sexta-feira, 17 de abril de 2015

GLOBALIZAÇÃO MUNDO DE HOJE

EU HOJE FALO SOBRE UM FATO QUE A TEMPOS EVOLUI E FAZ CADA DIA MAIS O MUNDO MELHOR MEU ANGICO MESMO HOJE EM DIA ESTA CADA DIA MELHOR .Na Idade Média, cada exemplar de um livro era escrito manualmente — havia pouquíssimos volumes, lidos por um seleto grupo de pessoas. Com a invenção da prensa, no século XVI, o número de leitores cresceu, mas ainda de forma tímida. Hoje, com o advento da informática, textos, imagens e áudio estão disponíveis a um clique do mouse. Um e-mail atravessa oceanos em segundos. E a informação chega em tempo real. "O encurtamento de distâncias e a diminuição do tempo que levamos para executar determinadas tarefas são os principais motores da globalização, um movimento apoiado em ferramentas modernas, como a comunicação via satélite e a internet", explica Francisco Carlos Teixeira, professor de História Moderna e Contemporânea da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Hoje podemos falar de uma cidadania global, uma nova sensação de entrar no mundo. E isso é bom e ruim."

Soluções e problemas 


Do lado positivo, além da troca instantânea de conteúdos e bens, há várias outras ações, nos mais diversos campos do conhecimento. "Se institutos de pesquisa dos quatro cantos do mundo trocam informações sobre as pesquisas para a cura da Aids, o custo das experiências cai muito e a probabilidade de sucesso aumenta", exemplifica Teixeira. Ao mesmo tempo, o crescimento do sistema financeiro global — impulsionado pelo desenvolvimento das tecnologias de comunicação — tem se mostrado perigoso. "As instituições que deveriam controlar o cumprimento das regras do comércio internacional, como a Organização Mundial do Comércio, ainda não têm poder para combater o ‘vale-tudo’ do mercado." Os países quebram normas pré-definidas e os mais pobres acabam prejudicados.

O que é globalização? 

A resposta para essa pergunta divide os especialistas. Para o professor Flávio Trovão, o movimento foi desencadeado no final da década de 1970, quando a então primeira-ministra inglesa Margareth Tatcher e o então presidente americano Ronald Reagan puseram seus governos para combater a crise econômica nos dois países. Empresas passaram a se instalar em nações em desenvolvimento, atrás de mão-de-obra barata, carga tributária menor e novos mercados consumidores. Com isso, o dinheiro começou a circular pelo globo, atrás do melhor lugar para se multiplicar. "O capital transnacional nasceu assim, incentivando a modernização da tecnologia e a disseminação de produtos ‘made in USA’", explica Trovão.

Outra linha teórica defende que a globalização tem mais de 400 anos. Para o professor e consultor econômico Antônio Luiz da Costa, os acontecimentos iniciados na década de 1980 só aceleraram um processo que começou a ser formado no final do século XV, quando Cristóvão Colombo e Vasco da Gama conectaram as Américas e a Ásia ao mercado europeu. "Ainda não era a mesma globalização que vivemos hoje", diz. "O mundo das bolsas de valores, das sociedades anônimas e das transnacionais nasceu em 20 de março de 1602, com a fundação da Companhia Unida das Índias Orientais. Ao juntar 65 navios de mercadores holandeses, ela tinha participação pública e privada e um objetivo claro: conquistar territórios produtores de especiarias, a base do comércio mundial no século XVII, exatamente como fazem os globalizados do século XXI."

Plano de aula 


Levar o debate sobre globalização para a sala de aula é bom para problematizar a forma como as relações internacionais se estabelecem e criar uma consciência crítica na turma.

1. Comece a discussão com uma pergunta. Por que os produtos norte-americanos estão mais presentes na nossa vida do que os de outros países? Maria Luiza Príncipe, professora de Geografia de 6ª, 7ª e 8ª séries no Centro Educacional da Lagoa, no Rio, aprofundou o assunto localizando no mapa-múndi os principais atores do mercado internacional e discorrendo sobre as diferentes visões teóricas da globalização.
2. Ainda numa aula expositiva, faça junto com os estudantes uma lista com nomes de produtos, palavras, empresas e roupas que vêm de outras nações. Separe o material por país ou bloco econômico e divida a turma: cada grupo estudará detalhadamente um desses locais. As equipes podem montar painéis com recortes de jornal e organizar um plebiscito sobre um acordo comercial entre o Brasil e esse possível parceiro. Vários aspectos geográficos e históricos relativos ao tema podem ser trabalhados de forma interdisciplinar. Em Matemática, indicadores estatísticos. Em Ciências Naturais, os convênios firmados entre as nações para pesquisar a cura de doenças. Em Língua Portuguesa, os estrangeirismos. "Meus alunos puderam traçar, de forma crítica, uma relação com o currículo", destaca Maria Luiza.O ensino atual nos coloca diante de vários desafios. São muitos, mas vale a pena destacar alguns que podem não ser os mais importantes, mas são aqueles que se relacionam principalmente com o ensino de Geografia. A motivação em sala de aula, o desenvolvimento de várias habilidades nos alunos e de sua autonomia intelectual, a formação de cidadãos conscientes e críticos, que tenham uma visão de mundo, merecem destaque.

Nessa perspectiva, entendemos que a utilização de diferentes recursos visuais e textuais, filmes, documentários, dos recursos proporcionados pela Internet, as saídas de observação, a maior integração entre o conhecimento científico e a realidade, o fato de tomar o lugar como ponto de partida para o desenvolvimento das temáticas, são elementos imprescindíveis para tornar a análise dos temas e conceitos mais reflexiva, dinâmica e motivadora.

Com a preocupação de oferecer ao aluno instrumentos que o ajudem a compreender o mundo em que vive e suas transformações, pressuposto para o exercício da cidadania, é fundamental trabalhar as principais categorias de análise geográfica – paisagem, lugar, espaço geográfico, território, região –, além de outros conceitos importantes para a análise espacial, como tecnologia, relações sociais, poder, política, Estado e trabalho. Com efeito, de acordo com o MEC, “no Ensino Fundamental, o papel da geografia é “alfabetizar” o aluno espacialmente em suas diversas escalas e configurações, dando-lhe suficiente capacitação para manipular noções de paisagem, espaço, natureza, Estado e sociedade”.

Ao mesmo tempo, faz-se necessário desenvolver os temas atuais de grande importância para a compreensão do espaço geográfico:

    -  as transformações que o mundo do trabalho vem sofrendo, em decorrência do desenvolvimento tecnológico;

    -  a relativa desconcentração espacial das indústrias e as novas estruturas de produção mundializadas;

    -  a formação dos blocos econômicos regionais;

    -  as novas dimensões das relações socioespaciais e político-econômicas entre os Estados-Nação e no território desses Estados, no contexto do neoliberalismo e do processo de globalização;

    -  os fluxos de informação, de capital, de pessoas e de mercadorias no contexto da globalização;

    -  as exportações de serviços no contexto da nova Divisão Internacional do Trabalho;

    -  os desafios que as relações sociedade–natureza impõem;

    -  o aquecimento global;

    -  o desenvolvimento sustentável;

    -  a biodiversidade;

    -  os conflitos étnico-nacionalistas;

    -  as análises das dinâmicas demográficas (envelhecimento, migrações);
   as cidades globais;

    - o aprofundamento das desigualdades sociais;

    - as novas tecnologias de informação e comunicação e seus efeitos sobre o modo de vida das pessoas;

     - a cidadania.

Buscando outras possibilidades de análise e compreensão, que possam dar conta da complexidade dos assuntos discutidos, é necessário considerar conhecimentos e contribuições de outras ciências, como a História, a Economia, a Biologia, a Antropologia e a Sociologia.

De acordo com as orientações do MEC para o ensino fundamental, o ensino de Geografia deve ser orientado a partir dos objetivos que se espera que os alunos atinjam ao longo de sua escolaridade. Isso é extremamente importante, pois a seleção dos conteúdos e a organização do planejamento devem ocorrer de forma a permitir que os alunos realizem as aprendizagens previstas.

É interessante destacar que os objetivos, assim como os conteúdos, também são apresentados em diferentes dimensões: espera-se que os alunos desenvolvam capacidades relacionadas a fatos, conceitos, princípios, procedimentos, valores e atitudes. Daí o uso de verbos como reconhecer, comparar, descrever, explicar, consultar, registrar, valorizar, respeitar etc.

Ao final do curso de Geografia do ensino fundamental, espera-se que os alunos sejam capazes de:

• conhecer o mundo atual em sua diversidade, favorecendo a compreensão de como as paisagens, os lugares e os territórios se constroem;

• identificar e avaliar as ações das pessoas em sociedade e suas conseqüências em diferentes espaços e tempos, de modo que construa referenciais que possibilitem uma participação propositiva e reativa nas questões socioambientais locais;

• conhecer o funcionamento da natureza em suas múltiplas relações, de modo que compreenda o papel das sociedades na construção do território, da paisagem e do lugar;

• compreender a espacialidade e temporalidade dos fenômenos geográficos estudados em suas dinâmicas e interações;

• compreender que as melhorias nas condições de vida, os direitos políticos, os avanços tecnológicos e as transformações socioculturais são conquistas ainda não usufruídas por todos os seres humanos e, dentro de suas possibilidades, empenhar-se em democratizá-las;

• conhecer e saber utilizar procedimentos de pesquisa da Geografia para compreender a paisagem, o território e o lugar, seus processos de construção, identificando suas relações, problemas e contradições;

• orientá-los a compreender a importância das diferentes linguagens na leitura da paisagem, desde as imagens, música e literatura de dados e de documentos de diferentes fontes de informação, de modo que interprete, analise e relacione informações sobre o espaço;

• saber utilizar linguagem gráfica para obter informações e representar a espacialidade dos fenômenos geográficos;

• valorizar o patrimônio sociocultural e respeitar a sociodiversidade, reconhecendo-os como direitos dos povos e indivíduos e como elementos de fortalecimento da democracia.

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