domingo, 27 de setembro de 2015

ATERRO SANITARIO

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de chorume acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - P.E.A.D., sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e recirculado (reinserido ao aterro) causando assim uma menor poluição aomeio ambiente.
Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do biogás, que é constituído por metanogás carbônico (CO2) e vapor d'água, entre outros, e é formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. No caso de países em desenvolvimento, como o Brasil, a utilização do biogás pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono ou CERs do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, conforme previsto no Protocolo de Quioto.
Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro. No Brasil, usa-se normalmente uma camada de argila compactada.
Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitoramento ambiental (topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.
Quando atinge o limite de capacidade de armazenagem, o aterro é alvo de um processo de monitorização especifico, e se reunidas as condições, pode albergar um espaço verde ou mesmo um parque de lazer, eliminando assim o efeito estético negativo.
Existem critérios de distância mínima de um aterro sanitário e um curso de água, uma região populosa e assim por diante. No Brasil, recomenda-se que a distância mínima de um aterro sanitário para um curso de água deve ser de 200m.

No Brasil[editar | editar código-fonte]

Aterro sanitário de Ipatinga, que comporta o lixo produzido pela Região Metropolitana do Vale do Aço.[1]
No Brasil, um aterro sanitário é definido como um aterro de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado para a recepção de resíduos de origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. Os resíduos industriais devem ser destinados a aterro de resíduos sólidos industriais (enquadrado como classe II quando não perigoso e não inerte e classe I quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da ABNT 10.004/04 - "Resíduos Sólidos - Classificação").
A produção de lixo aumenta continuamente e por isso novas soluções são procuradas para desafogar os aterros. Em ContagemMinas Gerais, tem sido usado o fosfogesso para redução de 30 a 35% do volume de resíduo sólido. Antes da implantação, a alternativa foi testada pelo laboratório do Institute of Phosphate Research (FIPR), nos Estados UnidosAterro sanitário é uma espécie de depósito onde são descartados resíduos sólidos (lixo) provenientes de residências, indústrias, hospitais e construções.

Grande parte deste lixo é formada por não recicláveis. Porém, como a coleta seletiva ainda não ocorre plenamente, é comum encontrarmos nos aterros sanitários plásticos, vidros, metais e papéis.

Os aterros sanitários são construídos, na maioria das vezes, em locais distantes das cidades. Isto ocorre em função do mal cheiro e da possibilidade de contaminação do solo e de águas subterrâneas. Porém, existem, atualmente, normas rígidas que regulam a implantação de aterros sanitários. Estes devem possuir um controle da quantidade e tipo de lixo, sistemas de proteção ao meio ambiente e monitoramento ambiental.

Importância

Os aterros sanitários são importantes, pois solucionam parte dos problemas causados pelo excesso de lixo gerado nas grandes cidades.Aterro sanitário é um sistema de descarte de resíduos sólidos que utiliza técnicas buscando minimizar os impactos que o lixo provoca na natureza.
O aterro sanitário é uma área licenciada por órgãos ambientais, destinadas a receber os resíduos sólidos urbanos, basicamente lixo domiciliar, de forma planejada, onde o lixo é compactado e coberto por terra, formando diversas camadas.
A decomposição do lixo produz metano, gás carbônico e outros gases poluentes que intensificam o aquecimento global. Um aterro sanitário reduz a poluição, colabora para a redução da emissão de gases de efeito estufa, evita odores desagradáveis, gera energia e pode ser uma fonte de receita por meio de créditos de carbono.

Como funciona um aterro sanitário

Um aterro sanitário adequado aos padrões de mecanismo de desenvolvimento limpo obedece ao seguinte processo:
1 – O solo é compactado para dar firmeza ao aterro que receberá uma camada de polietileno de alta densidade, por baixo e pelos lados, que impede o contato entre os detritos e o subsolo e por cima quando ele estiver cheio.
2 – Na base, as camadas de geotêxtil (tela de tecido com betume, semipermeável), brita e areia, permitem a drenagem do chorume.
3 – O lixo é depositado em camadas no aterro sanitário, periodicamente intercaladas por camadas de terra.
4 – Os gases produzidos pela decomposição do lixo são captados e levados por dutos a uma usina geradora de energia
5 – Na usina, os gases entram em combustão e movem geradores, que produzem energia elétrica. Não há emissão de metano e pouca de dióxido de carbono.
6 – O chorume (líquido que escorre do lixo) vai para tratamento. Separada a água, os resíduos sólidos voltam para o aterro sanitário.

Desvantagens do aterro sanitário

O aterro sanitário recebe severas críticas porque não têm como objetivo o tratamento ou reciclagem dos materiais presentes no lixo urbano. Os aterros funcionam como armazenamento do lixo no solo, ocupando espaços cada vez mais escassos, porém são uma saída para o descarte disciplinado dos resíduos sólidos.

Lixão

São locais onde o lixo é depositado a céu aberto provocando graves impactos ambientais. O lixão é uma série ameaça tanto para o meio ambiente quanto para a sociedade. Os principais problemas  gerados pelo lixo são a poluição do solo e das águas, o acúmulo de material não degradável ou tóxico e a proliferação de insetos (baratas e moscas) e ratos que podem transmitir várias doenças, tais como a peste bubônica, dengue etc.
A decomposição bacteriana da matéria orgânica, a parte biodegradável do lixo, além de gerar um mau cheiro típico, produz um caldo escuro e ácido denominado chorume, o qual, nos grandes lixões, infiltra no solo, contaminando o lençol freático.

Compostagem

Compostagem é um processo biológico em que os micro-organismos transformam materiais orgânicos em adubo composto, reduzindo assim a quantidade de lixo jogado na natureza.
A compostagem pode ser feita de resíduos vegetais como cascas e talos de vegetais, casca de ovo, folhas, aparas de grama, resto de comida, papel, estrume de animais vegetarianos etc. que são colocados para decomposição, e por processos bioquímicos, realizados por micro-organismos, que utilizam esses resíduos como fonte de energia, ocorre a degradação desse material.
Na compostagem o lixo é colocado em camadas, alternadas primeiro por terra e depois pelo material orgânico. O húmus é uma ótima alternativa para a compostagem, como fonte de micro-organismos, como também as minhocas. Dentro de três meses aproximadamente, depois de revirado diversas vezes, o adubo estará pronto para uso.

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