Como funciona a mente Humana: Os Níveis Mentais
A mente humana é uma faculdade sensorial da inteligência. Sua função é captar informações que são armazenadas nos neurônios cerebrais pelos outros sentidos normais do ser humano. Nossa mente tem condições de captar e imprimir qualquer tipo de informação em uma célula viva. Através de nossa vontade, temos condições de entrar em sintonia com qualquer centro cerebral e levar à consciência a informação que se encontra ali armazenada.
De acordo com as freqüências das ondas cerebrais, os níveis mentais estão dentro de três grupos:
Nível astral
No nível astral, a mente atua no consciente interior, ou seja, limitada ao campo energético do corpo (aproximadamente 7 metros de circunferência em torno do corpo) e em freqüências muito lentas, em baixas vibrações: a freqüência cerebral varia de 0,1 a 8 ciclos por segundo.
A atuação do cérebro nos níveis do plano astral é desenvolvida naturalmente e automaticamente. Por exemplo, as pessoas atuam no plano astral quando meditam, choram e durante a maior parte do tempo quando dormem. E fazem isso de forma natural e automática. Neste plano, ocorre a imaginação e a criação, mas não a realização com bastante intensidade ou rapidez. Ocorre autocura, por exemplo, mas com lentidão.
Uma vez que as freqüências cerebrais diminuem, as energias e sua proteção também reduzem, tornando a mente e o corpo vulneráveis às energias negativas – o que não ocorre no nível mental. Além disso, o plano astral não favorece o desenvolvimento da paranormalidade e evolução mental, pois a mente precisa estar constantemente em níveis acelerados para tal.
Alfa
O nível alfa, é o nível da criação, é quando você relaxa, faz projeções. Podemos usufruir dele tanto consciente como inconscientemente. Podemos alcançar um relaxamento maior e é onde criamos, pensamos, desejamos, programamos sonhos. É um estado de sono não profundo, no qual não sonhamos. A freqüência de rotação do cérebro varia de 5 a 8 ciclos por segundo.
Teta
Atingir o nível teta, exige um relaxamento profundo. É quando a pessoa dorme profundamente e sonha. Nesta freqüência, através da sugestão hipnótica, pode-se realizar cirurgias num paciente, sem anestesia e sem dor. Em teta, a rotação cerebral atinge de 2 a 4 ciclos por segundo.
Delta
O nível delta, é o nível da inconsciência. Nele somente o subconsciente está agindo. Seria semelhante a um estado de coma, ou nível no qual nos encontramos no mundo espiritual. Em delta, a freqüência de rotação cerebral permanece na faixa de 0,1 a 1 ciclo por segundo.
Podemos treinar nossa mente a usar qualquer campo sensorial, ou seja, atuar em qualquer uma dessas freqüências com a mesma facilidade com que atua nos sentidos de sensações biológicas. Tudo é apenas questão de treinamento e dedicação. Esses são níveis que exigem concentração em estado de relaxamento profundo para se atingir resultados satisfatórios, a curto ou longo prazo.
São todos níveis em que o cérebro funciona em freqüências muito lentas, baixas vibrações. Isto agora não nos interessa mais, porque nossa mente precisa estar constantemente em níveis acelerados para ficar compatível com as mudanças planetárias.
No nível astral, nós imaginamos, criamos, mas não nos realizamos com bastante intensidade ou rapidez. A cura, por exemplo, ocorre, mas com lentidão. Você tem proteção, mas pode diminuí-la, se não souber mentalizar direito.
Na nossa vida normal já estamos por bastante tempo no nível astral enquanto dormimos, pensamos, desejamos ou sonhamos. Este nível atua no consciente interior e é desenvolvido por nós automaticamente. Precisamos desenvolver, portanto, os níveis superiores a beta.
Algumas faculdades mentais podem ser realizadas tanto no astral como no mental, por exemplo: telepatia, clarividência, premonição e energização. Algumas delas, inclusive, nos permitem a comunicação com entidades e seres de outras dimensões.
Tanto no astral como no mental, os fenômenos e seus efeitos são ilimitados. A diferença que existe entre eles é muito simples de ser identificada. No astral ocorre a realização dos fenômenos de maneira invisível, quando não podemos ver materialmente a energia atuando no processo, pois ela não sai do nosso campo energético.
Nível intermediário
Nível intermediário
O nível intermediário, também chamado de estado de vigília é o estado normal das pessoas durante suas ações comuns. Ele é formado por apenas um único nível de estado, com freqüências cerebrais trabalhando em uma velocidade intermediária entre os níveis do plano mental e astral. Neste plano não são desenvolvidas nenhuma atividade ou fenômeno paranormal.
Beta
Beta
Na freqüência beta, ou estado de vigília, estão associados os cincos sentidos físicos: tato, paladar, olfato, visão e audição. Nela realizamos as ações comuns de nossa vida como falar e pensar, enfim, passamos o dia em beta. Ela é o ponto intermediário entre os planos astral e mental. Neste nível, a frequência cerebral varia de 9 a 14 ciclos por segundo.
Nível mental
Nível mental
No nível mental, a mente atua no consciente exterior, ou seja, além do campo energético do corpo (que tem aproximadamente 7 metros de circunferência em torno do corpo), permitindo, por exemplo, emissão de energia, realização de efeitos físicos, atuação na matéria ou mente de outras pessoas à distância.
Por ser um nível raramente estudado, existem poucos paranormais de efeitos físicos em todo o mundo, que são aqueles capazes de deixar a mente em estado de concentração alterada e realizar fenômenos físicos.
Jesus Cristo é um exemplo de paranormal que atingiu 100% da sua capacidade mental, deixando como legado o exemplo o uso de níveis mentais para realizar efeitos físicos e provocar a autocura rapidamente, pois neste nível a mente funciona em ritmo acelerado e os resultados são instantâneos.
“Em verdade, em verdade vos digo: Aquele que crê em mim, esse também fará as obras que eu faço, e as fará maiores do que estas.” (João, 14: 11 a 13).
“Basta ser sincero e desejar profundo, você será capaz de sacudir o mundo.” Raul Seixas
Desejar profundo, em níveis mentais, significa desejar alguma coisa sem duvidar de sua realização. Significa trazer esta coisa para perto, imaginar-se dentro dela, usando-a conforme o caso, ver materialmente o objetivo ou circunstância já fazendo parte de sua vida, sendo algo já conquistado e definitivo. Isso deve ser feito em estado de total consciência, sem relaxamento, o que significa que sua mente estará em estado de concentração alterada.
Os níveis acima de beta são caracterizados pelas altas freqüências cerebrais, para elevação de vibrações e são esses níveis que iremos trabalhar, no seu desenvolvimento.
Mental superior
Mental superior
No nível mental superior (logo acima de beta) ainda acontecem algumas realizações do astral como o desejo, a projeção e a telepatia. As ações permanecem a nível do consciente interior, ou seja, nosso subconsciente não emite energia para além do campo energético do nosso corpo.
O campo energético interno tem um raio de ação de seis a sete metros de circunferência, tomando nosso corpo como centro. Este é o raio de ação que se vai alcançar no mental superior. Até mesmo a telepatia, a uma distância maior, não deverá funcionar satisfatoriamente. Preparamos nossa mente neste nível para programar sonhos, interpretá-los, ativar a percepção e os poderes extrasensoriais. Também para alcançar uma preparação para o início da realização de fenômenos paranormais. No mental superior a rotação cerebral varia de 15 a 20 ciclos por segundo.
O desejar profundo, em nível mental, significa desejar alguma coisa sem duvidar de sua realização. Trazer esta coisa para perto de você, imaginar-se dentro dela usando-a, conforme o caso. Ver materialmente o objetivo ou circunstância fazendo parte de sua vida, sendo algo já conquistado e definitivo. Isso deve ser feito em estado de total consciência, sem relaxamento, o que significa que sua mente estará em estado de concentração alterada.
Mental físico
Mental físico
No nível mental físico realizamos fenômenos físicos como entortar metais, levitar objetos, influenciar pessoas, transmitir mensagens telepáticas com grande eficiência, causar sensações em outras pessoas ou mudar o sentimento e o pensamento delas de forma benéfica. O cérebro apresenta uma rotação de 21 a 26 ciclos por segundo.
Mental dimensional
Mental dimensional
O nível mental dimensional é aquele no qual se trabalha com dimensões diferentes das que vivemos normalmente. Neste nível podemos realizar transmutações, materializações ou desmaterializações de objetos e até mesmo de nosso corpo. É um nível ainda bem pouco explorado. Nele podemos realizar viagens por outras dimensões com nosso corpo físico. A esse nível, o cérebro estará com rotação de 27 a 32 ciclos por segundo.
Acima de 17 ciclos por segundo, os resultados só são positivos. A energia cósmica, a este nível só pode ser usada positivamente ou, no máximo, pode ficar neutra, nunca negativa, e nossa aura amplia.
Quando estamos no astral podemos ficar vulneráveis, a vibração baixa e a energia deste nível pode ser usada negativamente. O campo energético pode baixar, não só na meditação, mas também quando a pessoa chora ou dorme, pois a aceleração de suas freqüências cerebrais diminui, assim como a energia e, logicamente, a sua proteção. Assim, pensamentos negativos, vibrações negativas não só de pessoas, como também do ambiente, influenciam a aura dessa pessoa, podendo absorvê-los.
Temos então de trabalhar a energia vibracional. Quanto mais a pessoa se desenvolve, faz exercícios e utiliza adequadamente sua energia, mais a vibração vai se acelerando. Os estímulos emocionais e sexuais, quando utilizados de forma apropriada, facilitam muito na ampliação do nosso campo energético.
Mas a aceleração das freqüências cerebrais não pode ser feita aleatoriamente, deve ser da forma adequada para cada um, com orientações e técnicas corretas. Podemos subir a aceleração, mas dentro de uma escala evolutiva, dentro de determinadas regras, com exercícios apropriados para que a pessoa não se prejudique.
Também é importante ressaltar que se uma pessoa está com sua vibração acelerada, seu campo ampliado, as pessoas à sua volta entrarão em sintonia e, em conseqüência, serão também equilibradas.
Mental energético
Mental energético
Nesse nível, a frequência cerebral está acima de 32 ciclos por segundo.
Mente
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Para outros significados, veja Mente (desambiguação).
Mente é o estado da consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza1 humana. 'Mente' é um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionadas a cognição e comportamento2 . Particularmente aquelas funções as quais fazem os seres humanos conscientes3 , tais como ainterpretação, os desejos, o temperamento, a imaginação, a linguagem, os sentidos, embora estejam vinculadas as qualidades mais inconsciente como o pensamento, arazão, a memória, a intuição, a inteligência, o arquétipo, o sonho, o sentimento, ego e superego. Por isso, o termo também descreve a personalidade e costuma designar capacidades humanas, ou mesmo, empregado para designar capacidades de seres sobrenaturais, como na expressão "A mente de Deus".
Etimologicamente, o termo vem do latim mèntem, que tem o significado de pensar, conhecer, entender, e significa também medir, visto que alguém que pensa não faz outro que medir, ponderar as ideias.4 Os gregos utilizavam o termo nous para indicar a mente, a razão, o pensamento, a intuição.5
Índice
[esconder]O mundo consciente e mundo subconsciente[editar | editar código-fonte]
Durante tempos o ser humano tenta explicar sua existência no mundo explorando sua própria mente. Muitos foram os pensadores, filósofos, sábios que se indagaram sobre as questões existenciais e montaram um conjunto de opiniões, sobre os propósitos humanos, dentro de várias perspectiva ora metafisica, ora cosmológica, ora filosófica, ora psicológica, ora psicanalítica.
Heráclito formou uma das correntes de sábios que buscava uma compreensão cosmológica criacional, relacionadas as naturezas do Ser e do Devir1 , que podem representar o inconsciente ( Ser ) ligado ao consciente ( Devir ). Nessa mesma vertente Platão6 definiu o mundo inconsciente como o inteligível e o consciente como o perceptível. Contudo o mais marcante dessa posição é quanto a questão da interpretaçãoque influenciaria nos conceitos humanos, ou seja, a interpretação do perceptível favorecida pelo inteligível, segundo Platão, está de acordo com as capacidades da mente humana. Por isso, existem várias posições sobre a realidade e a existência, desde das mais absurdas ou imaginárias até as mais céticas ou radicais e confirmam como é abrangente e abstrato o universo mente.
Spinoza na obra Ética7 avaliou a natureza de Deus como inconsciente, enquanto Santo Agostinho atribuiu-lhe8 onipotência, onisciência, onipresença. Isso sugere que esse dois pensadores se completam, pois considerando Deus um ser num mundo inconsciente, a onipotência, onisciência e onipresença podem representar características dessa essência metafísica. Sendo que a inconsciência não significa uma postura inconsequente, a avaliação inconsequente sobre o inconsciente humano é o que possibilita essa conclusão e também não significa necessariamente determinismo, pois o próprio determinismo numa realidade perceptível ainda é fonte severos debates. Por isso, levantar tais discussões, associando-as ao inconsciente, desfavorece muito a interpretação humana, em razão desta limitar-se9 a realidade.
A corrente materialista, inspirada por Karl Marx, Charles Darwin, Helena Blavatsky e Sigmund Freud entre outros, compreenderam uma outra visão sobre a natureza. Esta não é mais aquela que associa aspectosgerais ou subjetivos do conceito existencial (a capacidade de, o fundamento de ), muito pelo contrário, as concepções dos materialistas limitaram o significante "natureza" a um sujeito material, isso propícia ao pensador um conjunto de valores objetivos: mais fáceis de analisar, estudar, calcular e interpretar tomando como referência somente os chamados fundamentos científicos aceitos10 .Dessa maneira na consciência de Marx as ações11 no mundo são evidências da realidade analítica, concreta e complexa; Darwin definiu um objetivo natural, provavelmente não premeditado, responsável por selecionar as espécies mais adaptadas12 ; Blavatsky sugeriu uma cosmogênese13 natural desconsiderando qualquer unidade de inteligência superior e universal; Freud restringiu funções mentais inconscientes e abstratíssimas a simplespulsões influenciadas pelo prazer humano14 .
Os arquétipos possuem um imenso significado emocional, experiências elevadas que os tornam abstrações sobre-humanas, ou mesmo Cósmicas |
Com um pé no rigor científico e o outro no inconsciente humano, Carl G. Jung é o psicanalista que interpretou as funções da mente humana de uma forma mais livre, apesar da preocupação com o empirismoprático na análise de seus pacientes. Jung considerou a linguagem dos sonhos uma linguagem natural, simbólica e difícil de compreender, pois se muitos deles originam-se no inconsciente pessoal, isto é, dizem respeito a problemas cotidianos, relações interpessoais; outros, segundo sua dedução, derivavam do inconsciente coletivo e fugiam completamente da experiência de vida adulta ou infância do paciente. Por isso, não hesitava em fornecer a suas interpretações conhecimentos mitológicos, religião comparada e alquimia. Consequentemente, enquanto Freud considerava que a religião devia e podia ser substituída pela ciência; Jung discordava, pois acreditava que o homem sempre necessitaria de uma religião ou mito para dar razão a própria vida15 .
A natureza da mente[editar | editar código-fonte]
Grosso modo, há três posições sobre a natureza da mente. Os dualistas defendem a tese da distinção entre mente e corpo. Os monistas defendem a tese da identidade entre mente e corpo. Os epifenomenalistasdefendem a tese da superveniência da mente sobre o corpo.
Dualismo[editar | editar código-fonte]
De acordo com o dualismo, a mente é uma substância distinta do corpo. Há dois tipos de dualismos: o dualismo de propriedades e o dualismo das substâncias. Entre os defensores do dualismo de substâncias encontramos os filósofos René Descartes e John Locke. No dualismo, o conceito de mente pode ser aproximado ao conceitos de intelecto, de pensamento, de espírito e de alma do ser humano.
René Descartes propós o dualismo das substâncias (que seriam uma entre duas coisas: res cogitans ou res extensa). Para ele o espírito e o corpo seriam nitidamente distintos. Espírito e matéria constituiriam dois mundos irredutíveis, assim não seriam nunca uma substância só, mas sempre duas substâncias distintas. Espírito seria do mundo do pensamento, da liberdade e da atividade; e matéria seria do mundo da extensão, do determinismo e da passividade.
O dualismo metafísico cartesiano deixou como herança à posteridade uma série de problemas graves. Por exemplo, como explicar inter-relações entre as substâncias tão heterogêneas entre si. Para ele, somente em Deus elas poderiam ser reunidas e formar uma só substância. Corpo e alma seriam substâncias finitas que de Deus proviriam, isso é, seriam fruto de um ser de substância infinita. Como uma substância finita poderia derivar de uma substância infinita ? E ainda por analogia, somente no ser humano se encontrariam, com se almagamadas, a alma e o corpo, que ao sentido parecem quase indistintas e não separadas. Mas Descartes não considera verossímil algo apreendido dos sentidos.
O espírito (com seu pensamento e o intelecto) estaria para o corpo assim como a mente estaria para a alma. Assim a mente seria aquilo que do espírito parece distinto mas realmente não é distinto, continua sendores cogitans. A dualidade espírito-mente seria uma falsa dualidade, seguindo o pensamento de Descartes. Somente a mente pareceria distinta porque apresenta-se quase estática, já que é reflexiva, por sinal, quase palpável; enquanto o espírito aparece aos sentidos como ativo, criativo, mutável etc. Enquanto o espírito seria o ativo da substância res cogitans, a mente seria seu ângulo potencial, aquilo que o pensamento tem de ponderável, como um pensamento que se adensa ou se aprofunda em um assunto, talvez o subjetivo do pensamento. A mente seria ao sentido como um imponderável que seria mensurável.
Uma outra analogia seria pensar no corpo saudável que seria a condição para a manifestação do espírito vibrante. Assim também, a alma já salva seria a condição suficiente desta se manifestar espiritual(mente). Sem que esse modo ou maneira (mente também remete a modo, por exemplo, rapida.mente, lenta.mente) possa ser confundida com alguma medida ou limite do espírito.
Monismo[editar | editar código-fonte]
De acordo com o monismo, mente e corpo são uma e a mesma coisa. Há dois tipos de monismo, o monismo que reduz o corpo à mente e o monismo que reduz a mente ao corpo.
O monismo que reduz o corpo à mente é conhecido como imaterialismo, e foi defendido por George Berkeley.
O monismo que reduz a mente ao corpo é conhecido como materialismo, e foi e continua sendo defendido por diversos filósofos, psicólogos e cientistas cognitivos.
Epifenomenalismo[editar | editar código-fonte]
De acordo com o epifenomenalismo, há uma única coisa, o corpo, e a mente é algo que sobrevém ao corpo.
O monismo anômalo do filósofo Donald Davidson é considerado um tipo de epifenomenalismo.
Neurociência[editar | editar código-fonte]
A neurociência é um termo que reúne as disciplinas biológicas que estudam o sistema nervoso. Muitas descobertas da neurociência trazem intrigantes fatos a respeito da mente.
Calosotomia completa e duplo cérebro[editar | editar código-fonte]
O estudo de pessoas que tiveram os dois hemisférios cerebrais separados (o que se chama de calosotomia, resultado de cirurgia para tratar casos graves de epilepsia, ou devido a traumatismos ou derrames) têm trazido importantes implicações para o entendimento do funcionamento da mente. Os hemisférios direito e esquerdo são em muitos aspectos simétricos. O hemisfério direito controla o lado esquerdo do corpo e o hemisfério esquerdo controla o lado direito e as funções mentais são distribuidas nos dois. No entanto, na maioria das pessoas, algumas funções mentais são mais concentrados no hemisfério esquerdo (linguagem, raciocínio linear), enquanto outras são mais concentradas no direito (emoções intensas, intuição espacial do próprio corpo, expressão emocional no rosto). Além disso, o campo visual esquerdo de cada olho é recebido pelo hemisfério direito e o campo visual direito é recebido pelo esquerdo. O corpo caloso permite a comunicação entre os dois hemisférios.
Ocorre que nos pacientes que tiveram seu corpo caloso completamente dividido (calosotomia), os hemisférios perdem a comunicação entre si (embora com o tempo o cérebro tenda a encontrar outras maneiras de estabelecer comunicação entre os dois hemisférios através de outras conexões nervosas que existem no cérebro além do corpo caloso). Com isso, o hemisfério esquerdo, que controla o lado direito do corpo e é especializado na linguagem, passa a funcionar de modo separado do hemisfério direito, que controla o lado esquerdo do corpo e é especializado nas emoções.16
Embora o hemisfério direito não tenha acesso aos centros de línguagem e, portanto, não possa falar, ele pode rearranjar cartas com letras dispostas numa mesa com a mão esquerda. Por exemplo, em um estudo, a um sujeito que havia sofrido calosotomia foi perguntado sobre qual é sua profissão ideal. Verbalmente (ou seja, usando o hemisfério esquerdo), o paciente respondeu que ele gostaria de ser desenhista. No entanto, com a mão esquerda (isto é, usando o hemisfério direito), ele rearranjou as letras formando as palavras "corrida automobilística" ("car race", em inglês) sem que seu hemisfério esquerdo (o que fala) tivesse consciência disso.17 .
Roger Sperry, sobre numa pesquisa com pacientes com o cérebro dividido, relata que, quando foi mostrada ao hemisfério direito do paciente (por meio de óculos especiais que bloqueiam o campo visual direito de cada olho) uma foto de uma pessoa familiar, a mão esquerda apontou a primeira letra do nome dessa pessoa, embora o paciente dissesse (o hemisfério esquerdo) que não via foto alguma e que tampouco movia o braço esquerdo. Quando uma foto do próprio paciente foi mostrada ao hemisfério direito, o paciente respondeu com reações emocionais tais como gargalhadas e sorriso autoconsciente, além de frases emocionais simples como "Oh, não! Oh, Deus!". O hemisfério direito também respondeu com polegar para cima ou para baixo de modo socialmente correto para fotos de personalidades famosas tais como Winston Churchill e Hitler. Tudo isso com o paciente dizendo (seu hemisfério esquerdo) que não via foto nenhuma.18
O hemisfério direito do cérebro, funcionando independentemente e isolado do esquerdo, demonstra inteligência. Ele pode perceber, analisar, lembrar, realizar raciocínio complexo, compreender emoções e expressá-las, demonstrar conhecimento cultural e responder criativamente a novas situações.19
Essas pesquisas mostram que, em alguns casos de cérebro dividido, o cérebro gera o que parece ser duas consciências separadas. A pesquisa sobre pacientes com cérebro dividido levou o neurocientista e ganhador do prêmio Nobel Roger Sperry a concluir: "Tudo o que vimos indica que a cirurgia deixou essas pessoas com duas mentes distintas, isto é, duas esferas separadas de consciência. O que é experimentado no hemisfério direito parece estar totalmente fora do âmbito do que é experimentado pelo hemisfério esquerdo."20
Uma das consequências mais dramáticas e evitadas da calosotomia é a síndrome da mão alheia. Uma das mãos "ganha vontade própria" (em geral a esquerda) após a cirurgua e se opõe ao que o paciente deseja, desfazendo o que a mão direita faz (conflito intermanual). Por exemplo, tarefas como abrir uma porta com a mão direita é desfeita pela esquerda. Ao se vestir, a mão esquerda pode se opor, e luta para tirar a roupa que a mão direita por sua vez luta para colocar. Em outro caso, a mão esquerda (hemisfério direito) de um paciente preferia alimentos diferentes e até mesmo programas de televisão diferentes, intervindo contra a vontade expressa pelas ações da mão direita que é verbalizada pelo paciente. Há ainda o caso de um paciente cuja mão esquerda se opunha sempre que o paciente tentava acender um cigarro e fumar, a mão esquerda frequentemente arrancava o cigarro ou o esqueiro e os atirava longe. Outro caso relatado é a de um paciente cuja mão estranha apalpava o seio de todas as mulheres que se aproximavam dele, provocando um grande contrangimento para ele.21
Esses estudos científicos colocam sérias questões ao dualismo, pois seus resultados parecem inconciliáveis com a ideia da existência de uma alma individual (isto é, indivisível) independente do cérebro, já que fornecem fortes evidências de que uma divisão física do cérebro produz como que duas almas diferentes que possuem propósitos, gostos, opiniões, personalidade e pensamentos diversos, embora compartilhem lembranças de fatos anteriores à separação dos hemisférios. Se a mente se torna duas mentes ao nível físico do cérebro dividido em dois, como não concluir que, durante o momento da morte física do cérebro e a ruptura cada vez maior das conexões neuronais, o que chamamos de mente se multiplica em numeráveis "mentes" cada vez mais dispersas até que todas as conexões se desfazem?22
Física Quântica[editar | editar código-fonte]
A Teoria de Everett, também conhecida como Teoria dos Muitos Mundos, ou Interpretação de muitos mundos (IMM) foi motivada pelo comportamento ilustrado pela experiência da dupla fenda, tendo como entendimento o princípio da simultaneidade dimensional, segundo o qual duas possibilidades podem coexistir no mesmo experimento, entretanto em universos diferentes.
Everett propôs que do ponto de vista da teoria, em um experimento com múltiplas possibilidades utilizando partículas quânticas, todos os elementos de uma superposição (todos os "ramos" ou possibilidades) são reais, nenhum mais "real" que o outro.23 Diante deste fato, uma das possibilidades é afirmar que estes estados são diferentes "mentes" do observador, armazenados no sistema físico (corpo do observador ou memória).23 A abordagem deste assunto transpassa os limites da física quântica e passa a fazer parte da neurociência e da filosofia, sendo abordado por J.A. Barret24 e M. Lockwood25 .
Regras mentais[editar | editar código-fonte]
Grosso modo, há duas posições sobre o tipo de regra que rege os fenômenos mentais. De acordo com os naturalistas, a mente segue estritamente as leis da natureza. De acordo com os normativistas, a mente segue regras racionais distintas das leis naturais.
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