segunda-feira, 27 de julho de 2015

APICULTURA

Apicultura é a arte de criar abelhas, com técnica e amor, podendo ser praticada por homens, mulheres ou crianças, como hobby ou atividade profissional.
Mas não basta apenas ter algumas colmeias para ser apicultor, é preciso entender o comportamento social das abelhas, sua biologia e estar sempre se atualizando sobre técnicas de manejo e produção, e isto é o que torna esta arte ainda mais nobre e cativante, pois as descobertas nunca param.
Para se iniciar uma criação de abelhas, é indispensável frequentar um curso básico de apicultura, que lhe dê as noções de segurança, técnicas e equipamentos adequados para o trabalho; somente depois é que se começa a trabalhar com as abelhas, e a partir daí muitas dúvidas vão surgir no seu dia-a-dia, que poderão ser sanadas na Casa do Apicultor de Campinas, com amigos apicultores, em associações, livros, congressos, etc.
Não é necessário ser proprietário de sítio ou fazenda, pois hoje é muito comum arrendamento de terras para apicultura.
É muito importante saber se quem vai trabalhar com abelhas é alérgico ou não às ferroadas, para evitar surpresas no apiário.
Estas são informações básicas, caso tenha duvidas entre em contato com a gente!Apicultura é a ciência, ou arte, da criação de abelhas com ferrão. Trata-se de um ramo da zootecnia. A criação racional de abelhas para o lazer, ou fins comerciais, pode ter como objetivo por exemplo a produção de mel, própolis, geleia real, pólen, cera de abelha e veneno, ou mesmo fazer parte de um projeto de paisagismo, no Brasil não é possível porque as abelhas africanizadas são mais defensivas e requer uma distância mínima de 300 metros de qualquer aglomeração de pessoas e animais. Além disso, as abelhas são importantes polinizadoras.

Apicultura migratória[editar | editar código-fonte]

Nos pomares de laranja e outras frutas cultivadas comercialmente é comum os agricultores contratarem apicultores para polinizarem as flores, a render grande produtividade, tanto de frutas, como de mel. Este tipo de atividade chama-se apicultura migratória, porque o apicultor descarrega um caminhão de colmeias no centro do pomar durante a floração, e depois retira as colmeias no fim da floração. Nestes casos a retirada dos enxames é importante, pois tratando-se de uma monocultura, as abelhas não terão alimento (néctar de flor) após a floração, e irão consumir todo o mel estocado dentro das colmeias.

Equipamentos[editar | editar código-fonte]

Fumigador
Todo apicultor deve ter os principais equipamentos necessários para se ter um apiário: o fumigador, o formão de apicultor, o alicate-levanta quadros, luvas de cabedal para proteger as mãos, etc.. Traje com máscara de protecção, é necessário, pois as abelhas atacam o apicultor, então tais equipamentos são de uso necessário.
Existem muitos outros acessórios encontrados em lojas especializadas de apicultura, como o colector de pólen, apanhadores de zangões, alimentadores, protectores de realeira, gaiolas de transporte, centrífuga e garfo desoperculador1 .

A colmeia racional[editar | editar código-fonte]

Na apicultura moderna usa-se uma colmeia padrão desenvolvida em pesquisas científicas. Um dos padrões mais usados no mundo é o Langstroth, em Portugal usa-se também o padrão Lusitano. Existem muitos outros padrões e formatos de caixas(Curtinaz, Schirmer, etc..). No desenho destas caixas usa-se o conceito do espaço-abelha, que é basicamente o tamanho de uma, ou duas abelhas, não mais. Trata-se de uma caixa com 10 quadros removíveis onde ficam os favos. O distanciamento dos quadros respeita o chamado espaço-abelha. A vantagem desta caixa padrão é a possibilidade de retirar os favos sem danifica-los, centrifugar o mel, e devolver o favo intacto para a colmeia, com a vantagem da intercambiabilidade dos favos(caixilhos) entre as caixas(colméias). O espaço-abelha é o espaço que permite as abelhas circulem por dentro da colméia e disciplina a construção dos favos na posição de encaixe dos 10 caixilhos, permitindo que o apicultor remova centenas de favos em poucos minutos e recoloque-os de volta depois.

Rotina do Apicultor[editar | editar código-fonte]

A manutenção de um apiário exige visitas frequentes do apicultor para as tarefas de remoção de mato perto das colmeias, revisão das caixas e colheita, dentre outros serviços no apiário, na preparação das colmeias e quadros, .
Durante a revisão o apicultor verifica se há excedente de mel para colheita, se a rainha está fértil (a produzir crias), se não há formigas, se não há traças, se existe cera em quantidade suficiente. Os favos serão levantados para verificar estes itens. O serviço é trabalhoso porque um apiário comporta aproximadamente 30 colmeias e cada ninho ou melgueira tem 10 quadros/favos e a colmeia poderá ter além de um ninho várias melgueiras. Apicultores profissionais podem ter centenas de colmeias espalhadas em dezenas de apiários. Assim o apicultor costuma trabalhar com um ajudante, e instalar o apiário sempre em local de fácil acesso para carro, ou camião.

Histórico[editar | editar código-fonte]

Foram encontrados pedaços de âmbar transparente envolvendo abelhas em pesquisas arqueológicas. As teorias dizem que já existiam abelhas há 42 milhões de anos, idênticas às atuais. Mas o que se têm de fato, é o relato do uso do mel pelas civilizações mais antigas traçadas pela história, sendo uma delas os Sumérios.
Há registro gráfico de arte rupestre representado abelhas datando do neolítico em caverna na área onde hoje fica Valência (Espanha). Outra representação antiga está gravada na tumba da Ramsés IX, no Egito, essa datando de 1.100 a.C.2 .
Na obra de Eva Crane (Honey, a Comprehensive Survey), encontramos informações de que os Sumérios, que se estabeleceram na Mesopotâmia por volta de 5000 a. C., já usavam o mel. Dos textos Sumérios que sobreviveram até os nossos dias são conhecidas duas passagens que falam a respeito do mel.
Três mil anos depois, esta região seria conhecida por Babilónia. Os Babilónios já usavam o mel também na medicina. Posteriormente, os hititas invadiram a Babilónia. No código hitita, por volta de l300 a.C., aparecem as primeiras referências em uma legislação que regula algo a respeito de mel e abelhas.
Por volta do ano 3400 a.C., o soberano do Alto Egipto uniu seu reino ao Baixo Egipto. Desde a primeira dinastia, em 3200 a.C., adoptaram-se as abelhas como símbolo do faraó do Baixo Egipto. O mel era muito usado pelos antigos egípcios, especialmente pelos sacerdotes, tanto nos rituais e cerimónias como para alimentar animais sagrados.
Há textos que põem em destaque a existências de apicultura migratória no antigo Egipto, o que significa que já naquela época era bastante usado algum tipo de colmeia móvel.
Na Bíblia, no Antigo Testamento, há informação suficiente para concluir que na Terra Prometida dos hebreus, “regada por leite e mel”, o mel era amplamente usado. Em vários textos bíblicos, o mel também é citado em diversas passagens do Antigo Testamento, sendo mencionado em alguns Salmos:
Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais do que o mel à minha boca. (salmo 119:103)
O temor do SENHOR é límpido e permanece para sempre; os juízos do SENHOR são verdadeiros e todos igualmente, justos. São mais desejáveis do que ouro, mais do que muito ouro depurado; e são mais doces do que o mel e o destilar dos favos. (Salmo 19:9-10)
No livro de Provérbios, o mel é mencionado pelo autor como um medicamento, o que demonstra que os hebreus já utilizavam esta substância não só com fins alimentares mas também terapêuticos:
Palavras agradáveis são como favos de mel: doces para a alma e medicina para o corpo. (Provérbios 16:24)
Em sua poesia de Cântico dos Cânticos, Salomão, o mesmo autor da maioria dos Provérbios, faz outra menção ao mel, incluindo-o como um dos mais excelentes produtos da época:
Já entrei no meu jardim, minha irmã, noiva minha; colhi a minha mirra com a especiaria, comi o meu favo com o mel, bebi o meu vinho com o leite. Comei e bebei, amigos; bebei fartamente, ó amados. (Cantares 5:1)
Acredita-se na existência de apicultura sistemática já na pré-história, pois a própria actuação de Aristeu que, conforme narra Virgílio inspirado na Mitologia grega, teria sido o primeiro apicultor e cultivou abelhasmelíferas em carcaças de animais mortos3 , leva-nos à ideia de que existe uma grande possibilidade de os personagens mitológicos terem sido seres humanos que se destacaram por serem inteligentes, habilidosos ou bem dotados, com o tempo eles teriam se tornado lenda.
Pela época do historiador Hesíodo, contemporâneo de Homero, a apicultura sistemática já era um fato, pois se menciona o “simblous, ou simvlus”, que era um tipo de colmeia construída por mãos humanas.
Escavações feitas em Festo, na ilha de Creta, por companhias arqueológicas italianas, trouxeram à luz colmeias de barro que pertenceram à época minoica, 3400 a.C., bem anterior a Hesíodo e Homero. Outros achados destas escavações revelam o alto estágio da apicultura desta época. Entre eles estão duas jóias de ouro; uma delas mostra duas abelhas, datada de 2500 a.C., e foi encontrada nas escavações da antigacidade de Cnossos.
Homero, o poeta, na sua consagrada Odisseia, fala sobre uma mistura de mel e leite, chamada “melikraton”, que era considerada uma excelente bebida; menciona também que as filhas órfãs de Píndaro eram alimentadas pela deusa Vénus (Afrodite) com queijomel e vinho, os mesmos alimentos usados por Circe, a feiticeira, que fascinou os companheiros de Ulisses.
Foi Aristóteles quem primeiro fez estudos com métodos científicos a respeito de abelhas, “melissas”, utilizando colmeia cilíndrica feita com ramos de árvores entrelaçados com uma mistura de barro e estrume devaca. Esta colmeia hoje é chamada de “anastomo” ou “cofini”, e em certas regiões da Macedônia ainda é usada.
No período pré-aristotélico, a apicultura já tinha em grande parte sido sistematizada, tanto assim que o grande legislador ateniense Sólon dedicou-lhe vários artigos da lei, o que comprova seu estágio avançado naquele tempo. Um dos artigos proibia a instalação de um novo apiário a uma distância menor que 300 pés (90 metros) de um apiário já existente.
A cesta cilíndrica usada como colmeia possuía alvado ou buracos por onde entravam as abelhas, na parte superior, boca, onde eram colocadas de oito a doze ripas de madeira, paralelas. Ao longo da parte inferior destas ripas era derramada cera derretida, bem no meio, e ao longo de seu comprimento. A partir deste fio de cera, as abelhas iniciavam a construção de favos paralelos que chegavam ao fundo da cesta. Estes foram os primeiros favos móveis de que se têm notícias.
Com favos móveis, Aristóteles conseguiu fazer observações valiosíssimas, das quais algumas sobreviveram até a descoberta do microscópio, outras até Langstroth, apicultor estadunidense do século XIX, o espaço abelha, e as medidas são válidas até hoje.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Em 2010, existiam Portugal cerca de 17 mil apicultores, 38 mil apiários e 562 mil colmeias. Com o declínio na população de abelhas e o crescente valor económico da actividade, tornou-se comum registarem-se roubos de colmeias.4

Referências

  1. Ir para cima McKNIGHT, Anete. Apicultura. Campinas: Icea, 1982. p. 07 - 73
  2. Ir para cima Revista "In Veneto Magazine", Itália, Primavera de 2011 - "Api"
  3. Ir para cima "O livro de ouro da Mitologia, História sw Deuses e Herós" - Thomas Bulfinch - 34ª Edição - Ediouro
  4. Ir para cima Geraldes, Helena (6 de Abril de 2012). Aumento de roubos de colmeias preocupa apicultores Público. Visitado em 7 de Abril de 2012.

Ver também[editar | editar código-fonte]1. Meio Ambiente da Área

Em primeiro lugar, gostaria de iniciar a apresentação falando sobre o município de Kagamino, onde está instalada a Empresa Apiário Yamada, meu ambiente de trabalho. O município de Kagamino está situado na região base das montanhas da região de Chugoku, limitando-se ao norte com a montanha Izumiyama e a outras montanhas com mais de 1.000 m de altitude. Descendo o vale do rio Kagamigawa, a paisagem muda para planície na altura da localidade de Ichiba. Nesta região da Província de Okayama, o rio atravessa o município e encontra com o rio Yoshii, um dos 3 rios mais importantes da Província. É um município com paisagem típica do interior onde são encontradas montanhas altas e baixas, rios com água límpida, que serve de berço das larvas de vagalume e, na primavera, os campos ficam cheio de flores. A Fazenda Apícola Yamada exerce a atividade distribuindo colméias em vários locais de Kagamino, onde a natureza ainda é bastante preservada. Então, o que um apicultor pensa em primeiro lugar quando ele vai implantar uma nova fazenda apícola? Sem dúvida, é fundamental a existência de flores produtoras de bastante néctar que é o alimento das abelhas. Um local que floresce bastante e oferece mel e pólen sem interrupção a partir do início da primavera até o final de outono. Mas não fique preocupado caso não haja flores por perto. Normalmente as abelhas voam em média num raio de 2 quilômetros, isso corresponde a 1,250 ha de terras. Dentro desta área, existem cerejeiras e ameixeiras que florescem na primavera, nos campos e nos vales florescem as lengue(Astragalus sinicus, veja primeira e segunda fotos) e mostarda(Brssica sp.), nos pomares as castanheiras e caquis, e na lavoura existem plantios de abóboras e girassóis. Nas montanhas florescem as espécies florestais como "soyogo", "tsuge", "ryoubu" entre outras. Portanto, a quantidade de flores existentes na área define a quantidade de colméias a serem instaladas na fazenda. Para isso, é necessário um planejamento com dados acima, colocando no mapa os locais de instalação das colméias para não ficarem muito próximas umas das outras, a distribuição é de 20 a 30 colméias. Nas áreas nas quais existem bastantes plantas com fonte de néctar e pólen, instalamos em torno de 50 colméias.

2. Espécies de folhosas (folhas largas) e coníferas (folhas acúleas)
A maioria das florestas artificiais no Japão são compostas por espécies de coníferas como sugui (Cryptomeria japonica e Chamaecyparis obtusa). Em Kagamino também existem áreas de reflorestamento com estas espécies. Nestas florestas não é apropriado instalar apiário, porque as flores das espécies coníferas não produzem néctar e, conseqüentemente, as abelhas podem morrer de fome. As coníferas produzem bastante pólen e quando espalha-se pelo vento, por grandes áreas, causa alergia de pólen à população, e como o agente polinizador é o vento, não há necessidade de visita dos insetos para polinização. Na classificação mundial de florestas, o Japão está na faixa de floresta com espécies de folhas largas. Isto demonstra que na cobertura vegetal da floresta do Japão predominavam as espécies de folhosas (folhas largas), como buna(carvalho), kashiwa, kunugi, entre outras. Nestas áreas de floresta com espécies de folhosas, rica em biodiversidade de plantas e animais, as abelhas podem obter mel e néctar em abundância. Nas vegetações das montanhas existem muitas plantas de pequeno porte com cores variadas e que oferecem néctar e pólen.3. Como é o apiário ideal?
- Em primeiro lugar, deve haver uma boa florada apícola na vizinhança;
- Local com topografia plana na direção ao sul;
- Existência de árvore para minimizar o calor do verão;
- Topografia que permita a proteção contra o vento que sopra do norte;
- Facilidade de acesso, com estradas;
- Área livre de águas, de enchentes;
- Terreno seco. Terreno úmido favorece o aparecimento de doenças. Eis as condições ideais para a implantação de uma fazenda apícola.
Não é necessário ter todas estas condições para a criação. Alguns itens podem ser solucionados com a criatividade. Mas é indispensável a existência de plantas produtoras de néctar e de pólen.

4. Plantio de espécies apícolas

Nós chamamos de plantas de apicultura, aquelas plantas que produzem néctar e pólen em conjunto. Vamos pensar em plantar espécies apícolas nos jardins e nas áreas abandonadas ou degradadas. Mapear os tipos de plantas que agradam as abelhas por fase da estação do ano. 
Primaverainunofuguri (Veronica caninotesticulata) ,ameixeira, cameria, hisakaki(Eurya japonica),dente-de-leão, cerejeira, mostarda, rengue(Astragalus sinicus), acácia, laranjeira, etc.
Verãocaqui, soyogo(Ilex pedunculosa),kuroganemoti, castanheira, as cucurbitáceas, girassol, yabukarashi, trigo-mourisco, etc.
Outonocosmos, hagui, kudzu, arnica-silvestre, etc.
Invernonêspera, etc.

5. Apicultura fixa e apicultura migratória

A maioria das pessoas tem a imagem do apicultor de "Cigano das flores", porque eles migram de sul a norte em busca das flores, durante as estações do ano. Nesta época está terminando a coleta de néctar das flores de campo e os apicultores começam a migrar para o nordeste e norte do Japão em busca de néctar das acácias, trevos e outras espécies, mas grandes movimentações dos apicultores migratórios estão diminuindo a cada ano por causa da avançada idade dos apicultores, da qualidade de vida e, principalmente, pela educação dos filhos. Os apicultores estão optando a instalação do apiário de pequeno porte dentro da própria Província e áreas circunvizinhas e também estão aumentando a apicultura fixa.
1. Abelha e a colméia

Colméia
Colméia é a casa das abelhas, importante ferramenta para a apicultura Feita de madeira com tampa, contendo 8 a 10 quadros de câmara de cria, onde as abelhas vivem. Na parte inferior da colméia fica o alvado, que é a entrada e saída das abelhas. A colméia é constituída de 2 compartimentos, constituídos de ninho e melgueira. De acordo com o número de abelhas operárias, inicia-se com uma caixa de ninho e vai acrescentando a melgueira, ficando assim em 2 andares e, na época de colheita do mel, aumenta-se para 3 caixas.
Este tipo de colméia foi desenvolvido por Langstroth no século XIX. É uma colméia com tamanho definido em termos de dimensões e medidas e facilita o manejo das abelhas. A colméia Langstroth é bastante utilizada atualmente no mundo.


Quadro de Câmara de Cria
O que as abelhas realmente constroem são os quadros de cria, uma importante ferramenta quanto a colméia. Um quadro é preparado com madeira quadriculada com 3 arames, os quais correm por dentro do quadro e as abelhas vão construindo o ninho com cera produzido por elas. Para acelerar a construção do ninho pela abelhas operárias, colocamos a cera alveolada, uma lâmina de cera da abelha prensada, que apresenta, de ambos os lados, o relevo de um hexágono do mesmo tamanho do alvéolo, que servirá de guia para a construção dos alvéolos dos favos. 

Colônias de abelhas
Para iniciar a criação, em primeiro lugar é necessário adquirir as abelhas. Normalmente, o produtor compra colônia de abelha contendo abelha rainha. O ideal é que se faça aquisição da colônia de março a abril, quando as abelhas jovens estão em crescimento, colocando quadros de crias para acompanhar o aumento da população.

2. Indumentária necessária na operação diária

Fumegador
É um utensílio que permite aplicar fumaça nas abelhas para diminuir a agressividade delas. O fumegador de fole manual é constituído por um fole, que é acoplado a uma fornalha de metal dotada de grelha, na qual se queima o material que produzirá a fumaça. Os materiais utilizados são de origem vegetal como serragem grossa, palhas de arroz, etc.


Formão do apicultor
É uma ferramenta de metal com tamanho de 20 cm de comprimento e é utilizada para abrir o teto da colméia, que, normalmente, é soldada à caixa pelas abelhas com a própolis.


Vestimenta
A vestimenta básica é composta por uma máscara, um macacão, um par de luvas e um par de botas. O macacão deve ser constituído de uma única peça e deve ser largo, folgado o suficiente para não criar resistência junto ao corpo. As abelhas são, particularmente, sensíveis às tonalidades escuras, especialmente ao preto e ao marrom, por isso, toda a indumentária do apicultor deve ser de cor clara para não provocar as abelhas. Deve-se evitar vestir camisa pólo, usar luvas de algodão porque as abelhas têm facilidade de segurarem-se nesses materiais e, assim, podem dar ferroadas. O melhor tipo de máscara é a de pano, com visor de tela e de cor fosca, que permita melhor visibilidade e seja sustentada por chapéu, o qual deve ter aba larga e ser fechado com um longo cadarço, que deve ser amarrado sobre o macacão. As luvas devem ser finas o suficiente para que o apicultor não perca totalmente o tato. As botas devem ser de borracha, branca, de cano médio ou longo, sobre as quais serão ajustadas à bainha do macacão. 
3. Equipamentos e ferramentas necessários à extração de mel

Centrífuga
É um equipamento destinado à extração de mel sem provocar danos aos favos. Feita de metal em forma cilíndrica, com armação por dentro, serve para colocar quadros de melgueiras de forma radial e, com a força, própria de uma centrífuga, extrai o mel. O mel que é depositado no fundo é retirado, quando se abre a válvula situada na parte inferior da centrífuga.


 Espanador
É empregado para remover as abelhas dos quadros da colméia sem feri-las. Normalmente, é feito de crina animal e é lavado após o uso para retirar o mel impregnado.


 Faca (tamanho de 35 cm )
Instrumento utilizado para destampar os alvéolos dos favos, liberando, assim, o mel armazenado. Os alvéolos são juntados e cozinhados para extrair a cera da abelha.

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