Atmosfera é a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em todos os seus movimentos, devido à força da gravidade. Ela tem a função de equilibrar a temperatura do planeta.
A atmosfera é composta de vários gases importantes para a vida, como o oxigênio, o nitrogênio e o gás carbônico, que formam uma mistura transparente, incolor e inodora chamada de ar atmosférico. Além dos gases, há também vapor de água, partículas em pó, micro-organismos etc.
Os gases mais pesados da atmosfera estão concentrados mais próximos da superfície terrestre e os mais leves estão mais distantes. À medida que aumenta a altitude, a atmosfera torna-se cada vez mais rarefeita (em altitudes mais elevadas sentimos falta de ar). A 80 km de altitude o oxigênio é quase inexistente, pois, por ser um gás pesado, não se mantém em altas altitudes.
A atmosfera faz parte do estrato geográfico junto com a "litosfera" (conjunto de rochas e solos), a "hidrosfera" (conjunto de todas as águas do planeta) e a "biosfera" (elementos encontrados na atmosfera, na litosfera e na hidrosfera). Esses componentes se relacionam entre si, isto é, são interdependentes: qualquer alteração em um deles implica a alteração do conjunto.
Camadas da Atmosfera
A atmosfera é formada por cinco camadas desde a superfície terrestre até a mais externa:
- Troposfera – Atinge até cerca de 10 a 12 km de altitude e concentra 75% dos gases e 80% da umidade atmosférica (vapor de água, cristais de gelo etc. que formam as nuvens). É a camada na qual ocorrem as perturbações atmosféricas. À medida que se eleva pode atingir -60°C na parte superior, que é chamada de tropopausa.
- Estratosfera – Estende a partir da troposfera até cerca de 50 km. O vapor de água é quase inexistente e não se formam nuvens. É uma região importante devido à presença de ozônio, que filtra a maior parte dos raios ultravioletas emitidos pelo sol. A temperatura aumenta com a altitude, chegando a atingir 2°C na parte superior.
- Mesosfera – Dá início à chamada atmosfera superior e vai da tropopausa até 80 km de altitude. Ao contrário do que ocorre na estratosfera, aqui a temperatura diminui com a altitude (o ar é mais rarefeito), podendo atingir -90°C no limite superior.
- Ionosfera – Prolonga-se da mesosfera até cerca de 600 km. O ar é muito rarefeito e carregado de íons (partículas eletrizadas que têm a propriedade de refletir as ondas de rádio e tVs). É nessa camada que os meteoros (estrelas cadentes) se desintegram. A temperatura pode atingir até 1000°C na parte superior.
- Exosfera – É a camada mais externa da atmosfera. Começa mais ou menos a 600 km de altitude, com limites superiores imprecisos. A inexistência de ar permite temperaturas elevadíssimas (mais de 1000°C).
Efeito estufa
O efeito estufa é um fenômeno atmosférico que ocorre na troposfera e consiste na retenção do calor irradiado pela superfície terrestre, pelas partículas de gases e de água em suspensão, garantindo a manutenção do equilíbrio térmico do planeta e, portanto a sobrevivência das espécies vegetais (que processam a fotossíntese) e animais. Um desequilíbrio na composição atmosférica, provocado pela concentração elevada de certos gases que têm capacidade de absorver calor, como o metano, o dióxido de carbono e o óxido nitroso, provocam um armazenamento maior de calor que é refletido para a terra resultando no efeito estufa.
Chuva ácida
A chuva ácida é outro fenômeno atmosférico causado, em escala local ou regional, pela poluição emitida pelas indústrias, transportes e outras formas de combustão. Os principais responsáveis por esse fenômeno são o dióxido de enxofre, emitido a partir da queima de combustíveis fósseis, do oxigênio já presente na atmosfera e do dióxido de nitrogênio emitido por veículos automotores.Uma atmosfera (do grego antigo: ἀτμός, vapor, ar, e σφαῖρα, esfera) é uma camada de gases que envolve (geralmente) um corpo material com massa suficiente.[1] Os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são retidos por um longo período de tempo se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for baixa. Algunsplanetas consistem principalmente de vários gases e portanto têm atmosferas muito profundas (um exemplo seria os planetas gasosos).
O termo atmosfera estelar é usada para designar as regiões externas de uma estrela e normalmente inclui a porção entre a fotosfera opaca e o começo do espaço sideral. Estrelas com temperaturas relativamente baixas podem formar compostos moleculares em suas atmosferas externas. A atmosfera terrestre protege os organismos vivos dos raios ultravioleta e também serve como um estoque, fazendo com que o gás oxigênio não escape.
Índice
[esconder]Pressão atmosférica[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Pressão atmosférica
A pressão atmosférica é a força por unidade de área que é aplicada perpendicularmente numa superfície pelo gás circundante. É determinada pela força gravitacional planetária em combinação com a massa total de uma coluna de ar acima de um determinado local na superfície. As unidades de pressão atmosférica são baseados pelaatmosfera padrão internacionalmente reconhecido (atm), que é definido como 101,325 Pa (ou 1.013.250 dinas por cm²).
Escape atmosférico[editar | editar código-fonte]
A gravidade de superfície, a força que segura uma atmosfera, difere significativamente conforme o planeta. Por exemplo, a imensa força gravitacional de Júpiter é capaz de reter gases leves tais como o hidrogênio e o hélio, na sua atmosfera, que normalmente escapam de objetos com pouca força gravitacional. A distância entre um corpo celestial e a sua estrela mais próxima determina a disponibilidade de energia ao gás atmosférico ao ponto onde o movimento térmico excede a velocidade de escape do planeta, a velocidade no qual as moléculas de gás supera a ação da força gravitacional. Assim, o distante Titã, Tritão e Plutão são capazes de reter suas atmosferas apesar da fraca força gravitacional. Exoplanetas, teoricamente, também podem reter tênues atmosferas.
Composição[editar | editar código-fonte]
A composição inicial da atmosfera de um corpo geralmente reflete a composição e a temperatura da nebulosa solar local durante a formação planetária e o subsequente escape dos gases interiores. Estas atmosferas originais sofrem uma evolução com o decorrer do tempo, sendo que a variedade dos planetas se reflete em muitas atmosferas diferentes.
Por exemplo, as atmosferas de Vênus e Marte são compostas primariamente de dióxido de carbono, com pequenas quantidades denitrogênio, argônio e oxigênio, além de traços de outros gases.
A composição atmosférica terrestre reflete as atividades dos seres vivos. As baixas temperaturas e a alta gravidade dos planetas gasosos permitem a eles reter gases com baixas massas moleculares. Portanto, estes contêm hidrogênio e hélio e subsequentes compostos, formados pelos dois. Titã e Tritão, satélites de Saturno e Netuno, respectivamente, apresentam composições atmosféricas não desprezíveis, primariamente constituídas de nitrogênio. Plutão também apresenta uma atmosfera semelhante, mas esta se congela quanto o planeta-anão se afasta do Sol.
Estrutura[editar | editar código-fonte]
Terra[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Atmosfera terrestre
A atmosfera terrestre consiste, da superfície até o espaço, da troposfera, da estratosfera, mesosfera, ionosfera e exosfera. Cada uma destas camadas apresentam gradiente adiabático saturado, definindo as mudanças de temperatura conforme a altura. A nossa atmosfera também protege a vida na Terra impedindo que os nocivos raios ultravioleta do Sol cheguem diretamente ao planeta.
Circulação[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Circulação atmosférica
A circulação da atmosfera ocorre devido às diferenças térmicas quando a convecção torna-se um transportador de calor mais eficiente do que a irradiação térmica. Em planetas onde a fonte primária de calor é a radiação solar, o excesso de calor nos trópicos é transportado para latitudes mais altas. Quando um planeta gera uma quantidade significativa de calor interno, como é o caso de Júpiter, a convecção na atmosfera pode transportar energia térmica desde o interior mais quente até a superfície.
Importância[editar | editar código-fonte]
Do ponto de vista de um geólogo planetário, a atmosfera é um agente evolucionário essencial na morfologia de um planeta. O vento transporta poeira e outras partículas que degradam a superfície (erosão eólica).Precipitações atmosféricas, tais como a queda de gelo (neve, granizo, etc.) e chuva, que dependem da composição atmosférica, também influenciam o relevo. Mudanças climáticas podem influenciar a história geológica de um planeta. De modo oposto, o estudo da superfície de um planeta, principalmente a Terra, pode levar a um entendimento sobre a história da atmosfera e do clima no planeta.
Para um meteorologista, a composição da atmosfera determina o clima e suas variações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário