Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Febre hemorrágica Ébola
Microfotografia de um virião do vírus de ébola.
Classificação e recursos externos
CID-10 A98
CID-9 065.8
DiseasesDB 18043
MedlinePlus 001339
MeSH D019142
Star of life caution.svg Aviso médico
A febre hemorrágica ébola (português europeu) ou ebola (português brasileiro) (FHE) é a doença humana provocada pelos vírus do género Ebolavirus. Os sintomas têm início duas a três semanas após a infeção, e manifestam-se por febre, dores musculares, dores de garganta e dores de cabeça. A estes sintomas sucedem-se náuseas, vómitos e diarreia, a par de insuficiência hepática e renal. Durante esta fase, algumas pessoas começam a ter problemas hemorrágicos.1
A propagação da doença em determinada população tem início quando uma pessoa entra em contacto com o sangue ou fluidos corporais de um animal infetado, como os macacos ou morcegos-da-fruta. Pensa-se que os morcegos-da-fruta sejam capazes de transportar a doença sem ser afetados. Após a infeção, a doença é transmissível de pessoa para pessoa, inclusive através do contacto com pessoas mortas em decorrência do vírus. Os homens que sobrevivem à doença continuam a ser capazes de a transmitir por via sexual durante cerca de dois meses. O diagnóstico tem geralmente início com a exclusão de outras doenças com sintomas semelhantes, como a malária, cólera ou outras febres hemorrágicas virais. Para a confirmação do diagnóstico inicial, o sangue é posteriormente analisado para detetar a presença de anticorpos do vírus, de ARN viral ou do próprio vírus.1
A prevenção é feita através de medidas que diminuem o risco de propagação da doença entre macacos ou porcos infetados e os seres humanos. Isto pode ser conseguido através do rastreio destes animais e, no caso de ser detectada a doença, matando e eliminando de forma apropriada os corpos. Deve-se também cozinhar a carne de forma adequada e é recomendado usar vestuário de proteção quando se manuseia carne. Na proximidade de uma pessoa infetada é recomendado que se lavem as mãos e que seja também usado vestuário de proteção.1
Não existe tratamento específico para o vírus. O tratamento envolve a administração de terapia de reidratação oral ou intravenosa. A doença tem uma taxa de mortalidade extremamente elevada – até cerca de 90%. Geralmente ocorre durante surtos em regiões tropicais da África subsariana.1 Entre 1976, o ano em que foi pela primeira vez identificada, e 2014, o número de casos registados em cada ano foi sempre inferior a 1000.1 2 O maior surto registado até 2014 foi o surto de ébola na África Ocidental de 2014.2 A doença foi identificada pela primeira vez no Sudão e na República Democrática do Congo. Tem havido esforços no sentido de desenvolver uma vacina, embora, à data de 2014, não esteja ainda disponível.1
Índice [esconder]
1 Sinais e sintomas
1.1 Fase hemorrágica
2 Causas
2.1 Transmissão
2.2 Reservatórios naturais
2.3 Virologia
3 Fisiopatologia
4 Diagnóstico
4.1 Classificação
4.2 Diagnóstico diferencial
5 Prevenção
5.1 Alterações comportamentais
5.2 Quarentena
5.3 Vacina
6 Tratamento
6.1 Indicado
6.2 Experimental
7 Prognóstico
8 Epidemiologia
8.1 1976
8.2 1995-2013
8.3 Surto de 2014
9 Investigação
9.1 Medicamentos
9.2 Vacina
9.3 Transfusão de sangue
10 História
10.1 África
10.2 Filipinas e Estados Unidos
11 Outros animais
11.1 Animais selvagens
11.2 Animais domésticos
12 Ver também
13 Referências
14 Ligações externas
Sinais e sintomas
Sintomas do ébola.3
Os sinais e sintomas do ébola geralmente têm início de forma súbita ao longo de um estágio inicial semelhante à gripe e caracterizado por fadiga, febre, dor de cabeça e dores nas articulações, musculares e abdominais.4 5 Vómitos, diarreia e anorexia são também sintomas comuns. Entre os sintomas menos comuns estão a inflamação da garganta, dores no peito, soluços, falta de ar e dificuldade em engolir.5 Em cerca de metade dos casos os pacientes apresentam exantema maculopapular.6
O tempo médio entre o momento em que se contrai a infeção e a primeira manifestação de sintomas é de entre 8 a 10 dias, mas pode ocorrer entre 2 e 21 dias.5 Os primeiros sintomas de FHE podem ser semelhantes aos de malária, dengue ou outras doenças tropicais, antes da doença progredir para a fase hemorrágica.4
Fase hemorrágica
Todas as pessoas infetadas mostram sintomas do envolvimento do sistema circulatório, como coagulopatia.6 Durante a fase hemorrágica, as primeiras hemorragias internas ou subcutâneas podem-se manifestar através de olhos avermelhados ou pela presença de sangue no vómito.4 Em cerca de 40-50% dos casos verificam-se relatos de hemorragias nas pregas da pele e das mucosas; por exemplo, no sistema digestivo, nariz, vagina e gengivas.7 Entre os tipos de hemorragias associados à doença estão a presença de sangue no vómito, na tosse e nas fezes. As hemorragias intensas são raras e geralmente restritas ao sistema digestivo.6 8 Geralmente, a evolução para sintomas hemorrágicos é um indicador do agravamento do prognóstico e a perda de sangue pode provocar a morte.9
Causas
A febre hemorrágica ébola é provocada por quatro das cinco espécies de vírus classificadas no género Ebolavirus, família Filoviridae, ordem Mononegavirales. Estas quatro espécies são o ébola-Zaire, ébola-Sudão, ébola-Bundibugyo e o ébola-Costa do Marfim. O quinto vírus, a espécie Reston, não aparenta provocar a doença em seres humanos. Durante um surto, as pessoas em maior risco são os profissionais de saúde e aqueles em contacto com os infetados.10
Transmissão
Ciclo de vida do vírus do ébola
A forma de transmissão do vírus ainda não é completamente compreendida.11 Pensa-se que a FHE ocorra após o portador inicial humano ter contraído o vírus mediante contacto com os fluídos corporais de um animal infetado. A transmissão entre humanos pode ocorrer através de contacto direto com o sangue ou fluídos corporais de uma pessoa ou animal infetados, incluindo o embalsamamento de cadáveres, ou por contacto com equipamento médico contaminado, particularmente agulhas e seringas.12 É provável que também ocorra transmissão através de exposição oral ou conjuntiva,13 tendo sido confirmada em outros primatas para além do ser humano.14 O potencial de infeções em grande escala por FHE é considerado baixo, uma vez que a doença só é transmitida por contacto direto com as secreções de indivíduos que mostrem sinais de infeção.12 A rápida manifestação dos sintomas faz com que seja relativamente fácil identificar indivíduos doentes e limita a capacidade de uma pessoa em transmitir a doença durante viagens. Uma vez que os mortos continuam a ser infeciosos, as autoridades de saúde removem-nos de forma segura, apesar dos rituais fúnebres tradicionais.15
Os profissionais de saúde que não usem vestuário de proteção apropriado apresentam um risco acrescido de contrair a doença.16 Verificou-se que no passado as as transmissões em meio hospitalar em África se deveram à reutilização de agulhas e inexistência de medidas de precaução universais.17
A doença não é transmitida por via aérea de forma natural.18 No entanto, pode ser transmitida através de gotículas inaláveis de 0,8–1,2 micrómetros produzidas em laboratório.19 Devido a esta potencial via de transmissão, estes vírus são classificados como armas biológicas de categoria A.20 Recentemente, observou-se que o vírus é capaz de ser transmitido sem contacto entre porcos e primatas não humanos.21
Os morcegos descartam fruta parcialmente ingerida, a qual é depois recolhida e comida por mamíferos terrestres como os gorilas. Esta cadeia de eventos constitui um possível meio de transmissão indireta entre o hospedeiro natural e as populações animais, pelo que a investigação se tem focado na saliva dos morcegos. Entre outros fatores, a produção de fruta e o comportamento animal variam consoante o local e a época, o que pode desencadear surtos ocasionais entre as populações animais quando se reúnem as condições propícias.22
Reservatórios naturais
Cozinhado de carne de animais selvagens no Gana. A prática de consumo de animais selvagens em África tem sido associado à transmissão de doenças para o ser humano, entre as quais o ébola.23
Considera-se que sejam os morcegos o reservatório natural mais provável, tendo também sido consideradas as plantas, os artrópodes e as aves.24 Sabe-se que a fábrica de algodão onde tiveram início os primeiros casos dos surtos de 1976 e 1979 era o habitat de vários morcegos, os quais também estão implicados nas infeções por vírus de Marburg em 1975 e 1980.25 De 24 espécies de plantas e 19 espécies de vertebrados inoculadas de forma experimental com o vírus ébola, só os morcegos é que foram infetados.26 A ausência de sinais clínicos nestes morcegos é característica das espécies reservatório.27 À data de 2005, tinham sido identificados três espécies de morcegos-da-fruta em contacto com o vírus — Hypsignathus monstrosus, Epomops franqueti e Myonycteris torquata. Estas espécies são agora suspeitas de serem o hospedeiro reservatório do vírus do ébola.28 29 Foram encontrados anticorpos contra o ébola-Zaire e os vírus Reston em morcegos no Bangladeche, identificando-se assim potenciais hospedeiros na Ásia.30
Entre 1976 e 1998, entre as amostras de 30 000 mamíferos, aves, répteis, anfíbios e artrópodes recolhidas nas regiões dos surtos, não foi detectado qualquer ébolavírus para além de alguns vestígios genéticos em seis roedores (Mus setulosus e Praomys) e um musaranho (Sylvisorex ollula) recolhidos na República Centro-Africana.25 31 Durante os surtos de 2001 e 2003 foram detectados vestígios de vírus de ébola nas carcaças de gorilas e chimpanzés, que mais tarde se tornaram a fonte de infeções em seres humanos. No entanto, a elevada mortalidade da infeção presente nestas espécies faz com que seja improvável que sejam o reservatório natural.25
Geralmente, a transmissão entre o reservatório natural e os seres humanos é rara, e em cada surto é possível identificar o caso de origem, no qual alguém manuseou carcaças de gorilas, chimpanzés ou Cephalophinae.32 Os morcegos-da-fruta são também uma fonte alimentar em algumas regiões da África ocidental, onde são fumados, grelhados ou usados na preparação de sopa.29 33
Virologia
Ver artigos principais: Ebolavirus e Vírus Ebola
Estrutura
O ebolavirus é um filovírus (o outro membro desta família é o vírus Marburg), com forma filamentosa, com 14 micrômetros de comprimento e 80 nanômetros de diâmetro. O seu genoma é de RNA fita simples de sentido negativo (é complementar à fita codificante). O genoma é protegido por capsídeo, é envelopado e codifica sete proteínas.34
Há três tipos: ébola–Zaire (EBO–Z), ébola–Sudão (EBO–S) com mortalidades de 83% e 54% respectivamente. A estirpe ébola–Reston foi descoberta em 1989 em macacos Macaca fascicularis importados das Filipinas para os Estados Unidos tendo infetado alguns tratadores por via respiratória.35
Replicação
O período de incubação do vírus ébola dura de 5 a 7 dias se a transmissão for parenteral e de 6 a 12 dias se a transmissão foi de pessoa a pessoa. O início dos sintomas é súbito com febre alta, calafrios, dor de cabeça, anorexia, náusea, dor abdominal, dor de garganta e prostração profunda. Em alguns casos, entre o quinto e o sétimo dia de doença, aparece exantema de tronco, anunciando manifestações hemorrágicas: conjuntivite hemorrágica, úlceras sangrentas em lábios e boca, sangramento gengival, hematemese (vômito com presença de sangue) e melena (hemorragia intestinal, em que as fezes apresentam sangue). Nas epidemias observadas, todos os casos com forma hemorrágica evoluíram para morte. Nos períodos epidêmicos e de surtos, a taxa de letalidade variou de 50 a 90%.36 Seu contágio pode ser por via respiratória, ou contato com fluidos corporais de uma pessoa infectada.
Fisiopatologia
Esquema fisiopatológico
Os principais alvos da infeção são as células endoteliais, os fagócitos mononucleares e os hepatócitos. Após a infeção, é sintetizada uma glicoproteína segregada (sGP) denominada glicoproteína do vírus do ébola (GP). A replicação do vírus do ébola ultrapassa a própria síntese proteica das células infetadas e das defesas imunitárias do hospedeiro. A GP forma um complexo trimérico, o qual liga o vírus às células endoteliais que revestem a superfície interior dos vasos sanguíneos. A sGP forma um dímero proteico que interfere com a sinalização dos neutrófilos (um tipo de glóbulos brancos) o que permite ao vírus esquivar-se do sistema imunitário inibindo os primeiros passos da ativação dos neutrófilos. Estes glóbulos brancos também atuam como contentores para o transporte do vírus pelo corpo do hospedeiro, depositando-o nos gânglios linfáticos, fígado, pulmões e baço.37
A presença de partículas virais e de danos nas células resultantes da gemulação provocam a libertação de citocinas, as quais sçai as moléculas de sinalização para a febre e inflamação. O efeito citopático da infeção nas células endoteliais provoca a perda da integridade vascular. Esta perda é posteriormente agravada devido à síntese de GP, o que reduz as integrinas específicas responsáveis pela coesão celular na estrutura intercelular, e devido às lesões no fígado, que provocam coagulopatia.38
Diagnóstico
O historial médico da pessoa, em particular o historial recente de viagens, trabalho e exposição à vida selvagem, são critérios importantes para se suspeitar de um diagnóstico de febre hemorrágica ébola. O diagnóstico é confirmado através do isolamento do vírus, detectando o seu ARN ou proteínas, ou detectando no sangue da pessoa os anticorpos do vírus. Isolar o vírus é mais eficaz durante a fase inicial e após a morte, enquanto que a detecção dos anticorpos é eficaz em estágios avançados e nas pessoas em recuperação. O isolamento do vírus é realizado em cultura celular; o ARN viral é detetado através de reação em cadeia da polimerase (PCR) e as proteínas são detectadas através do teste ELISA.39
Durante um surto, geralmente não é praticável isolar o vírus. Assim, os métodos de diagnóstico mais comuns são a deteção de proteínas em tempo real (PCR e ELISA), os quais podem ser realizados no terreno ou em hospitais de campanha.40 É possível observar e identificar os filoviriões em culturas celulares através do microscópio eletrónico devido à sua forma filamentosa característica, embora a microscopia electrónica não seja capaz de distinguir entre os vários filovírus.41
Classificação
Árvore filogenética com a comparação entre o ebolavirus e o marburgvirus. Os números indicam a percentagem de confiança nos ramos.
Os géneros Ebolavirus e Marburgvirus foram inicialmente classificados como espécies do hoje em dia obsoleto género Filovirus. Em março de 1998, foi proposto no Comité Internacional de Taxonomia de Vírus alterar o género Filovirus para a família Filoviridae com dois géneros específicos: ébolavírus e marburgvírus, proposta implementada entre 2001 e 2002.42
As taxas de modificação genética do ébola são cerca de cem vezes mais lentas do que a gripe A em seres humanos, mas na mesma magnitude das da hepatite B. Isto levanta a hipótese de os ébolavírus e marburgvírus terem divergido há alguns milhares de anos.43 No entanto, os fósseis genéticos dos filovírus encontrados em mamíferos indicam que a família em si remonta a, pelo menos, dezenas de milhões de anos.44 Têm sido encontrados no genoma do hamster-chinês vírus fossilizados que são estreitamente relacionados com os ebolavírus.45
Diagnóstico diferencial
Os sintomas da frebre hemorrágica ébola são semelhantes aos da doença de Marburg.46 A doença pode também ser confundida com diversas doenças comuns na África equatorial, como outras frebres hemorrágicas virais, malária, febre tifóide, disenteria bacteriana, doenças rickettsianas como o tifo epidémico, cólera, sepse gram-negativa ou doença de Lyme.
Prevenção
Análise de um vírus de ébola com proteção de vestuário pressurizado de modo a evitar eventuais infeções.
Alterações comportamentais
Os vírus ébola são contagiosos, pelo que a prevenção envolve fundamentalmente precauções comportamentais, equipamento de proteção individual e desinfeção. As técnicas para evitar a infeção englobam evitar o contacto com sangue ou secreções corporais infetadas, incluindo as dos mortos.11 Isto implica detectar e diagnosticar a doença durante a fase inicial e usar medidas de precaução universais para todos os pacientes.47 Entre as medidas recomendadas durante o tratamento de pessoas suspeitas de estarem infetadas estão o uso de vestuário de proteção adequado, como máscaras, luvas, batas, óculos, esterilização e isolamento do equipamento.11 A lavagem das mãos é igualmente importante, mas pode ser difícil em regiões onde a disponibilidade de água é escassa.9
Devido à inexistência de equipamento adequado e práticas de higiene, as epidemias em larga escala têm ocorrido principalmente em regiões isoladas e pobres, sem hospitais modernos ou equipas médicas com formação adequada. As autoridades têm também desencorajado alguns rituais fúnebres tradicionais, em particular os que envolvem o embalsamamento do corpo.47 As tripulações de companhias aéreas que voam para estas regiões são geralmente treinadas para identificar o ébola e isolar pessoas que apresentem os sintomas da doença.48
Quarentena
A quarentena é geralmente eficaz na diminuição da velocidade de propagação.49 50 As autoridades geralmente colocam de quarentena as áreas onde a doença ocorre ou as pessoas que possam estar infetadas.51 O número reduzido de estradas ou meios de transporte pode ajudar a diminuir a velocidade de propagação em África. Durante o surto de 2014, a Libéria encerrou todas as escolas.52
Vacina
Não está atualmente disponível qualquer vacina para os seres humanos.1 53 54 Os candidatos mais proeminentes são vacinas ADN55 ou vacinas derivadas de adenovírus,56 vírus da estomatite vesicular (VSIV)57 58 59 ou de partículas semelhantes a vírus (VLP).60 As vacinas ADN, de adenovírus e VSIV passaram à fase de ensaio clínico.61 62 63 64 As vacinas têm-se mostrado eficazes na proteção de primatas não humanos. A imunização demora seis meses, o que não permite que as vacinas sejam usadas como medida de controlo de epidemias.56
Tratamento
Indicado
Ala de quarentena no Uganda, durante o surto de outubro de 2000
Não existe atualmente qualquer tratamento aprovado para o vírus ébola.54 O tratamento é fundamentalmente de natureza paliativa.65 Entre as medidas estão a gestão da dor e medicamentos para o enjoo, febre e ansiedade, assim como a administração de líquidos por via oral ou intravenosa.65 Podem também ser administrados derivados do sangue, como hemácias, plaquetas ou plasma.65 Têm também sido tentados outros reguladores da coagulação, como a heparina, para de impedir a coagulação intravascular disseminada e factores de coagulação, de modo a diminuir a hemorragia.65 Têm sido muitas vezes usados medicamentos para a malária e infeções bacterianas, uma vez que na fase inicial o diagnóstico geralmente não é conclusivo.65 O tratamento durante a fase inicial da doença pode aumentar as hipóteses de sobrevivência.66
Experimental
Estão atualmente a ser estudados diversos tratamentos experimentais.67 Nos Estados Unidos e durante o surto de 2014, a Food and Drug Administration permitiu que dois fármacos, o ZMapp e um RNA interferente denominado TKM-Ebola, fossem usados em pessoas infetadas com o ébola mediante condições muito restritas.68 69 Estão também a ser realizados testes com animais com um fármaco experimental denominado BCX4430, com o intuito de vir a ser uma possível terapia em seres humanos.70
Prognóstico
A doença apresenta uma taxa de mortalidade elevada, frequentemente entre 50 e 90%.1 71 No caso de uma pessoa infetada sobreviver, a recuperação é geralmente rápida e completa. No entanto, nos casos de maior duração ocorrem muitas vezes complicações com problemas a longo prazo, como inflamação dos testículos, dores nas articulações, dores musculares, esfoliação da pele ou perda de cabelo. Têm também sido observados sintomas oculares, como sensibilidade à luz, epífora, uveíte, corioretinite ou cegueira. Os vírus de ébola são capazes de persistir no sémen de alguns sobreviventes até sete semanas, o que possibilita o contágio através de relações sexuais.1
Epidemiologia
Trabalhador do CDC incinera lixo hospitalar no Zaire em 1976
A doença geralmente ocorre em surtos em regiões tropicais da África subsariana.1 De 1976, quando foi identificado pela primeira vez, até 2013, a Organização Mundial de Saúde relatou 1.716 casos confirmados.1 2 O maior surto já registrado é da África Ocidental em 2014, que está afetando Guiné, Serra Leoa, Libéria e Nigéria.72 73 Em 13 de agosto, 2127 casos foram identificados, com 1.145 mortes confirmadas.72
1976
O primeiro caso identificado de Ebola foi registrado em 26 de agosto de 1976, em Yambuku, uma pequena vila rural no distrito de Mongala, no norte da República Democrática do Congo (então conhecida como Zaire).74
O paciente zero foi o diretor da escola da vila, Mabalo Lokela, que visitou uma área perto da fronteira com a República Centro-Africana, ao longo do rio Ebola, entre 12 e 22 agosto. Em 8 de setembro ele morreu por conta do que viria a ser conhecido como o vírus Ebola, do gênero Ebolavirus.75
Posteriormente, foram relatados vários outros casos, quase todos centradas no hospital de Yambuku.75 318 casos e 280 mortes (taxa de mortalidade de 88%) ocorreram no Zaire.76
O surto de Ebola foi contido com a ajuda da Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o transporte da força aérea congolesa, colocando em quarentena moradores, esterilizando equipamentos médicos e fornecendo roupas de proteção.77
O vírus responsável pelo surto inicial, que primeiro acreditou-se ser o vírus de Marburg, mais tarde foi identificado como um novo tipo de vírus relacionado ao Marburg e nomeado por conta do rio Ebola, nas proximidades.77
Outro Ebolavirus, a espécie de vírus Sudão, também foi identificada no mesmo ano, quando um surto ocorrido no Sudão afetou 284 pessoas e matou 151.77
1995-2013
Casos de ebola em África entre 1979 e 2008.
O segundo grande surto ocorreu em 1995, na República Democrática do Congo, afetando 315 e matando 254. O próximo grande surto ocorreu em Uganda em 2000, afetando 425 e matando 224; neste caso, o vírus do tipo Sudão foi a espécie de Ebolavirus responsável pelo surto.78 Em 2003, houve um surto na República do Congo que afetou 143 e matou 128, uma taxa de mortalidade de 90%, a mais alta até o momento.79
Em agosto de 2007, 103 pessoas foram infectadas por uma suspeita de surto de febre hemorrágica, na aldeia de Kampungu, na República Democrática do Congo. O surto começou após os funerais de dois chefes de aldeia e 217 pessoas em quatro aldeias adoeceram.78 80 81 O surto de 2007 acabou afetando 264 pessoas e resultou na morte de 187.1
Em 30 de novembro de 2007, o Ministério da Saúde de Uganda confirmou um surto de Ebola no distrito de Bundibugyo, no oeste do país. Após a confirmação de amostras testadas pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a OMS confirmou a presença de uma nova espécie de Ebolavirus, que ficou com o nome provisório de Bundibugyo.82 A OMS relatou 149 casos desta nova versão do vírus e 37 que resultaram em mortes.1
A OMS confirmou dois pequenos surtos em Uganda em 2012. O primeiro surto afetou 7 pessoas e resultou na morte de quatro e o segundo afetou 24, resultando na morte de 17. A variante Sudão foi responsável por ambos os surtos.1
Em 17 de agosto de 2012, o Ministério da Saúde da República Democrática do Congo relatou um surto da variante Bundibugyo83 na região leste.84 85 Além de sua descoberta, em 2007, esta foi a única vez que esta variante foi identificada como sendo o responsável por um surto. A OMS revelou que o vírus havia adoecido 57 pessoas e tirado a vida de 29. A causa provável do surto foi caça de animais selvagens por moradores locais em torno das cidades de Isiro e Viadana.1 86
Surto de 2014
Ver artigo principal: Surto de ébola na África Ocidental de 2014
Em março de 2014, a Organização Mundial de Saúde (OMS) informou um grande surto de Ebola na Guiné, um país da África Ocidental; é o maior já registrado e o primeiro registrado na região.87 Os pesquisadores rastrearam a eclosão do surto a uma criança de dois anos que morreu no dia 6 de dezembro de 2013.88
Países da África Ocidental que foram afetados pelo surto de 2014.
Em 8 de agosto de 2014, a OMS declarou a epidemia uma emergência de saúde pública internacional. Instando o mundo a oferecer ajuda às regiões afetadas, o diretor-geral disse que "os países afetados até o momento simplesmente não têm a capacidade de gerenciar um surto desta dimensão e complexidade por conta própria. Exorto a comunidade internacional a prestar este apoio com base mais urgente possível."89 Em meados de agosto de 2014, a organização Médicos Sem Fronteiras denunciou a situação na capital da Libéria, Monrovia, como "catastrófica" e que "deteriorava a cada dia". Eles relatam que os temores de Ebola entre os membros das equipes médicas e os pacientes fechou grande parte do sistema de saúde da cidade, o que deixou muitas pessoas sem tratamento para outras doenças.90 No final de agosto de 2014, a doença se espalhou para a Nigéria.91 92
Em 6 de setembro de 2014, 4.293 casos suspeitos, incluindo 2.296 mortes haviam sido notificados, no entanto, a Organização Mundial de Saúde disse que esses números podem ser muito subestimados.93 Além disso, o surto resultou em mais de 120 mortes de trabalhadores de saúde, em parte, devido à falta de equipamentos e longas horas de exposição.94 Em 8 de setembro de 2014, a OMS alertou que o número de novos casos na Libéria estava aumentando exponencialmente e aumentaria em "muitos milhares" nas três semanas seguintes.95
Além do custo humano, o surto tem corroído severamente as economias dos países afetados. Em agosto de 2014, tentativas de conter o surto foram decretadas, como a colocação de tropas em estradas para isolar as áreas infectadas e impedir aqueles que podem estar infectados de sair e espalhar ainda mais a propagação do vírus.96 Em setembro, com o fechamento das fronteiras, as cancelamento de voos das companhias aéreas, a evacuação de trabalhadores estrangeiros e um colapso do comércio transfronteiriço, os déficits nacionais da Guiné, Serra Leoa e Libéria foram ampliando-se até o ponto que o Fundo Monetário Internacional (FMI) cogitou expandir o seu apoio financeiro aos três países. A OMS, a Médicos Sem Fronteiras e os profissionais de saúde das Nações Unidas criticaram as restrições de viagem dizendo que não se justificam e potencialmente podem agravar a crise na região.97 98 Um relatório do Financial Times sugeriu que o impacto econômico do surto poderia matar mais pessoas do que o próprio vírus.
Investigação
Medicamentos
Investigadores examinam diapositivos de culturas celulares que produzem anticorpos monoclonais, no intuito de selecionar os mais promissores.
Em agosto de 2014, não estavam aprovados quaisquer fármacos para o tratamento ou prevenção do ébola e as autoridades de saúde aconselham as pessoas a prestar atenção a produtos fraudulentos.99 A falta de disponibilidade de tratamentos experimentais nas regiões mais afetadas durante o surto de 2014 desencadeou alguma controvérsia, levando a que alguns sectores exigissem que houvesse maior disponibilidade de tratamentos experimentais em África por razões humanitárias, enquanto outros alegavam que tornar disponíveis fármacos experimentais sem eficácia demonstrada não seria ético, sobretudo tendo em consideração que no passado esta região já foi alvo de tratamentos experimentais de farmacêuticas.100 101 Em 12 de agosto de 2014, a OMS divulgou uma nota em que afirmava que o uso de tratamentos cuja eficácia ainda não está demonstrada é ético em determinadas situações, num esforço para tratar ou prevenir a doença.102
O ZMapp é um fármaco experimental à base de três anticorpos monoclonais. Apesar da pouca disponibilidade, tem sido usado no tratamento de um número reduzido de pessoas infetadas com o vírus ébola. Embora algumas destas pessoas tenham recuperado, os resultados não são considerados significativos em termos estatísticos.103 No entanto, o ZMapp demonstrou ter elevada eficácia em ensaios clínicos com macacos Rhesus.104
O Favipiravir, um antiviral aprovado no Japão para armazenamento de prevenção para pandemias de gripe, aparenta ter alguma eficácia em modelos de ratos de ébola.4 105 Os recetores de estrogénio usados no tratamento de infertilidade e cancro da mama (clomifeno e toremifeno) inibem a progressão do vírus de ébola em ratos infetados.106 90% dos ratos tratados com clomifeno e 50% dos ratos tratados com toremifeno sobreviveram aos ensaios.106 Um estudo de 2014 verificou que a amiodarona, um bloqueador dos canais de iões usado no tratamento de arritmias cardíacas, bloqueia in vitro a entrada do vírus de ébola nas células.107
Existem outros tratamentos promissores baseados na tecnologia antissenso. Tanto os SiRNA como os oligómeros de morfolino (PMO) que têm como alvo uma proteína do ébolavírus Zaire podem prevenir a doença em primatas não humanos.108 109 Um destes fármacos encontra-se atualmente em ensaios clínicos.110 O TKM-Ebola é um composto de ARN, à data de setembro de 2014 em ensaios clínicos em seres humanos.68 111
Vacina
Não está atualmente disponível qualquer vacina para seres humanos.1 99 É expectável que a primeira vacina contra o ébola esteja disponível em novembro de 2014.112 Os candidatos mais prováveis são as vacinas de ADN55 ou vacinas derivadas de adenovírus,56 do vírus da estomatite vesicular57 58 59 ou de partículas de filovírus60 uma vez que estes candidatos são capazes de proteger primatas não humanos da indução de doenças de ébola. Tanto as vacinas de ADN, como vacinas de adenovírus ou de vírus de estomatite entraram em ensaios clínicos.61 62 63 113
As vacinas têm demonstrado proteger primatas não humanos. A imunização leva aproximadamente seis meses, o que impede o seu uso como medida de controlo de surtos. No intuito de procurar uma vacina que se tornasse eficaz mais rapidamente, em 2003 foi ensaiada em macacos uma vacina que usava um vetor adenoviral com a proteína ébola. Após 28 dias, os animais foram testados com o vírus e demonstraram resistência.56 Em 2005, uma vacina com base num vetor atenuado de vírus da estomatite vesicular recombinante que transportava a glicoproteína de ébola ou do vírus de Marburg demonstrou proteger primatas não humanos,114 abrindo as portas para ensaios em seres humanos.61 Em outubro do mesmo ano finalizou-se o primeiro ensaio em seres humanos, decorrido ao longo de três meses em que se induziu uma resposta imune. Os indivíduos foram examinados ao longo de um ano e, em 2006, iniciou-se um estudo para testar uma vacina de rápida ação e em toma única, completado em 2008.62 O próximo passo será testar a vacina numa estirpe de ébola mais semelhante àquela que infeta os seres humanos.115 Em dezembro de 2001 foi anunciado o desenvolvimento bem sucedido de uma vacina contra o ébola em ratos. Ao contrário dos seus antecessores, podia ser congelada e armazenada durante longos períodos de tempo de prevenção para um novo surto.116 Em 2009, foi usada uma vacina experimental desenvolvida no Laboratório Nacional do Canadá para tratar um cientista alemão que podia ter sido infetado durante um acidente num laboratório.117 No entanto, não foi possível demonstrar inequivocamente que a infeção por ébola tenha ocorrido.118 De forma experimental, tem sido usado com algum sucesso um vírus da estomatite vesicular recombinante em modelos de primatas não humanos, enquanto profilaxia pós-exposição.119 120 Em setembro de 2014 tiveram início diversos ensaios clínicos de uma vacina experimental conhecida como "vacina NIAID/GSK", desenvolvida em conjunto pela GlaxoSmithKline e pelo National Institutes of Health. É baseada num adenovírus modificado de chimpanzé e, caso os ensaios sejam bem sucedidos, estão a ser preparadas 10 000 doses da vacina para serem rapidamente aplicadas na África Ocidental.121 122
Transfusão de sangue
O soro de sobreviventes da infeção está atualmente a ser estudado enquanto possibilidade de tratamento eficaz.112 Durante uma reunião agendada pela OMS, esta investigação foi vista como prioritária.112 Sete de oito pessoas infetadas com ébola sobreviveram após terem recebido uma transfusão de sangue doada por indivíduos que já tinham sobrevivido à infeção no surto de 1999 na República Democrática do Congo.65 123 No entanto, este tratamento só foi iniciado numa fase avançada da doença, o que significa que os indivíduos já poderiam estar a recuperar por si próprios, tendo também recebido tratamento de maior qualidade em relação ao que é comum,65 pelo que o potencial tratamento é ainda controverso.124 A administração de imunoglobulina por via intravenosa aparenta oferecer alguma proteção em primatas não humanos expostos a grandes quantidades de ébola.125
História
Fotografia de 1976 mostrando duas enfermeiras que estão na frente de Mayinga N'Seka, uma paciente com a febre hemorrágica Ebola; ela morreu poucos dias mais tarde, devido a uma hemorragia interna grave.
África
O vírus Ebola foi isolado pela primeira vez em 1976, durante a epidemia de febre hemorrágica de ebola na República Democrática do Congo (então Zaire)126 e Sudão do Sul.127 O nome da doença se origina a partir do primeiro surto registrado em 1976, em Yambuku, na República Democrática do Congo, que fica às margens do rio Ebola.126
Filipinas e Estados Unidos
No final de 1989, a Unidade de Quarentena da Hazelton Research Products em Reston, Virgínia, sofreu um surto misterioso de uma doença fatal (inicialmente diagnosticada como" febre hemorrágica do vírus símio") entre um carregamento de macacos da espécia Macaca fascicularis, importados das Filipinas. O patologista veterinário do Hazelton enviou amostras de tecidos dos animais mortos para o Instituto Médico de Doenças Infecciosas do Exército dos Estados Unidos, em Fort Detrick, Maryland, onde um teste de laboratório conhecida como um ensaio ELISA mostrou anticorpos contra o vírus Ebola.128 Um microscopista de elétrons da instituição descobriu um filovírus com aparência similar a do Ebola nas amostras de tecido enviadas de Reston."129
Pouco depois, uma equipe do Exército dos Estados Unidos entrou em ação para sacrificar os macacos que ainda não tinha morrido, trazendo esses macacos e aqueles que já tinham morrido por conta da doença para Fort Detrick para estudos dos patologistas, veterinários e virologistas do exército, em condições de segurança.128
Amostras de sangue foram retiradas de 178 tratadores de animais durante o incidente.130 Destes, seis tratadores de animais seroconverteram. no entanto, quando os tratadores acabaram por não ficarem doentes, o CDC concluiu que o vírus tinha uma patogenicidade muito baixa para os seres humanos.131
As Filipinas e os Estados Unidos nunca tinham registrado casos anteriores de infecção por Ebola, e sobre um maior isolamento, os pesquisadores concluíram que era outra cepa do vírus Ebola, ou um novo filovirus de origem asiática, que deram o nome "Vírus Ebola de Reston", por conta do local do incidente.128
Outros animais
Animais selvagens
Pensa-se que os surtos de ébola entre as populações humanas sejam o resultado do manuseamento de carcaças de animais selvagens infetados. Parte da investigação sugere que um surto em animais selvagens usados para consumo alimentar possam espoletar também um surto em seres humanos. Desde 2003, estes surtos têm sido monitorizados através da vigilância das populações animais, com o intuito de prever e prevenir surtos de ébola humanos.132
As carcaças de gorilas que têm sido recuperadas contêm diversas estirpes de ébola, o que sugere múltiplas introduções do vírus. Os corpos decompõem-se rapidamente e as carcaças deixam de ser infeciosas após três ou quatro dias. O contacto entre grupos de gorilas é raro, o que sugere que a transmissão entre grupos de gorilas é pouco provável e que os surtos resultam da transmissão entre o reservatório natural e as populações animais.133
O ébola apresenta uma elevada taxa de mortalidade entre os primatas.134 Por exemplo, é provável que os surtos frequentes de ébola tenham provocado a morte a mais de 5000 gorilas135 e tenham sido responsáveis por um declínio observável de 88% entre as populações de chimpanzés no Santuário de Lossi entre 2002 e 2003.133 A transmissão entre chimpanzés através do consumo de carne constitui um fator de risco significativo, enquanto que o contacto entre indivíduos, por exemplo através do toque, não o é.136
Animais domésticos
O ébolavírus Reston (REBOV) pode ser transmitido para porcos.137 Este vírus foi descoberto em 1989 durante um surto do que na época se pensou ser um surto de febre hemorrágica símia (SHFV) entre Macaca fascicularis importados das Filipinas,51 e no qual o vírus infetou porcos.138 Apesar da sua classificação como organismo de biossegurança de nível 4 e da sua aparente patogenicidade entre macacos, o REBOV não provocou a doença entre os trabalhadores dos laboratórios.139 Em 2012, demonstrou-se que o vírus pode ser transmitido entre porcos e primatas não humanos sem qualquer contacto, embora o mesmo estudo não tenha demonstrado que possa ocorrer essa forma de transmissão entre primatas.137 De acordo com a OMS, a limpeza e desinfeção de rotina em quintas de porcos com hipoclorito de sódio, ou outros detergentes, deve ser eficaz na inativação do ebolavírus Reston. Caso se suspeite de um surto, toda a área deve ser posta imediatamente de quarentena.77 Embora os porcos infetados com REBOV tenham tendência a exibir sintomas da doença, tem-se verificado que os cães podem ser infetados com EBOV e manter-se assintomáticos. Nalgumas partes de África, os cães são necrófagos, ingerindo ocasionalmente animais infetados e corpos humanos. 140
Ver também
Surto de ébola na África Ocidental de 2014
Referências
↑ Ir para: a b c d e f g h i j k l m n o p Organização Mundial de Saúde (Março de 2014). Ebola virus disease Fact sheet N°103. Página visitada em 4 de julho de 2014.
↑ Ir para: a b c Ebola Viral Disease Outbreak — West Africa, 2014 (27 de junho de 2014). Página visitada em 4 de julho de 2014.
Ir para cima ↑ Centers for Disease Control and Prevention (28 de janeiro de 2014). Ebola Hemorrhagic Fever.
↑ Ir para: a b c d Gatherer D. (2014). "The 2014 Ebola virus disease outbreak in West Africa". J. Gen. Virol. 95 (Pt 8): 1619–1624. DOI:10.1099/vir.0.067199-0. PMID 24795448.
↑ Ir para: a b c CDC (28 de janeiro de 2014). Ebola Hemorrhagic Fever Signs and Symptoms. Página visitada em 2 de agosto de 2014.
↑ Ir para: a b c Hoenen T, Groseth A, Falzarano D, Feldmann H. (Maio de 2006). "Ebola virus: unravelling pathogenesis to combat a deadly disease". Trends in Molecular Medicine 12 (5): 206–215. DOI:10.1016/j.molmed.2006.03.006. PMID 16616875.
Ir para cima ↑ Medscape. Ebola Virus, Clinical Presentation. Página visitada em 30 de julho de 2012.
Ir para cima ↑ Fisher-Hoch SP, Platt GS, Neild GH, Southee T, Baskerville A, Raymond RT, Lloyd G, Simpson DI. (1985). "Pathophysiology of shock and hemorrhage in a fulminating viral infection (Ebola)". J. Infect. Dis. 152 (5): 887–894. DOI:10.1093/infdis/152.5.887. PMID 4045253.
↑ Ir para: a b Gatherer, D. (Agosto de 2014 Aug). "The 2014 Ebola virus disease outbreak in West Africa.". The Journal of general virology 95 (Pt 8): 1619-1624. PMID 24795448.
Ir para cima ↑ Ebola Hemorrhagic Fever Risk of Exposure (1 de agosto de 2014).
↑ Ir para: a b c Ebola Hemorrhagic Fever Prevention (31 de julho de 2014). Página visitada em 2 de agosto de 2014.
↑ Ir para: a b CDC Telebriefing on Ebola outbreak in West Africa (28 de julho de 2014). Página visitada em 3 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Jaax N, Jahrling P, Geisbert T, Geisbert J, Steele K, McKee K, Nagley D, Johnson E, Jaax G, Peters C. (Dezembro de 1995). "Transmission of Ebola virus (Zaire strain) to uninfected control monkeys in a biocontainment laboratory". Lancet 346 (8991–8992): 1669–1671. DOI:10.1016/S0140-6736(95)92841-3. ISSN 0140-6736. PMID 8551825.
Ir para cima ↑ Jaax NK, Davis KJ, Geisbert TJ, Vogel P, Jaax GP, Topper M, Jahrling PB. (Fevereiro de 1996). "Timed appearance of lymphocytic choriomeningitis virus after gastric inoculation of mice". Archives of pathology & laboratory medicine 120 (2): 140–155. PMID 8712894.
Ir para cima ↑ New York Times (18 de fevereiro de 2001). Dr. Matthew's Passion. Página visitada em 15 de fevereiro de 2008.
Ir para cima ↑ Mayo Clinic. Ebola virus and Marburg virus: Causes.
Ir para cima ↑ Lashley, Felissa R.; Durham,Jerry D.. Emerging infectious diseases trends and issues. 2ª ed. Nova Iorque: Springer. p. 141. ISBN 9780826103505
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas WHOAir2014
Ir para cima ↑ Johnson E, Jaax N, White J, Jahrling P. (Agosto de 1995). "Lethal experimental infections of rhesus monkeys by aerosolized Ebola virus". International journal of experimental pathology 76 (4): 227–236. ISSN 0959-9673. PMID 7547435.
Ir para cima ↑ Leffel EK, Reed DS. (2004). "Marburg and Ebola viruses as aerosol threats". Biosecurity and bioterrorism : biodefense strategy, practice, and science 2 (3): 186–191. DOI:10.1089/bsp.2004.2.186. ISSN 1538-7135. PMID 15588056.
Ir para cima ↑ Weingartl HM, Embury-Hyatt C, Nfon C, Leung A, Smith G, Kobinger G. (2012). "". Sci Rep 2: 811. DOI:10.1038/srep00811. PMID 23155478.
Ir para cima ↑ Gonzalez JP, Pourrut X, Leroy E. (2007). "Ebolavirus and other filoviruses". Current topics in microbiology and immunology 315: 363–387. DOI:10.1007/978-3-540-70962-6_15. PMID 17848072.
Ir para cima ↑ The Independent. African monkey meat that could be behind the next HIV.
Ir para cima ↑ BBC News (11 de dezembro de 2005). Fruit bats may carry Ebola virus. Página visitada em 25 de fevereiro de 2008.
↑ Ir para: a b c Pourrut X, Kumulungui B, Wittmann T, Moussavou G, Délicat A, Yaba P, Nkoghe D, Gonzalez JP, Leroy EM. (2005). "The natural history of Ebola virus in Africa". Microbes and infection / Institut Pasteur 7 (7–8): 1005–1014. DOI:10.1016/j.micinf.2005.04.006. PMID 16002313.
Ir para cima ↑ Swanepoel R, Leman PA, Burt FJ, Zachariades NA, Braack LE, Ksiazek TG, Rollin PE, Zaki SR, Peters CJ. (Outubro de 1996). "Experimental inoculation of plants and animals with Ebola virus". Emerging Infectious Diseases 2 (4): 321–325. DOI:10.3201/eid0204.960407. ISSN 1080-6040. PMID 8969248.
Ir para cima ↑ Leroy EM, Kumulungui B, Pourrut X, Rouquet P, Hassanin A, Yaba P, Délicat A, Paweska JT, Gonzalez JP, Swanepoel R. (2005). "Fruit bats as reservoirs of Ebola virus". Nature 438 (7068): 575–576. DOI:10.1038/438575a. PMID 16319873. Bibcode: 2005Natur.438..575L.
Ir para cima ↑ Pourrut X, Délicat A, Rollin PE, Ksiazek TG, Gonzalez JP, Leroy EM. (2007). "Spatial and temporal patterns of Zaire ebolavirus antibody prevalence in the possible reservoir bat species". The Journal of infectious diseases Suppl 2 (s2): S176–S183. DOI:10.1086/520541. PMID 17940947.
↑ Ir para: a b Starkey, Jerome (5 de abril de 2014). 90 killed as fruit bats spread Ebola virus across West Africa Título não preenchido, favor adicionar. Página visitada em 5 de abril de 2014.
Ir para cima ↑ Olival KJ, Islam A, Yu M, Anthony SJ, Epstein JH, Khan SA, Khan SU, Crameri G, Wang LF, Lipkin WI, Luby SP, Daszak P. (2013). "Ebola virus antibodies in fruit bats, bangladesh". Emerging Infect. Dis. 19 (2): 270–3. DOI:10.3201/eid1902.120524. PMID 23343532.
Ir para cima ↑ Morvan JM, Deubel V, Gounon P, Nakouné E, Barrière P, Murri S, Perpète O, Selekon B, Coudrier D, Gautier-Hion A, Colyn M, Volehkov V. (1999). "Identification of Ebola virus sequences present as RNA or DNA in organs of terrestrial small mammals of the Central African Republic". Microbes and Infection 1: 1193–1201. DOI:10.1016/S1286-4579(99)00242-7. PMID 10580275.
Ir para cima ↑ Peterson AT, Bauer JT, Mills JN. (2004). "Ecologic and Geographic Distribution of Filovirus Disease". Emerging Infectious Diseases 10 (1): 40–47. DOI:10.3201/eid1001.030125. PMID 15078595.
Ir para cima ↑ BBC News. Guinea Ebola outbreak: Bat-eating banned to curb virus. Página visitada em 4 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas InfoEscola
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Brasil_Escola
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Infop.C3.A9dia
Ir para cima ↑ Smith, Tara. Ebola (Deadly Diseases and Epidemics). [S.l.]: Chelsea House Publications, 2005. ISBN 0-7910-8505-8
Ir para cima ↑ Sullivan N, Yang ZY, Nabel GJ. (2003). "Ebola Virus Pathogenesis: Implications for Vaccines and Therapies". Journal of Virology 77 (18): 9733–9737. DOI:10.1128/JVI.77.18.9733-9737.2003. PMID 12941881.
Ir para cima ↑ Centers for Disease Control (28 de janeiro de 2014). Ebola Hemorrhagic Fever Diagnosis. Página visitada em 3 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Grolla A, Lucht A, Dick D, Strong JE, Feldmann H. (2005). "Laboratory diagnosis of Ebola and Marburg hemorrhagic fever". Bull Soc Pathol Exot 98 (3): 205–9. PMID 16267962.
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Geisbert1995
Ir para cima ↑ Büchen-Osmond, Cornelia (2006-04-25). ICTVdB Virus Description – 01.025.0.02. Ebolavirus International Committee on Taxonomy of Viruses. Página visitada em 2009-06-02.
Ir para cima ↑ Suzuki Y, Gojobori T. (1997). "The origin and evolution of Ebola and Marburg viruses". Molecular Biology and Evolution 14 (8): 800–6. DOI:10.1093/oxfordjournals.molbev.a025820. PMID 9254917.
Ir para cima ↑ Taylor DJ, Leach RW, Bruenn J. (2010). "Filoviruses are ancient and integrated into mammalian genomes". BMC Evolutionary Biology 10: 193. DOI:10.1186/1471-2148-10-193. PMID 20569424.
Ir para cima ↑ Taylor DJ, Dittmar K, Ballinger MJ, Bruenn JA. (2011). "Evolutionary maintenance of filovirus-like genes in bat genomes". BMC Evolutionary Biology 11: 336. DOI:10.1186/1471-2148-11-336. PMID 22093762.
Ir para cima ↑ In: Kasper. Harrison's Principles of Internal Medicine. 18th ed. [S.l.]: McGraw-Hill, 2012. ISBN 0-07-174889-X
↑ Ir para: a b Centers for Disease Control and Prevention e Organização Mundial de Saúde. Infection Control for Viral Haemorrhagic Fevers in the African Health Care Setting. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention, 1998.
Ir para cima ↑ Ebola Virus: Symptoms, Treatment, and Prevention. Página visitada em 4 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Sompayrac, Lauren. How pathogenic viruses work. 3ª ed. Boston: Jones and Bartlett Publishers. p. 87. ISBN 9780763720827
Ir para cima ↑ Alazard-Dany,N; Ottmann Terrangle, M; Volchkov, V. (Abril de 2006). "Ebola and Marburg viruses: the humans strike back". Medecine sciences : M/S 22 (4): 405-10. PMID 16597410.
↑ Ir para: a b Special Pathogens Branch CDC (14 de janeiro de 2008). Known Cases and Outbreaks of Ebola Hemorrhagic Fever. Página visitada em 2 de agosto de 2008.
Ir para cima ↑ Reuters (30 de julho de 2014). Liberia shuts schools, considers quarantine to curb Ebola. Página visitada em 3 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Hoenen T, Groseth A, Feldmann H. (2012). "Current ebola vaccines". Expert Opinion on Biological Therapy 12 (7): 859–72. DOI:10.1517/14712598.2012.685152. PMID 22559078.
↑ Ir para: a b Choi JH, Croyle MA. (2013). "Emerging targets and novel approaches to Ebola virus prophylaxis and treatment". BioDrugs 27 (6): 565–83. DOI:10.1007/s40259-013-0046-1. PMID 23813435.
↑ Ir para: a b Xu L, Sanchez A, Yang Z, Zaki SR, Nabel EG, Nichol ST, Nabel GJ. (1998). "Immunization for Ebola virus infection". Nature Medicine 4 (1): 37–42. DOI:10.1038/nm0198-037. PMID 9427604.
↑ Ir para: a b c d Sullivan NJ, Geisbert TW, Geisbert JB, Xu L, Yang ZY, Roederer M, Koup RA, Jahrling PB, Nabel GJ. (2003). "Accelerated vaccination for Ebola virus haemorrhagic fever in non-human primates". Nature 424 (6949): 681–684. DOI:10.1038/nature01876. PMID 12904795.
↑ Ir para: a b Geisbert TW, Daddario-Dicaprio KM, Geisbert JB, Reed DS, Feldmann F, Grolla A, Ströher U, Fritz EA, Hensley LE, Jones SM, Feldmann H. (2008). "Vesicular stomatitis virus-based vaccines protect nonhuman primates against aerosol challenge with Ebola and Marburg viruses". Vaccine 26 (52): 6894–6900. DOI:10.1016/j.vaccine.2008.09.082. PMID 18930776.
↑ Ir para: a b Geisbert TW, Daddario-Dicaprio KM, Lewis MG, Geisbert JB, Grolla A, Leung A, Paragas J, Matthias L, Smith MA, Jones SM, Hensley LE, Feldmann H, Jahrling PB. (2008). "Vesicular Stomatitis Virus-Based Ebola Vaccine is Well-Tolerated and Protects Immunocompromised Nonhuman Primates". PLoS Pathogens 4 (11): e1000225. DOI:10.1371/journal.ppat.1000225. PMID 19043556.
↑ Ir para: a b Geisbert TW, Geisbert JB, Leung A, Daddario-DiCaprio KM, Hensley LE, Grolla A, Feldmann H. (2009). "Single-Injection Vaccine Protects Nonhuman Primates against Infection with Marburg Virus and Three Species of Ebola Virus". Journal of Virology 83 (14): 7296–7304. DOI:10.1128/JVI.00561-09. PMID 19386702.
↑ Ir para: a b Warfield KL, Swenson DL, Olinger GG, Kalina WV, Aman MJ, Bavari S. (2007). "Ebola Virus‐Like Particle–Based Vaccine Protects Nonhuman Primates against Lethal Ebola Virus Challenge". The Journal of Infectious Diseases 196: S430–S437. DOI:10.1086/520583. PMID 17940980.
↑ Ir para: a b c Oplinger, Anne A.. NIAID Ebola vaccine enters human trial. [S.l.]: Bio-Medicine, 2003-11-18.
↑ Ir para: a b c Ebola/Marburg Vaccine Development National Institute of Allergy and Infectious Diseases (15 September 2008).
↑ Ir para: a b Martin JE, Sullivan NJ, Enama ME, Gordon IJ, Roederer M, Koup RA, Bailer RT, Chakrabarti BK, Bailey MA, Gomez PL, Andrews CA, Moodie Z, Gu L, Stein JA, Nabel GJ, Graham BS. (2006). "A DNA Vaccine for Ebola Virus is Safe and Immunogenic in a Phase I Clinical Trial". Clinical and Vaccine Immunology 13 (11): 1267–1277. DOI:10.1128/CVI.00162-06. PMID 16988008.
Ir para cima ↑ Bush, L. (2005). "Crucell and NIH sign Ebola vaccine manufacturing contract". Pharmaceutical Technology 29 p. 28.
↑ Ir para: a b c d e f g Clark DV, Jahrling PB, Lawler JV. (2012). "Clinical management of filovirus-infected patients". Viruses 4 (9): 1668–86. DOI:10.3390/v4091668. PMID 23170178.
Ir para cima ↑ Sierra Leone Is Epicenter of Ebola as Guinea Clinic Shut (2014-06-08). Página visitada em 2014-07-30.
Ir para cima ↑ Briggs H. BBC News - Ebola: Experimental drugs and vaccines BBC News.. Página visitada em 2014-08-08.
↑ Ir para: a b Pollack, Andrew (07-08-2014). Second Drug Is Allowed for Treatment of Ebola The New York Times. Página visitada em 2014-08-08.
Ir para cima ↑ Gaffney A (2014-08-07). Regulatory Explainer: What You Need to Know About the Regulation of Ebola Treatments Regulatory Affairs Professionals Society (RAPS)..
Ir para cima ↑ Forbes - BioCryst to Launch NHP Ebola Drug Safety, Efficacy Studies 'Within Weeks'. Página visitada em 23 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Elsevier.2FAcademic_Press
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas CDC2014
Ir para cima ↑ Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas CDCAug2014N
Ir para cima ↑ Hewlett, Barry; Hewlett, Bonnie. In: Barry. Ebola, Culture and Politics: The Anthropology of an Emerging Disease. [S.l.]: Cengage Learning, 2007. p. 103. Página visitada em 31 de julho de 2014.
↑ Ir para: a b (1978) "Ebola haemorrhagic fever in Zaire, 1976". Bull. World Health Organ. 56 (2): 271–93. PMID 307456.
Ir para cima ↑ King JW (2 de abril de 2008). Ebola Virus eMedicine. WebMd. Página visitada em 2008-10-06.
↑ Ir para: a b c d Ebola virus disease. Página visitada em 15 de agosto de 2014.
↑ Ir para: a b "Mystery DR Congo fever kills 100", BBC News, 31 de agosto de 2007. Página visitada em 25 de fevereiro de 2008.
Ir para cima ↑ Formenty P, Libama F, Epelboin A, Allarangar Y, Leroy E, Moudzeo H, Tarangonia P, Molamou A, Lenzi M, Ait-Ikhlef K, Hewlett B, Roth C, Grein T. (2003). "[Outbreak of Ebola hemorrhagic fever in the Republic of the Congo, 2003: a new strategy?]" (em French). Med Trop (Mars) 63 (3): 291–5. PMID 14579469.
Ir para cima ↑ "Ebola Outbreak Confirmed in Congo", NewScientist.com, 11 de setembro de 2007. Página visitada em 25 de fevereiro de 2008.
Ir para cima ↑ Ebola outbreak in Congo. [S.l.]: CDC news, 12 de setembro de 2007. Página visitada em 31 de maio de 2009.
Ir para cima ↑ "Uganda: Deadly Ebola Outbreak Confirmed – UN", UN News Service, 30 de novembro de 2007. Página visitada em 25 de fevereiro de 2008.
Ir para cima ↑ DRC Confirms Ebola Outbreak Voanews.com. Página visitada em 13 de abril de 2013.
Ir para cima ↑ WHO | Ebola outbreak in Democratic Republic of Congo Who.int (17 de agosto de 2012). Página visitada em 15 de abril de 2013.
Ir para cima ↑ WHO | Ebola outbreak in Democratic Republic of Congo – update Who.int (21 de agosto de 2012). Página visitada em 15 de abril de 2013.
Ir para cima ↑ Castillo M. (2012). "Ebola virus claims 31 lives in Democratic Republic of the Congo". CBS News.
Ir para cima ↑ Guidelines for Evaluation of US Patients Suspected of Having Ebola Virus Disease (1 de agosto de 2014). Página visitada em 5 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ Grady, Denise. "Tracing Ebola’s Breakout to an African 2-Year-Old", The New York Times, 9 de agosto de 2014. Página visitada em 10 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ "WHO raises global alarm over Ebola outbreak", CBS. Página visitada em 2 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ In Liberia's Ebola-Stricken Villages, Residents Face 'Stark' Choices n Liberia's Ebola-Stricken Villages, Residents Face 'Stark' Choices. Common Dreams (18 de agosto de 2014). Página visitada em 20 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ "Disease outbreak news – Ebola virus disease, West Africa – update 28 August 2014", Epidemic & Pandemic Alert and Response (EPR) – Outbreak News, WHO. Página visitada em 28 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ "Ebola virus disease update, West Africa – update 28 August 2014", Epidemic & Pandemic Alert and Response (EPR) – Outbreak News, WHO. Página visitada em 28 de agostto de 2014.
Ir para cima ↑ WHO: EBOLA RESPONSE ROADMAP UPDATE-8 September 2014, WHO
Ir para cima ↑ Unprecedented number of medical staff infected with Ebola (25 de agosto de 2014). Página visitada em 29 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ "Many thousands of new Ebola cases expected in Liberia, says WHO", 'Liberia News.Net', 8 de setembro de 2014. Página visitada em 9 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ "Using a Tactic Unseen in a Century, Countries Cordon Off Ebola-Racked Areas", New York Times. Página visitada em 13 de agosto de 2014.
Ir para cima ↑ McCauley, Lauren (3 de setembro de 2014). As Ebola Outbreak Surges, Health Officials Slam International 'Coalition of Inaction' As Ebola Outbreak Surges, Health Officials Slam International 'Coalition of Inaction'. Common Dreams. Página visitada em 7 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ Ebola: the failures of the international outbreak response Médecins Sans Frontières (29 de agosto de 2014). Página visitada em 7 de setembro de 2014.
↑ Ir para: a b FDA warns consumers about fraudulent Ebola treatment products. Página visitada em 20 August 2014.
Ir para cima ↑ Three leading Ebola experts call for release of experimental drug Los Angeles Times (2014-08-06).
Ir para cima ↑ In Ebola Outbreak, Who Should Get Experimental Drug? The New York Times (2014-08-08).
Ir para cima ↑ Ethical considerations for use of unregistered interventions for Ebola virus disease (EVD). Página visitada em 20 August 2014.
Ir para cima ↑ How Will We Know If The Ebola Drugs Worked? Forbes. Página visitada em 10 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ ZMapp drug fully protects monkeys against Ebola virus Science News. Página visitada em 10 September 2014.
Ir para cima ↑ Oestereich L, Lüdtke A, Wurr S, Rieger T, Muñoz-Fontela C, Günther S. (2014). "Successful treatment of advanced Ebola virus infection with T-705 (favipiravir) in a small animal model". Antiviral Res. 105: 17–21. DOI:10.1016/j.antiviral.2014.02.014. PMID 24583123.
↑ Ir para: a b Johansen LM, Brannan JM, Delos SE, Shoemaker CJ, Stossel A, Lear C, Hoffstrom BG, Dewald LE, Schornberg KL, Scully C, Lehár J, Hensley LE, White JM, Olinger GG. (2013). "FDA-approved selective estrogen receptor modulators inhibit Ebola virus infection". Sci Transl Med 5 (190): 190ra79. DOI:10.1126/scitranslmed.3005471. PMID 23785035.
Ir para cima ↑ Gehring G, Rohrmann K, Atenchong N, Mittler E, Becker S, Dahlmann F, Pöhlmann S, Vondran FW, David S, Manns MP, Ciesek S, von Hahn T. (2014). "The clinically approved drugs amiodarone, dronedarone and verapamil inhibit filovirus cell entry". J. Antimicrob. Chemother. 69 (8): 2123–31. DOI:10.1093/jac/dku091. PMID 24710028.
Ir para cima ↑ Geisbert TW, Lee AC, Robbins M, Geisbert JB, Honko AN, Sood V, Johnson JC, de Jong S, Tavakoli I, Judge A, Hensley LE, Maclachlan I. (2010). "Postexposure protection of non-human primates against a lethal Ebola virus challenge with RNA interference: A proof-of-concept study". The Lancet 375 (9729): 1896–1905. DOI:10.1016/S0140-6736(10)60357-1. PMID 20511019.
Ir para cima ↑ Warren TK, Warfield KL, Wells J, Swenson DL, Donner KS, Van Tongeren SA, Garza NL, Dong L, Mourich DV, Crumley S, Nichols DK, Iversen PL, Bavari S. (2010). "Advanced antisense therapies for postexposure protection against lethal filovirus infections". Nature Medicine 16 (9): 991–994. DOI:10.1038/nm.2202. PMID 20729866.
Ir para cima ↑ Heald AE, Iversen PL, Saoud JB, Sazani P, Charleston JS, Axtelle T, Wong M, Smith WB, Vutikullird A, Kaye E. (2014). "Safety and Pharmacokinetic Profiles of Phosphorodiamidate Morpholino Oligomers with Activity against Ebola Virus and Marburg Virus: Results of Two Single Ascending Dose Studies". Antimicrobial Agents and Chemotherapy. DOI:10.1128/AAC.03442-14. PMID 25155593.
Ir para cima ↑ Helen Branswell (August 3, 2014). Nancy Writebol, U.S. missionary, didn't get TKM-Ebola drug, Tekmira says The Canadian Press.
↑ Ir para: a b c Statement on the WHO Consultation on potential Ebola therapies and vaccines (5 September 2014). Página visitada em 17 September 2014.
Ir para cima ↑ Bush, L. (2005). "Crucell and NIH sign Ebola vaccine manufacturing contract". Pharmaceutical Technology 29.
Ir para cima ↑ Jones SM, Feldmann H, Ströher U, Geisbert JB, Fernando L, Grolla A, Klenk HD, Sullivan NJ, Volchkov VE, Fritz EA, Daddario KM, Hensley LE, Jahrling PB, Geisbert TW. (2005). "Live attenuated recombinant vaccine protects nonhuman primates against Ebola and Marburg viruses". Nature Medicine 11 (7): 786–790. DOI:10.1038/nm1258. PMID 15937495.
Ir para cima ↑ Viral Hemorrhagic Fever Infectious Disease Emergencies. San Francisco Department of Public Health. Página visitada em 24 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ Phoolcharoen W, Dye JM, Kilbourne J, Piensook K, Pratt WD, Arntzen CJ, Chen Q, Mason HS, Herbst-Kralovetz MM. (2011). "A nonreplicating subunit vaccine protects mice against lethal Ebola virus challenge". Proc. Natl. Acad. Sci. U.S.A. 108 (51): 20695–700. DOI:10.1073/pnas.1117715108. PMID 22143779. Bibcode: 2011PNAS..10820695P.
Ir para cima ↑ "Canadian-made Ebola vaccine used after German lab accident", CBCNews, Canadian Broadcasting Corporation, 20 March 2009. Página visitada em 2 August 2014.
Ir para cima ↑ Tuffs A. (2009). "Experimental vaccine may have saved Hamburg scientist from Ebola fever". BMJ 338: b1223. DOI:10.1136/bmj.b1223. PMID 19307268.
Ir para cima ↑ Feldmann H, Jones SM, Daddario-DiCaprio KM, Geisbert JB, Ströher U, Grolla A, Bray M, Fritz EA, Fernando L, Feldmann F, Hensley LE, Geisbert TW. (2007). "Effective Post-Exposure Treatment of Ebola Infection". PLoS Pathogens 3 (1): e2. DOI:10.1371/journal.ppat.0030002. PMID 17238284.
Ir para cima ↑ Geisbert TW, Daddario-DiCaprio KM, Williams KJ, Geisbert JB, Leung A, Feldmann F, Hensley LE, Feldmann H, Jones SM. (2008). "Recombinant Vesicular Stomatitis Virus Vector Mediates Postexposure Protection against Sudan Ebola Hemorrhagic Fever in Nonhuman Primates". Journal of Virology 82 (11): 5664–5668. DOI:10.1128/JVI.00456-08. PMID 18385248.
Ir para cima ↑ "First British volunteer injected with trial Ebola vaccine in Oxford", Guardian. Página visitada em 17 September 2014.
Ir para cima ↑ An Ebola vaccine was given to 10 volunteers, and there are ‘no red flags’ yet Washington Post. Página visitada em 17 de setembro de 2014.
Ir para cima ↑ (Feb 1999) "Treatment of Ebola hemorrhagic fever with blood transfusions from convalescent patients". J Infect Dis. 179 Suppl 1 (1999 Feb): S18-23. DOI:10.1086/514298. PMID 9988160.
Ir para cima ↑ Feldmann H, Geisbert TW. (2011). "Ebola haemorrhagic fever". The Lancet 377 (9768): 849–862. DOI:10.1016/S0140-6736(10)60667-8. PMID 21084112.
Ir para cima ↑ Saphire EO. (2013). "An update on the use of antibodies against the filoviruses". Immunotherapy 5 (11): 1221–33. DOI:10.2217/imt.13.124. PMID 24188676.
↑ Ir para: a b Brown R (2014-07-17). The virus detective who discovered Ebola in 1976 News Magazine. BBC News.
Ir para cima ↑ Bennett D, Brown D. (May 1995). "Ebola virus". BMJ (Clinical research ed.) 310 (6991): 1344–1345. DOI:10.1136/bmj.310.6991.1344. PMID 7787519.
↑ Ir para: a b c Preston, Richard. The Hot Zone. New York: Random House, 1994. 300 pp. ISBN 978-0679437840
Ir para cima ↑ McCormick & Fisher-Hoch 1999, pp. 277–279
Ir para cima ↑ Waterman, Tara. Ebola Reston Outbreaks. [S.l.]: Universidade de Stanford, 1999. Página visitada em 02-08-2008.
Ir para cima ↑ McCormick & Fisher-Hoch 1999, pp. 298–299
Ir para cima ↑ Rouquet P, Froment JM, Bermejo M, Kilbourn A, Karesh W, Reed P, Kumulungui B, Yaba P, Délicat A, Rollin PE, Leroy EM. (Feb 2005). "Wild animal mortality monitoring and human Ebola outbreaks, Gabon and Republic of Congo, 2001–2003" (Free full text). Emerging Infectious Diseases 11 (2): 283–290. DOI:10.3201/eid1102.040533. ISSN 1080-6040. PMID 15752448.
↑ Ir para: a b Leroy EM, Rouquet P, Formenty P, Souquière S, Kilbourne A, Froment JM, Bermejo M, Smit S, Karesh W, Swanepoel R, Zaki SR, Rollin PE. (2004). "Multiple Ebola virus transmission events and rapid decline of central African wildlife". Science 303 (5656): 387–390. DOI:10.1126/science.1092528. PMID 14726594. Bibcode: 2004Sci...303..387L.
Ir para cima ↑ Choi JH, Croyle MA. (2013). "Emerging targets and novel approaches to Ebola virus prophylaxis and treatment". BioDrugs 27 (6): 565–83. DOI:10.1007/s40259-013-0046-1. PMID 23813435.
Ir para cima ↑ Ebola 'kills over 5,000 gorillas'. [S.l.]: BBC, 2006-12-08. Página visitada em 2009-05-31.
Ir para cima ↑ Formenty P, Boesch C, Wyers M, Steiner C, Donati F, Dind F, Walker F, Le Guenno B. (1999). "Ebola virus outbreak among wild chimpanzees living in a rain forest of Côte d'Ivoire". The Journal of infectious diseases Suppl 1 (s1): S120–S126. DOI:10.1086/514296. PMID 9988175.
↑ Ir para: a b Weingartl HM, Nfon C, Kobinger G. (2013). "Review of Ebola virus infections in domestic animals". Dev Biol (Basel) 135: 211–8. DOI:10.1159/000178495. PMID 23689899.
Ir para cima ↑ McNeil Jr, Donald G.. "Pig-to-Human Ebola Case Suspected in Philippines", New York Times, 2009-01-24. Página visitada em 2009-01-26.
Ir para cima ↑ McCormick & Fisher-Hoch 1999, p. 300
Ir para cima ↑ Allela L, Boury O, Pouillot R, Délicat A, Yaba P, Kumulungui B, Rouquet P, Gonzalez JP, Leroy EM. (2005). "Ebola virus antibody prevalence in dogs and human risk". Emerging Infect. Dis. 11 (3): 385–90. DOI:10.3201/eid1103.040981. PMID 15757552.
Veja as principais perguntas e respostas sobre o vírus do ebola
Doença mata até 90% das pessoas contaminadas.
Hábitos tradicionais estão entre fatores que contribuem para disseminação.
O continente africano enfrenta a maior epidemia do vírus ebola já registrada, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O surto atual não tem precedentes em relação ao número de pessoas infectadas, de mortos e de extensão geográfica.
Causador da febre hemorrágica, o ebola é um dos vírus mais mortais que existem. Ele mata até 90% dos infectados e ainda não há vacina disponível para uso na população.
Causador da febre hemorrágica, o ebola é um dos vírus mais mortais que existem. Ele mata até 90% dos infectados e ainda não há vacina disponível para uso na população.
Ele foi registrado nos primeiros seres humanos em 1976, em Yambuku, uma aldeia na República Democrática do Congo, às margens do Rio Ebola. Desde então, mais de 20 surtos da doenças ocorreram em países da África Central e Ocidental.
O Brasil segue sem casos suspeitos de ebola, segundo o Ministério da Saúde. Osserviços de saúde do país já estão em alerta para identificar pacientes que possam ter tido contato com o vírus.
Veja abaixo perguntas e respostas sobre essa doença:
Como o ebola se manifesta na pessoa doente?
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos. Exames de laboratório incluem baixa de glóbulos brancos e de plaquetas e aumento das enzimas hepáticas. O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil.
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos. Exames de laboratório incluem baixa de glóbulos brancos e de plaquetas e aumento das enzimas hepáticas. O período de incubação do vírus pode durar de dois dias a três semanas, e o diagnóstico é difícil.
Como o ebola se espalha?
Seres humanos pegam o vírus por meio do contato próximo com animais infectados, incluindo chimpanzés, gorilas, antílopes e morcegos que se alimentam de frutas. Os morcegos da família Pteropodidae são considerados os hospedeiros naturais da doença. O ebola também passa de uma pessoa para outra, por contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos, ou indiretamente, por meio do contato com ambientes contaminados. Os funerais daqueles que tinham a doença podem ser um risco, se as pessoas presentes têm contato direto com o corpo.
Seres humanos pegam o vírus por meio do contato próximo com animais infectados, incluindo chimpanzés, gorilas, antílopes e morcegos que se alimentam de frutas. Os morcegos da família Pteropodidae são considerados os hospedeiros naturais da doença. O ebola também passa de uma pessoa para outra, por contato direto com sangue contaminado, fluidos corporais ou órgãos, ou indiretamente, por meio do contato com ambientes contaminados. Os funerais daqueles que tinham a doença podem ser um risco, se as pessoas presentes têm contato direto com o corpo.
Onde está ocorrendo a epidemia atualmente?
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia na África Ocidental já deixou milhares de mortos em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. "Trata-se da maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica", informou a organização em comunicado. Um fator perturbador é que, desta vez, o vírus está circulando em comunidades rurais e urbanas. "A tendência atual da epidemia e seu potencial de cruzar fronteiras e ter propagação internacional constituem um problema de saúde pública de grande preocupação", declarou Luis Gomes Sambo, diretor regional da OMS para a África. "O atual surto tem o potencial de se espalhar para fora dos países afetados e além da região se medidas urgentes e relevantes de contenção não forem postas em prática", acrescentou.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a epidemia na África Ocidental já deixou milhares de mortos em Guiné, Libéria, Serra Leoa e Nigéria. "Trata-se da maior epidemia em termos de pessoas afetadas, de mortos e de extensão geográfica", informou a organização em comunicado. Um fator perturbador é que, desta vez, o vírus está circulando em comunidades rurais e urbanas. "A tendência atual da epidemia e seu potencial de cruzar fronteiras e ter propagação internacional constituem um problema de saúde pública de grande preocupação", declarou Luis Gomes Sambo, diretor regional da OMS para a África. "O atual surto tem o potencial de se espalhar para fora dos países afetados e além da região se medidas urgentes e relevantes de contenção não forem postas em prática", acrescentou.
A doença pode ser levada de avião a outros países, espalhando a epidemia?
É possível que uma pessoa com ebola viaje de avião, mesmo a lugares distantes, já que a doença pode levar três semanas para se manifestar. No entanto, o professor William Shaffner, da Universidade Vanderbilt, nos EUA, em entrevista ao site americano LiveScience, apontou que não é muito provável que essa doença se espalhe da forma como tem ocorrido nos países africanos se os serviços de saúde agirem de forma a isolar as pessoas contaminadas. “Os serviços médicos ocidentais provavelmente lidariam relativamente bem em ‘capturar' o ebola quando ele chegasse, porque estaríamos cientes de que as pessoas vieram de áreas afetadas”. Ele destaca que para ser contaminado é preciso ter contato próximo com uma pessoa doente, com troca de fluidos corporais. “Estar com a mesma pessoa num só ambiente, por si só, não é perigoso”.
É possível que uma pessoa com ebola viaje de avião, mesmo a lugares distantes, já que a doença pode levar três semanas para se manifestar. No entanto, o professor William Shaffner, da Universidade Vanderbilt, nos EUA, em entrevista ao site americano LiveScience, apontou que não é muito provável que essa doença se espalhe da forma como tem ocorrido nos países africanos se os serviços de saúde agirem de forma a isolar as pessoas contaminadas. “Os serviços médicos ocidentais provavelmente lidariam relativamente bem em ‘capturar' o ebola quando ele chegasse, porque estaríamos cientes de que as pessoas vieram de áreas afetadas”. Ele destaca que para ser contaminado é preciso ter contato próximo com uma pessoa doente, com troca de fluidos corporais. “Estar com a mesma pessoa num só ambiente, por si só, não é perigoso”.
Há necessidade de fechar fronteiras e restringir voos por causa da epidemia?
A OMS, por enquanto, não recomenda restrições de viagens ou fechamento de fronteiras devido ao surto de ebola. Mesmo assim, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou no dia 27 de julho o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país, depois que o vírus se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África. As companhia aéreas British Airways e Emirates suspenderam seus voos para países da África Ocidental.
A OMS, por enquanto, não recomenda restrições de viagens ou fechamento de fronteiras devido ao surto de ebola. Mesmo assim, a presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, anunciou no dia 27 de julho o fechamento da maior parte das fronteiras terrestres do país, depois que o vírus se espalhou para duas das maiores cidades do oeste da África. As companhia aéreas British Airways e Emirates suspenderam seus voos para países da África Ocidental.
Por que nos países afetados a doença está se espalhando dessa maneira?
Um problema grave que fomenta a epidemia atualmente é que naquela região há hábitos tradicionais como lavar os cadáveres antes do funeral, o que gera um contato capaz de transmitir o ebola. A OMS já disse publicamente que essas práticas culturais "contribuem fortemente" para a epidemia. Além disso, há muito movimento de pessoas através das fronteiras de Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que posssibilitou à epidemia se tornar internacional.
Um problema grave que fomenta a epidemia atualmente é que naquela região há hábitos tradicionais como lavar os cadáveres antes do funeral, o que gera um contato capaz de transmitir o ebola. A OMS já disse publicamente que essas práticas culturais "contribuem fortemente" para a epidemia. Além disso, há muito movimento de pessoas através das fronteiras de Guiné, Libéria e Serra Leoa, o que posssibilitou à epidemia se tornar internacional.
Nenhum comentário:
Postar um comentário