A
cuíca ou
puíta (em
Angola pwita) é um
instrumento musical, semelhante a um
tambor, com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O som é obtido friccionando a haste com um pedaço de tecido molhado e pressionando a parte externa da cuíca com dedo, produzindo um som de ronco característico. Quanto mais perto do centro da cuíca mais agudo será o som produzido.
Outras denominações para o instrumento: roncador, tambor-onça, porca, quica, adufe, omelê.
[1]
O instrumentista da cuíca é chamado de
cuiqueiro.
[2] [3] [4]
A classificação da cuíca é ambígua. Algumas classificações (por exemplo,
Hornbostel–Sachs) dão a cuíca como exemplo de um
membranofone friccionado. Outras qualificam-na como um
idiofone friccionado, sendo a vibração da haste transmitida à membrana
por contato.
A cuíca é um instrumento cujas origens são menos conhecidas do que os outros instrumentos afro-brasileiros. Em sua descrição sobre o interior Angolano no século XVI, o viajante inglês Andrew Battell descreve o encontro com um senhor africano de Ingombe que utiliza da
Kipuita para anunciar sua chegada
[6] . Ela pode ter sido trazida ao Brasil por escravos africanos
bantos, mas ligações podem ser traçadas a outras partes do nordeste africano, assim como à península Ibérica, a exemplo da
sarronca. A cuíca era também chamada de "rugido de leão" ou de "tambor de fricção". Em suas primeiras encarnações era usada por caçadores para atrair leões com os rugidos que o instrumento pode produzir.
[carece de fontes]
Existem muitos tamanhos de cuíca, e embora seja geralmente considerada um instrumento de percussão ela não é percutida. Encaixada na parte de baixo da pele está uma haste de bambu. A extensão tonal da cuíca pode chegar a duas oitavas. Os tons produzidos tentam imitar a voz na forma de grunhidos, gemidos, soluços e guinchos, e podem estabelecer assim um ostinato rítmico.
A colocação da haste no interior da caixa é que a difere, fundamentalmente, dos tambores de fricção europeus e reforça a hipótese de ter sido introduzida no
Brasil pelos negros bantos.
[carece de fontes]
O polegar, o indicador e o dedo médio seguram a haste no interior do instrumento com um pedaço de pano úmido, e os ritmos são articulados pelo deslizamento deste tecido ao longo do bambu. A outra mão segura a cuíca e com os dedos exerce uma pressão na pele. Quanto mais forte a haste for segurada e mais pressão for aplicada na pele mais altos serão os tons obtidos. Um toque mais leve e menos pressão irão produzir tons mais baixos.
- Música brasileira
- Jorge Ben usa a cuíca em muitas de suas canções.
- Jazz
Trabalho posterior de
Miles Davis, onde é tocada por Airto Moreira, como em Black Beauty: Live at the Fillmore West, Miles Davis at Fillmore: Live at the Fillmore East, Live at the Fillmore East, 7 de Março de 1970: It's About That Time albums e a faixa "Feio" na versão em CD de Bitches Brew (1999)
- Pop e Rock
- Soul e R&B
- Reggae
Referências
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Instrumentos musicaisA cuíca ou puíta é um instrumento musical, semelhante a um tambor, com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro, pelo lado interno. O som é obtido friccionando a haste com um pedaço de tecido molhado e pressionando a parte externa da cuíca com dedo, produzindo um som de ronco característico. Quanto mais perto do centro da cuíca, mais agudo será o som produzido.
Origem do instrumento
A cuíca foi trazida ao Brasil por escravos africanos e era também chamada de "rugido de leão" ou de "tambor de fricção". Em suas primeiras encarnações era usada por caçadores para atrair leões com os rugidos que o instrumento pode produzir.
De instrumento de caça passou a ter seu uso difundido na música brasileira e por volta de 1930, passou a fazer parte das baterias das escolas de samba. Atualmente é também encontrada no jazz contemporâneo e em estilos de funk e latinos.
O surgimento do termo "cuíca"
A cuíca, também chamada de poica no maracatu rural de Pernambuco, recebe muitos outros nomes em diferentes manifestações culturais do país. Além de poica, ela também é conhecida como puíta, omelê, adufo, tambor-onça, roncador, fungador-onça, socador e ronca.
Existem duas versões para o termo cuíca. Um deles, de acordo com jornalista, poeta e folclorista Cornélio Pires, conta que um apresentador do rádio passou a chamá-la de cuíca para evitar qualquer deturpação possível com o vocábulo original daquele instrumento, ou seja, puíta. Possivelmente essa deturpação que o preocupava seria notada em alguma apresentação de um tocador de puíta, ou puiteiro. Outra explicação sobre a origem do termo cuíca relaciona o instrumento a um animal que tem este mesmo nome. A cuíca é um marsupial parente do canguru e que é muitas vezes confundido com o gambá e que emite um som parecido com o do instrumento.
A cuíca no jazzInstrumento típico do samba , atualmente a cuíca também vem sendo muito utilizada no jazz. No livro JAZZ – History, Instruments, Musicians e Recordings, de John Fordham, encontramos registros da utilização do instrumento no estilo musical. Além disso, já são muitos os músicos que passaram a utilizar o instrumento. O percussionista americano Steven Kroon dedica uma faixa de um disco seu ao instrumento. A música se chama Brazilian Sugar. Há outros registros, como por exemplo de Fritz Escovão na música Rocking with Mocotó, gravada em 1974, mas lançada recentemente no disco “Dizzy Gillespie no Brasil com Trio Mocotó”. Dizzy Gillespie foi uma das figuras mais importantes da história do jazz e um apaixonado pela música brasileira. Nesta faixa o compositor mistura o jazz com a cuíca, criando um estilo samba-jazz.
- A arte do taikô
- Alaúde
- Bateria
- Berimbau
- Bombo leguero
- Cajón
- Espineta
- Flauta de bambu
- Flauta doce
- Gaita
- Guitarra elétrica
- Harpa
- Kântele
- Oboé
- Piano
- Rabeca
- Saltério dos Apalaches
- Saxofone
- Violão
O gambá e a cuíca são marsupiais da Ordem Didelphimorphia, que são frequentemente confundidos, e são mesmo parentes (dá pra dizer que são primos). O cangambá que aqui no Brasil é chamado de gambá também... não é nem parente, é um mustelídeo, e não um marsupial.
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Gambá
O gambá também é conhecido por muitos outros nomes: Didelphis albiventris ou Didelphis marsupialis (científico), mucura(no Tocantins), sarigué e sariguê (na Bahia), saruê (na Bahia e em São Paulo),sarigueia, timbu (no Nordeste), cassaco (no Alagoas), micurê (no Paraguai e no Mato Grosso).
O nome gambá tem origem na língua tupi-guarani - "guaambá"- que significa "mama oca", uma referência a bolsa ventral (marsúpio) onde ficam as mamas e os filhotes vivem durante o primeiro período de desenvolvimento.
Nos Estados Unidos é conhecido como opossum, nome que deriva da palavra indígena "apasum", que significa animal branco. O gambá é o único marsupial da América do Norte.
Uma das características principais desse animal é a catinga, produzida pelas glândulas axilares.É o sistema de defesa do gambá.
No cio, a fêmea exala este cheiro para atrair os machos (:o).
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Tem hábitos noturnos, mas, pode ser visto de dia também, no topo das árvores, principalmente dos coqueiros. Apesar de ser um animal de movimentos lentos, sobe em árvores com facilidade.
"Fingir-se de morto" é uma estratégia de defesa.
Um coiote faminto agarra um gambá do tamanho de um gato e dirige-se para os arbustos, com a presa flácida e aparentemente sem vida entre os dentes. Quando o coiote se acomoda, ele relaxa um instante a mordida. Imediatamente, o gambá se levanta e dispara para a árvore mais próxima, deixando o espantado coiote de boca vazia e faminto.
Seu hábito de fingir-se de morto quando ameaçado é famoso. Com a aproximação do perigo, o gambá fica flácido, deixa a cabeça cair e abre a boca com a língua de fora.
Embora pareça morto e nem sequer estremeça quando gravemente mordido, o cérebro do gambá permanece em plena atividade, pronto para identificar uma chance de fuga.
Como o animal alcança esse aparente bloqueio total dos sentidos é um mistério eterno para os zoólogos. Certamente, esta frieza sob pressão é impressionante e convincente, mas fingir-se de morto é uma estratégia arriscada.
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Alguns gambás parecem mais macacos do que qualquer outro bicho.
Este gambá lanudo da foto ao lado, vive nas florestas tropicais da América Central e do Norte da América do Sul.
Como os macacos (mais especificamente os gálagos), possui olhos grandes e frontais que ajudam a determinar distâncias com precisão enquanto se movimenta pelos galhos.
Tem cauda preênsil (para se segurar) como alguns macacos sul-americanos e alimenta-se de frutos e néctar.
Após o nascimento, os bebês ficam presos às tetas dentro da bolsa. Crescidinhos, já saem da bolsa e trepam nas costas da mãe para um pequeno passeio.
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Como o macaco, o camaleão e outros bichos que vivem em árvores, o gambá tem a cauda preênsil (que pode se segurar em galhos de árvores), que serve quase como um quinto braço para ajudar o gambá a se movimentar entre as árvores.
Podem ter até quarenta e cinco centímetros de corpo e trinta e cinco de cauda.
Os fazendeiros não gostam muito do gambá pois as vezes um gambá entra num galinheiro e mata uma porção de galinhas, chupando o sangue delas. Também come os ovos, fazendo um furinho como a gente faz com ovos que vai enfeitar para a páscoa. Depois, com a barriguinha cheia, deita ali mesmo no chão e dorme. No dia seguinte cedinho chega o dono do galinheiro, e era uma vez um gambá.
O gambá até colabora com o fazendeiro, comendo cobras, roedores e insetos que estragam as plantações. Mas atrapalha atacando plantações para comer frutas e raízes, comendo bichinhos como passarinhos, rãs, caranguejos e galinhas.
O gambá é o único bicho realmente imune ao veneno das jararacas, cascavéis e cobras-corais. Ele come cobras sempre que as encontra, sem com isso sofrer nenhum dano.
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A fêmea do gambá dá cria três vezes por ano. A gestação, ocorre em até 13 dias. A fêmea da à luz de 10 a 15 filhotes por ninhada. Ao nascer, o embrião tem por volta de 1 centímetro e pesa apenas 2 gramas.
O filhote completa seu desenvolvimento na materna, o marsúpio, onde permanece cerca de três meses. Após esse período, o gambá pode sair, embora ainda necessite dos cuidados da mãe.
Vive entre 2 e 4 anos.
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Se atacado, o gambá às vezes se contenta em rosnar, escancarar a boca e mostrar os dentes, em lugar de fugir.
Nessas horas tem um cheiro tão ruim que o atacante é que sai correndo.
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O dedão do pé é bem separado dos outros dedos e trabalha como o polegar da nossa mão. Não tem unha (o nosso polegar tem), mas o gambá usa o dedão para segurar coisas com os pés (galhos, por exemplo) como nós usamos o polegar para segurar coisas com as mãos.
Na foto ao lado da pra ver bem como os dedinhos do pé dele são...o pé mais parece uma mão.
Também podemos notar com essa foto, a força que a cauda possui, para segurar o corpo todo, pendurado num galho de árvore.
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Gambás comem quase de tudo, inclusive cobras.
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Cuíca
A cuíca-verdadeira tem bolsa, como o gambá, e mede uns trinta a trinta e cinco centímetros de corpo e uns trinta centímetros de cauda. Bem mais zangada que o gambá, usa os dentes para se defender dos inimigos.
A menor das nossas cuícas mede uns sete centímetros e meio a oito centímetros de corpo e uns quatorze a quinze centímetros de cauda. Tem patinhas brancas e não usa bolsa na barriga. As catitas (ou cuícas-de-cauda-curta, ou gambazinhos) vivem mais na terra do que nas árvores. Gostam de entrar nas casas e são às vezes confundidas com ratos.
Existem vários tipos de cuícas que vivem no Brasil, em outros países da América do Sul e na América Central.
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Cuica Manchada
Classe: Mamíferos Ordem: Marsupiais Família: Falangerídeos Espécie: Phalanger maculatus
A cuíca-manchada vive na Austrália, e em algumas ilhas vizinhas, como Nova Guiné, Molucas e Celebes.
O nascimento dos filhotes é bem diferente do dos mamíferos placentários, a fêmea fica praticamente imóvel, sozinha no oco natural de uma árvore.
Com a própria saliva, ela umedece o pêlo cinza-claro da barriga, fazendo um caminho para que os filhotes possam se orientar e achar o caminho da bolsa marsupial.
Geralmente são 4 filhotes, cada uma pouco maior que uma mosca, que vão rastejando pela trilha de pêlo molhado.
A mãe não pode ajudar os filhotes, pois são delicados demais...então ela fica imóvel para que não caiam antes de chegar ao marsúpio.
Como todos os marsupiais, a cuíca-manchada fêmea abriga os filhotes durante um tempo em seu marsúpio, uma bolsa quente, dentro da qual os filhotes permanecem até completar-se a formação de seus órgãos.
Dentro dessa bolsa os filhotes mantêm a boca grudada a uma teta, mamando o tempo todo. Logo depois que começam a mamar, a teta incha, de modo que a aderência não pode ser desfeita, tal a pressão do engate. Só quando estiverem maiorezinhos, com o diâmetro da boca aumentado, é que os filhotes poderão desgrudar da teta da mãe.
Mas nem todas as fêmeas têm uma teta para cada filhote. Algumas têm só duas, o que automaticamente seleciona para a vida os dois mais fortes.
A cuica-manchada é mais ou menos do tamanho de um gato doméstico.
A mobilidade da cauda e as vinte garras (uma em cada dedo do pé e da mão) facilitam a locomoção pelas árvores, onde o animal encontra seus alimentos básicos.
Para caçar a cuíca-manchada, os nativos da Oceania seguem o cheiro dela. A carne é considerada como alimento comum de muitas tribos.
Alimenta-se de frutas, insetos, aranhas e larvas, ovos e ninhadas de aves. O pássaro que estiver chocando quase sempre tem tempo de escapar, porque a cuíca-manchada é lenta demais para capturá-lo num bote ágil. Mas ficam ainda os ovos ou as crias. Também ela é presa para outros bichos arboricolas, sobretudo grandes lagartos e serpentes.
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Cuica D'água
Ordem: Didelphimorphia (= Marsupialia) Família: Didelphidae Espécie:Chironectes minimus
É facilmente reconhecida pelas listras transversais cinzas, no pelo quase todo preto. Tem patas posteriores dotadas de membranas interdigitais que envolvem toda a extensão dos longos dedos.
Tem hábitos noturnos, e prefere viver sozinha.
Vive principalmente na água e gosta muito de corredeiras, onde se alimenta principalmente de peixes, crustáceos e outros invertebrados aquáticos. Faz sua toca em um buraco perto da água.
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Quando quer se secar, lambe-se como faz o gato.
Existe em áreas tropicais e subtropicais sendo bastante rara.
No Brasil já foi encontrada na bacia Amazônica e nas regiões Sul e Sudeste do país.
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Também conhecido como gambá d'água ou yapok, é um dos poucos marsupiais bem adaptado para a vida na água.
Ele tem uma pelagem espessa e oleosa, à prova d'água, membranas natatórias nas patas traseiras, e a fêmea pode carregar até dez bebês.
Ao submergir, ela fecha com fortes músculos do esfíncter a abertura da bolsa, prendendo o ar para os filhotes respirarem. A pelagem na borda da bolsa e a secreção gordurosa lhes propiciam um fechamento estanque.
Oyapok é listrado, com pêlo semelhante ao do rato e a cauda pelada.
As fêmeas nadam com os bebês na bolsa marsupial e alimentam-se de peixes.
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Cangambá
No Rio Grande do Sul é conhecido como zorrilho(Conepatus chinga). Jaritataca ou jaguaritaca é como o chamam em Minas(Conepatus semistriatus). Na verdade esses dois acima são parentes muito próximos (e bem parecidos) do Cangambá (Mephitis mephitis). Alimenta-se principalmente de gafanhotos e cobras.
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Classe: Mamíferos Ordem: Carnívoros Família: Mustelídeos Espécie: Mephitis mephitis
Em pequenos grupos ou solitário, ele percorre o bosque à noite procurando frutas caídas, insetos, ou para fuçar a terra em busca de larvas e vermes.
Não sobe em árvores, mas captura aves no solo e ataca os ninhos das aves que põem seus ovos no chão.
Quando ameaçado, o cangambá escava o chão, dá alguns pulos e as vezes cambalhotas de aviso, se o predador não desistir, o cangambá vira e espirra seu a líquido fedorento. Se acerta, o inimigo sempre desiste da luta. Ele consegue acertar o jato catinguento até a 3 metros de distância.Este líquido também é utilizado por fábricas de perfume como fixador de aroma (depois de tratado, fica sem cheiro).
Imune (ou quase) ao veneno das cobras e das abelhas, ele gosta também de ataca |
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