quinta-feira, 6 de agosto de 2015

GRIPE

Também conhecida como influenza, a gripe é uma infecção do sistema respiratório cuja principal complicação é a pneumonia, responsável por um grande número de internações hospitalares no país. A gripe inicia-se com febre alta, em geral acima de 38ºC, seguida de dor muscular, dor de garganta, dor de cabeça e tosse seca.
A febre é o sintoma mais importante da gripe e dura em torno de três dias. Os sintomas respiratórios, como tosse, tornam-se mais evidentes com a progressão da gripe e mantêm-se, em geral, por três a quatro dias após o desaparecimento da febre. É uma doença muito comum em todo o mundo, sendo possível uma pessoa adquirir influenza várias vezes ao longo de sua vida. a gripe também é frequentemente confundida com outras viroses respiratórias e, por isso, o seu diagnóstico de certeza só é feito mediante exame laboratorial específico.
Todos os anos, com a aproximação do inverno, começamos a nos preocupar em evitar as doenças respiratórias que popularmente chamamos de gripe. Apesar de usarmos esse termo de forma genérica para nos referirmos a sintomas como nariz entupido, espirros e dor de cabeça, a gripe e os resfriados são causados por vírus diferentes e apresentam algumas características que permitem a sua diferenciação.
Enquanto a maioria das pessoas é infectada algumas vezes durante o ano com o vírus do resfriado, a gripe ocorre com menos frequência, manifestando-se, por exemplo, uma vez em alguns anos.

Causas

A gripe é causada pelo vírus influenza. Seus sintomas geralmente aparecem de forma repentina, com febre, vermelhidão no rosto, dores no corpo e cansaço. Entre o segundo e o quarto dia, os sintomas do corpo tendem a diminuir enquanto os sintomas respiratórios aumentam, aparecendo com frequência uma tosse seca.
Foto Getty Images
Os vírus circulam pelo corpo por meio da corrente sanguínea
Como no resfriado, a presença de secreções nasais e espirros na gripe é comum.
Já o resfriado é causado, na maioria das vezes, por rinovírus. Seus primeiros sinais costumam ser coceira no nariz ou irritação na garganta, os quais são seguidos após algumas horas por espirros e secreções nasais. A congestão nasal também é comum nos resfriados, porém, ao contrário da gripe, a maioria dos adultos e crianças não apresenta febre ou apenas febre baixa.

 tratamento e cuidados

Tratamento de Gripe

Ainda não existem medicamentos que tenham demonstrado bons resultados no combate aos vírus da gripe e do resfriado. Por isso, o tratamento é direcionado ao alívio dos sintomas da gripe. Os principais medicamentos sintomáticos utilizados são os analgésicos e antitérmicos, que aliviam a dor e a febre.
Atenção: mesmo medicamentos que podem ser comprados sem necessidade de receita médica, como aqueles receitados para gripe, podem provocar reações indesejadas. Somente o profissional de saúde poderá indicar o medicamento mais apropriado para cada caso.

 prevenção

Prevenção

vacina da gripe é a melhor maneira de evitar a gripe e suas complicações. Todos os anos, é necessário receber uma nova dose, já que a sua composição é alterada de acordo com o tipo de vírus mais provável de se disseminar. A vacina da gripe previne aproximadamente 70-90% dos casos de gripe, mas não protege contra outras infecções respiratórias, como o resfriado.
O efeito preventivo da vacina da gripe é observado cerca de duas semanas após a sua administração. Por isso, a aplicação da vacina deve ser feita antes do inverno, época em que ocorrem os maiores índices de infecção. Como o vírus utilizado na vacina foi inativado em laboratório, não é possível que a vacinação provoque gripe.
As reações adversas à vacina da gripe que podem ocorrer costumam ser leves, como: dor no local da injeção, febre e mal-estar, que duram um ou dois dias. Há evidências de que quem recebe a vacina todos os anos desenvolve maior resistência à doença, por isso, todas as pessoas que tiveram acesso à vacina devem recebê-la anualmente. Para o resfriado, ainda não há vacina disponível.A gripe é uma doença contagiosa resultante da infecção pelo vírus influenza. O vírus influenza infecta o tracto respiratório (nariz, seios nasais, garganta, pulmões e ouvidos) podendo atingir diferentes espécies (humanos, aves, suínos, etc.). Existe uma especificidade de certas estirpes para cada espécie, isto é vírus que, por exemplo, infectam habitualmente as aves só raramente infectam humanos. No entanto, os vírus específicos de uma espécie podem sofrer uma mutação que lhes confere capacidade de infectar outra espécie. Os peritos consideram que a próxima pandemia (epidemia de grandes proporções que surge em diversas zonas geográficas mais ou menos em simultâneo) de gripe poderá vir a surgir desta forma.Dr. Carlos Jardim é pneumologista, professor colaborador, médico assistente doutor, responsável pelo Ambulatório de Hipertensão Pulmonar do Incor do HCFMUSP. Coautor da coleção “Guia Prático de Saúde e Bem-Estar” (editora Gold), faz parte do corpo clínico do Hospital Sírio-Libanês de São Paulo (SP).
A gripe é uma doença aguda que acomete as vias respiratórias. Ela ocorre quando organismo é infectado pelo vírus influenza. Resfriado e gripe são enfermidades distintas: os resfriados são causados por rinovírus ou coronavírus e têm apresentação diferente.
A gripe pode ocorrer em surtos ao longo do ano, mas é mais frequente no inverno ou em períodos mais frios. No Brasil, a temporada de gripe ocorre geralmente entre abril e outubro, principalmente nas regiões em que as condições climáticas são mais definidas.
Alguns tipos do vírus influenza podem provocar a doença, como o H1N1 (epidemia de gripe suína em 2009) ou o da gripe aviária (H5N1), por exemplo. Em condições habituais, porém, a maioria das infecções é causada pelos vírus da influenza A e B. Como a incidência maior de casos se dá no período mais frio do ano, o quadro recebe o nome de gripe sazonal.
Como se pega?
A transmissão do vírus da gripe acontece por via respiratória, geralmente pela inalação partículas de secreção infectada em suspensão no ar. Por esse motivo, é importante tomarmos certos cuidados ao tossir ou espirrar, quando estamos doentes. O contágio por contato físico direto ainda não foi totalmente esclarecido, mas é possível que o contato com uma superfície que acaba de receber o vírus eventualmente facilite sua transmissão.
Os vírus são organismos que precisam entrar nas células para sobreviver e o influenza tem predileção pelas células do sistema respiratório. Quando ele vence as defesas celulares e começa a replicar-se, a pessoa demora entre 3 e 4 dias para manifestar os sintomas da gripe provocados pela multiplicação dos vírus e pela resposta inflamatória que induzem.
Quadro clínico
A gripe normalmente tem início abrupto e provoca febre alta (mais de 38 °C), dores de cabeça e no corpo, mal estar e fraqueza. Outros sintomas possíveis são tosse, inicialmente seca, dor de garganta e coriza.
A gripe não complicada costuma melhorar em até 5 dias contados a partir do início dos sintomas, mas, em alguns casos, o quadro pode estender-se por mais de uma semana. A recuperação é rápida. No entanto, algumas pessoas demoram semanas para se recuperar da “fraqueza” que sentem.
Em pessoas vulneráveis, a gripe pode ser mais perigosa e é chamada de gripe complicada. Isso acontece quando ocorre: a) pneumonia causada diretamente pelo vírus influenza (pneumonia viral); b) pneumonia bacteriana (quando bactérias se aproveitam da fragilidade do organismo e infectam os pulmões); c) acometimento dos músculos (miosite) ou do sistema nervoso (encefalite ou polirradiculoneurite, por exemplo).
Estão sob maior risco de apresentarem essas complicações as crianças com menos de 2 anos, os adultos com mais de 65 anos, pessoas que vivem em asilos ou instituições de saúde, doentes crônicos (diabéticos e pneumopatas, por exemplo) e os obesos.
Diagnóstico
Nos períodos de epidemia de gripe, em geral o diagnóstico é clínico, ou seja, realizado sem auxílio de exames laboratoriais. Normalmente, pessoas com febre e sintomas respiratórios que se manifestaram há menos de 48 horas recebem o diagnóstico de gripe. Entretanto, em algumas situações, pode ser necessário confirmar o diagnóstico com exames, porque isso pode exigir uma mudança na conduta do tratamento. Encontram-se nessa situação os pacientes que têm de ser hospitalizados por causa da gripe, aqueles em que a doença evolui rapidamente ou de forma mais grave, as pessoas com mais de 65 anos e as gestantes.
Tratamento
Como a gripe é uma doença autolimitada, na maioria dos casos basta o tratamento de suporte, com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação.
Em alguns casos, podem ser introduzidos medicamentos antivirais que, como sugere o nome, atuam especificamente sobre os vírus. Esses remédios só funcionam se forem administrados nas primeiras 48 horas a contar do início dos sintomas e cabe ao médico decidir quem pode beneficiar-se com sua indicação.
Antibióticos não funcionam para tratar a gripe e são prescritos somente  nos casos de eventuais infecções bacterianas, que podem advir como complicação do quadro.
Prevenção
A prevenção da gripe consiste em medidas relativamente simples: vacinação e cuidados básicos de higiene.
O objetivo da vacinação é fazer com que a pessoa não contraia a infecção ou, se isso não for possível, que tenha um quadro mais leve da doença, com menor risco de complicações. Os efeitos colaterais da vacina são geralmente locais (dor e inchaço no lugar da aplicação, por algumas horas). Eventualmente, pode provocar um quadro semelhante ao de um resfriado comum.
A vacinação deve ser repetida anualmente, porque a vacina muda de acordo com as alterações sofridas pelos vírus. Geralmente, a pessoa demora duas semanas para desenvolver os anticorpos adequados.
Adultos com mais de 50 anos, imunossuprimidos (transplantados, pacientes com HIV), doentes crônicos e profissionais de saúde estão entre aqueles que devem tomar a vacina todo anos.
As medidas de higiene úteis para a prevenção da gripe são simples: cobrir a boca quando tossir ou espirrar (para evitar a disseminação maior de partículas que carregam os vírus) e manter as mãos limpas (lavá-las com água e sabão) para evitar eventual transmissão por contato.

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