Ecletismo ou Ecleticismo é um método científico ou filosófico que busca a conciliação de teorias distintas. Na política e nas artes, ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem a apegação a uma determinada marca, estilo ou preconceito.
Pode ser considerado também uma reunião de elementos doutrinários de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade sistemática consistente.
Abordagem filosófica que consiste na apropriação das melhores teses ou elementos dos diversos sistemas quando são conciliáveis, em vez de edificar um sistema novo.
Significado particular: Escola de Victor Cousin (1792-1867): o objectivo desta filosofia é, segundo o seu autor, "discernir entre o verdadeiro e o falso nas diversas doutrinas e, após um processo de depuração e separação através da análise e da dialéctica, reuni-las num todo legítimo, com vista à obtenção de uma doutrina melhor e mais vasta."
Artes plásticas[editar | editar código-fonte]
O Ecletismo é uma tipologia da arquitetura desenvolvida durante a segunda metade do século XIX. Em termos internacionais assiste-se atualmente a uma certa separação entre o Romantismo e o Ecletismo. Este, apesar de ser historicista, já não é uma verdadeira viragem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitectos em relação aos revivalismos. É a arquitetura ensinada nas escolas de belas artes, recebendo em certos países a denominação “beaux-arts”, de certo modo perdida na convicção de que o estilo é mais importante que a técnica. O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos. Os arquitetos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassadas, mas agarradas a concepções vindas do Renascimento, executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os engenheiros. Estes, preocupando-se essencialmente em superar os desafios técnicos impostos pelas necessidades surgidas com a industrialização, dão origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada arquitetura do ferro. Na época era vista como técnica pura aplicada a obras de engenharia. Assim, na tentativa de agradar ao gosto comum, executavam obras em ferro respeitando os historicismos e, frequentemente, encaixados em construções ecléticas como as estações de caminho-de-ferro, revelando uma adaptabilidade completamente nova na história da arquitectura. Quando se fala de Ecletismo é ainda fundamental fazer referência ao fato de se ter assumido como um estilo típico das grandes fortunas burguesas. O século XIX marca, finalmente, o triunfo da burguesia sobre a nobreza, devido às grandes fortunas surgidas ao longo do século e, frequentemente, como consequência do seu espírito empreendedor na indústria, banco e comércio. O Ecletismo torna-se o estilo artístico preferido desta burguesia triunfante, ostentando a prosperidade económica na arquitectura. A utilização de um luxo desmedido, recorrendo à escultura, pintura e artes decorativas até à exaustão, levou a que frequentemente fosse designada como “Arquitetura Bolo de Noiva” e elegendo oPalácio Garnier da Ópera Nacional de Paris como a sua realização máxima.
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- Este texto é disponibilizado nos termos da licença Creative Commons - Atribuição - Compartilha Igual 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições adicionais. Para mais detalhes, consulte as Condições de Uso.Ecletismo é uma doutrina ou tendência que recolhee seleciona elementos de outras teorias que parecem apropriados. A essência do ecletismo está na liberdade de escolher e conciliar vários estilos diferentes.O termo eclético é aplicado, sobretudo, aos representantes da filosofia helenística, aos neoplatônicos e filósofos renascentistas que procuraram conciliar o pensamento de diversos autores clássicos. Se opõe a toda a forma de dogmatismo e radicalismo. A finalidade do ecletismo é atingir a verdade e harmonizar teorias que são opostas. A filosofia de Victor Cousin (um dos nomes mais importantes da escola eclética) é conhecida como espiritualismo eclético.O ecletismo é uma corrente estética que surgiu na escola holandesa na metade do século XVII como reação contra o maneirismo florentino e romano. Procura conciliar tendências estilísticas de todos os tempos.Esta corrente consiste em uma atitude filosófica dos que não seguem sistema algum, pretendendo formar um todo, buscando a coerência dos elementos escolhidos em diversos sistemas, escolhendo de cada um a parte que parece mais próxima da verdade.O ecletismo musical é a característica de uma pessoa que gosta de vários estilos musicais diferentes.No contexto das artes, o ecletismo consiste em uma tendência artística (mais comum no Ocidente a partir da metade do século XIX) que utiliza estilos do passado de forma conciliadora.
Ecletismo na arquitetura brasileira
A arquitetura eclética foi um movimento arquitetônico preponderante até o princípio do século XX e que consistia em uma mescla de vários estilos diferentes (clássico, medieval, renascentista, neoclássico, e barroco), que resultaram na criação de uma nova vertente arquitetônica.No Brasil, este movimento nasceu no século XIX, no âmbito do academicismo e foi difundido pela Academia Imperial de Belas Artes e pela Escola Nacional de Belas Artes. Alguns exemplos da arquitetura eclética são o teatro municipal do Rio de Janeiro, o teatro municipal de São Paulo e o edifício Ely em Porto Alegre.DefiniçãoO termo ecletismo denota a combinação de diferentes estilos históricos em uma única obra sem com isso produzir novo estilo. Tal método baseia-se na convicção de que a beleza ou a perfeição pode ser alcançada mediante a seleção e combinação das melhores qualidades das obras dos grandes mestres. Além disso, pode designar um movimento mais específico relativo a uma corrente arquitetônica do século XIX.O uso do termo como conceito é introduzido na historiografia da arte no século XVIII pelo teórico alemão Johann Joachim Winckelmann (1717 - 1768) para designar uma espécie de sincretismo consciente identificado na produção de artistas como os Carracci e seus seguidores, em atividade no norte da Itália no fim do século XVI. Seu projeto artístico caracteriza-se pela junção harmônica das excelências de seus predecessores em uma obra singular. Tendo como base as idéias de Winckelmann, o termo passa a ser utilizado sobretudo em sentido pejorativo como sinônimo de falta de personalidade e originalidade. No século XX o conceito de ecletismo perde algo da conotação negativa que o acompanha, e é usado para indicar fases ou fenômenos sincréticos em culturas de diferentes períodos ou regiões. Desde a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) tende-se a admitir o ecletismo como procedimento válido na atividade criativa.Como movimento artístico, o ecletismo ocorre na arquitetura no século XIX. Por volta de 1840, na França, em reação à hegemonia do estilo greco-romano os arquitetos começam a propor a retomada de outros modelos históricos como, por exemplo, o gótico e o românico. O principal teórico do ecletismo arquitetônico é o francês César Denis Daly (1811 - 1893), que o entende como "o uso livre do passado". Não se trata de uma atitude de simples copista, mas da habilidade de combinar as características superiores desses estilos em construções que satisfaçam a demandas da época por todo tipo de edificação. Na segunda metade do século XIX, o ecletismo tem forte presença na Europa. O estilo Segundo Império ou Napoleão III, na França, é caracterizado pela realização de importantes edifícios ecléticos, como o Teatro Ópera de Paris, projetado por Charles Garnier (1825 - 1898).O ecletismo arquitetônico difunde-se também pelas Américas, marcando as construções do mundo novo. No Brasil, no período de transição para o século XX, o ecletismo é a corrente dominante na arquitetura e nos planos de reurbanização das grandes cidades, como o realizado no Rio de Janeiro pelo engenheiro Francisco Pereira Passos (1836 - 1913). Prefeito da então capital federal, de 1902 a 1906, Passos empreende a reforma urbanística que derruba antigas construções do período colonial para abrir a moderna avenida Central, atual avenida Rio Branco, e a avenida Beira-Mar, expandindo a cidade em direção à zona sul. Na primeira encontram-se ainda hoje os maiores exemplares da arquitetura eclética no Brasil, como a Escola e Museu Nacional de Belas Artes - MNBA (1908), obra de Adolfo Morales de Los Rios (1858 - 1928), cuja faustosidade e pluralidade de estilos remetem às construções francesas ecléticas, no caso diretamente à fachada do Louvre. O Theatro Municipal, projetado por Francisco de Oliveira Passos e edificado na avenida Central, entre 1903 e 1909, é claramente inspirado no Ópera de Paris e aparece como o maior símbolo do ecletismo no Brasil. Destaca-se também na época a atuação do engenheiro militar Souza Aguiar, responsável pelo projeto da Biblioteca Nacional (1910) na mesma avenida, e de Heitor de Mello, em atividade no Rio de Janeiro de 1898 a 1920, autor de diversos projetos de edifícios públicos e residências particulares, como o Derby Clube (1914) e o prédio da prefeitura (1920), na praça Floriano.Em São Paulo, cidade muito mais acanhada do que o Rio de Janeiro no fim do século XIX, o primeiro monumento marcante do novo movimento arquitetônico é o Museu Paulista (conhecido como Museu do Ipiranga), projetado pelo arquiteto italiano Tommazio Bezzi e construído entre 1882 e 1885. Em comparação ao estilo desenvolvido no Rio, o ecletismo classicizante paulista assume traços peculiares de influência italiana e mais diversidade de modelos e estilos históricos. No caso da habitação particular, fala-se de um verdadeiro ecletismo desordenado, no qual o exótico e o bizarro tornam-se moda na casa dos novos imigrantes ricos e dos prósperos fazendeiros de café que dominam a recém-construída avenida Paulista (1891). Certo é que a expansão e a modernização da cidade se dão sob o signo do ecletismo, realçando a atuação do engenheiro-arquiteto Ramos de Azevedo (1851 - 1928), responsável por inúmeros prédios públicos, entre eles a Escola Normal Caetano de Campos (1894), na praça da República, o Theatro Municipal (1903 - 1911) e o edifício do Liceu de Artes e Ofícios, atual sede da Pinacoteca do Estado de São Paulo - Pesp (1897 - 1900), no bairro da Luz. Quase todas as capitais brasileiras em expansão no início do século XX são atingidas pelo ecletismo arquitetônico, destacando-se a construção do Teatro Amazonas, em Manaus, e o Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte.A arquitetura eclética refere-se a um movimento arquitetônico predominante desde meados do século XIX até as primeiras décadas do século XX.O ecletismo é considerado uma mistura de estilos arquitetônicos do passado que juntos, compõe uma nova linguagem arquitetônica. Sempre houve alguma mistura de estilo, mas usa-se o termo arquitetura eclética para a mistura de estilos que surgiram durante o século XIX.
Junto com a miscelânea de estilos, a arquitetura eclética aproveitou os avanços da engenharia do século XIX, possibilitando construções com estruturas de ferro forjado.
Do ecletismo surgem duas vertentes, de origem francesa:
• Estilo Beaux-Arts – É a mais utilizada, usa muito ornamento, é imponente, mesclava o renascimento, o barroco e o neoclássico; trabalhava com simetria, trabalhando cheios e vazios; buscava grandiosidade; riqueza decorativa, tratava-se de uma arquitetura falante;
• Engenharia – O uso do ferro, aliando função, estrutura e economia; a importação do ferro era economicamente mais viável.NO BRASILA arquitetura eclética surgiu dentro do academiscimo, ao longo do século XIX e foi propagado pela Academia Imperial de Belas Artes (Imagem 01)”>(Imagem 01) depois pela Escola Nacional de Belas Artes. No Rio de Janeiro, o ensino arquitetônico adotou o ecletismo somente mais tarde.Imagem 01 Fonte: http://www.wikipedia.org
Em São Paulo, o estilo eclético teve grande repercussão com Ramos de Azevedo – Teatro Municipal de São Paulo (Imagem 02). Já em Porto Alegre, Theodor Wiederspahn representou o estilo, com o Edifício Ely (Imagem 03).Imagem 02 Fonte: http://www.wikipedia.orgImagem 03 Fonte: http://www.wikipedia.orgFonte: http://www.wikipedia.orgNome dado à tendência de selecionar (em grego eklégein) dentre as opiniões de várias escolas filosóficas, aquelas que se considera verdadeiras, de modo a incorporá-las a um corpo doutrinário próprio. O primeiro a empregar este termo foi Diógenes Laércio (ver), referindo-se a Potamão de Alexandria, afirmando que este, ao selecionar o melhor de cada filosofia com as quais tivera contato, iniciou uma escola eclética(eklektiké áiresis).Tomando este termo em sentido amplo, podemos encontrar algumas noções comuns a todos os pensadores denominadosecléticos. Em primeiro lugar, a oposição deste pensamento às noções de caráter dogmático (ver Dogmáticos), na busca de possibilidades consensuais e conciliatórias. Em segundo lugar, a busca efetuada por estes pensadores, no sentido de encontrar um critério de verdade que permita justificar as próprias posições, bem como eleger, entre as várias correntes de pensamento, as noções que se apresentem em conformidade com este critério. Neste sentido, o ecletismo pode ser diferenciado do sincretismo (ver), este entendido como mera fusão de elementos discordantes, uma vez que aquele pretende possuir um princípio desde o qual pode harmonizar teorias aparentemente diversas.Podemos constatar a presença do ecletismo em vários períodos da história da filosofia. Esta tendência manifestou-se com frequência durante o período chamado helenístico-romano, que abrange os séculos IV a.C. a III d.C. A escola peripatética (ver Liceu), após a morte de Aristóteles, sentiu a necessidade de procurar algumas teses consensuais, especialmente após a ferrenha crítica exercida pelos céticos a seu pensamento. Da mesma maneira o estoicismo médio (ver Estóicos), nos séculos II-I a.C., substitui algumas das teses de Zenão de Cítio por noções platônicas ou aristotélicas. Também a Academia, no século I a.C., principalmente com Fílon e Antíoco, passa do ceticismo ao ecletismo. Estes dois filósofos foram mestres daquele que é considerado o maior representante de uma filosofia eclética, o pensador romano Cícero.Juntamente com Cícero, considera-se os neoplatônicos (ver Platonismo) importantes pensadores para a consolidação desta escola (Plotino, Porfírio, Proclo, Damascio, Jâmblico), juntamente com o novo estoicismo de Sêneca. Os primórdios do pensamento cristão foram também marcados por forte assimilação do pensamento grego. Neste sentido, podemos citar São Clemente e Santo Agostinho como filósofos de tendência eclética. A filosofia renascentista igualmente pode ser considerada eclética, especialmente nos autores que, de alguma forma, intentaram conciliar as principais escolas de pensamento antigas, como as de Platão, Aristóteles e dos estóicos. No século XIX, a filosofia de Victor Cousin, se autodenomina espiritualismo eclético, emprestando a esta tendência características de conciliação e moderação próprias de uma vertente do pensamento neste século.Ceticismo e Ecletismo: O ceticismo apresenta-se mais coerente do que as escolas precedentes, especialmente do que o estoicismo, com os fins práticos de uma filosofia da renúncia, da indiferença, do sossego. É o ceticismo a última palavra da sabedoria antiga, desesperada por não ter podido resolver o problema da vida mediante a razão. O estoicismo procura realizar a apatia ainda mediante uma metafísica positiva, embora imperfeita, incoerente. O epicurismo tende a realizar o mesmo fim com uma metafísica negativa, negando todo absoluto e transcendente. O ceticismo visa sempre um fim último ético-ascético, sem qualquer metafísica, mesmo negativa.Através da mais absoluta indiferença, prática e teorética, procura-se realizar finalmente tão almejada paz. A felicidade não é mais uma coisa positiva, nem está no saber e não se pode alcançar mediante o saber, mas pode ser alcançada unicamente negando o saber. Chega-se, destarte, à destruição de todos os valores. Substancialmente, a grande metafísica platônico-aristotélica é posta de lado, mas não é atacada pelo ceticismo. Persiste nos céticos uma fé nostálgica e realista e o conceito da objetividade da ciência: o ser, o objeto, existem, mas não se podem conhecer por falta de meios. Diz Argesilau: "Deus unicamente conhece a verdade, que é inacessível ao homem".O ceticismo clássico começa com Pirro de Elis (365-275 a.C., mais ou menos), cuja escola terminou pouco depois do seu discípulo Timon. Encarna-se na média academia com Argesilau e Carnéades. E, enfim, surge de novo na forma pirroniana com Enesidemo e Sexto Empírico, em princípios da era vulgar. O ceticismo critica o conhecimento sensível, bem como o intelectual, e também a opinião. A primeira escola cética serve-se, geralmente, do relativismo sofista; a segunda afirma-se de modo original graças a Carnéades; a terceira, de tendência pirroniana, faz uso da dialética eleática, da tese e da antítese.O ecletismo apresenta-se como um sistema afim, embora imensamente inferior ao ceticismo. Também o ecletismo, como o ceticismo, substitui ao critério da verdade o da verossimilhança, embora acriticamente. O nem-nem dos céticos é mudado em e-e pelos ecléticos; se nada é verdadeiro, tudo vale igualmente. E isto basta aos fins ético-empíricos dos ecléticos, semelhantes e diversos ao mesmo tempo dos fins éticos-ascéticos dos céticos. É o ecletismo filosofia de espíritos pragmáticos ou decadentes, não filosóficos, que concebem a filosofia popularmente, moralisticamente, ou não têm a força da crítica, nem a da afirmação, que implica sempre numa crítica, pois a filosofia é escolha, construção, sistema, organismo especulativo, e não justaposição mecânica de peças sem vida.O advento de uma semelhante filosofia foi favorecido pela permanência e pela coexistência, no período helenista e depois ainda, de várias escolas filosóficas, que surgiram em tempos diferentes, e por demais despersonalizadas, esvaziadas do seu conteúdo original, característico - como acontece nos períodos de decadência especulativa - de sorte que se torna fácil a síntese eclética, feita de abstratas generalidades ou de particularidades secundárias. O pragmatismo eclético foi, enfim, favorecido pelo contato do pensamento grego com a romanidade dominante, inteiramente voltada para a prática e para a ação, cuja grande obra, portanto será não a filosofia, e sim o jus.O ecletismo apresenta-se como uma síntese prática ou, melhor ainda, como uma suma de elementos estóicos, acadêmicos e também peripatéticos. Contém muito menos elementos céticos e epicuristas, dada a natureza crítica do ceticismo, e a coerência materialista do epicurismo. Temos precisamente, em ordem cronológica, um ecletismo estóico, depois acadêmico e, enfim, peripatético, segundo os elementos de uma ou de outra escola na síntese prática do próprio ecletismo.Referências Bibliográficas:- DURANT, Will. História da Filosofia - A Vida e as Idéias dos Grandes Filósofos, São Paulo, Editora Nacional, 1.ª edição, 1926.
- FRANCA S. J.. Padre Leonel, Noções de História da Filosofia.
- PADOVANI, Umberto e CASTAGNOLA, Luís. História da Filosofia, Edições Melhoramentos, São Paulo, 10.ª edição, 1974.
- VERGEZ, André e HUISMAN, Denis. História da Filosofia Ilustrada pelos Textos, Freitas Bastos, Rio de Janeiro, 4.ª edição, 1980.
- JAEGER, Werner. Paidéia - A Formação do Homem Grego, Martins Fontes, São Paulo, 3ª edição, 1995.
© Texto Produzido Por Rosana Madjarof - 1997 - Respeite os Direitos AutoraisEcletismo ou Ecleticismo é um método científico ou filosófico que busca a conciliação de teorias distintas. Na política e nas artes, ecletismo pode ser simplesmente a liberdade de escolha sobre aquilo que se julga melhor, sem a apegação a uma determinada marca, estilo ou preconceito.Pode ser considerado também uma reunião de elementos doutrinários de origens diversas que não chegam a se articular em uma unidade sistemática consistente.Abordagem filosófica que consiste na apropriação das melhores teses ou elementos dos diversos sistemas quando são conciliáveis, em vez de edificar um sistema novo.Significado particular: Escola de Victor Cousin (1792-1867): o objectivo desta filosofia é, segundo o seu autor, "discernir entre o verdadeiro e o falso nas diversas doutrinas e, após um processo de depuração e separação através da análise e da dialéctica, reuni-las num todo legítimo, com vista à obtenção de uma doutrina melhor e mais vasta."Artes plásticas[editar | editar código-fonte]
O Ecletismo é uma tipologia da arquitetura desenvolvida durante a segunda metade do século XIX. Em termos internacionais assiste-se atualmente a uma certa separação entre o Romantismo e o Ecletismo. Este, apesar de ser historicista, já não é uma verdadeira viragem para o passado, tentando copiar ou interpretar modelos históricos, mas uma tentativa de ultrapassar a estagnação sentida pelos arquitectos em relação aos revivalismos. É a arquitetura ensinada nas escolas de belas artes, recebendo em certos países a denominação “beaux-arts”, de certo modo perdida na convicção de que o estilo é mais importante que a técnica. O resultado foi uma tentativa de inovar modelos definidos anteriormente através da mistura de vários estilos. Os arquitetos, dispersos em noções de arte e artista ultrapassadas, mas agarradas a concepções vindas do Renascimento, executavam historicismos, esforçando-se por inovar recorrendo à decoração e relegando a questão técnica para os engenheiros. Estes, preocupando-se essencialmente em superar os desafios técnicos impostos pelas necessidades surgidas com a industrialização, dão origem ao capítulo mais original da arquitetura do século XIX – a chamada arquitetura do ferro. Na época era vista como técnica pura aplicada a obras de engenharia. Assim, na tentativa de agradar ao gosto comum, executavam obras em ferro respeitando os historicismos e, frequentemente, encaixados em construções ecléticas como as estações de caminho-de-ferro, revelando uma adaptabilidade completamente nova na história da arquitectura. Quando se fala de Ecletismo é ainda fundamental fazer referência ao fato de se ter assumido como um estilo típico das grandes fortunas burguesas. O século XIX marca, finalmente, o triunfo da burguesia sobre a nobreza, devido às grandes fortunas surgidas ao longo do século e, frequentemente, como consequência do seu espírito empreendedor na indústria, banco e comércio. O Ecletismo torna-se o estilo artístico preferido desta burguesia triunfante, ostentando a prosperidade económica na arquitectura. A utilização de um luxo desmedido, recorrendo à escultura, pintura e artes decorativas até à exaustão, levou a que frequentemente fosse designada como “Arquitetura Bolo de Noiva” e elegendo oPalácio Garnier da Ópera Nacional de Paris como a sua realização máxima.Ver também[editar | editar código-fonte]
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