domingo, 5 de abril de 2015

A ORIGEM DO PILAO

Pilão

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pilão.
pilão é um utensílio culinário essencial na cozinha africana, com as mesmas funções de um almofariz, ou seja, para moer alimentos, mas de tamanho muito maior.
É normalmente feito de um tronco escavado, geralmente de uma madeira macia, com dimensões que variam entre 30 a 70 cm de altura, e utiliza-se colocando dentro o material a moer e batendo-lhe com um pau liso de 60 cm a 1,2 m (de acordo com o tamanho do pilão), que pode ser de uma madeira mais rija e tem uma das extremidades arredondada, chamado o “pau do pilão”.
Grupo de mulheres em Cabo Verde, utilizando um pilão.
Os grandes pilões, geralmente para cereais (principalmente milho ou sorgo), podem ser utilizados por várias pessoas ao mesmo tempo, cada uma com um pau que vão batendo os grãos alternadamente, ao som de uma melopeia que dá o ritmo das batidas. Para além de moer o grão, o pilão é também usado para descascar o arroz. Em Cabo Verde, essa técnica é até hoje utilizada para moer sobretudo o milho. O acto de pilar recebe o nome, em crioulo, de "cotchí".
Os pequenos pilões são usados para o amendoim ou castanha de caju de que normalmente se precisam menores quantidades (para fazer o famoso caril de amendoim).
O pau do pilão é ainda usado para moer mais finamente massas, por exemplo, de milho já moído e misturado com água, em recipientes de barro largos, com um movimento circular.
No sul de Moçambique, o pilão é um dos objetos normalmente oferecido aos noivos, no dia seguinte ao casamento, numacerimónia chamada xiguiane.

Nas religiões[editar | editar código-fonte]

O pilão é utilizado nas religiões tradicionais africanasreligiões afro-brasileirasreligiões afro-americanas, no assentamento e como insígnia de alguns orixás como XangôAyrà,Oxaguian entre outros, usado também, para o preparo da comida ritual de vários orixás. Dá nome a uma festa anual o Pilão de Oxaguian onde é servida a comida preferida de Oxaguian que é o inhame pilado, é equivalente as festas de várias cidades africanas onde comemoram os inhames novos feita no período da colheita e uma festa em Ejigbofeita pelo Oba de Ejigbo com a mesma finalidade.Bandeira de Pilão Arcado

Artefatos históricos mostram que Pilão Arcado era habitado por índios. Uma das principais aldeias ficava situada na atual Fazenda Gado Bravo. Ais construíram uma estrada por aonde vinham para o porto principal de pescaria. Neste local, esqueceram um gigante Pilão, utilizado no labuto doméstico.

O porto onde residia os moradores da época tinha forma de arco, os pescadores o tinha como ponto único de pescaria. Então a origem do nome Pilão Arcado. Veio deste Pilão, que era utilizado para pilar o sal destinado à salga do pescado. O achado se deu à margem do Rio São Francisco, local em que o rio descreve uma curva em forma de arco. O sítio ficou conhecido como pescaria de Pilão Arcado, que teria passado a Município mais tarde.

Com este movimento, chegaram famílias de toda parte do Brasil e do Mundo e começaram a contrair família e consequentemente construir suas residências no local. Há alguns anos, já se tinha um arraial, era exatamente final do Século XVIII, ganhou is tatus de arraial por ordem do vice-rei D. João de Lencastre, com a finalidade de sustentar as constantes rapinagens dos índios mocoazes e acoroazes às fazendas de gado da região. 
Os principais povoamentos foram feitos pela família guerreiros. Comandada por França, Bernardo e Antonio Guerreiro que eram de origem portuguesa e donos de uma linguagem nobre e moderna para aquela época. Eram ricos e exerciam sobre os habitantes do arraial, a mais alta autoridade.   Conta a história, que a frente da residência da família guerreiro, fora construída uma cruz de madeira, e os moradores eram forçados a curvar o joelho em sinal de submissão a família guerreiro. Aqueles que negassem as reverências exigidas pela nobre família sofreriam as conseqüências a mando de Antonio Guerreiro. Também fora erguida uma Capela no local dedicada a Santo Antonio e elevada á categoria de freguesia com o nome de Santo Antonio de Pilão Arcado, por Carta Régia de 18 de janeiro de 1771.  Dez anos mais tarde, em virtude de uma enchente no Rio São Francisco, ruiu a capela de Santo Antonio, que foi substituída pela de Nossa Senhora do Livramento, como sede da Freguesia. O arraial foi elevado a Vila, pelo Alvará Régio, Datado de 15 de janeiro de 1810. O qual criara também o Município de Pilão Arcado e a Comarca do Sertão Pernambucano, pertencente à Província de igual nome.

A Resolução Provincial nº. 650, de 14 de abril de 1857, transferiu a sede da Vila para o Município de Nossa Senhora do Remanso de Pilão Arcado, e extinguiu o Município de Pilão Arcado.  De 1800 a 1808, a família guerreiro sustentou renhida e sangrenta luta com a família do Comendador Militão Plácido de França, que resultou a expulsão dos guerreiros. Em 1872, a Resolução Provincial nº. 1797, de 21 de abril, transferiu para a Vila de Remanso a sede da Freguesia de Santo Antonio de Pilão Arcado, sendo o Vigário o Padre Bernardino Nunes de Almeida, ficando a Igreja rebaixada à categoria de Capela. Em 1873, foi construída a Igreja, pelo então Frei Henrique, da cidade de Coimbra. Em 1887 surgiu o Cartório do Registro Civil, nesta época Pilão Arcado, era distrito de Remanso.

Por força da Lei nº. 2.696, de 22 de julho de 1889, foi restaurada a freguesia com o antigo nome de Santo Antonio de Pilão Arcado, e o arraial foi novamente elevado à categoria de Vila, pelo Ato Estadual de 31 de outubro de 1890 que restaurou o Município com o território desmembrado de Remanso, ocorrido a reinstalação  a 30 de dezembro de 1890. Em 1893, foi denominada Vila. Houve várias revoluções, a maior delas ocorreu em 1918, chefiada pelo Coronel Franklin Lins de Albuquerque e seu adversário Antonio Joaquim Correia, da qual saiu como vencedor o Coronel Franklin Lins de Albuquerque.

Em 1911, na divisão administrativa do Estado, o Município de Pilão Arcado apareceu constituído de distritos; quer seja, Distrito de Pilão Arcado, Distrito de Salinas de Santo Antonio, Distrito de Brejo da Serra e Distrito de Santa Tereza. Em 1918, quando já estava finalizando os vestígios das sangrentas guerras e lutas entre as famílias Guerreiros e Militão, vieram novos atritos entre os Albuquerques e os Queiroz, que vieram intranqüilizar por muito tempo algumas famílias da região. Em 1930, passou a atual cidade a limitar-se com os Municípios de Remanso, Xique Xique, Barra, Sento Sé e o Estado do Piauí. É banhado pelo Rio São Francisco. A área territorial mede 12.121km², e está entre as 20 localidade de maior extensão do Estado da Bahia.

Acidentes geográficos já passam a ser preocupantes na região, entre eles, o mais considerável é o avanço do Rio São Francisco aos Distritos de Saldanha e Pilão Arcado e mede na região uma largura de quase 800m. Outros acidentes são os de Lagoa do Juá, localizada na Fazenda Gado Bravo, na Lagoa da Salina, situada na Fazenda Brejo e outros de menores proporções, denominada Lagoa Danta e Lagoa do Campo.  Conhece-se nesta região até hoje diversas ilhas utilizadas para plantações dos lameiros, às margens do Rio São Francisco, era a agricultura combinada: vazante e sequeiro. As mais conhecidas e exploradas são Ilha do Povo, localizada no Distrito de Pilão Arcado, com aproximadamente 300m de comprimento e próxima dos 100m de largura; Ilha das Cobras, no Distrito da Sede, com aproximadamente 500m de comprimento por 200m de largura; Ilha dos Mulatos, com 3.000m de comprimento e 1.500m de largura; Ilha da Barra, mais ou menos as mesmas medidas da Ilha dos Mulatos. Em todas elas acontece o cultivo de produtos agrícolas. O clima predominante é o clima quente, alias, em toda Zona do Rio São Francisco. Algumas fontes mostram que a temperatura média em 1956, era na casa dos 32ºc para a temperatura média e 26ºc para a mínima. A precipitação pluviométrica verificada naquele ano foi de 748,2mm, sendo de 3,73mm máximo observada em mais ou menos 24 horas corridas. As riquezas naturais são fontes de esperança para os moradores da região, encontradas na origem vegetal, representada pela Carnaúba, Fibras de Malva, Caroá, Resinas de Jatobá e Trapucá, além da Lenha e madeiras utilizadas nas construções de casas e de outros pertences pessoais. Entre as mais conhecidas tinha o Pau d’arco, Peroba, Jatobás e outros. A flora era composta de muitas espécies e plantas medicinais, cada região seguia suas crenças neste sentido cultural. No reino mineral extraia-se sal, recorda-se aqui a região de Brejo do Zacarias, hoje não é explorado; pedras para construções; argila e areia; a caça era abundante e as lagoas geravam grande quantidade de pescados. Em 1955, a produção agrícola foi medida em C$r 1.600 cruzeiros, destaque para a cana-de-açúcar. Havia também grande produção de feijão, milho, mandioca, arroz, algodão, mamona, gergelim, batatas e outros produtos. A pecuária era importantíssima para a região, sobretudo para alavancar a economia do Município que exportava gado para as cidades co-irmãs Juazeiro na BA, e Petrolina em PE. O efetivo pecuário em 1965, era de aproximadamente 22.000 bovinos, 55.000 ovinos, 55.000 caprinos, 20.000 eqüinos, 56.000 suínos e 1.000 muares.  As indústrias da época eram pequenas fábricas de farinha (Casa de Farinha) alambique de aguardente de cana, engenhos de rapadura, além da produção doméstica da manteiga e do requeijão de gado. 
Em 1955 o valor da produção industrial não passava C$r 5.000 cruzeiros, sobressaindo à produção de farinha e de rapadura.  A população da época era estimada em 17.153 habitantes, sendo 8.481 homens e 8.672 mulheres, quanto à cor, 4.395 brancos, 1.129 pretos e 11.535 pardos. A população de 15 anos ou mais se compunha de 3.603 solteiros; 4.576 casados; e 745 viúvos (as); na Zona Rural residiam 87% dos habitantes. A estimativa da população para 1957 era de 20.000 pessoas. 

Haviam também cultos religiosos, o Município já possuía a sede da Paróquia de Santo Antonio de Pádua, e era subordinada eclesiasticamente, à Diocese de  Barra. A Paróquia possuía uma Igreja Matriz, 12 Capelas e 02 duas procissões. No entanto, atualmente, pertence à Diocese de Juazeiro na Bahia.  

A assistência médica e sanitária, era precária, eram prestadas pelo posto de saúde do SESI, por 02 postos de saúde do departamento de endemias rurais e por um posto mantido pelo Estado. Na época exercia a profissão da cidade um médico, dois farmacêuticos, e duas enfermeiras contava-se duas farmácias. Atualmente existem três farmácias e quatro médicos especialistas, sendo três da rede pública municipal e um particular, além de dois médicos dentistas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário