segunda-feira, 17 de agosto de 2015

CANIBALISMO

Canibalismo é a característica, particularidade ou condição de um canibal, ou seja, aquele que pratica o ato de comer um ser vivo da mesma espécie.
O termo canibalismo surgiu por causa de uma comunidade indígena que habitava a região do Caríbe, e que realizava rituais onde a carne humana era consumida. Durante a exploração do espanhol Cristóvão Colombo à região, os espanhóis ficaram aterrorizados com esta prática e deram o nome de "canibales" (em referência à região do Caríbe) aos índios.
Os atos canibais são muitas vezes considerados sinônimos dos antropofágicos, no entanto, o canibalismo não pode ser entendido como um sinônimo pleno de antropofagia.
O termo antropofagia, do grego anthropophagía ("anthropo" = "homem" e "phagía" = "comer"), é o ato de comer carne humana. Apenas carne humana.
Já o canibalismo consiste no ato de comer um ser vivo da mesma espécie (um ser humano comer outro ser humano, por exemplo). Ou seja, se um animal come outro animal, mas de espécie diferente, não pode ser considerado um canibal, mas sim apenas antropófago (um leão comer um homem, por exemplo).
Atualmente, o canibalismo ainda é uma pratica comum em rituais satânicos ou em algumas religiões pagãs, onde um indivíduo deve servir de sacrifício em homenagem à um deus ou entidade. Os membros dessas seitas, religiões ou cultos acreditam que ingerindo a carne humana conseguirão revigorar as suas forças e energias espirituais, já que também estão "comendo" a alma do sacrificado.

Canibalismo humano

canibalismo humano é denotado pela ação ou maneira comportamental de uma brutalidade extrema. Em sociedades antigas, o ato de comer carne humana em rituais e cerimônias tinha uma característica justificada em uma crendice religiosa popular.
Atualmente, o canibalismo é considerado crime em todos os países do mundo ocidental. A figura do canibal é repudiada, sendo até mesmo tratado como um paciente portador de doenças ou distúrbios mentais, devido a sua natureza cruel e da falta de empatia pelo sofrimento do próximo.
Em alguns casos isolados, o canibalismo humano é praticado como última alternativa para a sobrevivência de um indivíduo ou grupo de pessoas, que normalmente encontram-se isoladas e sem qualquer outra fonte de alimento.

Canibalismo no Brasil

O canibalismo no Brasil era uma prática bastante comum entre os índios da tribo Tupinambá, que praticavam-no como parte de um ritual de guerra.
Eles consumiam a carne dos guerreiros adversários com o objetivo de "absorver a bravura e coragem" do inimigo. Ser comido era considerado uma das formas mais honráveis de morrer, porque significava que o guerreiro era corajoso e tinha o espírito suficientemente forte para atrair a "fome" dos tupinambás.

Canibalismo em biologia

O canibalismo está presente em várias espécies de animais. Neste caso, trata-se de uma relação ecológica em que normalmente são eliminados os animais debilitados, através de uma seleção natural.
Em alguns tipos de aranhas, escorpiões e em determinadas espécies de insetos (como o louva-a-deus), por exemplo, há um ritual praticado entre as fêmeas que consiste em devorar os machos dessa mesma espécie após o acasalamento.Canibalismo é um tipo de relação ecológica em que certas espécies de animais se alimentam de indivíduos da mesma espécie. Segundo alguns investigadores, essa prática terá resultado da evolução das espécies, com o objetivo de eliminar os indivíduos menos aptos, por exemplo, provenientes de uma ninhada em que alguns filhotes saem dos ovos defeituosos ou imaturos (ver seleção natural)[1] .
Exemplos frequentes são o consumo dos machos de alguns insetos, a exemplo de integrantes da ordem mantodea e aracnídeos pelas fêmeas, depois da cópula. Alguns estudiosos acreditam que esta prática aumenta as probabilidades da fêmea ter uma prole forte, por ter ingerido as proteínas do macho, apesar destas espécies se alimentarem habitualmente de outros animais.
O termo terá origem no idioma arawan, por via do espanhol Caribal de “Caribe”, língua falada por uma tribo indígena da América do Sul ou povos caraíbas antilhanos, de que os viajantes europeus reportaram costumes antropofágicos, e poss. com infl. de can ‘cão1’; fr. Canniba [2] Um caso noticiado pelos mídia no Brasil foi refutado por um "pajé" arawan, que afirmou não conhecer a tradição de canibalismo na sua tribo, ou em tribos do grupo arawan; no entanto, afirmou ter ouvido de seu pai que existiram "povos antigos" que comiam os corpos dos inimigos mortos em batalha. Um antropólogo que estudou as tradições destes povos reiterou não existir o canibalismo nas suas tradições[3] .
No caso do canibalismo entre seres humanos, a prática é denominada antropofagia. No entanto, alguns casos recentes que podem considerar-se criminosos (ou relacionados a transtorno mental grave), são noticiados amplamente, tanto na mídia como na internet, como casos de canibalismo[4] . Para além dos casos macabros, ligados a antigos rituais religiosos, ou a casos recentes, existe ainda um caso amplamente noticiado sobre os sobreviventes de um desastre de avião que supostamente teriam cometido canibalismo por uma questão de sobrevivência[5] .

Patologia veterinária[editar | editar código-fonte]

Entre aves, canídeos e felinos, especialmente se criados em cativeiro, patologias maternas de natureza hormonal e inibição da percepção materna ou da produção de estímulos tácteis e olfatórios vindos dos filhotes podem levar a este comportamento. [6] Quando os recursos são limitados, as fêmeas podem reduzir o tamanho da ninhada através do canibalismo; no entanto, em condições “normais”, este fenômeno de canibalismo materno, comum em laboratórios, ainda não é compreendido.
Ainda sobre a patologia de reconhecimento mútuo ao nível da "família" Chauvin [7] assinala que é certo que, ao fim de alguns dias, os pais reconhecem sua própria cria e trucidam os filhotes estranhos que em sua ninhada se queiram introduzir.

Referências

  1. Ir para cima Watanabe, Maria Aico (27 de abril de 2001) "Papel do canibalismo em artrópodos e estratégias para escape" no site "Biologia é tudo!" da Profª. Carol acessado a 13 de outubro de 2009
  2. Ir para cima Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa corresponde à 3ª. edição, 1ª. impressão da Editora Positivo, Br, Edição digital. Regis Ltda - DBK Multimídia
  3. Ir para cima "Cidades - Pajé yawanawá nega prática de canibalismo entre kulina do Envira" no site NoTapajos.Globo.com (postado a 20 de fevereiro de 2009) acessado a 13 de outubro de 2009
  4. Ir para cima Cabral, Gabriela "Canibalismo" no site BrasilEscola.com.br acessado a 13 de outubro de 2009
  5. Ir para cima "Canibalismo nos Andes chega em livro ao Brasil" no site Lustosa.net acessado a 13 de outubro de 2009
  6. Ir para cima Eibl-Eibesfeldt, Irenäus. Eología, introducción al estúdio comparado del comportamiento. Barcelona, Es, Omega, 1974Canibalismo é quando um ser é capaz de comer parte ou até mesmo todo o corpo de um indivíduo da mesma espécie. O canibalismo é comum em rituais satânicos onde um indivíduo é sacrificado para algum deus e os adeptos da religião acreditam que ao comer sua carne receberá toda sua força e seu poder. Acredita-se também que se a pessoa sacrificada tivesse possessão de algum demônio, este também passaria para o canibal a fim de que fique mais poderoso.
    Na história, os canibais mais conhecidos são os astecas que sacrificavam e comiam os guerreiros prisioneiros de guerra de outras tribos. O canibalismo perante a lei é crime e o canibal praticante pode ser processado por mutilação e profanação de cadáver, além de desrespeitar o ser humano.
    Armin Meiwes também conhecido como “o canibal de Rotenburg” era um alemão que usava a internet para procurar jovens a fim de esquartejá-los e comê-los. O caso que chocou todo o mundo foi o de Bernd Jurgen Armando Brandes que era sadomasoquista. Bernd entrou em contato com Armin e combinaram que Armin cortaria o corpo de Bernd e o mataria em seguida. A primeira parte a ser cortada foi o pênis, Bernd ainda vivo participou dos preparativos do prato e em seguida ajudou Armin a comer seu próprio órgão. Obcecado pela dor, Bernd queria que Armin arrancasse seu pênis a dentada, mas Armin preferiu tirar o órgão usando uma faca. Bernd perdeu a consciência e então Armin o esfaqueou no pescoço e o pendurou com um gancho de açougueiro e então começou a cortá-lo.
    Segundo informações, o corpo de Bernd foi mantido refrigerado por meses e servido diariamente nas refeições de Armin. Quando o corpo de Bernd acabou, Armin colocou um novo anúncio na internet, mas foi preso pela polícia.
    Outro caso de canibalismo foi em 1920, Fritz Haarmann ficou conhecido como “o vampiro de Hanover”. Fritz já havia sido internado em sanatórios e já havia passado pela polícia até que montou um açougue. Nessa época existiam muitos moradores de rua e Fritz então os convidava para ir até sua casa. Ao chegarem, Fritz os pendurava nos ganchos do açougue e mordia o pescoço das vítimas até morrerem, cortava então seu corpo e fazia salsicha. As salsichas feitas com carne humana por Fritz foram consumidas por ele e outra parte foi vendida em seu açougue. Foram 27 mortos.

    Por Gabriela Cabral
  7. Ir para cima Chauvin, Rémy. A etologia, estudo biológico do comportamento animal. RJ, Zahar, 1977.Definição

    Canibalismo pode ser definido como o ato de comer carne ou partes do corpo de um indivíduo da mesma espécie. 

    Canibalismo na História

    Esta prática foi muito relatada pelos europeus, durante a época das Grandes Navegações e descobrimentos marítimos, nos séculos XV e XVI. Ao entraram em contato com nativos de diversas culturas, na África e América principalmente, os europeus ficaram chocados com o canibalismo. 

    No Brasil, por exemplo, os índios Tupinambás eram canibais e comiam a carne de inimigos, durante rituais. Acreditavam que, desta forma, iriam adquirir a força, coragem e conhecimentos dos inimigos.

    Os astecas também praticavam canibalismo com prisioneiros de guerra, durante rituais religiosos. Há relatos também de canibalismo em tribos africanas.

    Entre os animais

    Algumas espécies de animais também praticam o canibalismo, pois se alimentam de ovos ou até mesmo da carne de animais da mesma espécie, principalmente de filhotes.

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