quarta-feira, 30 de setembro de 2015

ANGUSTIA

Angústia é a sensação psicológica que se caracteriza pelo sufocamento, pelo peito apertado, ansiedade, insegurança, falta de humor, e com ressentimentos aliados a alguma dor. No campo psiquiátrico a angústia é considerada uma doença e precisa ser tratada.

Para a psiquiatria, a angústia está muito próxima da depressão, embora que, nem sempre quem tenha angústias periódica pode estar sofrendo de depressão e sim uma manifestação da ansiedade que é o receio do futuro.

A angústia também pode estar ligada a causas psicológicas como, complexos, traumas, meio familiar repressores ou desgastantes, podem desencadear sensações de opressão. A angústia somente será considerada uma doença, quando aparecerem outros sintomas, como falta de concentração, tristeza permanente, inquietação, pensamentos negativos.

As pessoas que apresentam quadro de angústia e não tem acompanhamento profissional desenvolvem outros distúrbios emocionais, como cansaço físico e mental, comportamento inadequado e baixa auto-estima.

A angústia é uma emoção que está à frente de um acontecimento, uma circunstância, ou ocorre por lembranças traumáticas. A angústia acontece também em estados paranóicos onde a percepção das coisas é muito maior e destorcida.

Entre os povos da antiguidade, os gregos procuravam combater a angústia, criando uma sociedade baseada no principio do equilíbrio, isto é, nada em demasia, como forma de combater nossos instintos e paixões. Assim surgiram as tragédias gregas que como arte da representação e da aparência nos coloca em contato com toda a tragégia e angústia da existência.

Alguns filósofos dizem que a angústia surge no momento que o homem percebe a sua condenação à liberdade, por isso se sente angustiado já que sabe que é o senhor do seu destino.Podemos chamar de angústia a forte sensação psicológica, caracterizada por "abafamento", insegurança, falta de humor, ressentimento e dor. Na moderna psiquiatria é considerada uma doença que pode produzir problemas psicossomáticos.
A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento, uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angústia através de lembranças traumáticas que dilaceraram ou fragmentaram oego.
Angústia quando a integridade psíquica está ameaçada, também costuma-se haver angústia em estados paranoicos onde a percepção é redobrada e em casos de ansiedade persecutória.
A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequências temidas).

Filosofia[editar | editar código-fonte]

No tocante à análise do problema da angústia, Arthur Schopenhauer nos apresenta em sua filosofia uma visão extremamente pessimista da vida: para ele, viver é necessariamente sofrer. Por mais que se tente conferir algum sentido à vida, na verdade, ela não possui sentido ou finalidade alguma. A própria vontade é um mal. Nós queremos vencer, desejamos vencer. Mas a vontade gera a angústia e a dor e, os mais tenros momentos de prazer, por mais profícuos que possam vir a ser, são apenas intervalos frente à infelicidade.
É com base em Schopenhauer que um outro pensador alemão, Friedrich Wilhelm Nietzsche, concluiu que, dentre todos os povos da Antiguidade, os gregos foram os que apresentaram maior sensibilidade para compreender o sofrimento e a tragicidade da existência humana, como que permeada pela dor, solidão e morte. No entanto, os mesmos gregos criaram uma sociedade baseada no princípio do equilíbrio: nada em demasia como forma de combater todos os nossos instintos e paixões. A arte é concebida, nesta concepção da vida, como catarse. Assim surgiram as tragédias gregas que, enquanto arte da representação e da aparência, nos colocam ainda hoje em contato com toda a tragicidade e angústia de nossa existência. Segundo Nietzsche é preciso ter consciência de que a vida é sim uma tragédia, para que possamos desviar um instante os olhos da nossa própria indigência, desse nosso horizonte limitado, colocando mais alegria em nossas vidas. A arte tem essa função.
Jean-Paul Sartre, filósofo francês contemporâneo, representante maior da corrente existencialista, defendeu que a angústia surge no exato momento em que o homem percebe a sua condenação irrevogável àliberdade, isto é, o homem está condenado a ser livre, posto que sempre haverá uma opção de escolha: mesmo diante de A, pode optar por escolher não-A. Ao perceber tal condenação, ele se sente angustiado em saber que é senhor de seu destino.

Psicanálise[editar | editar código-fonte]

Sigmund Freud, pai da Psicanálise, realizou estudos sobre o problema da angústia. Ele afirmou que vivemos um profundo mal-estar provocado pelo avanço do capitalismo. Neste ínterim, se faz mister observar o quão suscetível o Ocidente está às doenças próprias desse sistema econômico, tais como a esquizofrenia. Contudo, a mais eminente colaboração da Psicanálise para essa temática pode ser percebida na sua análise do aparelho psíquico: um conflito interno entre três instâncias psíquicas fundamentais ao equilíbrio do ser: as vontades (Id) vivem em constante atrito com o instinto repressor (Superego). O balanço entre as vontades e as repressões tem que ser buscado pelo Ego, a consciência. É o Ego que analisa a possibilidade real de por em prática uma ação desejada pelo Id. Não obstante, controla o excessivo rigor imposto pelo Superego. A esse conflito entre o Id e o Superego, Freud denominou angústia. Cabe ao Ego, portanto, a busca de um equilíbrio entre estas partes do psíquico e, não obstante, entre o sujeito e o todo social."

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