sul do estado do Ceará, atraídos pela abundância e pela fertilidade dos solos. Em 1835, Manuel de Sá Araújo cumpre a promessa a Santo Antonio dedicando-lhe uma capela. A construção da capela foi feito no ano seguinte ao reaparecimento do filho sumido do fazendeiro, o qual havia desaparecido das terras do seu pai, passando três dias perdido na caatinga, sendo encontrado em baixo de um Salgueiro brincando. Os trabalhadores que ergueram a capela estabeleceram algumas residências próximas, dando origem ao primeiro povoado do município.[10]
Conhecida como a "Encruzilhada do Nordeste" por se situar na parte mais central da Região Nordeste - pode ser considerada equidistante de praticamente todas as capitais nordestinas - Salgueiro é a principal cidade da região do sertão central pernambucano, detendo, a nível regional, um comércio diversificado. No município se localiza o ponto central das operações da Transnordestina, ferrovia que conecta o Porto de Suape, no litoral sul pernambucano, ao cerrado do Piauí e ao Porto do Pecém, no Ceará.[12] Salgueiro ainda é cortado pelos canais da Transposição do rio São Francisco, obras que prometem levar a água do rio São Francisco ao Ceará, ao sertão paraibano e ao potiguar.[13]

História[editar | editar código-fonte]

As terras do município de Salgueiro foram originalmente habitadas por índios Cariris. O povoamento do local foi iniciado em meados do século XVII por habitantes da região sul do Ceará, os quais, atraídos pela fertilidade dos solos de aluvião, edificaram grandes fazendas de criação de gado. Entre os primeiros povoadores da região destaca-se Antônio da Cruz Neves, fundador e proprietário da Fazenda Quixaba, a primeira a se estabelecer. Posteriormente surgiram Umãs, Negreiros, Logradouro e Ouro Preto, todas utilizando o trabalho escravo.[14]
No dia 23 de dezembro de 1835 foi iniciada a construção de uma capela sob a invocação de Santo Antônio. A capela foi financiada por Manuel de Sá Araújo, proprietário da Fazenda Boa Vista (atual Salgueiro), em cumprimento a uma promessa que fizera nesse mesmo ano ao santo de sua devoção, para que fosse encontrado seu filho Raimundo que se perdera na mata. Como a criança foi encontrada três dias depois , brincando à sombra de um salgueiro , a capela foi construída no mesmo local e ficou conhecida como Santo Antônio do Salgueiro. Os trabalhadores envolvidos na construção aí se instalaram com suas famílias e constituíram o primeiro núcleo de povoação.[15]
Com o desenvolvimento do povoado a Lei Provincial nº 114, de 8 de maio de 1843, criou a freguesia de Santo Antônio do Salgueiro e elevou a capela à categoria de paróquia, a qual foi canonicamente provida em 1846. Antes dessa data a capela pertencia à freguesia de Exu, no termo da comarca da Boa Vista. O distrito de Santo Antônio do Salgueiro, subordinado ao município de Cabrobó , foi criado pela Lei Provincial nº 309, de 12 de maio de 1853. A freguesia de Salgueiro foi desmembrada do termo de Ouricuri e anexada ao termo de Cabrobó pela Lei Provincial nº 398, de 4 de abril de 1857.[16]
A Lei Provincial nº 580, de 30 de abril de 1864, elevou o distrito à categoria de vila, com a denominação de Salgueiro, desmembrado de Cabrobó, e com sede na antiga vila de Santo Antônio. A mesma lei determinou a subsistência da vila e termo de Cabrobó, o qual foi reunido ao de Salgueiro, que se tornou sede de ambos. A Câmara foi instalada em 10 de janeiro de 1865, segundo consta do relatório apresentado ao Governo da Província pelo presidente da Câmara de Salgueiro, com data de 5 de fevereiro de 1865 (segundo o documento do IBGE, a instalação foi no dia 27 de janeiro desse ano). A comarca de Salgueiro foi criada pela Lei Provincial nº 1.464, de 16 de junho de 1879, tendo sido instalada no dia 1 de outubro de 1881 pelo juiz Miguel Gonçalves Lima. Ainda no mesmo ano de 1881 o juiz José Antônio da Câmara Lima Filho passou a atuar na comarca de Salgueiro, a qual tinha sob sua jurisdição as freguesias e termos de Salgueiro e Leopoldina (atual município de Parnamirim). É classificada como comarca de 2ª entrância.[16]
O município foi constituído no dia 29 de dezembro de 1892, ganhando autonomia legislativa, com base na Constituição Estadual e no art. 2º das disposições gerais da Lei Estadual nº 52 (Lei Orgânica dos Municípios), de 3 de agosto de 1892, promulgada durante o governo de Alexandre José Barbosa Lima. Essa informação aparece no ofício enviado pelo prefeito de Salgueiro ao governador, com essa data. O distrito de Salgueiro foi confirmado pela Lei Municipal nº 1, de 29 de novembro de 1892, que também criou o distrito de Lagoa dos Milagres. O primeiro prefeito eleito foi Romão Pereira Figueira Sampaio. Em 11 de dezembro de 1894 foi inaugurada em Salgueiro uma estação do Telégrafo Nacional. A sede municipal recebeu foros de cidade através da Lei Estadual nº 275, de 26 de abril de 1898. A Lei Municipal nº 38, de 28 de outubro de 1898, criou o distrito de Serrinha, anexado ao município de Salgueiro, que já contava com o distrito sede e o de Lagoa dos Milagres.[17] A Lei Municipal nº 80, de 6 de dezembro de 1919, mudou o topônimo de Lagoa dos Milagre, que recebeu a denominação de Bezerros. A Lei Estadual nº 1.931, de 11 de setembro de 1928, desmembrou de Salgueiro o distrito de Serrinha e o elevou à categoria de município, o qual foi extinto pelo Decreto Estadual nº 55, de 23 de janeiro de 1931, voltando à condição de distrito de Salgueiro. Em divisão administrativa referente ao ano de 1933 o município aparece com os seguintes distritos: Salgueiro (sede), Lagoas, Bezerros (ex-Lagoa dos Milagres), Serrinha e Conceição das Crioulas (este, possivelmente criado antes de 1922).[18]
O Decreto Estadual nº 314, de 27 de junho de 1934, em seu Art. 2º, restaurou o município de Serrinha (atual Serrita), desmembrado de Salgueiro. Nos quadros de divisão territorial datados de 31 de dezembro de 1936 e 31 de dezembro de 1937 o município aparece com quatro distritos: Salgueiro , Conceição das Crioulas, Bezerros e Lagoas. Nesses quadros o município de Salgueiro era termo componente da comarca de Salgueiro, que tinha também sob sua jurisdição os termos de Cabrobó e Serrinha. Pelo Decreto-lei Estadual nº 92, de 31 de março de 1938, o distrito de Bezerros teve sua denominação alterada para Riacho Verde. O Decreto-lei Estadual nº 235, de 9 de dezembro de 1938, criou o distrito de Vasques, subordinado a Salgueiro, e extinguiu o distrito de Lagoas cujo território foi anexado aos distritos de Riacho Verde (ex-Bezerros) e Vasques. No quadro fixado para vigorar no período de 1939-1943, constam os seguintes distritos: Salgueiro, Conceição das Crioulas, Riacho Verde e Vasques. O Decreto-lei Estadual nº 952, de 31 de dezembro de 1943, no seu Anexo nº 1, mudou a denominação de Riacho Verde, que passou a se chamar Verdejante. De acordo com esse mesmo decreto, a comarca de Salgueiro perdeu os termos de Cabrobó e Serrita (ex-Serrinha), desmembrados para constituírem as respectivas comarcas. Assim , o termo de Salgueiro passou a ser o único componente da comarca de mesmo nome. Pelo Ato Municipal nº 18, de 13 de janeiro de 1948, foi criado o distrito de Umãs, com território desmembrado dos distritos de Salgueiro e Conceição das Crioulas.[17][18]
Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1950, o município aparece com cinco distritos: Salgueiro, Conceição das Crioulas, Umãs, Vasques e Verdejante (ex-Riacho Verde). A Lei Estadual nº 3.336, de 31 de dezembro de 1958, desmembrou de Salgueiro o distrito de Verdejante, o qual foi elevado à categoria de município. Em divisão territorial datada de 1 de julho de 1960, o município é constituído pelos distritos de Salgueiro, Conceição das Crioulas, Umãs e Vasques, assim permanecendo em divisão territorial datada de 2005. A Lei Municipal nº 1.732, de 30 de setembro de 2009, criou o distrito de Pau Ferro, passando Salgueiro a contar com cinco distritos.[17]

Prefeitos[editar | editar código-fonte]

1º - Coronel Romão Filgueira Sampaio (Primeiro Prefeito Eleito) (1892 a 1895)
2º - Capitão Cornélio Gomes de Sá (1895 a 1898)
3º - Tenente Coronel Francisco Noberto de Barros (1899 a 1905)
4º - Major Gomes de Sá (1906 a 1910)
5º - Joaquim de Sá Araújo (1911 a 1913)
6º - Antônio Henrique Callou (Faleceu) (1914)
7º - Francisco de Sá Araújo (1914 a 1917)
8º - Capitão Joaquim Alves Gondim (Faleceu) (1918)
9º - Benjamim Oto Soares (1919 a 1922)
10º - Gumercino Filgueira Sampaio (1922 a 1925)
11º - Capitão Veremundo A. J. Soares (1925 a 1928)
12º - Joaquim Pereira Angelim (Renunciou) (1929 a 1930)
13º - Junta Governativa Revolucionária composta por Joaquim Araújo Sá, Álvaro de Lima Soares e Alberto Soares dos Santos (1930)
14º - Capitão Manoel Correia de Menezes (Nomeado pelo interventor de Pernambuco Carlos de Lima Cavalcante) (1930 a 1932)
15º - Alberto Soares (Deposto) (1932 a 1933)
16 - José Vitorino de Barros (Nomeado) (1934 a 1937) foi deposto
17º - Pelo Golpe de Estado de 1937, assumiu Francisco Correia, este passou o cargo para ao Interventor Luiz Soares Diniz (1937 a 1946)
18º - Audísio Rocha Sampaio em Substituição ao Interventor Luiz Soares Diniz (1946)
19º - Osmundo Idalino Bezerra (1947 a 1951)
20º - Raul Soares (1951 a 1955)
21º - Gumercino Filgueira Sampaio (1955 a 1959)
22º - Audísio Rocha Sampaio (1959 a 1963)
23º - Severino Alves de Sá (1963 a 1969)
24º - Cornélio Parente Muniz (1969 a 1973)
25º - Romão de Sá Sampaio (1973 a 1977)
26º - Cornélio Parente Muniz (1977 a 1982)
27º - Paulo Afonso Valença Sampaio (1982 a 1988)
28º - Cornélio Parente Muniz (1989 a 1992)
29º - Creusa Pereira do Nascimento (1993 a 1996)
30º - Paulo Afonso Valença Sampaio (1997 a 2000)
31º - Creusa Pereira do Nascimento (2001 a 2004)
32º - Creusa Pereira do Nascimento (2005 a 2008)
33º - Marcones Libório de Sá (2009 a 2012)
34º - Marcones Libório de Sá (2013 a 2016)
35º - Clebel de Souza Cordeiro (2017 a 2020)

Geografia[editar | editar código-fonte]

Acesso a Salgueiro pela BR-232.

Localização[editar | editar código-fonte]

O município de Salgueiro está localizado na Mesorregião do Sertão Pernambucano, e na Microrregião de Salgueiro no Estado de Pernambuco.
Noroeste: Cedro e SerritaNorte: Penaforte(CE)Nordeste: Verdejante
Oeste: Terra NovaReinel compass rose.svgLeste: Mirandiba
Sudoeste: CabrobóSul: Belém de São FranciscoSudeste: Carnaubeira da Penha

Acessos[editar | editar código-fonte]

No cruzamento das BRs 232 e 116, o município de Salgueiro está no coração do Nordeste, tendo uma localização estratégica do ponto de vista logístico. Com fácil acesso e equidistante da maioria das capitais nordestinas, média de 596 km*, à exceção de São LuísMaranhão, que fica a 1.078 km, e a apenas 518 km do RecifePorto de Suape e rota da Ferrovia Transnordestina.
Salgueiro também está próxima de outras cidades médias do interior nordestino, como Petrolina - PE, Juazeiro - BA, Juazeiro do Norte - CE e Feira de Santana - BA.
Servida por boas rodovias, tem ligação fácil com o Sul e Sudeste do país, através de uma das principais rodovias do Brasil, a BR-116, que também dá acesso às BR's 101 e 316.

Relevo[editar | editar código-fonte]

O município localiza-se na unidade geoambiental da Depressão Sertaneja. Apresenta uma variação de plano e montanhoso. Esse relevo e clima variado faz com que a região seja caracterizada tanto por áreas de sequeiro com chuvas escassas e mal distribuídas, vegetação caatinga xerófita e rios temporários; como por áreas de altitude com temperatura amena e bons índices pluviométricos e floresta caducifólia.

Clima[editar | editar código-fonte]

Gráfico climático para Salgueiro
JFMAMJJASOND
 
 
87
 
32
21
 
 
119
 
31
21
 
 
189
 
31
19
 
 
121
 
30
20
 
 
40
 
29
19
 
 
37
 
28
18
 
 
17
 
27
18
 
 
9
 
27
17
 
 
23
 
29
18
 
 
10
 
32
19
 
 
37
 
34
22
 
 
64
 
33
22
Temperaturas em °C • Precipitações em mm
Fonte: LAMEPE (Temp. Máxima) LAMEPE (Temp. Mínima)
O clima de Salgueiro é o semiárido, do tipo Bsh'. Com verão quente e chuvoso, com máximas entre 26 °C e 34 °C, e mínimas entre 18 °C e 23 °C. O inverno é seco e ameno, com máximas entre 25 °C e 29 °C, e mínimas entre 15 °C e 19 °C.

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Salgueiro está inserido nos domínios da bacia hidrográfica do Rio Terra Nova. Tem como principais tributários os riachos Santa Rosa, Riachinho, Pau Branco, das Traíras, do Pau Ferro, dos Pilões, dos Milagres, Malícia, Baixio Grande, Baixio Verde, Acauã, das Bestas, Salgueiro, Formiga, do Iço, do Miguel, Sau á, do Valério, do Tanque, da Pitombeira, Boa Vista, da Pauta, da Luna, da Balança, do Junco, Caieira, do Sabão, do Fogo, da Ingazeira, dos Negreiros, da Barra, Gravatá, do Boi Morto, do Urubu, da Ramadinha, da Favela, do Firmiano, do Olho d’ Água, do Boqueirão, do Caldeirão, do Juazeiro, Ouricuri, Canoa, da Cahoeirinha, Rodeador e do Massapê, todos de regime intermitente. Conta ainda com os açudes Argemiro, Monte Alegre, Boa Vista, com capacidade de acumulação de 16.448.450 m³, Conceição Creoulas (1.169.400 m³) e Salgueiro (14.698.200 m³), além das lagoas: do Junco, da Caatinga, de Dentro, das Caraíbas e da Jurema.

Bairros[editar | editar código-fonte]

Conjunto habitacional em Salgueiro.
Bairro em Salgueiro.
  • Alto das Abelhas
  • COHAB
  • Copo de Cristal
  • Divino Espirito Santo
  • Granja Aurora
  • Imperador
  • Nossa Senhora Aparecida (Prado)
  • Nossa Senhora de Fátima
  • Nossa Senhora das Graças
  • Novo Everest
  • Novo Horizonte
  • Novo Olinda
  • Pimenta I, II e III
  • Planalto
  • Primavera
  • Riachinho
  • Santa Margarida
  • Santo Antônio (Centro)
  • Santuário

Economia[editar | editar código-fonte]

Salgueiro tem como atividades econômicas predominantes a agricultura e o comércio varejista.Os principais produtos agrícolas de Salgueiro são: cebolaalgodão herbáceo, milhobananafeijãoarroztomate e manga. O artesanato também tem potencialidade de desenvolvimento econômico no município.
O município de Salgueiro faz parte da Microrregião de Salgueiro, na Mesorregião do Sertão Pernambucano, com uma área de 9.183,1 km², que corresponde a 9,28% do território estadual. A economia está voltada para a agricultura de subsistência e a agropecuária extensiva, onde se destaca a caprinocultura e a avicultura.
Além de Salgueiro, mais cinco municípios compõem a Região de Desenvolvimento do Sertão Central, são eles: CedroVerdejanteParnamirimTerra Nova e Serrita.

Educação[editar | editar código-fonte]

Outras informações
Ficha técnica
CEP56000-000
PadroeiroSanto Antônio
Vínculo diocesanoDiocese de Salgueiro - SalgueiroPE
VereadoresAuremar Carvalho (Presidente)
  • Paizinha Patriota (1° Secretário),
  • André Cacau (2° Secretário),
  • Pedro de Cumpadre,
  • Dr. George Arraes Sampaio,
  • Zé Carlos,
  • Eliane Alves,
  • Antônio Pires,
  • Ednaldo Barros,
  • Augusto Matias,
  • Veronaldo,
  • Bruno Marreca,
  • Professor Hercílio,
  • Erivaldo Pereira,
  • Flavinho.
ComarcaFórum Cornélio de Barros Muniz e Sá - R Joaquim Sampaio, 321 - Centro
  • Vara: Primeira Vara da Comarca de Salgueiro
Juiz: Ana Cecília Toscano Vieira Pinto - Juiz Substituto
  • Vara: Segunda Vara da Comarca de Salgueiro
Juiz: Juliana Coutinho Martiniano Lins - Juiz Substituto
Eleitores38.649 - Eleitores - 2012
País Brasil
MacrorregiãoNordeste
Índice Gini0,45 - IBGE/2004[19]
Potencial de consumo-
Trabalhadores-
Unidades locaisempresas est. 749 IBGE/2007[20]
websitePrefeitura de Salgueiro (em português)

Escolas Particulares
  • Escola Objetiva
  • Escola Professor Paulo Freire
  • Centro Educacional Raquel de Queiroz - CERAQUE
  • Escola Cecília Meireles
  • Escola Construção do Saber
  • Escola Maria Luiza
  • Escola Pais e Mestres
  • Escola Progressiva
  • Centro Educacional Jean Piaget
Escolas Técnicas e Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica
  • Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Sertão Pernambucano - IF Sertão-PE
Escolas de Referência em Ensino Médio (Estaduais)
  • Escola de Referência em Ensino Médio de Salgueiro - EREMSAL
  • Escola de Referência em Ensino Médio Aura Sampaio Parente Muniz
  • Escola de Referência em Ensino Médio Professor Urbano Gomes de Sá
Escolas Estaduais
  • Centro de Educação de Jovens e Adultos - CEJA (Escola Maria da Conceição Cysneiros Sampaio)
  • Escola Carlos Pena Filho
  • Escola Professora Maurina Rodrigues dos Santos
  • Escola Agrícola de Umãs
  • Escola Antonio Vieira de Barros
  • Escola José Vitorino de Barros
  • Escola Professor Manuel Leite
  • Escola Professora Maria Bernadete Marins de Brito
Escolas Municipais
  • Escola Bevenuto Simão de Oliveira (Sítio Paula)
  • Escola Cleuzemí Pereira do Nascimento
  • Escola David Gonçalves dos Santos (Sítio Jiboia)
  • Escola Deocleciano Zacarias dos Santos (Sítio Barra da Favela)
  • Escola Domingos Paulo de Sá
  • Escola Dom Malan
  • Escola Dr. Severino Alves de Sá
  • Escola Joana Maria de Jesus (Sítio Contendas)
  • Escola João XXIII
  • Escola Joaquim Barbosa de Maria (Distrito de Pau Ferro)
  • Escola José Néu (Distrito de Conceição das Crioulas)
  • Escola José Pedro Pereira
  • Escola Manoel Antônio dos Santos (Sítio Baixio da Cacimbinha)
  • Escola Maria Dalva Gonçalves de Barros (Distrito de Umãs)
  • Escola Maria Guilhermina de Jesus (Sítio Montevidéu)
  • Escola Maria Nilza
  • Escola Osmundo Bezerra
  • Escola Valdemar Soares de Menezes
  • Escola Paulo Fernando dos Santos
  • Escola Padre Manoel Garcia e Garcia (Sítio Campinhos)
  • Escola Pedro Paixão (Sítio Uri)
  • Escola Professor Baldoíno Gomes de Sá
  • Escola Professor José Mendes (Distrito de Conceição das Crioulas)
  • Escola Senhorinha Izabel da Conceição (Sítio Pitombeira)
  • Escola Torres Galvão (Sítio Feijão)
Universidades e Faculdades
  • Universidade Federal do Vale do São Francisco - a partir de 2018 (Ciência da Computação e Engenharia de Produção)[21]
  • Universidade de Pernambuco UPE - (Administração de Empresas e Gestão em Logística)
  • FACHUSC - Faculdade de Ciências Humanas do Sertão Central (Direito, Biologia, Matemática, Letras, Pedagogia, História e Geografia)
  • ISES - Instituto Superior de Ensino de Salgueiro (Filosofia e Pedagogia)
  • Centro Universitário UNINTER - Pólo Salgueiro - (Vestibular e Pós Graduação)
  • UNOPAR - Universidade Norte do Paraná

Música[editar | editar código-fonte]

Salgueiro é a terra da Limão com Mel e Zenilton.

Esporte[editar | editar código-fonte]

Futebol[editar | editar código-fonte]

Salgueiro Atlético Clube é o time de futebol da cidade, mais conhecido como o Carcará do Sertão, ele vem se firmando em Pernambuco, e com a 14ª colocação no Campeonato Brasileiro Série C 2008, garantiu vaga na série C 2009, que foi disputada por 20 clubes.
No dia 17 de Outubro de 2010,em Belém do Pará, conseguiu uma vitória grandiosa de 3x2 em cima do Paysandu a qual deu acesso a disputar no ano de 2011 a Série B (2ª Divisão). Maior feito até hoje para o Clube, que se profissionalizou em 2005.
Em 2013, chegou às oitavas-de-final da Copa do Brasil, enfrentando o Internacional de Porto Alegre.
Em 2015, chegou a disputar a final do Campeonato Pernambucano, onde tornou-se o primeiro Clube do interior Pernambucano a chegar a uma final, sendo Vice-Campeão diante do Santa Cruz.

Futsal[editar | editar código-fonte]

O cidadão Salgueirense Manoel Tobias é considerado um dos maiores jogadores da história do futsal. Conquistou diversos títulos tanto pelos clubes que jogou como pela seleção brasileira.
A seleção municipal disputa a Copa TV Grande Rio de Futsal.

Filhos Ilustres[editar | editar código-fonte]

Mídia[editar | editar código-fonte]

Televisão[editar | editar código-fonte]

Rádio[editar | editar código-fonte]

  • Asa Branca - AM 1.570
  • Salgueiro FM - FM 102.9
  • Talismã FM - FM 97.1
  • Vida - FM - FM 104.9

Pontos turísticos[editar | editar código-fonte]

DesignaçõesCategoriaTipologiaConstrução
Catedral de Santo AntônioArquitetura religiosaCatedral1835
Santuário Nossa Senh. do Perpétuo SocorroArquitetura religiosaIgreja
Igreja da Santa CruzArquitetura religiosaIgreja
Igreja de Nossa Senhora da ConceiçãoArquitetura religiosaIgreja
Capela de Nossa Senhora da ConceiçãoArquitetura religiosaCapela
Capela de UmãsArquitetura religiosaCapela
Capela de CampinhosArquitetura religiosaCapela
Chalé Villa MariaArquitetura civilCasa
Casario da Praça da MatrizArquitetura civilCasaSéculo XIX
Museu do CouroArquitetura civilMuseu
Museu da Cidade de SalgueiroArquitetura civilMuseu
Casa da CulturaArquitetura civilCasa
Conceição das CrioulasVilarejo QuilombolaVilarejo1802
Sítio Arqueológico da Fazenda PaulaArqueologiaArte rupestre
Sítio Arqueológico da Lagoa da PedraArqueologiaArte Rupestre
Sítio Arqueológico da Pedra da MãoArqueologiaArte Rupestre
Sítio Arqueológico da Fazenda LetrasArqueologiaArte Rupestre
Sítio Arqueológico da Pedra da MãoArqueologiaArte Rupestre
Serra da OnçaNaturezaSerra
Serra das PrincesasNaturezaSerra
Serrote da TimbaúbaNaturezaSerrote
Serra da OnçaNaturezaSerra
Mirante do CruzeiroNaturezaMirante1925

Festas e eventos[editar | editar código-fonte]

  • Salgueiro Moto Fest
  • Carnaval
  • São João
  • Trezenas de Santo Antônio
  • Arte Cultura Show
  • Jogos Escolares e Intermunicipais
  • Entrega da Medalha Lucila Angelim
  • Festa da Santa Cruz
  • Conferência Municipal da Juventude
  • Show pela Paz
  • HlW - Halloween
  • EXPOSAL
  • EXPOCAPRI
  • Festival do Brega
  • DeMolay Fest

Estatísticas[editar | editar código-fonte]

  1.  IDH de nível médio, comparável ao do Cabo Verde (118º do mundo).
  2.  Mortalidade infantil comparável ao da Quirguistão (76ª mais elevada).
  3.  Esperança de vida comparável à da Trinidad e Tobago (116ª).

Composição racial[editar | editar código-fonte]

Salgueiro-PE
EtniaPorcentagem da PopulaçãoTotal
Pardo56,09%28.927
Branco32,13%16.566
Negro9,90%5.106
Índio1,22%630
Amarelo0,24%125
Sem Declaração0,42%217

Zona rural[editar | editar código-fonte]

Divisão Administrativa[editar | editar código-fonte]

  • Salgueiro (Sede do Município)
  • Conceição das Crioulas (2º Distrito)
  • Umãs (3º Distrito)
  • Vasques (4º Distrito)
  • Pau-Ferro (5º Distrito)

Principais sítios e povoados[editar | editar código-fonte]

  • Aboboreira
  • Acauã
  • Acauã de Baixo
  • Alazão
  • Alto Vermelho
  • Amparo
  • Angico
  • Anil
  • Anselmo
  • Areado
  • Baixio Verde
  • Balança
  • Baraúna
  • Barra
  • Barrinha
  • Barrocas
  • Bezerro
  • Boa Vista
  • Boqueirão
  • Campinhos
  • Cacimbinha
  • Caiçara
  • Caieira
  • Canopa
  • Carcará
  • Chapada
  • Chico Félix
  • Cachoeirinha
  • Coqueiro
  • Cruz
  • Formiga
  • Gravatá
  • Garrote Morto
  • Humaitá
  • Icó
  • Ingazeira
  • Jurema
  • Livramento
  • Luna
  • Malhada
  • Malhada Comprida
  • Malícia
  • Marrecas
  • Melancia
  • Miguel
  • Monte Alegre
  • Montevidéu
  • Mulungu
  • Passagem
  • Pau Branco
  • Paula
  • Pilões
  • Poço da Pedra
  • Poço Verde
  • Queimadas
  • Quixaba[
  • Riacho do Gado (simpatia)
  • Riacho do Juazeiro
  • Riacho Grande
  • Roça Queimada
  • Rodeador
  • Saco
  • Saco da Canoa
  • Salina
  • Santana
  • Sipauba
  • Sítios Novos
  • Sítio Lagoinha
  • Sítio Paraguaçu
  • Solta
  • Tabuleiro
  • Umari
  • Uri
  • Urubu
  • Vagem Redonda
  • Várzea do Ramo
  • Vasco
  • Vassoura
  • Volta

Feriados[editar | editar código-fonte]

Feriados fixos
DataNomeObservações
1 de janeiroConfraternização UniversalInício do ano civil
6 de marçoCarta Magna de Pernambuco é assinada.
21 de abrilTiradentesEm homenagem ao mártir da Inconfidência Mineira
30 de abrilEmancipação PolíticaDia em que a cidade foi elevado a tal categoria.
1 de maioDia do TrabalhadorHomenagem a todos os trabalhadores
13 de junhoSanto AntónioPadroeiro da cidade.
7 de setembroIndependênciaProclamação da Independência de Portugal
12 de outubroNossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil
2 de novembroFinadosDia de memória aos mortos
15 de novembroProclamação da RepúblicaTransformação de Império em República
23 de dezembroFundação da CidadeDia em que o comandante Raimundo de Sá encontrou seu filho,debaixo de um salgueiro, que deu o nome da cidade
25 de dezembroNatalCelebração do nascimento de Cristo

Referências

  1. ↑ Ir para:a b «Divisão Territorial do Brasil»Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008
  2. Ir para cima IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010
  3. Ir para cima «Estimativa da população 2015 » População estimada » Comparação entre os municípios: Pernambuco»Estimativa Populacional - 2017Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Agosto de 2017. Consultado em 19 de setembro de 2017
  4. ↑ Ir para:a b «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil»Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2010. Consultado em 9 de setembro de 2013
  5. ↑ Ir para:a b «Pernambuco » Salgueiro » Produto Interno Bruto dos municípios - 2013»Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. de 2015
  6. Ir para cima CNPM. «Urbanização». Consultado em 27 de fevereiro de 2014Cópia arquivada em 27 de fevereiro de 2014
  7. Ir para cima Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística«estimativa da população 2014». Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 6 de setembro de 2014
  8. Ir para cima Jornal do Tempo. «Climatologia - Salgueiro». Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 12 de setembro de 2014
  9. Ir para cima CPRM - Serviço Geológico do Brasil. «Diagnóstico Ambiental para o município de Salgueiro» (PDF). Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 12 de setembro de 2014
  10. ↑ Ir para:a b c Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento«Perfil do município de Salgueiro, PE». Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 12 de setembro de 2014
  11. Ir para cima Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística«Serviços de saúde - 2009». Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 12 de setembro de 2014
  12. Ir para cima G1. «Atrasadas, obras da Transnordestina em PE prejudicam porto de Suape». Consultado em 12 de setembro de 2010
  13. Ir para cima Fundação Joaquim Nabuco. «Transposição das águas do Rio São Francisco para o abastecimento do Nordeste semi-árido: solução ou problema?». Consultado em 12 de setembro de 2010Cópia arquivada em 12 de setembro de 2014
  14. Ir para cima ENCICLOPÉDIA DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. Rio de Janeiro: IBGE, 1958. v. 18
  15. Ir para cima FONSECA, Homero. Pernambucânia: o que há nos nomes das nossas cidades. Recife: CEPE, 2009.
  16. ↑ Ir para:a b Agência CONDEPE/FIDEM, Calendário Oficial de Datas Históricas dos Municípios de Pernambuco. Recife: CEHM, 2006. v. 3
  17. ↑ Ir para:a b c Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). «Histórico de Salgueiro - PE» (PDF). Consultado em 16 de setembro de 2010Cópia arquivada em 16 de setembro de 2014
  18. ↑ Ir para:a b PERNAMBUCO. Tribunal de Justiça. História das Comarcas Pernambucanas. 2ª ed. Recife, 2010.
  19. Ir para cima «Indíce de GINI»Mapa de Pobreza e Desigualdade - Municípios Brasileiros 2003. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2008. Consultado em 26 de outubro de 2009
  20. Ir para cima «IBGE». Consultado em 26 de outubro de 2009
  21. Ir para cima «You are being redirected...»www.folhape.com.br. Consultado em 11 de setembro de 2017

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