A nicotina causa dependência ao cigarro e o torna agradável. É uma substância que ocorre naturalmente no tabaco. Ao tragar a fumaça do cigarro, uma grande quantidade vai para os pulmões e passa para o sangue, atingindo o seu cérebro em alguns segundos. No cérebro, a nicotina causa a liberação de substâncias que dão a sensação de prazer e o relaxam momentaneamente. É a rápida liberação de nicotina no cérebro que promove a sensação de prazer.
Quando você fuma por muito tempo, o cérebro se modifica e começa a esperar a nicotina. Ao fumar, você inala nicotina e com o tempo, seu cérebro aumenta o número de novos receptores ávidos por nicotina. Quando você para de fumar, os receptores deixam de receber a nicotina de que precisam e gritam por mais. É por isso que você sente o desejo intenso de fumar e os sintomas da síndrome de abstinência, tais como irritabilidade e inquietação, que podem acabar com a sua força de vontade.
Um mito popular sobre o fumo é que a nicotina do cigarro causa câncer e outros riscos à saúde. A verdade é que além da nicotina o cigarro contém mais de 4000 substâncias químicas, sendo que, pelo menos 50, aumentam o risco de câncer**
Esta é uma razão pela qual a nicotina pode ser usada na Terapia de Reposição de Nicotina (TRN). Neste tipo de tratamento, você substitui a nicotina dos cigarros pela Nicotina Terapêutica, que é liberada de modo diferente, seja através de NiQuitin Adesivos ou Pastilhas.
É um modo mais seguro de receber a nicotina pois não ocorre inalação dos outros produtos químicos perigosos do cigarro. A Nicotina Terapêutica ajuda a reduzir a tentação de fumar e facilita a redução ou o abandono do tabagismo. Com o tempo, você reduz gradualmente a quantidade de Nicotina Terapêutica até parar de fumar ou de fazer a TRN.Nicotina é o nome de uma substância alcaloide básica, líquida e de cor amarela que constitui o princípio ativo do tabaco.1 Seu nome se deve ao diplomata francês Jean Nicot, que foi o difusor do tabaco na França. Embaixador francês em Lisboa, Jean Nicot trouxe esta planta de Portugal e deu-a a conhecer no seu país. A nicotina provoca cancro nos pulmões devido à metilização que ocorre no DNA (liga um radical metila, CH3).1 A pirrolidina (nicotina) sofre reações metabólicas (com NO+), oxidação e abertura do anel, transformando-se em 4-(n-metil-n-nitrosamino)-1-(3-piridil)-1-butanona (uma cetona) e 4-(n-metil-n-nitrosamino)-4-(3-piridil)-butanal (um aldeído).
O nitrosamino possui uma forma de ressonância onde um carbocátion é facilmente doado a uma base nitrogenada do DNA (guanina, citosina, adeninaou timina), causando uma falha de transcrição, levando à possibilidade de desenvolvimento do câncer.
Outros estudos discordam que a nicotina em si seja prejudicial à saúde,2 apontando que os reconhecidos males do consumo do cigarro são causados pelas demais substâncias tóxicas presentes no produto, como o monóxido de carbono, alcatrão e elementos radioativos.
Efeitos[editar | editar código-fonte]
A nicotina age sobre os receptores nicotínicos de acetilcolina. Em pequenas quantidades, estimula estes, o que causa uma libertação de adrenalina eemoção. Em grandes quantidades, bloqueia-os, sendo esta a causa da sua toxicidade e eficácia como insecticida.1
O seu efeito, quando consumida com o tabaco, manifesta-se de duas maneiras distintas: tem um efeito estimulante e, após algumas tragadas profundas, tem efeito tranquilizante, bloqueando o estresse. Seu uso causa dependência psíquica e física, provocando sensações desconfortáveis naabstinência. Em doses excessivas, como qualquer outra substância, é extremamente tóxica: provoca náuseas, dor de cabeça, vômitos, convulsão, paralisia e até a morte. A dose letal (LD50) é de 40 a 603 mg/kg em adultos.4
Na indústria, é obtida através de toda a planta Nicotiana tabacum, e é utilizada como um inseticida respiratório (na agricultura) sob a forma de sulfato de nicotina, e como vermífugo (na pecuária). Pode, ainda, ser convertido para o ácido nicotínico e, então, ser usado como suplemento alimentar.
A nicotina, presente no tabaco, também está associada à redução da ingestão alimentar e peso por meio da ativação, no hipotálamo, de um grupo de neurônios que controlam a saciedade.5 Por isso, muitos fumantes resistem em largar o vício.5
A nicotina no cérebro[editar | editar código-fonte]
No exemplar de 22 de setembro de 1995 da revista Science, pesquisadores do Columbia-Presbyterian Medical Center publicaram um artigo revelando o mecanismo de ação da nicotina no SNC.
Eles identificaram um novo receptor, chamado de receptor nicotínico, que leva esse nome por ser ativado pela nicotina. Este receptor, normalmente, ativa-se com acetilcolina, mas na presença de nicotina é ativado também por esta.
O vício do tabaco é causado pelo aumento de dopamina nos circuitos de recompensa do cérebro tal como nas outras drogas viciantes, actualmente põe-se a hipótese que outros compostos no fumo do tabaco que não a nicotina sejam inibidores da Monoamina Oxidase (MAO), que é a enzima responsável pela degradação da dopamina no cérebro, incluindo no circuito de recompensa.6
A nicotina induz à liberação do neurotransmissor glutamato, que é um neurotransmissor excitatório envolvido na plasticidade sináptica, sendo esta uma das possíveis causas para o efeito da nicotina em melhorar a memória (normalmente não pela forma de tabaco, que reduz a oxigenação cerebral).7
Dois anos mais tarde, dois cientistas do National Institute of Environmental Health Sciences, em Washington D.C., descobriram que estes receptores, no hipocampo, estão associados aos processos de aprendizado e memória. Os cientistas também elaboraram um mecanismo molecular que pode ajudar a explicar algumas patologias, como algumas formas de epilepsia, doenças de Alzheimer e Parkinson, dependência de nicotina e depressão. Seu trabalho foi publicado, em 1997, no Journal of Physiology.
As ações da nicotina se fazem fundamentalmente através do sistema nervoso autônomo. Ocorre uma resposta bifásica, em geral com estímulo colinérgico inicial, seguido de antagonismo dependendo das doses empregadas. Pequenas doses de nicotina agem nos gânglios do sistema nervoso autônomo, inicialmente como estímulo à neurotransmissão e, subsequentemente, como depressor. O uso de altas doses de nicotina tem rápido efeito estimulante seguido de efeito depressor duradouro possivelmente tóxico.
Usos medicinais[editar | editar código-fonte]
Ainda em fase de estudo, porém já com resultados relevantes, a nicotina tem sido apontada como de possível uso no tratamento de doenças degenerativas do cérebro, como o Alzheimer e Parkinson.8
Referências
- ↑ a b c Jennifer Fogaça. Nicotina (em português) R7 Brasil Escola. Visitado em 19 de julho de 2013.
- ↑ [1]
- ↑ [2].
- ↑ PÉREZ, Juan Antonio Galbis. Panorama actual de la química farmacéutica. [S.l.: s.n.]. 33 p.
- ↑ a b Science (10 de junho de 2011). Nicotine Decreases Food Intake Through Activation of POMC Neurons, sumário do vol. 332, n.6035, p.1330-1332, acesso em 10 de junho de 2011
- ↑ [3]
- ↑ [4]
- ↑ [5]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Muitos fumantes acreditam que o cigarro ajuda a relaxar, mas, o que de fato acontece, é que a nicotina torna o movimento dos músculos mais lentos.
Dentre seus inúmeros malefícios, esta substância diminui a atividade do sistema nervoso autônomo (que controla funções como a respiração, circulação do sangue, controle de temperatura, digestão e o equilíbrio das funções de todo o corpo).
Mais informações sobre a nicotina
Da mesma forma que o álcool pode dar a ilusão de ser estimulante quando na verdade não o é, a nicotina dá uma falsa impressão de relaxamento, contudo, o que de fato ela faz é deixar o indivíduo se sentindo mais inativo.
Para entendermos melhor como isto ocorre, é necessário compreendermos como nossas células nervosas (neurônios), trabalham.
Responsáveis pela condução do impulso nervoso, os neurônios atuam da seguinte forma: Por exemplo, quando queremos levantar o braço, o cérebro envia um pequeno impulso elétrico através dos milhares de neurônios existente no cérebro humano, até que este, finalmente chegue aos músculos do braço.
Quando o impulso nervoso alcança o final da célula nervosa ele pára, entretanto, este processo gera uma química especial chamada neurotransmissor (os neurotransmissores são substâncias químicas produzidas pelos neurônios, por meio das quais, eles podem enviar informações a outras células).
Os neurotransmissores seguem em direção a uma determinada região muscular, onde alcançam os receptores das células musculares, que levam a uma resposta biológica, que, neste caso, é o ato de levantar o braço.
O que a nicotina faz é interferir neste processo bloqueando os neurotrasmissores reais, pois suas moléculas possuem uma forma bastante parecida com a dos neurotransmissores, desta forma, elas podem se dirigir aos receptores muito facilmente; contudo, elas passarão somente metade da informação enviada pelo cérebro.
Resultado: A pessoa ainda continuará a levantar o braço, mas já não fará isso tão facilmente, pois precisará fazer um esforço maior do que faria sem a interferência da nicotina.
Um dos sintomas da abstinência da nicotina é a ansiedade e o nervosismo, que ocorrem devido ao aumento dos impulsos nervosos enviados pelo cérebro em decorrência da interferência que foi gerada por ela, pois, uma vez que a nicotina transmitia somente metade da informação enviada pelo cérebro, este passou a enviar impulsos nervosos mais fortes. Desta forma, ainda no exemplo do braço, a pessoa não precisou fazer tanto esforço para levantá-lo.
É importante ressaltar que a inquietação gerada naqueles que deixaram de fumar ocorre devido à ausência da nicotina, pois, sem ela, os músculos passam novamente a receber a informação completa do cérebro, sendo assim, respondem mais facilmente e com mais energia.
As pessoas que deixam o tabagismo, costumam também se queixar de um aumento na irritabilidade, mas o que muitos acabam nem percebendo é que a ausência da nicotina também os torna mais felizes e satisfeitos. O fato é que quando se deixa de fumar, todas as emoções ficam mais intensas, não somente as ruins.
precisa de atenção especial. Eu e muitos outros vencemos essa batalha. Você vencerá!
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