MANHÃ NA ROÇA
O sol clareia o horizonte,
Canta o galo no poleiro,
Bala a ovelhinha no monte,
Piam pintos no terreiro.
A fazenda despertou,
Num ruído alvissareiro.
Na roça o sol já encontrou
O matutino roceiro.
Tudo então vibra e se agita,
Nos trabalhos da lavoura,
Enquanto a ave saltita,
Na ramagem que o sol doura.
A vaca chama o terneiro,
Que ainda dorme no curral!
Mais longe grunhem cevados,
Grasnam patos no quintal.
Eis a vida que desperta,
Para o penoso labor,
Que dará colheita certa
De lucro compensador.
Alda Pereira da Fonseca
- Sou fio das mata, cantô da mão grossa,
Trabáio na roça, de inverno e de estio.
A minha chupana é tapada de barro,
Só fumo cigarro de páia de mío.
Sou poeta das brenha, não faço o papé
De argum menestré, ou errante cantô
Que veve vagando, com sua viola,
Cantando, pachola, à percura de amô.
Não tenho sabença, pois nunca estudei,
Apenas eu sei o meu nome assiná.
Meu pai, coitadinho! vivia sem cobre,
E o fio do pobre não pode estudá.
Meu verso rastêro, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
Meu verso só entra no campo e na roça
Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
Só canto o buliço da vida apertada,
Da lida pesada, das roça e dos eito.
E às vez, recordando a feliz mocidade,
Canto uma sodade que mora em meu peito.
Eu canto o cabôco com suas caçada,
Nas noite assombrada que tudo apavora,
Por dentro da mata, com tanta corage
Topando as visage chamada caipora.
Eu canto o vaquêro vestido de côro,
Brigando com o tôro no mato fechado,
Que pega na ponta do brabo novio,
Ganhando lugio do dono do gado.
Eu canto o mendigo de sujo farrapo,
Coberto de trapo e mochila na mão,
Que chora pedindo o socorro dos home,
E tomba de fome, sem casa e sem pão.
E assim, sem cobiça dos cofre luzente,
Eu vivo contente e feliz com a sorte,
Morando no campo, sem vê a cidade,
Cantando as verdade das coisa do Norte.
Cabe a nós mesmos ter a simplicidade e a pureza de uma criança, assim como éramos antigamente. Lembra?
Adoro os dias, assim como pessoas são únicas e irrepetíveis. Todos diferentes uns dos outros. Cada oportunidade de conhece-las oferece a mim crescimento e enriquecimento. Eu amo a simplicidade e a bondade que existe em todas as coisas, visíveis apenas para aqueles que são capazes de ouvir e ler tudo que nos rodeia.
A sofisticação da vida é bonita, me encanta, mas é na simplicidade que gosto de viver.
Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade.
A simplicidade deixa o homem mais humilde, a sofisticação o torna mais arrogante!
Conheci muitas pessoas por onde passei... mas poucas são aquelas que me fazem falta nos dias de hoje, algumas pela sua simplicidade e maneira de viver, outras por sua capacidade de alcançar o sucesso sem ter que pisar em ninguém... enfim... o importante é ter a satisfação de ter conhecido pessoas que significaram de alguma forma para o nosso crescimento, seja ele qual for.
dar valor ao suor e ao amor a vida na roça
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