terça-feira, 29 de setembro de 2015

BUCHADA

Buchada de bode, ou simplesmente buchada, é um prato típico da região Nordeste do Brasil.[1] A iguaria tem origem no prato denominado «maranho», da culinária portuguesa tradicional, que remete à expressão marrano, que significa «excomungado», e que servia outrora para estigmatizar mouros e judeus.[1] A buchada remete também ao prato «Crux mechi» da gastronomia libanesa.

Características[editar | editar código-fonte]

Em todo o Nordeste, a buchada é feita com as entranhas (rins, figado e vísceras)[1] do bode, lavadas, aferventadas, cortadas, temperadas e cozidas em bolsas (que medem cerca de 8 cm de diâmetro), feitas com o próprio estômago do animal. No Nordeste, mais rigorosamente, a buchada em si tem em seu interior apenas as chamadas vísceras brancas — as tripas e as outras partes do estômago que não foram utilizadas para fazer as bolsas. As vísceras vermelhas, como o coração, rins, pulmões, fígado e o baço (preparo «à passarinha»), compõem um prato diferente, o sarrabulho ou sarapatel, dependendo da espécie de animal.
Em geral, no Nordeste, berço da iguaria, diz-se simplesmente «buchada», já que se supõe que esta é feita do bode. Entretanto, não é raro que se encontre a buchada preparada com vísceras de carneiro ou mesmo de boi. Ademais, é mais comum encontrar a buchada recheada com as vísceras vermelhas no Sul e Sudeste do que noNorte e Nordeste do país.

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Redatores do Aulete (2007). Verbete: «buchada» Dicionário Caldas Aulete. Visitado em 02/03/2014.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Ícone de esboçoEste artigo sobre culinária é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.O prato tipicamente nordestino é produzido com a carne do bode, um verdadeiro xodó dos criadores da região. Saiba como preparar uma boa buchada e os segredos da culinária pernambucana.A Buchada de bode, ou simplesmente buchada, é um prato típico da região Nordeste do Brasil, feito com miúdos: rins, figado e vísceras do bode lavadas, aferventadas, cortadas, temperadas e cozidas em bolas feitas com o próprio estômago do animal. É um prato muito saboroso. Muita gente classifica a buchada como uma comida forte porque faz a pessoa suar depois de comer e que pede uma rede para fazer a digestão.


Para algumas pessoas, a buchada seria uma herança dos portugueses. Com eles, teríamos aprendido a técnica de cozinhar os miúdos dentro do estômago do animal, lá conhecida como Maranhos. A receita teria nascido em Beiras de Portugal que tem uma longa tradição de receitas com cabrito, e a culinária nordestina teria se adaptado perfeitamente, com algumas diferenças.



Só lembrando que o termo "buchada de bode" é usado nas regiões sul e sudeste. No nordeste, o lar dessa iguaria, diz-se simplesmente "buchada", pois não é usual fazer-se buchada de qualquer outro animal.


Vamos, então, à receita!!!!


Ingredientes:


Vísceras de 1 cabrito (bucho, tripas, fígado e rins)
4 limões grandes
Sal e pimenta-do-reino a gosto
3 dentes de alho esmagados
4 cebolas picadas
1 maço de cheiro verde picado
2 folhas de louro picadas
2 ramos de hortelã picados
1 xícara de vinagre
2 colheres de sopa de azeite
200 g de toucinho fresco picado
Sangue coagulado do cabrito


Modo de Preparo:


Limpar as vísceras, retirando a cartilagem e o sebo.
Limpar o bucho e esfregar o limão por dentro e por fora.
Deixar de molho em água fria com o suco de 1 limão por 5 h.
Picar em tirinhas as tripas e demais vísceras.
Temperar com sal, pimenta-do-reino, alho, cebola, cheiro verde, louro e hortelã.
Juntar o vinagre e deixar descansar.
Aquecer o azeite e adicionar o toucinho, deixando em fogo baixo até derreter, formando torresmos.
Retirar os torresmos e na gordura que se formou refogar todas as vísceras.
Juntar o sangue coagulado já picado e retirar do fogo.
Retirar o bucho do molho de limão, aferventar inteiro.
Colocar o refogado de vísceras e os torresmos no interior do bucho e costurar com agulha e linha.
Levar ao fogo uma panela com bastante água e sal e deixar ferver.
Colocar o bucho e cozinhar em fogo brando durante 4 h.
Servir com molho de pimenta forte e farinha de mandioca crua.


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