sexta-feira, 18 de abril de 2014

SEXTA FEIRA SANTA EM ANGICO

Hoje em angico foi muito bom eu tive como minha melhor alegria um almoço ou melhor sem fugir da tradição uma ceia divina em casas de família e vê o povo se reunindo e tudo mundo cada hora mais feliz tendo como tema   fê em cada passo que o senhor sofreu nessa terra e que nos fez reviver cada detalhe sem almenos nos  dar um motivo para desistir de tudo  mas seguiu e nos fez cidadãos de bem com muita paz no coração e toda a festa que ecada ano reúne família e também um motivo par termos para cada dia colocarmos nossa cruz aos ombros seguirmos sem temer o malque tenta nos

O VINHO DA SANTA CEIA


“ O VINHO DA SANTA CEIA ” – Alguns leitores perguntaram-me como teria sido o vinho bebido por Jesus na “Última Ceia”. Dei uma pequena pausa na série de artigos que vinha escrevendo e fiz algumas pesquisas. Jesus sabia muito mais de vinho do que podemos supor. Talvez porque o vinho naquela época estivesse intimamente ligado à alimentação e fosse corrente que todos o apreciassem. Há dois momentos nas Escrituras que me fazem supor isto: nas Bodas de Canaã, Jesus primeiro transforma água em vinho. Segundo, por que Seu vinho foi servido em último lugar, chamando a atenção dos presentes para o fato do “melhor vinho ser servido por último”. Dois ensinamentos preciosos, pois dá ao vinho um lugar diferenciado na mesa, e ensina a perfeita harmonia no serviço do vinho, que recomenda que os melhores, mais velhos e complexos sejam servidos por último.
Até o século II a.C. os recipientes de vinho encontrados ao longo dos itinerários comerciais na Europa são na sua maioria, gregos ou campanianos. Só cerca de 150 da nossa Era, é que a viticultura romana emerge da sua obscuridade, sem contudo, empalidecer a fama dos vinhos gregos. Estrabão afirma que os Romanos tinham seu melhor vinho na Campânia – o Falerno, criado nas encostas do monte Massicus, que constitui o mais notável vinho latino.
Plínio considerava mais famosos os vinhos de Sorrento, acreditando que o Falerno melhorava quando a ele se adicionava um pouco de vinho de Quios, mel e água. Tibério afirma que um vinho de Sorrento com mais de 25 anos era “um nobre vinagre”, o que faz parecer normal que se bebessem vinhos com 10 e 20 anos!. Nas mesas dos abastados aparecia vinho com mais de um século. 
Qual sabor teriam?  Ainda que Roma produzisse vinho, as mesas dos ricos eram alimentadas com vinhos gregos: Pramio, Ismaros (tinto doce) e os das ilhas de Quios, Nassos, Tasos, Lésbios, Rodes e Chipre. Plínio escreveu 37 volumes de sua obra Naturalia Historia (cujos livros de 12 a 19 tratam da botânica) tendo consultado cerca de 2000 volumes de autores gregos e latinos. Também famoso é o tratado De Re Rústica, de Columela, escrito na primeira metade do século I.
É surpreendente que os escritores latinos confirmaram a ciência que já era conhecida há séculos, com termos como “apertus Bacchus amat colles” de Virgílio ou “campestra largius vinum, sed jucundis afferunt collina”, o que significa que as planícies produzem mais vinhos, mas o melhor é o das colinas!. Columela já referenciava o cuidado com a produtividade dos vinhedos e preparação dos terrenos, eliminando resíduos de outras lavouras e preocupação com a drenagem, e os excessos de umidade.
Quanto à densidade de plantio, Columela aconselhava em terrenos férteis 2336 pés/hectare e nos pobres 4629 pés/ha. Segundo Columela, o espaçamento entre plantas era de 7 pés(2,07m) nos solos ricos, enquanto Plínio indicava que o compasso seria de 4 pés(1,18m) nos solos ricos e de 5(1,47 m) nos solos pobres. Os inconvenientes da multiplicação das plantas por semente já eram conhecidos, sendo assinados por Teofrasto e Virgílio. Plínio recomendava a enxertia para melhorar a qualidade das plantas (por estacas ou mergulhia). Catão aconselhava a permanência da planta jovem no viveiro durante 3 anos, e sua transplantação no Outono ou na Primavera, com tempo úmido e calmo.
Saber podar a vinha era para os Romanos, a característica mais apreciada num vinicultor, como técnica capaz de imprimir dignidade aos vinhos. As formas de condução variavam entre livre ou a tutorada, com latadas baixas, formando um caramanchão. As castas não guardam semelhança às atuais, a de maior prestígio era a aminea, da qual era feito o Falerno. A casta apiana (de apes, abelha) era provavelmente uma moscatel. A colheita era feita em agosto, setembro e outubro conforme as localidades, havendo uma seleção dos cachos. Com as piores uvas eram feitos vinhos para escravos e trabalhadores.
A pisa era feita na própria vinha, numa laje plana, com uma inclinação que levasse o mosto por gravidade para uma fossa, donde era recolhido para recipientes. A prensagem já era difundida, sendo uma operação bastante demorada e cuidadosa. O vinho de primeira pressão, dito “de lágrima” era adicionado de mel e consistia num belo aperitivo. A fermentação se fazia em recipientes (dolia) enterrados ¾ no solo, e por vezes descobertos. Já se sabia o quanto o calor era inconveniente, quer para a fermentação, quer para a conservação do vinho. Era comum usar-se fumo de cozinha como elemento de conservação e envelhecimento do vinho.
Os Romanos, como os Egípcios, costumavam concentrar o mosto mediante a cozedura a fogo direto, para depois usarem como corretivo, aumentando o teor sacarino de mostos fracos, para favorecer a conservação de vinhos frágeis e mesmo mascarar sabores desagradáveis. O vinho comum - vinum de cupa- permanecia nos recipientes de fermentação até seu consumo. Era no geral ordinário e, por isso, designado algumas vezes de vinum de crucis, pois bebê-lo equivalia quase que a uma crucificação... Os vinhos a envelhecer eram trasfegados na Primavera, quando estava frio e o vinho já havia se “limpado”, sendo a ânfora o recipiente clássico para envelhecimento do vinho de luxo.
Os vinhos eram geralmente turvos, necessitando filtrá-los antes de serem servidos. À mesa, os Romanos usavam um coador e refrescavam o vinho com gelo e neve que os escravos traziam das montanhas. Na filtração era usado o leite de cabra, a clara do ovo e argila. A baga da murta servia para intensificar a cor do vinho. 
Apesar dos elogios de cronistas da época, ficam fortes dúvidas em relação a aceitação dos vinhos pelo gosto atual dos consumidores. Sabe-se que os vinhos eram diluídos em água, o que não parece ser a melhor maneira de realçar suas qualidades. A diluição era feita na razão de ½, ou ¼ ao mesmo a 1/7. Eram vinhos muito fortes, caso contrário não suportariam tais diluições, densos e excessivamente alcoólicos. O escritor inglês Warner Allen considera o vinho do Porto o único vinho à altura da Antiguidade, fosse o Saprias (apreciado pelos Gregos), fosse o Falerno, que Galeno recomendava para o imperador Marco Aurélio!
Portanto, quem quiser se sentir bebendo um vinho à altura da época de Jesus pode encontrar no Vinho do Porto uma boa idéia dos produtos correntes. De qualquer forma, se não harmonizar com o prato servido no dia, não fará feio com o chocolate !






 destruir com tanta força

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