Sublime é um adjetivo de dois gêneros, que qualifica aquilo que atinge um grau muito elevado na escala de valores morais, intelectuais ou estéticos, é o quase perfeito. Do latim sublimis, “que se eleva”.
Sublime é um termo que se refere àquilo cujos méritos transcendem o normal, é o encantador, o admirável. “Pintura sublime”, "arte sublime" ou "poesia sublime".
Sublime é também o que transcende o humano, é aquilo que é grandioso, que é magnífico, o considerado divino.
Sublime é o que se encontra em situação elevada, muito alta, acima de todos. É sinônimo de eminente, quando é usado para definir aquele que excede os outros, que é excelente, superior.
Com relação à estética, o sublime é aquilo que transcende o belo, aquilo que é admirável, que é esplêndido.
Na Grécia Antiga, a composição poética, do gênero lírico, denominada “ode”, era um poema escrito sobre algo admirável, maravilhoso.O termo sublime (do latim sublimis, "que se eleva" ou "que se sustenta no ar" 1 2 ) entrou em uso no século XVIII, para indicar uma nova categoria estética, que se distinguia do belo e do pitoresco. O sublime provoca reações estéticas na qual a sensibilidade se volta para aspectos extraordinários e grandiosos da natureza, considerada um ambiente hostil e misterioso, que desenvolve no indivíduo um sentido de solidão.
O termo foi inicialmente empregado na retórica e na poesia, passando a ter aceitação mais ampla após 1674, quando foi publicada a tradução francesa de Nicolas Boileau doTratado sobre o sublime, escrito no final do século I ou no século III, por um anônimo designado pelos modernos como Pseudo Longino.
Como conceito estético, o sublime designa uma qualidade de extrema amplitude ou força, que transcende o belo. O sublime é ligado ao sentimento de inacessibilidade diante do incomensurável. Como tal, o sublime provoca espanto, inspirado pelo medo ou respeito.
Edmund Burke e, posteriormente, Kant defendem que a beleza não é o único valor estético. Diante de uma tempestade ou de uma sinfonia de Beethoven, o sentimento seria do sublime, mais que do belo. Nascido da vontade de exprimir o inexprimível, o gosto pelo sublime prevalece sobre o gosto pelo belo. Pode-se ligar a reflexão desses autores ao desenvolvimento do pré-romantismo, a partir de meados do século XVIII.
Referências
- ↑ Enciclopédia Itaú Cultural - Artes Visuais. "Sublime" (definição).
- ↑ Cf. Baldine Saint Girons, "sublime (subst.), sublime(adj.)". In Vocabulaire européen des philosophies : dictionnaire des intraduisibles, dir. Barbara Cassin, Seuil, 2004 ISBN 2-02-030730-8. Ver também Sublime na base do Centre national de ressources textuelles et lexicales.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- ARGAN, Giulio Carlo. Arte moderna: do iluminismo aos movimentos contemporâneos. Tradução Denise Bottmann, Frederico Carotti. São Paulo: Companhia das Letras, 1993. xxiv, 709 p., il. color.
- CAYGILL, Howard. Dicionário Kant. Tradução Álvaro Cabral. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2000, 353 pp.
- CHALVERS, Ian. Dicionário Oxford de Arte. 2.ed. Tradução de Marcelo Brandão Cipolla. São Paulo: Martins Fontes, 2001, 584 p.
- DUROZOI, Gérard; ROUSSEL, André. Dicionário de filosofia. Tradução Marina Appenzeller. Campinas: Papirus, 1993. 512 p.
- La nuova enciclopedia dell'arte Garzanti. Milano: Garzanti, 1986. 1117 p. il. p&b, color.
- Aristóteles, Τέχνη ῥητορική = Retórica, c. 329-323 a.C.
- Pseudo-Longino, Περὶ ὕψο = Do sublime, c. século I a.C.
- Pseudo-Demétrio de Falero, Περὶ ἑρμηνείας = Do Estilo [Tratado da elocução], c. século I a.C
- Cicero, De Oratore = L'Orateur, 55 a.C..
- Quintiliano, De institutione oratoria 95 A.D.
- Giambattista Vico, Scienza Nuova, 1725.
- Edmund Burke, A philosophical Enquiry into the Origin of our Ideas of the Sublime and Beautiful ("Investigação filosófica sobre a origem de nossas idéias do Sublime e do Belo"), 1757 e 1759.
- Kant, Beobachtungen über das Gefühl des Schönen und Erhabenen ("Observações sobre o sentimento do belo e do sublime, 1764 e Kritik der Urteilskraft ("Crítica da faculdade de julgar"), 1790.
- Friedrich von Schiller, Ueber das Erhabene (Fragmento sobre o sublime"), 1793 e Das Erhabene ("Do Sublime"), 1798.
- Johann Gottfried Herder, Kalligone, 1800.
- Hegel, Phänomenologie des Geistes (Fenomenologia do espírito, 1807.
- Wilhelm Worringer, Abstraktion und Einfühlung ("Abstração e empatia, 1908.
- Umberto Eco, História da beleza, 2008.
- Jean-Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet, Mythe et tragédie en Grèce ancienne, I et II, Paris, 1972 e 1986 ; 2001 ISBN 2-7071-4619-6.
Sublime foi uma banda estadunidense de ska punk e reggae formada em 1988 em Long Beach, Califórnia por Bradley Nowell (vocais e guitarra), Bud Gaugh (bateriae percussão), Eric Wilson (baixo) e Lou Dog, um cachorro Dálmata que não era simplesmente um mascote, ele era praticamente um membro da banda sendo inclusive um dos maiores símbolos do Sublime.
Com a morte de Bradley em 1996 devido a uma overdose de heroína, os integrantes restantes resolveram encerrar imediatamente as atividades do grupo.1 Em 2009, eles decidiram se reunir com um novo vocalista e guitarrista, Rome Ramirez.2 No entanto, poucas semanas depois de se apresentarem em um festival organizado pelo Cypress Hill, um juiz de Los Angeles proibiu o trio de utilizar o nome Sublime.3 Em janeiro de 2010, após entrarem em acordo com os familiares de Bradley, o processo foi arquivado e o grupo atualmente atende pelo nome Sublime with Rome.4
Discografia[editar | editar código-fonte]
Estúdio[editar | editar código-fonte]
- 40 Oz. To Freedom (1992) #140 (na Billboard 200)
- Robbin' The Hood (1994)
- Sublime (1996) #13
Ao vivo e coletâneas[editar | editar código-fonte]
- Second-hand Smoke (álbuns de remixagens) (1997) #28
- Stand by Your Van (ao vivo) (1998) #49
- Sublime Acoustic: Bradley Nowell & Friends (acústico) (1998) #107
- Greatest Hits (1999) #114
- 20th Century Masters: Millennium Collection (2002) #190
- Look at All the Love We Found (tributo) (2005)
- Gold (2005)
- Forever Free (tributo) (2006)
- Everything Under the Sun (coletânea) (2006)
- The Best of Sublime (coletânea) (2008)
- 3 Rings Circus - The Bootleg Series: Live At The Palace (2013)
Notas e referências[editar | editar código-fonte]
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