sexta-feira, 29 de maio de 2015

BULIMIA

BULIMIA NERVOSA
Sinônimos:
Bulimia, transtornos alimentares
O que é?
A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar.
Diferentemente da anorexia nervosa, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.
O que se sente? 
 
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
Vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso.
Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal.
Depressão.
Obsessão por exercícios físicos.
Obsessão por exercícios físicos.
Comer em segredo ou escondido dos outros.
Complicações médicas 
 
Inflamação na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito).
Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares).
Cáries e lesão sobre o esmalte dentário. Desidratação.
Desequilíbrio eletrolítico.
Vômitos com sangue.
Dores musculares e câimbras.
Causas
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Como se desenvolve?
Muitas vezes, leva tempo para se perceber que alguém tem bulimia nervosa. A característica principal é o episódio de comer compulsivo, acompanhado por uma sensação de falta de controle sobre o ato e, às vezes, feito secretamente. Os comportamentos direcionados a controle de peso incluem jejum, vômitos autoinduzidos, uso de laxantes, enemas, diuréticos, e exercícios físicos extenuantes. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.
A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.
Como se trata?
A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial.
As técnicas cognitivo-comportamentais têm se mostrado eficazes.
As medicações antidepressivas também têm se mostrado eficazes no controle dos episódios bulímicos.
A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum".
A orientação e/ou terapia familiar faz-se necessária uma vez que a família desempenha um papel muito importante na recuperação do paciente.
Como se previne?
Uma diminuição na ênfase da aparência física, tanto no aspecto cultural como familiar, pode eventualmente reduzir a incidência desses quadros. É importante fornecer informações a respeito dos riscos de regimes rigorosos para obtenção de uma silhueta "ideal", já que eles desempenham um papel fundamental no desencadeamento dos transtornos alimentares,O que é Bulimia?

A bulimia é um distúrbio alimentar no qual uma pessoa oscila entre a ingestão exagerada de alimentos, com um sentimento de perda de controle sobre a alimentação, e episódios de vômitos ou abusos de laxantes para impedir o ganho de peso. Pessoas com bulimia estão sempre preocupadas com a aparência, principalmente com o peso.

Causas

A causa exata da bulimia ainda é desconhecida. Trata-se de um transtorno de alimentação e, por isso, muitos fatores podem estar envolvidos nos motivos que levam à sua ocorrência.
A influência exercida pela mídia sobre o comportamento e o padrão de beleza das pessoas também pode estar entre as possíveis causas da bulimia. O culto ao corpo magro e o desprezo às pessoas acima do peso pregado pela indústria da beleza e da moda, aparentemente, levam milhões de pessoas em todo o mundo a apresentar quadros de bulimia.
Dessa forma, a bulimia é um distúrbio de imagem, no qual o paciente não consegue aceitar seu corpo da forma como ele é, ou tem a impressão de que está acima do peso em níveis acima da realidade. Isso pode levar a um quadro de ansiedade, que faz a pessoa buscar maneiras bruscas de perder peso rapidamente, ao mesmo tempo em que busca conforto na comida.

Fatores de risco

Fatores genéticos, psicológicos, traumáticos, familiares, sociais ou culturais podem contribuir para seu desenvolvimento. A bulimia provavelmente ocorre devido a mais de um fator.
A bulimia afeta muito mais mulheres do que homens e é mais comum em mulheres adolescentes e em jovens adultas.
A genética também pode ser um fator de risco para a bulimia. Estudos mostram que ter um parente com bulimia pode favorecer o desenvolvimento da doença. No entanto, ainda não está certo se é um fator genético que predispõe à bulimia ou o comportamento familiar que favorece a doença.

Bulimia nervosa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Encontre fontes: Google (notíciaslivros e acadêmico)
Bulimia nervosa
Mesmo quando a pessoa com bulimia tem um peso saudável e normal ela continua se considerando gorda.
Classificação e recursos externos
CID-10F50.2
CID-9307.51
Star of life caution.svg Aviso médico
A bulimia é classificada como purgativa quando envolve autoindução de vômito ou/e uso de laxantes, diuréticos ou/e emagrecedores.
Bulimia nervosa é um transtorno alimentar caracterizado por períodos de compulsão alimentar seguidos por comportamentos não saudáveis para perda de peso rápido como induzir vômito (90% dos casos), uso de laxantes, abuso de cafeína, uso de cocaína e/ou dietas inadequadas.1 Diferencia-se da anorexia nervosa por envolver grande variação de peso, descontrole alimentar frequente e estar mais associado a depressão maior, enquanto a vítima de anorexia nervosa está mais associado com uma magreza excessiva, longos períodos sem se alimentar e transtornos de ansiedade.2

Incidência[editar | editar código-fonte]

Tem incidência maior a partir da adolescência e de 3 a 7% da população, embora seja difícil mapear o real número de pessoas que sofrem da doença, uma vez que ela está cercada de preconceitos e é difícil para o próprio doente confessar seu problema. Cerca de 90% dos casos ocorre em mulheres. [carece de fontes]

Características[editar | editar código-fonte]

Comidas gordurosas estão fortemente associadas a prazer, relaxamento e afeto, pois um grande número de eventos sociais envolvem comidas engordativas.
A pessoa bulímica, de acordo com os critérios diagnósticos do CID 10, tende a apresentar períodos em que se alimenta em excesso, muito mais do que a maioria das pessoas conseguiriam se alimentar em um determinado espaço de tempo, seguidos pelo sentimento de culpa e tentativas para evitar o ganho de peso com jejuns, exercícios, vômitos autoinduzidos, laxantes, diuréticos e/ou enemas. Existe também trabalhos acadêmicos recentes relatando que a ingestão alimentar excessiva caracteriza-se muitas vezes pelo sentimento subjetivo de excesso do que excesso propriamente dito.

Os critérios diagnósticos usados pelo CID-10 e pelo DSM IV são:3
  1. Episódios recorrentes de consumo alimentar compulsivo - episódios bulímicos;
  2. Comportamentos compensatórios inapropriados (como vômito e abuso de substâncias);
  3. Os episódios bulímicos e compensatórios ocorrem pelo menos duas vezes por semana, por no mínimo três meses;

Consequências comuns[editar | editar código-fonte]

Esses comportamentos podem ter diversas consequências negativas para a saúde como:4
  • Problemas nos dentes e gengivas;
  • Desidratação;
  • Fadiga;
  • Ressecamento da pele;
  • Arritmia cardíaca;
  • Irregularidade ou perda da menstruação;
  • Obstipação;
  • Humor depressivo e variável;

Métodos compensatórios[editar | editar código-fonte]

Geralmente a autoestima de pessoas com transtornos alimentares depende excessivamente da satisfação com o próprio corpo.
Os principais métodos de perda de peso são:5
  • Autoindução de vômito;.
  • Jejuns prolongados;
  • Uso de laxantes, diuréticos e enemas;
  • Exercícios excessivos;
  • Dietas ineficientes e não saudáveis;
  • Lipoaspiração e outros procedimentos cirúrgicos para reduzir o peso.

Fatores psicológicos[editar | editar código-fonte]

Mesmo que a pessoa com bulimia consiga emagrecer com ajuda de medicamentos, sem resolver os fatores psicológicos é muito provável que ela volte a ter novas crises no futuro e continue infeliz consigo mesma.2
Alguns aspectos psicológicos frequentes em pessoas com bulimia são2  :
  • Baixa autoestima;
  • Pensamento do tipo “tudo ou nada” (extremistas);
  • Ansiedade elevada;
  • Perfeccionismo;
  • Dificuldade de encontrar formas saudáveis de obter prazer e satisfação;
  • Excessivamente críticos;
  • Excessivamente exigentes;
  • Insatisfação constante.

Outras características[editar | editar código-fonte]

Essas pessoas podem tentar passar um dia ou mais sem comer na tentativa de perder peso, muitas vezes entrando em um repetitivo ciclo de intensa restrição alimentar alternadas com farras culposas que o levam de novo ao sistema compensatório. A própria restrição alimentar excessiva aumenta muito as chances de desencadearem-se novos episódios compulsivos. Quanto mais tempo sem comer, mais forte o organismo se mobiliza para procurar e consumir, e reagindo à falta de alimentos o organismo absorve uma maior quantidade de gordura para compensar a perda de peso anterior.
O bulímico geralmente se encontra com peso normal, levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à magreza da anorexia). Essa aparência de normalidade muitas vezes dificulta que se identifique o problema, o que muitas vezes leva a uma demora em se procurar ajuda.
Pacientes bulímicos costumam envergonhar-se de seus problemas alimentares e, assim, buscam ocultar seus sintomas. Dessa forma, as compulsões periódicas geralmente ocorrem sem o conhecimento dos pais, dos amigos ou das pessoas próximas.
Em alguns casos após a bulimia ter persistido por algum tempo, os pacientes podem afirmar que seus episódios compulsivos não mais se caracterizam por um sentimento agudo de perda de controle, mas sim por indicadores comportamentais de prejuízo do controle, tais como dificuldade a resistir em comer em excesso ou dificuldade para cessar um episódio compulsivo, uma vez que iniciado.
A bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas diversas do sujeito. O bulímico não tem prejuízo somente da sua relação com a comida ou da sua relação com seu corpo. Ele se vê afetado em suas relações sociais - uma vez que festas e confraternizações envolvem alimentação. Ele se vê atormentado por uma questão que lhe é cotidiana (alimentação) e que não pode ser evitada, uma vez que todo indivíduo precisa se alimentar.Isso demonstra a dificuldade de se lidar com o transtorno alimentar (tanto para o sujeito que se vê afetado, quanto pelos demais à sua volta)

Tratamento[editar | editar código-fonte]

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Advertência: A Wikipédia não é consultório médico nem farmácia.
Se necessita de ajuda, consulte um profissional de saúde.
As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento.
Amarelamento dos dentes inferiores causado pelo fluxo frequente de ácidos estomacais.
O tratamento mais eficaz é o multiprofissional, envolvendo acompanhamento psicológico, psiquiátrico e nutricional. Porém, é frequente que o paciente não reconheça a necessidade de tratamento e se recuse ou adie sem tempo determinado a fazê-lo. Em certos casos, principalmente quando há sério comprometimento à saúde, faz-se necessária a internação do paciente.6 Terapias comportamentais associados com alguns tipos de antidepressivos e estabilizante de humor tem obtido bons resultados.2
terapia cognitivo-comportamental é uma psicoterapia individual que ajuda o paciente a desenvolver auto-controle, compreender a fonte de suas angústias e frustrações e desenvolver meios mais saudáveis de enfrentar as situações que desencadeiam a compulsão alimentar. Geralmente dura 6 meses para casos leves e moderados e 2 anos para casos mais graves. Remédios podem ser usados acessoriamente. Além de lidar com o transtorno alimentar também costuma envolver tratamento de transtornos depressivos e ansiosos que estejam desencadeando e mantendo os pensamentos, sentimentos e comportamentos não saudáveis.7

Tratamento de crianças e adolescentes[editar | editar código-fonte]

No caso de jovens que ainda vivem com os pais a abordagem mais eficiente de todos é a terapia familiar e aconselhamento dos pais. 8 Nessa abordagem toda a família é estimulada a modificar seus comportamentos alimentares e afetivos para padrões mais saudáveis. É recomendado que envolva uma nutricionista prescrevendo melhoras graduais na dieta e acompanhando os progressos e dificuldades da família.9

Referências

  1. Ir para cima FAIRBURN, C.G.- Psychological and Social Problems Associated with Binge Eating. In: FAIRBURN, C.G. (ed): Overcoming Binge Eating. The Guilford Press, New York, pp 42-66, 1995.
  2. ↑ Ir para:a b c d Cristiano Nabuco de Abreu, Raphael Cangelli Filho. Anorexia nervosa e bulimia nervosa – abordagem cognitivo-construtivista de psicoterapia. Disponível em: http://www.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol31/n4/177.html
  3. Ir para cima AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION (APA). - Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders.4th ed. Washington DC, 1994.
  4. Ir para cima [1]
  5. Ir para cima Táki Athanássios Cordás. Transtornos alimentares: classificação e diagnóstico. Disponível em: http://urutu.hcnet.usp.br/ipq/revista/vol31/n4/154.html
  6. Ir para cima Autor: Oliveira, Érika Arantes de; Santos, Manoel Antônio dos. Título: Perfil psicológico de pacientes com anorexia e bulimia nervosas: a ótica do psicodiagnóstico Fonte: Medicina (Ribeirão Preto);39(3):353-360, jul.-set. 2006. tab.[2]
  7. Ir para cima HAWTON, K.; SALKOVSKIS, P.M.; KIRK, J. & CLARK, D.M. — Cognitive Behaviour Therapy for Psychiatric Problems: a Practical Guide. Oxford University Press, New York, USA, 1989.
  8. Ir para cima Kaplan, A.S.- Psychological Treatments for Anorexia Nervosa: a Review of Published Studies and Promising new Directions. Can J Psychiatry 47(3): 235-42, 2002.
  9. Ir para cima PINZON, Vanessa et al. Peculiaridades do tratamento da anorexia e da bulimia nervosa na adolescência: a experiência do PROTAD. Rev. psiquiatr. clín. [online]. 2004, vol.31, n.4 [cited 2013-01-18], pp. 167-169 . Available from: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-60832004000400007&lng=en&nrm=iso>. ISSN 0101-6083. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-60832004000400007.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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