terça-feira, 15 de setembro de 2015

SAO JORGE

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Imagem do site http://dashinvaine.deviantart.com
E aí meu povo!
Estamos na data em que se celebra a festa litúrgica de um dos santos mais populares do Brasil. Por isso, vamos dedicar esse post para falarmos de São Jorge. Aêêêêê!!!!!
A origem do nome
São Jorge nasceu no século III, na Capadócia  – atual Turquia – de origem romana. Seu nome original do santo é Georgius. Jorge vem de geos (terra) e orge (cultivar) que significa, literalmente, cultivando a terra. Outras origens de seu nome podem ser:
  • a junção dos termos gerar (“sagrado”) e gyon (areia), o que nos dá “Areia Sagrada”;
  • o termo gyon pode ainda assumir o significado de “luta”, o que mudaria o significado anterior para “Lutador Sagrado”;
  • por fim, o nome Jorge viria da junção de outros três termos gero, gír e ys (Gerogírys) onde gero = “peregrino”, gír = “cortado” e ys = “conselheiro”, pois Jorge foi peregrino por seu desprezo ao mundo, foi cortado em seu martírio foi e conselheiro na prédica do Reino de Deus.
A vida de São Jorge
O Concílio de Nicéia considerou a legenda de São Jorge apócrifa, pois vários fatos relatados são discrepantes e impossíveis de serem confirmados como verídicos. Assim nos relata Jacoppo em sua Legenda Áurea e, de fato, não há muito como mudar essa situação, em virtude da carência de fontes.
Mas o importante é saber que São Jorge realmente existiu e foi um grande exemplo de vida cristã, muito embora não seja mais possível resconstruir todos os seus passos sobre a terra, como podemos fazer com certa facilidade com outros grandes santos antigos, como São Cipriano e Santo Agostinho. Que falta fazia um Power Point no século III, não é, meus amigos?
São Jorge era um tribuno romano. As fontes antigas dizem que ele teria sido martirizado na cidade persa de Diáspolis, chamada anteriormente de Lida, perto de outra cidade persa chamada Jope. Essa é a versão do calendário de São Beda (em breve, aqui nO Catequista, mais detalhes sobre a vida desse outro grande santo).  Outras versões dizem que seu martírio ocorreu sob os imperadores Dioclesiano (sem a participação dele) e Maximiano. Outros dizem ainda que teria sido sob o Governador Daciano, nos tempos de Dioclesiano e Maximiano.
A lenda do dragão
Essa é a parte que o povo gosta. Foi certa vez, em Silena, cidade da província romana da Líbia, que um dragão chamado Kadafi …não, não, desculpem essa é uma outra história. Mas vamos continuar na Líbia. Às margens de um lago grande como um mar escondia-se uma enorme e pestilento dragão, que aterrorizava a população local.
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A donzela salva pelo santo, segundo a lenda. Detalhe de pintura de Jost Haller
Para impedí-lo de procurar alimentos na cidade, os moradores ofereciam em holocausto à fera um tributo de duas ovelhas por dia. Mas em pouco tempo passou a faltar ovelhas e, para compensar o bicho, que deveria ser chamado de Imposto de Renda, passaram a oferecer uma ovelha e um humano – um rapaz ou uma moça. Só que, depois de algum tempo, também passou a faltar gente, e o sorteio designou a filha do rei para ser entregue ao monstro.
Desesperado o rei implorou ao povo que não oferecesse ao dragão sua filha, só que o povo manteve-se irredutível. O rei apenas conseguiu um prazo de oito dias para prantear sua amada filha. Depois desse período, nada podendo fazer, contra a turba enlouquecida, o rei entregou sua filha ao seu destino e ela dirigiu-se ao lago onde habitava a fera.
Um certo Jorge passava casualmente pelo local e viu a jovem princesa chorando às margens do lago. Ao longe, a galera, como não podia deixar de ser, esperava para ver o bicho vir cobrar seu tributo (devia ter gente vendendo pipoca e cachorro-quente). A jovem avisou ao Santo que ele deveria sair correndo o mais rápido possível dali. São Jorge insistiu para que ela explicasse o quê estava acontecendo, enquando isso, o monstro surgiu, vindo de dentro do lago. O Guerreiro montou em seu cavalo, fez o sinal da cruz e, recomendando-se a Deus, atingiu o monstro na cabeça com força, fazendo-o cair no chão.
Em seguida, Jorge mandou que a princesa colocasse seu cinto no pescoço do dragão, sem medo. Depois disso, o bicho começo a segui-la como segue um cão manso, seu cinto servindo de coleira guia.  Ambos então foram para a cidade, e o povo entrou em pânico ao ver o cavaleiro, a dama e o dragão. São Jorge tratou de acalmá-los, exortando as pessoas a aceitarem o Salvador através do batismo. A cidade toda o fez. Fato consumado, em seguida, São Jorge matou o dragão. Sem contar mulheres e crianças, 20 mil homens foram batizados.
Em homenagem a Maria e ao beato Jorge, o Rei mandou construir na cidade uma enorme igreja, sob cujo altar surgiu uma fonte de água curativa para todos os enfermos. O rei ofereceu a São Jorge muito dinheiro, mas o santo não aceitou e mandou que o rei o distribuisse aos pobres. Ao rei, Jorge deixou ainda quatro conselhos: cuidas das igrejas, honrar os padres, ouvir com atenção o ofício divino e nunca esquecer os pobres. Em seguida, beijou o rei e foi embora.
As perseguições romanas
O governador Daciano, nos tempos de Dioclesiano, em apenas um mês, martirizou 17 mil cristãos (falem mesmo da inquisição, papagaios de pirata!). Esse massacre seria muito maior se não tivesse havido muitos abjurações, em que cristãos amendrontados sacrificaram aos ídolos pagãos, como era a vontade do Imperador.
São Jorge ficou consternado com o que via. Distribuiu tudo que possuía, trocou suas vestes de tribuno pelas humildes vestes dos cristãos e chamou os deuses romanos de demônios, o que enfureceu o Governador puxa-saco. Jorge identificou-se a Daciano como vindo de nobre estirpe da Capadócia, que, com a ajuda de Deus, havia submetido a Palestina, mas que deixaria tudo para seguir ao Deus do Cristo.
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A tortura de São Jorge. Detalhe de pintura de Michael de Coxcien (séc. XVI)
Daciano mostrou toda a sua “civilidade” romana ao ouvir a declaração de Jorge. Mandou-o suspender no potro (um instrumento de tortura romano que recebeu esse nome por ser parecido com um cavalo) e que seus membro fossem dilacerados com garfos de ferro.  Para complementar, mandou ainda que Jorge fosse queimado com tochas e suas feridas salgadas. Na noite seguinte, o Senhor apareceu a São Jorge e o confortou de forma tal que os tormentos pelos quais passou pareciam não ter acontecido, pois mesmo alquebrado, Jorge permanecia fiel e sereno.
Um mágico foi convocado por Daciano, que julgava que os cristãos, na verdade, eram embusteiros, como ele o era (mais ou menos um ancestral debilóide de Richard Dawkins, que é outro debilóide). O mágico prometeu ao governador que dobraria São Jorge ou perderia sua cabeça (literalmente).  Envenenou vinho e deu para São Jorge beber. Fazendo o sinal da cruz sobre a bebida, o santo a tomou e nada lhe aconteceu. O mago se lançou aos pés de Jorge e pediu para tornar-se cristão. Foi decapitado em seguida.
A “farra” de Daciano continuou. Jorge foi colocado na roda de espadas, que quebrou e nada lhe ocorreu. Foi mergulhado em um caldeirão de chumbo derretido e retirado de lá como quem sai de um banho quente.
Daciano viu que, pela porrada, não dava. Então, tentou comprar Jorge e, com mansidão, procurou convertê-lo ao paganismo. Fingindo entrar no seu jogo, Jorge concordou. A cidade então compareceu ao templo para ver o impenitente abjurar. São Jorge então caiu de joelhos e pediu a Deus que castigasse os pagãos. O templo, seus deuses e seus altares foram destruídos por uma chuva de enxofre e os sacerdotes quedaram mortos.
A rainha Alexandrina, esposa de Daciano, vendo o sofrimento de Jorge e as crueldades de seu marido, resolveu abraçar a cruz, o que lhe custou a vida. Seu marido mandou pendurá-la pelos cabelos e surrá-la  duramente. Durante esse martírio, temeu Alexandrina o fato de não ter sido banhada nas águas batismais. Jorge acalmou-lhe o coração e disse-lhe que seu sangue mártir seria seu batismo. E assim foi.
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São Jorge sendo decapitado. Afresco na igreja de S. Jorge, em Al Khader, perto de Belém
A Morte de São Jorge
No dia seguinte à morte de Alexandrina, Jorge foi condenado pelo governador a ser arrastado por toda a cidade e, ao final, ser decapitado.
Ele orou a Deus pedindo que todos aqueles que implorassem pedindo a assistência divina, por onde ele passasse teriam seus pedidos atendidos. A voz divina concedeu o seu pedido.  Terminada a horrenda tortura, São Jorge teve a cabeça decapitada. Era o ano de Nosso Senhor de 247.
Daciano não ficou sem castigo: nesse mesmo dia, o fogo do céu caiu sobre ele e sobre sua guarda pessoal, matando-os instantaneamente.
São Jorge Guerreiro, rogai por nós!
*****
- See more at: http://ocatequista.com.br/archives/9386#sthash.yQPV4B83.dpufSão Jorge (275 - 23 de abril de 303) foi, de acordo com a tradição, um soldado romano no exército do imperador Diocleciano, venerado como mártir cristão. Nahagiografia, São Jorge é um dos santos mais venerados no catolicismo (tanto na Igreja Católica Romana e na Igreja Ortodoxa como também na Comunhão Anglicana). É imortalizado na lenda em que mata o dragão. É também um dos Catorze santos auxiliares.
Considerado como um dos mais proeminentes santos militares, a memória de São Jorge é celebrada nos dias 23 de abril e 3 de novembro. Nestas datas, por toda a parte, comemora-se a reconstrução da igreja que lhe é dedicada, em Lida (Israel), na qual se encontram suas relíquias. A igreja foi erguida a mando do imperador romano Constantino I.
São Jorge é o santo padroeiro em diversas partes do mundo tais como: (países) InglaterraPortugal (santo secundário), GeórgiaCatalunhaLituâniaSérvia,MontenegroEtiópia, e (cidades) LondresBarcelonaGénovaRégio da CalábriaFerraraFriburgo em BrisgóviaMoscovo/Moscou e Beirute.
Há uma tradição que aponta o ano 303 como ano da sua morte. Apesar de sua história se basear em documentos lendários e apócrifos (decreto gelasiano do século VI), a devoção a São Jorge se espalhou por todo o mundo.

História[editar | editar código-fonte]

Historiadores têm debatido os detalhes exatos do nascimento de São Jorge por séculos, apesar da data de sua morte ser sujeita a pouco questionamento.[1] [2] AEnciclopédia Católica toma a posição de que não há base para duvidar da existência histórica de São Jorge, mas põe pouca convicção nas histórias fantásticas sobre ele.[3]
De acordo com as lendas, Jorge teria nascido na antiga Capadócia, região do centro da Anatólia que, atualmente, faz parte da República da Turquia. Ainda criança, mudou-se para a Palestina com sua mãe após seu pai morrer em batalha. Sua mãe, ela própria originária da Palestina, Lida, possuía muitos bens e o educou com esmero. Ao atingir a adolescência, Jorge entrou para a carreira das armas, por ser a que mais satisfazia à sua natural índole combativa. Logo foi promovido a capitão doexército romano devido a sua dedicação e habilidade — qualidades que levaram o imperador a lhe conferir o título de conde da província da Capadócia. Aos 23 anos passou a residir na corte imperial em Nicomédia, exercendo a função de Tribuno Militar.
Nesse tempo sua mãe faleceu e ele, tomando grande parte nas riquezas que lhe ficaram, foi-se para a corte do Imperador Diocleciano.
Em 302, Diocleciano (influenciado por Galério) publicou um édito que mandava prender todo soldado romano cristão e que todos os outros deveriam oferecer sacrifícios aos deuses romanos. Jorge foi ao encontro do imperador para objetar, e perante todos declarou-se cristão. Não querendo perder um de seus melhores tribunos, o imperador tentou dissuadi-lo oferecendo-lhe terras, dinheiro e escravos. Como Jorge mantinha-se fiel ao cristianismo, o imperador tentou fazê-lo desistir da fé torturando-o de vários modos. E, após cada tortura, era levado perante o imperador, que lhe perguntava se renegaria a Jesus para adorar aos deuses romanos. Todavia, Jorge reafirmava sua fé, tendo seu martírio, aos poucos, ganhado notoriedade e muitos romanos, tomado as dores daquele jovem soldado, inclusive a mulher do imperador, que se converteu ao cristianismo. Finalmente, Diocleciano, não tendo êxito, mandou degolá-lo no dia 23 de abril de 303, em Nicomédia (Ásia Menor).
Ícone de São Jorge, Museu Cristão-Bizantino, Atenas
Brasão de Armas de Moscou, cidade que tem São Jorge como Padroeiro.
Os restos mortais de São Jorge foram transportados para Lida (Antiga Dióspolis), cidade em que crescera com sua mãe. Lá ele foi sepultado, e mais tarde o imperador cristãoConstantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
Pelo século V, já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge. Só no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Armênia, no Império Bizantino, no Estreito de Bósforo na Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.

Disseminação da devoção a São Jorge[editar | editar código-fonte]

Na Itália, era padroeiro da cidade de GênovaFrederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde Dom Nuno Álvares Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exército. Na FrançaGregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clóvis dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
O monarca Eduardo III colocou sob a proteção de São Jorge a Ordem da Jarreteira, fundada por ele em 1330. Por considerá-lo o protótipo dos cavaleiros medievais, o rei inglêsRicardo I, comandante de uma das primeiras Cruzadas, constituiu São Jorge padroeiro daquelas expedições que tentavam reconquistar a Terra Santa dos muçulmanos. Noséculo XIII, a Inglaterra já celebrava o dia dedicado ao santo e, em 1348, criou a Ordem dos Cavaleiros de São Jorge. Os ingleses acabaram por adotar São Jorge como padroeiro do país, imitando os gregos, que também trazem a cruz de São Jorge na sua bandeira.
Ainda durante a Grande Guerra, muitas medalhas de São Jorge foram cunhadas e oferecidas aos enfermeiros militares e às irmãs de caridade que se sacrificaram ao tomar conta dos feridos de guerra.
As artes, também, divulgaram amplamente a imagem do santo. Em Paris, no Museu do Louvre, há dois quadros famosos de Rafaelintitulados São Jorge e o dragão. Na Itália, existem diversos quadros célebres, como um de autoria de Donatello.
A mais conhecida imagem brasileira de São Jorge seria, possivelmente, de autoria de Martinelli.[4]

Padroados[editar | editar código-fonte]

Inglaterra[editar | editar código-fonte]

Não há consenso, porém, a respeito da maneira como teria se tornado padroeiro da Inglaterra. Seu nome era conhecido pelos ingleses eirlandeses muito antes da conquista normanda, o que leva a crer que os soldados que retornavam das cruzadas influíram bastante na disseminação de sua popularidade. Acredita-se que o santo tenha sido escolhido o padroeiro do reino quando o rei Eduardo III fundou aOrdem da Jarreteira, também conhecida como Ordem dos Cavaleiros de São Jorge, em 1348. De acordo com a história da Ordem da Jarreteira, Rei Artur, no século VI,colocou a imagem de São Jorge em suas bandeiras.[5] Em 1415, a data de sua comemoração tornou-se um dos feriados mais importantes do país.
Hoje em dia na Inglaterra, todavia, a festa de São Jorge comemorada todo dia 23 de abril tem tido menos popularidade ao longo das últimas décadas. Algumas rádios locais, como a BBC já chegaram a promover enquetes perguntando qual seria, de acordo com a opinião pública, o orago dos ingleses, e eis que o eleito foi Santo Alba. Muitos fatores contribuíram a isso. Primeiramente por ter sido substituído, segundo bula do Papa Leão XIII de 2 de junho de 1893, por São Pedro como padroeiro da Inglaterra — recomendação que perdura até hoje.
Posteriormente, pelas reformas do Papa Paulo VI, São Jorge foi rebaixado a santo menor de terceira categoria (segundo hierarquia católica), cujo culto seria opcional nos calendários locais e não mais em caráter universal. No entanto, a reabilitação do santo como figura de primeira instância, e arcanjo, lembrando a figura do próprio Jesus Cristo, pelo Papa João Paulo II em 2000, conferiu nova relevância a São Jorge. Atualmente, haja vista a grande popularidade e apelo turístico de festas como a escocesa St. Andrew's Day, a irlandesa St. Patrick's Day e mesmo a galesa St. Dave's Day, têm-se formado grande iniciativa de setores nacionalistas para que o St. George's Day volte a gozar da mesma popularidade entre os ingleses como antigamente.

Portugal[editar | editar código-fonte]

Pensa-se que os Cruzados ingleses que ajudaram o Rei Dom Afonso Henriques a conquistar Lisboa, em 1147 terão sido os primeiros a trazer a devoção a São Jorge para Portugal. No entanto, só no reinado de Dom Afonso IV de Portugal que o uso de "São Jorge!" como grito de batalha se tornou regra, substituindo o anterior "Sant'Iago!".
O Santo Dom Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino, considerava São Jorge o responsável pela vitória portuguesa na batalha de Aljubarrota e aí está a Ermida de São Jorge a testemunhar esse facto. O Rei Dom João I de Portugal era também um devoto do Santo, e foi no seu reinado que São Jorge substituiu Santiago maior como padroeiro de Portugal. Em 1387, ordenou que a sua imagem a cavalo fosse transportada na procissão do Corpus Christi.

Catalunha[editar | editar código-fonte]

A presença documental da devoção a São Jorge em terras catalãs remonta ao século VIII: documentos da época falam de um sacerdote de Tarragona chamado Jorge que fugiu para a Itália. Já no século X, um bispo de Vic tinha o nome de Jorge, e no século XI o abade Oliba consagrou um altar dedicado ao santo no mosteiro de Ripoll. Encontram-se exemplos do culto a São Jorge dessa época, na consagração de capelas, altares e igrejas em diversos pontos da Catalunha. Os reis catalães mostraram a sua devoção a São Jorge: Tiago I de Catalunha explica em suas crónica que foi visto o santo ajudando os catalães na conquista da cidade de Mallorca; Pedro o Cerimonioso fundou uma ordem de cavalaria sob a sua proteção; Afonso, o Magnânimo dedicou-lhe capelas nos reinos da Sardenha e Nápoles.
Os reis e a Generalidade da Catalunha impulsionaram a celebração da festa de São Jorge por todas as regiões catalãs. Em Valência, em 1343, já era uma festa popular; em 1407Mallorca celebrava-a publicamente. Em 1436, a Generalidade da Catalunha propôs, nas cortes reunidas em Montsó, a celebração oficial e obrigatória de São Jorge; em 1456, as cortes reunidas na Catedral de Barcelona ditaram uma constituição que ordenava a festa, inclusa no código das Constituições da Catalunha. As remodelações do Palácio da Generalidade (sede do governo catalão) feitas durante o século XV são a prova mais clara da devoção impulsionada por esse órgão público, ao colocar um medalhão do santo na fachada gótica e ao construir no interior a capela de São Jorge.

Brasil[editar | editar código-fonte]

A influência de São Jorge na cultura portuguesa acompanhou a fundação do Brasil pelos portugueses.
Este santo é o padroeiro extraoficialmente, da cidade do Rio de Janeiro (título oficialmente atribuído a São Sebastião) e da cidade de São Jorge dos Ilhéus, além de ser padroeiro dos escoteiros, e da Cavalaria doExército Brasileiro.
São Jorge também é venerado em diversos cultos das religiões afro-brasileiras, onde é sincretizado na forma de Ogum.
Todavia, a ligação de São Jorge com a lua é algo puramente brasileiro, com forte influência da cultura africana, e em nada relacionado com o santo europeu. Em Salvador, Bahia, o santo foi sincretizado a Oxossi.[6]Na religião da Umbanda, o santo é associado a Ogum. A tradição diz que as manchas apresentadas pela lua representam o milagroso santo, seu cavalo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.[7]

Lenda do dragão e da princesa[editar | editar código-fonte]

Imagem do santo localizada na Igreja de São Jorge no Centro do Rio de Janeiro
Baladas medievais contam[8] que Jorge era filho de Lorde Albert de Coventry. Sua mãe morreu ao dá-lo à luz e o recém nascido Jorge foi roubado pela Dama do Bosque para que pudesse, mais tarde, fazer proezas com suas armas. O corpo de Jorge possuía três marcas: um dragão em seu peito, uma jarreira em volta de uma das pernas e uma cruz vermelho-sangue em seu braço. Ao crescer e adquirir a idade adulta, ele primeiro lutou contra os sarracenos e, depois de viajar durante muitos meses por terra e mar, foi para Sylén, uma cidade da Líbia.
Nesta cidade, Jorge encontrou um pobre eremita que lhe disse que toda a cidade estava em sofrimento, pois lá existia um enorme dragão cujo hálito venenoso podia matar toda uma cidade, e cuja pele não poderia ser perfurada nem por lança e nem por espada. O eremita lhe disse que todos os dias o dragão exigia o sacrifício de uma bela donzela e que todas as meninas da cidade haviam sido mortas, só restando a filha do rei, Sabra, que seria sacrificada no dia seguinte ou dada em casamento ao campeão que matasse o dragão.
Casamento de São Jorge e Sabra
Ao ouvir a história, Jorge ficou determinado em salvar a princesa. Ele passou a noite na cabana do eremita e quando amanheceu partiu para o vale onde o dragão morava. Ao chegar lá, viu um pequeno cortejo de mulheres lideradas por uma bela moça vestindo trajes de pura seda árabe. Era a princesa, que estava sendo conduzida pelas mulheres para o local do sacrifício. São Jorge se colocou na frente das mulheres com seu cavalo e, com bravas palavras, convenceu a princesa a voltar para casa.
O dragão, ao ver Jorge, sai de sua caverna, rosnando tão alto quanto o som de trovões. Mas Jorge não sente medo e enterra sua lança na garganta do monstro, matando-o. Como o rei do Marrocos e do Egito não queria ver sua filha casada com um cristão, envia São Jorge para a Pérsia e ordena que seus homens o matem. Jorge se livra do perigo e leva Sabra para a Inglaterra, onde se casa e vive feliz com ela até o dia de sua morte, na cidade de Coventry.
De acordo com a outra versão[9] , Jorge acampou com sua armada romana próximo a Salone, na Líbia. Lá existia um gigantesco crocodilo alado que estava devorando os habitantes da cidade, que buscaram refúgio nas muralhas desta. Ninguém podia entrar ou sair da cidade, pois o enorme crocodilo alado se posicionava em frente a estas. O hálito da criatura era tão venenoso que pessoas próximas podiam morrer envenenadas. Com o intuito de manter a besta longe da cidade, a cada dia ovelhas eram oferecidas à fera até estas terminarem e logo crianças passaram a ser sacrificadas.
O sacrifício caiu então sobre a filha do rei, Sabra, uma menina de catorze anos. Vestida como se fosse para o seu próprio casamento, a menina deixou a muralha da cidade e ficou à espera da criatura. Jorge, o tribuno, ao ficar sabendo da história, decidiu pôr fim ao episódio, montou em seu cavalo branco e foi até o reino resgatá-la, mas antes fez o rei jurar que se a trouxesse de volta, ele e todos os seus súbditos se converteriam ao cristianismo. Após tal juramento, Jorge partiu atrás da princesa e do "dragão". Ao encontrar a fera, Jorge a atinge com sua lança, mas esta se despedaça ao ir de encontro à pele do monstro e, com o impacto, São Jorge cai de seu cavalo. Ao cair, ele rola o seu corpo, até uma árvore de laranjeira, onde fica protegido por ela do veneno do dragão até recuperar suas forças.
Ao ficar pronto para lutar novamente, Jorge acerta a cabeça do dragão com sua poderosa espada Ascalon. O dragão derrama então o veneno sobre ele, dividindo sua armadura em dois. Uma vez mais, Jorge busca a proteção da laranjeira e em seguida, crava sua espada sob a asa do dragão, onde não havia escamas, de modo que a besta cai muito ferida aos seus pés. Jorge amarra uma corda no pescoço da fera e a arrasta para a cidade, trazendo a princesa consigo. A princesa, conduzindo o dragão como um cordeiro, volta para a segurança das muralhas da cidade. Lá, Jorge corta a cabeça da fera na frente de todos e as pessoas de toda cidade se tornam cristãs.
dragão (o demónio) simbolizaria a idolatria destruída com as armas da Fé. Já a donzela que o santo defendeu representaria a província da qual ele extirpou as heresias.

São Jorge na cultura popular[editar | editar código-fonte]

  • Na música "Alma de guerreiro", de Seu Jorge, São Jorge é citado. A música é tema de abertura da telenovela Salve Jorge, de Glória Perez, que tem como tema São Jorge.
  • Existe um romance sobre São Jorge criado pelo escritor italiano Tito Casini chamado Perseguidores e Mártires (no Brasil, editado pelas Edições Paulinas, por volta de 1960). No livro, São Jorge é retratado como o verdadeiro paladino da Capadócia que, apesar de ser perseguido pelo tirano imperador Diocleciano, manteve-se fiel ao Império Romano, mas também a Cristo e se recusou a contrair alianças com o genro do imperador, Galério, que pretendia ter o apoio do conde da Capadócia para liderar um golpe contra Diocleciano, o que o santo militar recusou terminantemente.
  • A banda brasileira Angra utilizou a imagem do santo na capa do álbum Temple of Shadows.
  • Zeca Pagodinho gravou recentemente em seu álbum "Uma Prova de Amor" a música "Ogum" com uma letra com um forte apelo ao sincretismo, a oração de São Jorge é feita no trecho final da música pelo cantor e compositor Jorge Ben.
  • Moacyr Luz e Aldir Blanc fizeram em homenagem ao santo a música "Medalha de São Jorge", que foi gravada pela Cantora Maria Bethânia em 1992.
  • São Jorge é o Santo Padroeiro da Cavalaria do Exército Brasileiro e dos escoteiros.
  • Na série animada Ben 10: Supremacia Alienígena, São Jorge aparece como Sir George, o fundador da facção secreta dos Cavaleiros Eternos. O dragão derrotado por ele também aparece como o alienígena Diagon.

Referências

  1. Ir para cima Mills, Charles. The History of Chivalry. [S.l.]: Longman, Rees, 2012. p. 9. ISBN 978-1-428642-15-7.
  2. Ir para cima Spenser, Edmund. Fierce Wars and Faithful Loves. [S.l.]: Cannon Press, 1998. ISBN 978-1-885767-39-4 página=196.
  3. Ir para cima   "St. George". Enciclopédia Católica. (1913). Nova Iorque: Robert Appleton Company. 
  4. Ir para cima Sobre imagens de São Jorge
  5. Ir para cima Ashmole, Elias, The History of the most Noble Order of the Garter: And the several Orders of Knighthood extant in Europe. A Bell; E.Curll; J.Pemberton; A Collins; W.Taylor; J.Baker, London 1715
  6. Ir para cima Fundação Cultural do Estado da BahiaCultos AfroOrixásFesta para Oxossi, o Rei de Ketu [em linha]
  7. Ir para cima Santos, Georgina Silva dos.Ofício e sangue: a Irmandade de São Jorge e a Inquisição na Lisboa moderna.Lisboa: Colibri; Portimão: Instituto de Cultura Ibero-Atlântica, 2005
  8. Ir para cima Bishop Percy's folio manuscript: loose and humorous songs ed. Frederick J. Furnivall. London, 1868
  9. Ir para cima The Golden Legend or Lives of the Saints. Compiled by Jacobus de Voragine, Archbishop of Genoa, 1275. First Edition Published 1470. Englished by William Caxton, First Edition 1483, Edited by F.S. Ellis, Temple Classics, 1900 (Reprinted 1922, 1931)O início de sua popularidade ocorreu no auge da perseguição aos cristãos pelo imperador romano Deocleciano - final do século 3, quando o ousado guerreiro passou a defender com muita fé o cristianismo. A imagem de São Jorge é representada por um jovem vestido com uma armadura, sentado em um cavalo branco com uma lança atravessando o dragão, pois o santo é imortalizado no conto em que mata um dragão.


    Sucesso em terras brasileiras

    São Jorge foi nomeado pelos portugueses como seus padroeiro. Já no o Brasil, quem realmente o popularizou foram os negros africanos. Segundo o teólogo Antonio Carlos Oliveira Souza, na época do Império, os europeus consideravam sua religião superior e proibiam qualquer tipo de manifestação de fé contrária à sua. Para não perderem suas raízes religiosas, os africanos usavam imagens católicas em seus cultos, associando-as a algum orixá para não serem perseguidos. "Esses fatores culturais e religiosos fizeram com que São Jorge encontrasse espaço definitivo também no candomblé" explica o teólogo.
    Nas regiões próximas ao Rio de Janeiro e ao Rio Grande do Sul, o cavaleiro da fé cristã é identificado como Ogum, o guerreiro, o deus do ferro e da agricultura. "Aqueles que desejam resolver os conflitos da vida, abrir os caminhos e tirar os empecilhos à sua frente recorrem a Ogum", afirma o pesquisador Reginaldo Prandi. Um pouco mais ao norte, na Bahia e em todo seu redor, São Jorge é identificado como Oxóssi, patrono da caça e da ecologia. "Diferentemente de Ogum, os que invocam Oxóssi pedem alimento e fartura para seu lar", conta o pesquisador.

    Oração de São Jorge

    Aprenda a oração que você deve fazer na hora de pedir a proteção de São Jorge:
    "Eu andarei vestido e armado com as armas de São Jorge para que meus inimigos, tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me vejam, e nem em pensamentos eles possam me fazer mal. Armas de fogo o meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrem sem o meu corpo tocar, cordas e correntes se arrebentem sem o meu corpo amarrar.
    Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça, Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições, e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
    Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós. Assim seja com o poder de Deus, de Jesus e da falange do Divino Espírito Santo. São Jorge Rogai por Nós."A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços.
    A inflação pode ser dividida em:
    Inflação de Demanda
    É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos.
    Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada.
    Inflação de Custos
    É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção.
    Índices de Inflação
    A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico).Inflação refere-se a um aumento no suprimento de dinheiro e a expansão monetária, o que é a causa do aumento de preços; alguns economistas (como os da Escola Austríaca) preferem este significado, em vez de definir inflação pelo aumento de preços. Assim, por exemplo, alguns estudiosos da década de 1920 nos Estados Unidos referem-se a inflação, ainda que os preços não estivessem a aumentar naquele período. Mas, popularmente, a palavra inflação é usada como aumento de preços, a menos que um significado alternativo seja expressamente especificado. Outra distinção também se faz, quando analisados os efeitos internos e externos da inflação: externamente, a inflação traduz-se mais por uma desvalorização da moeda local frente a outras, e internamente exprime-se mais no aumento do volume de dinheiro e, aumento dos preços.

    Um exemplo clássico de inflação foi o aumento de preços no Império Romano, causado pela desvalorização dos denários que, antes confeccionados em ouro puro, passaram a ser fabricados com todo tipo de impurezas. O imperador Diocleciano, em vez de perceber essa causa, já que a ciência económica ainda não existia, culpou a avareza dos mercadores pela alta dos preços, promulgando em 301 o Édito Máximo, que punia com a morte qualquer um que praticasse preços acima dos fixados.

    A inflação pode ser contrastada com a reflação, que é ou um aumento de preços de um estado deflacionado, ou alternativamente, uma redução na taxa de deflação (ou seja, situações em que o nível geral de preços está caindo numa taxa decrescente). Um termo relacionado é desinflação, que é uma redução na taxa de inflação, mas não o suficiente para causar deflação.

    Índice  [esconder] 
    1 Medição
    2 História
    2.1 Idade Média
    2.2 Inflação na Alemanha
    2.3 Histórico do quadro inflacionário no Brasil
    2.3.1 Índices da inflação (IBGE)
    2.3.2 Metas de inflação
    2.3.3 Moedas brasileiras
    3 Classificação de processos inflacionários
    4 Efeitos
    4.1 Distorções
    4.2 O papel da inflação na economia
    5 Ver também
    6 Referências
    7 Bibliografia
    8 Ligações externas
    Medição[editar | editar código-fonte]
    A medição da inflação é feita através de uma cesta de consumo média da população. Geralmente é realizada uma Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) para determinar a cesta de consumo média dessas famílias. Ou seja, é realizada uma média ponderada das cestas de produtos consumidas por estas famílias.

    A maioria dos índices de preços ao consumidor utiliza o Índice de Laspeyres para calcular a variação dos preços de um mês para o outro. As quantidades consumidas nos índices de Laspeyres são fixas.

    Assim, os índices de preços ao consumidor calculam a variação dos preços de bens e serviços entre dois períodos, ponderados pela participação dos gastos com cada bem no consumo total. Repare que o índice calcula o gasto com o mesmo consumo em dois períodos diferentes, o que faz com que não ocorra substituição no consumo.[1]

    O mais importante índice no Brasil é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) do IBGE que é utilizado para determinar as metas de inflação. O IPCA apura a variação de preços nos bens consumidos por famílias com renda de 1 a 40 salários mínimos, em nove regiões metropolitanas (Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo), no Distrito Federal e no município de Goiânia.

    Para se medir o andamento dos preços sem o efeito de distúrbios resultantes de choques temporários, exclui-se do IPC o preço do petróleo e dos bens alimentares não transformados – chamando-se esta medida "núcleo de inflação", ou "inflação subjacente".[2]

    História[editar | editar código-fonte]
    Idade Média[editar | editar código-fonte]
    A Europa com o período da Alta Idade Média, viveu um extenso tempo desde o século XIII até 1290 com uma certa estabilidade de preços, pois na época a Europa Ocidental era rica em minérios e a agricultura apresentava as condições certas para uma produção suficiente para alimentação da região, observando que apesar da produção da época ser considerada elevada, a distribuição para a população camponesa e artesã era desigual para os membros da Igreja e além disso, as alterações climáticas prejudicavam ou ajudavam na produção agrícola.

    Porém, durante o mandato de Eduardo II entre 1309 até 1329, houve a elevação inflacionária entre 6% á 7% ao mês até 1329, quando Eduardo II morreu, descendendo Eduardo III, em que iniciou a Guerra dos Cem Anos (1336-1450). Entre 1336 até 1350, a inflação anual era de 96% a 104% , até a epidemia de Peste bubônica quando a inflação disparou para 300% ao ano, pela escassez alimentar e de mão-de-obra.

    Inflação na Alemanha[editar | editar código-fonte]
    Entre janeiro de 1919 e novembro de 1923, o índice inflacionário alemão variou em um trilhão por cento (1.000.000.000.000%). Chegou-se ao ponto de queimar dinheiro em lareiras para aquecer-se contra os rigorosos invernos. Tudo isso deve-se ao Tratado de Versalhes imposto pelos países vencedores da I Guerra, que acabou com sua infra-estrutura e aniquilou sua economia, sem contar com a destruição causada pela guerra.

    Histórico do quadro inflacionário no Brasil[editar | editar código-fonte]
    Os índices de inflação no Brasil são medidos de diversas maneiras. Duas formas de medir a inflação ao consumidor são o INPC, aplicado à famílias de baixa renda (aquelas que tenham renda de um a seis salários mínimos) e o IPCA, aplicado à famílias que recebem um montante de até quarenta salários mínimos.

    Até 1994 a economia brasileira sofreu com inflação alta, entrando num processo de hiperinflação na década de 80. Esse processo só foi interrompido em 1994, com a criação do Plano Real e a mudança da moeda para o real (R$), atual moeda do país. Atualmente a inflação é controlada pelo Banco Central através da política monetária que segue o regime de metas de inflação.

    Índices da inflação (IBGE)[editar | editar código-fonte]

    Gráfico inflação no Brasil entre 1930 e 2005
    Década de 1930 = média anual de 6,1%;
    Década de 1940 = média anual de 12,3%;
    Década de 1950 = 19,5%
    Décadas de 1960 e 1970 = 40,1%
    Década de 1980 = 330%
    Entre 1990 a 1994 =média anual de 764%
    Entre 1995 a 2000 = média anual de 8,6%
    Metas de inflação[editar | editar código-fonte]
    Desde 1999, o Brasil está sob o regime de metas de inflação, para orientar sua política monetária. Desta forma, a oferta de moeda pelo Banco Central segue uma estratégia para atingir uma banda de inflação determinada pelo Conselho Monetário Nacional.

    Especificamente, temos o seguinte quadro inflacionário pelo IPCA cheio, no período 1999-2015 [3] :

    1999 = 9,52% (Teto da meta de 10%)
    2000 = 6,59% (Teto da meta de 8%)
    2001 = 7,67% (Teto da meta de 6%)
    2002 = 12,53% (Teto da meta de 5,5%)
    2003 = 9,3% (Teto da meta de 5,25%)
    2004 = 7,6% (Teto da meta de 8%)
    2005 = 5,69% (Teto da meta de 7%)
    2006 = 3,14% (Teto da meta de 6,5%)
    2007 = 4,46% (Teto da meta de 6,5%)
    2008 = 5,90% (Teto da meta de 6,5%)
    2009 = 4,31% (Teto da meta de 6,5%)
    2010 = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
    2011 = 6,50% (Teto da meta de 6,5%)
    2012 = 5,84% (Teto da meta de 6,5%)
    2013 = 5,91% (Teto da meta de 6,5%)
    2014 = 6,41% (Teto da meta de 6,5%)
    2015 = Sem dados oficiais;
    Moedas brasileiras[editar | editar código-fonte]
    A moeda nacional do Brasil mudou de nome várias vezes, principalmente nos períodos de altos índices de inflação. Na maioria das renomeações monetárias, foram cortados três dígitos de zero, estratégia esta que impediu que um quilo de carne custasse cerca de quatro milhões de unidades da moeda vigente, por exemplo.

    Até 1942: Real (Réis)
    De 1942 a 1967: cruzeiro
    De 1967 a 1970: cruzeiro novo
    De 1970 a 1986: cruzeiro
    De 1986 a 1989: cruzado
    De 1989 a 1990: cruzado novo
    De 1990 a 1993: cruzeiro
    De 1993 a 1994: cruzeiro real e Unidade Real de Valor (URV)
    De 1994 até hoje: Real
    Classificação de processos inflacionários[editar | editar código-fonte]
    Os processos inflacionários podem ser classificados, segundo algumas características como:

    Inflação prematura - processo inflacionário gerado pelo aumento dos preços sem que o pleno emprego seja atendido.
    Inflação reprimida - processo inflacionário gerado pelo congelamento dos preços por parte do governo.
    Inflação de custo - processo inflacionário gerado pelo aumento dos custos de produção.
    Por causa de uma redução na oferta de fatores de produção, o seu preço aumenta. Com o custo dos fatores de produção mais altos, a produção se reduz e ocorre uma redução na oferta dos bens de consumo aumentando seu preço. A inflação de custo ocorre ceteris paribus quando a produção se reduz.
    Inflação de demanda - processo inflacionário gerado pelo aumento do consumo com a economia em pleno emprego. Ou seja, os preços sobem por que há aumento geral da demanda sem um acompanhamento no crescimento da oferta.
    Esse tipo de inflação é causada também pela emissão elevada de moeda e aumento nos níveis de investimento, pois, ceteris paribus, passa a haver muito dinheiro à cata de poucas mercadorias. Uma das formas utilizadas para o controle de uma crise de inflação de demanda, é uma redução na oferta de moeda, que gera uma redução no crédito, e consequente desaceleração econômica. Outras alternativas são os aumentos de tributos, elevação da taxa de juros e das restrições de crédito.
    Inflação estrutural - Há ainda aqueles que discutem a chamada inflação (por razão) estrutural, proposta pela CEPAL, que tem a ver com alguma questão específica de um determinado mercado, como pressão de sindicatos, tabelamento de preços acima do valor de mercado (caso do salário mínimo), imperfeições técnicas no mecanismo de compra e venda.
    Inflação inercial - onde há um círculo vicioso de elevação de preços, taxas e contratos, com base em índices de inflação passados.
    Inflação de Expectativas - Quase na mesma linha, podemos citar ainda a Inflação de Expectativas, consequência de um aumento de preços provocados pelas projeções dos agentes sobre a inflação.
    Efeitos[editar | editar código-fonte]
    Distorções[editar | editar código-fonte]
    A inflação é responsável por diversas distorções na economia. As principais distorções acontecem na Distribuição de Renda (já que assalariados não tem a mesma capacidade de repassar os aumentos de seus custos, como fazem empresários e governos, ficando seus orçamentos cada vez mais reduzidos até a chegada do reajuste), na Balança de Pagamentos (inflação interna maior que a externa causa encarecimento do produto nacional com relação ao importado o que provoca aumento nas importações e redução nas exportações), na Formação de Expectativas (diante da imprevisibilidade da economia, o empresariado reduz seus investimentos), no Mercado de Capitais (causa migração de aplicações monetárias para aplicações em bens de raiz (terra, imóveis), e também a chamada Ilusão Monetária, que seria a interpretação errada da relação de ajuste do salário nominal com o salário real, por definição e que gera por sua vez a percepção errada de maior renda e consequentemente decisões equivocadas. As pessoas, julgando-se mais ricas, demandam mais bens e serviços e, com oferta a pleno emprego, causa dessa forma a inflação.

    O papel da inflação na economia[editar | editar código-fonte]
    Um efeito da inflação de pequena escala é que se torna mais difícil renegociar alguns preços, e particularmente contratos e salários, para valores mais baixos — então com o aumento geral de preços é mais fácil para que os preços relativos se ajustem. Muitos valores são bastante inelásticos para baixo, e tendem a subir; logo, os esforços para manter uma taxa zero se o nível aumenta, irão punir outros setores com queda de preços, lucros e empregos. Por conta disso alguns economistas e executivos vêem essa inflação suave como um mecanismo de "lubrificação" do comércio. Segundo algumas escolas de economia, esforços para manter uma estabilidade completa de preços podem também levar à deflação (queda constante de preços), que podem ser bastante destrutiva, estimulando falências, concordatas e finalmente a recessão, que é o "descontrole" ou "descomando", da economia, alertado por Keynes, em sua obra que foi editada finalmente em 1936, conhecida desde então por todos os economistas do "Mundo das Ciências Econômicas".

    Muitos na comunidade financeira lembram do "risco escondido" da inflação como um incentivo essencial para o investimento, ao invés da simples poupança, riqueza acumulada. A inflação, desta perspectiva, é vista como a expressão no mercado do valor temporal do dinheiro ou mais precisamente moeda, no chamado "economês" (linguagem do mundo da ciência econômica). Ou seja, se um real hoje é mais valioso que um real daqui a um ano, devido à desvalorização dos meios de produção, fonte desse real, então, deve haver uma desvalorização também do real na economia como um todo, no futuro. Desta perspectiva, a inflação representa a incerteza - valorização de "algo" que na verdade não existe, ou seja sobre o valor ou "renda, composta da e na moeda no e do futuro".

    Segundo os economistas da Escola Austríaca, a inflação (no sentido clássico), provoca efeitos sobre a estrutura de produção da economia. Numa re-acomodação, no que seria uma forma de se fazer algo para a sociedade, redistribuindo rendas e causando uma desproporcionalidade sem rejeição, em relação ao volume de demanda para os vários setores da economia, o que Keynes, concorda, já que os preços não mudam todos juntos (ceteris paribus); e sim cada um com diferente intensidade econométrica. No caso de inflação monetária, da moeda, em si, em que a moeda é injetada no mercado de crédito (que é a moeda); o que acaba por se tornar em investimentos ineficientes aos que são criados, e o que leva finalmente, às crises econômicas.

    A inflação, entretanto, além destas consequências tem vários outros efeitos crescentemente negativos na economia. Efeitos que se relacionam com o "abatimento" de atividade econômica prévia. Desde que a inflação é geralmente resultado de políticas erradas, governamentais; segundo Keynes, para aumentar a disponibilidade de moeda, pois a moeda TEM QUE SER REAL, dessa forma, a contribuição do governo para um ambiente inflacionário é vista como uma variação para mais ou para menos na chamada "taxa sobre a moeda em circulação", o "JURO", como controle ou COMANDO. Com o aumento ou diminuição da inflação; aumenta ou diminui, desse peso, sobre o dinheiro em circulação - isso por sua vez promove um aumento da velocidade, na fórmula de Keynes (vide obra), de circulação do dinheiro, mais precisamente ou econometricamente moeda, o que por sua vez reforça para mais ou para menos o processo inflacionário (veja teoria quantitativa da moeda) de Keynes, em um círculo virtuoso ou vicioso, que pode levar à hiperinflação ou ao equilíbrio.

    A crescente incerteza pode desestimular o investimento e a poupança.
    Redistribuição
    Haverá redistribuição da renda, que se transfere progressivamente daqueles com rendas fixas (locatários, por exemplo) para aqueles com rendas mais flexíveis.
    De modo similar será beneficiado o indivíduo que emprestou dinheiro ou moeda, a uma taxa fixa, pois a política, como vimos acima é dinâmica, e será prejudicado, na figura do emprestador, que foi surpreendido pela inflação, muitas vezes se suicida, como em 1929.
    Comércio exterior: se a taxa de inflação for maior do que a praticada em outros países, uma tarifa fixa de comércio será solapada pelo enfraquecimento da posição do país na balança comercial.
    Aumento dos custos relativos a maior velocidade de circulação do dinheiro ou mais precisamente moeda(o exemplo simples é das pessoas que precisarão ir mais ao banco). Também devem ser considerados os custos, para empresas, da mudança continuada de preços (por exemplo, restaurantes que precisam constantemente refazer seus cardápios, ou cestas de aplicação financeira com vistas ao mundo real e não financeiro, com sua "ciranda").
    hiperinflação: ou "ciranda" (vide processo hiperinflacionário da Nova República Brasileira(1985- 1995), onde, se a inflação ficar totalmente fora de controle, interfere pesadamente no funcionamento normal da economia; prejudicando sua capacidade REAL da oferta de bens.
    Numa economia em que alguns setores são "INDEXADOS" ou "REALIZADOS ou CORRIGIDOS" quanto à inflação e outros não, a inflação age como uma redistribuição em sentido dos setores indexados (O REAL, que verdadeiramente está crescendo) e afastando-se dos setores não-indexados (os FALSOS, super valorizados, uma vez que a Economia se apresenta invertida, procure entender usando Cálculo Matemático, em quadrantes diferentes de desenvolvimento Econômico).

    Por conta destes efeitos nefastos (em quadrantes diferentes, usando-se Matemática e o Cálculo da Econometria), os bancos centrais costumam definir a estabilidade de preços como um objetivo primordial de suas políticas, com uma inflação perceptível, mas baixa, como ideal.

    Por outro lado, segundo alguns economistas de formação heterodoxa, tais como Celso Furtado, a inflação não é um fenômeno meramente monetário: sua raiz está na questão distributiva, como Keynes também afirma, entre os grupos sociais de uma economia. Isto é, a inflação de preços é o meio pelo qual os grupos sociais ligados às atividades produtivas dispõem para ampliar a sua apropriação do acréscimo de renda criado no processo de crescimento econômico, levando a economia para novos equilíbrios distributivos entre esses grupos. Conforme o argumento de Furtado, se a inflação fosse um efeito meramente monetário e neutro em relação ao lado real da economia (o lado da produção de bens e serviços), sem afetar a distribuição de renda, o aumento generalizado de preços deveria ocorrer de forma proporcionalmente simétrico para todos os setores da economia e não é o que é empiricamente comprovado, defendendo a teoria de Keynes.A gastrite é uma inflamação do estômago que deve ser tratada o quanto antes, para evitar suas possíveis complicações. Mas, para que o tratamento seja eficaz, é essencial descobrir quais são as suas causas.

    Causas da gastrite

    As 3 causas mais comuns da gastrite são:

    1. Estresse

    O estresse é uma das causas mais comuns de gastrite e de outros desconfortos gástricos. Em alguns momentos intensos da vida, o estômago pode produzir mais ácido clorídrico e menos muco protetor da mucosa do estômago e isso pode levar a uma irritação e inflamação do estômago, originando a gastrite. Ela também pode ser chamada de gastrite nervosaaguda ou erosiva, que é caracterizada apenas por uma lesão superficial.
    Geralmente, este tipo de gastrite se cura com o controle da ansiedade e do nervosismo que a causaram. É muito comum que estudantes em períodos de testes e provas desenvolvam gastrite aguda, assim como pessoas submetidas à muita pressão no trabalho, por exemplo.

    2. Alimentos Contaminados

    Alimentos contaminados com uma bactéria chamada Helicobacter Pylori é uma causa comum de gastrite e, muitas vezes, o paciente permanece sem sintomas por muitos anos. A bactéria permanece na superfície dos alimentos crus e, ao serem ingeridos, colonizam o estômago. Isso causa uma infecção, perturbando o controle da secreção de ácido clorídrico e provocando uma diminuição da defesa da mucosa.
    A gastrite é, geralmente, curada com a erradicação da bactéria, com antibióticos específicos, orientados pelo gastroenterologista. O diagnóstico definitivo da presença da bactéria pode ser feito através de uma biópsia do tecido do estômago, retirado durante uma endoscopia digestiva.
    Nem todas as pessoas que ingerem a bactéria são sensíveis a ela, porém, algumas pessoas desenvolvem gastrite ao ingerirem alimentos contaminados com esta bactéria.

    3. Toma de medicamentos

    A necessidade de tomar alguns medicamentos, especialmente os anti-inflamatórios não esteroides (AINE), pode causar gastrite. Esta causa é mais comum em pacientes idosos.
    Esses remédios fragilizam a mucosa do estômago, causando gastrite. Esse tipo, agastrite crônica, geralmente evolui lentamente e pode produzir úlceras e sangramento.
    As lesões superficiais causadas pelo uso deste tipo de medicamento desaparecem com a sua interrupção.
    Outras possíveis causas da gastrite que também podem ser citadas são o consumo de álcool, o cigarro e certas doenças, como a doença de Crohn e o linfoma, por exemplo.
    O médico gastroenterologista poderá identificar as causas da gastrite ao ouvir a história do paciente e, assim, indicar a melhor forma de tratamento, que pode ser feito com o uso de remédios para gastrite e uma dieta adequada.

    Links úteis:Gastrite é a inflamação aguda ou crônica da mucosa que reveste as paredes internas do estômago. Essa alteração pode  ser provocada por diferentes fatores:

    * A bactéria Helicobacter pylori foi encontrada no estômago de pacientes com gastrite ou úlcera. Não existem evidências, porém, que permitam distinguir a relação de causa e consequência entre esse micro-organismo e a gastrite ou a úlcera. Ou seja, não se sabe se a bactéria é responsável pelo aparecimento da gastrite ou da úlcera, ou se ela encontra nos pacientes com essas doenças ambiente ideal para seu desenvolvimento;
    * Uso prolongado de ácido acetilsalicílico e de anti-inflamatórios;
    * Consumo de bebidas alcoólicas;
    * Gastrite autoimune, quando o sistema imune produz anticorpos que agridem o próprio organismo.
    Sintomas
    A dor da gastrite é circunscrita, começa na região epigástrica, logo abaixo do esterno, osso vertical situado na parte anterior do tórax. Na prática, a queixa é de dor na boca do estômago, que se irradia para outros locais, se surgirem complicações.
    A dor da gastrite pode vir acompanhada de azia ou queimação, se houver retorno do suco gástrico por defeito no esfíncter, uma estrutura muscular que controla a comunicação entre esôfago e estômago. A azia costuma piorar quando a pessoa se deita depois de uma refeição mais volumosa ou rica em gorduras.
    Perda do apetite, náuseas e vômitos também são sintomas de gastrite, assim como a presença de sangue nas fezes e no vômito.
    Diagnóstico
    Histórico clínico e endoscopia alta (exame que permite visualizar a mucosa do estômago) são fundamentais para o diagnóstico da gastrite. Isso não exclui a necessidade de realizar uma biópsia, isto é, de retirar fragmentos da mucosa estomacal para análise mais minuciosa no microscópio.
    Tratamento
    O tratamento da gastrite tem de levar em conta a causa da doença. Como existe associação entre Helicobacter pylori e gastrite, se tratarmos apenas a segunda sem combater o primeiro, a probabilidade de a doença reaparecer aumenta. No entanto, ela diminuirá bastante, se os dois tratamentos ocorrerem simultaneamente.O uso de ácido acetilsalícilico, anti-inflamatórios e álcool deve ser evitado, porque essas substâncias funcionam como fatores de risco para a doença.
    A medicação para gastrite pode ser ministrada por via oral e os resultados obtidos costumam ser bastante satisfatórios.
    Recomendações
    * Respeite os horários das refeições. Separar algum tempo para café da manhã, almoço e jantar tranquilos não é luxo, é necessidade;
    * Prefira fazer pequenas refeições ao longo do dia a fazer uma grande refeição depois de muitas horas em jejum;
    * Mastigue bem os alimentos, pois a digestão começa na boca;
    * Dê preferência a frutas, verduras e carnes magras;
    * Não fume;
    * Evite tomar analgésicos, café, bebidas alcoólicas e as que contêm cafeína;
    * Procure um médico e siga suas recomendações se tiver azia, má digestão e sensação de estômago cheio depois de ingerir pequenas porções de alimentos.Literalmente significa rigoroso, restrito, claro, conforme a letra do texto. É o uso de uma expressão na sua verdadeira acepção. Por exemplo, a frase “o homem estava morrendo de fome”, pode ter dois sentidos: o sentido literal e o sentido figurado. Utilizada no sentido figurado, a frase é apenas uma hipérbole para enfatizar que  o homem estava com muita fome. No entanto, se a intenção é dizer que o homem estava morrendo porque não se alimentava, a frase será então interpretada literalmente, ou seja, conforme está escrita.
    Por isso, é comum acrescentar o termo “literalmente” quando há intenção de evidenciar o verdadeiro sentido das palavras utilizadas. A palavra literalmente só deve ser referida quando a frase ou expressão possui diferentes acepções.
    No Brasil há uma enorme variedade de expressões cuja interpretação mais usual não é normalmente feita no sentido literal:  “cair a ficha”, "dor de cotovelo", “estourar uma bomba”, “o pulo do gato”, “quebrar o galho”, “queimar o filme”, "segurar vela" etc.Significa absolutamente, exatamente ou completamente.
    Trata-se de algo que não é subjetivo, ou está no sentido figurado, ou seja, que realmente existe, ou que é certo de que venha a acontecer ou existir.
    Pode significar rigor, ou exatidão, no que depende do conceito."Moral da história: Bush era ruim para todo o mundo, literalmente, mas tinha lá suas vantagens para o continente e para os arroubos de liderança do Brasil. Já Obama, que tende a ser bem melhor para todo o mundo, também literalmente, recompõe a natural hegemonia da maior potência na região."

    "Esse são-bernardo grandalhão surgiu no cinema em 1992 e arrancou muitas risadas com suas travessuras - ele coloca a casa da sua famílialiteralmente de pernas para o ar."

    "A cidade de Americana (128 km de SP) resolveu ir a fundo às suas origens e quis levar ao pé da letra - literalmente - a tradição dos seus fundadores."

    O advérbio "literalmente" é usado para indicar que as palavras que proferimos são tomadas ao pé da letra, ou seja, seu uso indica um processo de desmetaforização.

    No primeiro fragmento escolhido, isso está claro, pois a expressão "todo o mundo" nem sempre é usada em seu sentido literal e, nesse caso, poderia ser entendida vagamente como "todas as pessoas" ("Todo o mundo sabe disso", "Ela quer agradar a todo o mundo" etc.), mas, graças ao uso do "literalmente", compreendemos que a autor do texto se refere a todos os países do mundo, ao mundo inteiro mesmo.

    No segundo fragmento, entretanto, o advérbio mais parece indicar ênfase do que expressar aquilo que, de fato, significa. Que quer dizer colocar a casaliteralmente de pernas para o ar? Qual seria o sentido da frase sem o advérbio? Exatamente o mesmo, o que comprova que o "literalmente" está sobrando. Como desmontar a metáfora da expressão "de pernas para o ar"? Nesse caso, não parece possível, dado que "casa não tem pernas"!

    No terceiro, parece ocorrer um acúmulo, uma vez que "ao pé da letra" e "literalmente" têm o mesmo significado. Se retirarmos o "literalmente", o sentido da frase não sofrerá alteração. O redator quis aludir ao fato de o prefeito de Americana ter adotado o uso da língua inglesa na sinalização de trânsito da cidade, mas isso não é o "sentido literal" da expressão "ao pé da letra" - não ocorre uma desmetaforização da locução. Daí a sensação de redundância que o trecho transmite.

    Em suma, só no primeiro fragmento é que temos, de fato, um bom uso do advérbio "literalmente".
    MAIS: 

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