Uma empresa que deixa de analisar todo os processos que envolvem a entrada e saída de seu dinheiro muitas vezes se deparam com a ilusão de ter muito lucro, mas quando faz a análise de caixa percebe que aconteceu algo de errado. Por exemplo: Se em um dia a previsão de vendas era de R$5 mil mas houve um lucro acima do esperado, atingindo R$ 8,5 mil, ótimo não é? Um grande motivo para comemorar com a equipe de vendas! E se no mesmo dia a previsão de despesas também extrapola seu valor, que era de R$4 mil para R$12 mil? O saldo final fica negativo e você não tem mais tantos motivos para comemorar.
Neste ponto o empresário se depara com uma situação difícil se não tiver todos os seus gastos registrados e controlados pelo fluxo de caixa. Onde foi que gastou mais se aprevisão de despesas era de R$4 mil? Por que gastou mais? A empresa realmente precisava gastar com dois ar-condicionados novinhos? O investimento dos lucros na própria empresa é essencial para melhorar o ambiente de trabalho, mas deve ser feito com base na projeção dos lucros e das despesas, é ai você precisa entender muito bem o que é fluxo de caixa.
Para manter sua eficácia, é importante que o relatório de fluxo de caixa tenha periodicidade, por isso ele deve ser diário, semanal, quinzenal ou mensal. Esta varia conforme as necessidades do seu negócio mas os especialistas afirmam que a projeção do fluxo de caixadeve acontecer por um período mínimo de três meses. Este tempo é suficiente para você planejar quando pode dar um aumento para seus funcionários, contratar mais um colaborador para equipe, realizar promoções para queimar o estoque ou até mesmo investir em novos produtos.
Se você ainda não esclareceu suas dúvidas sobre o que é fluxo de caixa, recomendamos que assista este ótimo vídeo do canal EmpregoRenda:Fluxo de caixa é uma ferramenta quecontrola a movimentação financeira (asentradas e saídas de recursos financeiros), em um período determinado, de uma empresa.
O fluxo de caixa facilita a gestão de uma empresa no sentido de saber exatamente qual o valor a pagar com as obrigações assumidas, quais os valores a receber e qual será o saldo disponível naquele momento. Denomina-se saldo a diferença entre os recebimentos e os pagamentos.
Ao analisar o fluxo de caixa, se o saldo for negativo significa que a empresa tem gastos a mais, neste caso, o gestor terá que rever os gastos para conseguir aumentar a entrada de dinheiro. Por outro lado, um saldo for positivo indica que a empresa está conseguindo pagar as suas obrigações e ter disponibilidade financeira.
O fluxo de caixa é um recurso fundamental para os gestores saberem com precisão qual a situação financeira da empresa e, com base no resultado, decidir os caminhos a seguir.
O fluxo de caixa pode ser feito no formato de planilha (um modelo para fazer o fluxo de caixa), sendo que muitas planilhas se encontram disponível online. Muitas empresas efetuam esse controle financeiro com a ajuda de alguns programas informáticos como o Microsoft Office Excel.
Fluxo de caixa descontado
O Fluxo de Caixa descontado é um método de avaliação usado para estimar a atratividade de uma oportunidade de investimento. Essa análise usa projeções de fluxo de caixa livre futuros e as desconta (na maioria das vezes utilizando o custo médio ponderado de capital), para chegar a um valor atual, que é usado para avaliar o potencial de investimento.
Fluxo de caixa livre
Fluxo de caixa livre representa o dinheiro que uma empresa é capaz de gerar, após separar o dinheiro necessário para manter ou expandir sua base de ativos. O fluxo de caixa livre é importante porque permite que uma empresa buscar oportunidades que aumentam o valor do acionista.Em Finanças, o fluxo de caixa (designado em inglês por cash flow), refere-se ao fluxo do dinheiro no caixa da empresa, ou seja, ao montante de caixa recebido e gasto por uma empresadurante um período de tempo definido, algumas vezes ligado a um projeto específico. O fluxo de caixa refere-se ao movimento de dinheiro no período passado, enquanto o orçamento é o seu equivalente para períodos futuros.
Existem dois tipos de fluxos:
- outflow, que quer dizer saída de caixa, que representa as saídas de capital, subjacentes às despesas de investimento. - inflow, que quer dizer de entrada, que é o resultado do investimento. Valor que contrabalança com as saídas e traduz-se num aumento de vendas ou representa uma redução de custo de produção, etc.
O fluxo de caixa calcula o valor acumulado entre as receitas previstas e as despesas durante determinado período, seguindo a ordem de atividades abaixo:
1. Escolher um período de tempo para o estudo; 2. Reunir os valores totais das receitas obtidas para cada período, do total de períodos em estudo; 3. Reunir o total de custos para o projeto, nos períodos correspondentes aos estudados no 2º passo; 4. Efetuar a soma dos valores positivos do 2º passo com os valores negativos do 3º passo; 5. Tomar a soma de acumulados dos valores obtidos no 4º passo.
Período de estudo: período de tempo a que reporta o levantamento de todos os outflows e inflows relacionados com o projeto.
Apesar de em Portugal, apenas a partir de 1 de Janeiro de 2003 ser necessária a apresentação da Demonstração dos Fluxos de Caixa, alteração introduzida através da Directriz Contabilística nº 14, este é um dos indicadores mais usados por analistas financeiros, como medida de desempenho da empresa.
O fluxo de caixa permite a análise da geração dos meios financeiros e da sua utilização, num determinado período de tempo.
Na Contabilidade, uma projeção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O controlador de fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa, como: pagamentos, recebimentos, compras de matéria-prima, compras de materiais secundários, salários e outros, por que é necessário prever o que se poderá gastar no futuro dependendo do que se consome hoje.
Um exemplo: se uma pessoa recebe $ 5.000,00 mensais (ou $ 60.000,00 anuais), e gasta algo equivalente a isso com as despesas correntes, seu fluxo de caixa é de igual valor. Com esse fluxo de caixa ele poderá se planejar para o futuro de curto prazo, ele também estaria impedido de tomar empréstimos vultosos, comprar bens de alto valor ou empreender projetos acima de $ 100.000,00, por exemplo. Para uma entidade jurídica, essa medida de fluxo de caixa é idêntica. Portanto, o fluxo de caixa "mede" o valor do negócio em que a empresa vem operando.
Não adianta a entidade ser gigantesca ou pequena demais, o valor desse empreendimento estará no seu fluxo de caixa, ou melhor, se ambas tiverem um FC de, digamos, 1 milhão, ambas terão o mesmo valor de mercado, pelas trocas de ativos que eles realizam com o mercado serem idênticas.
Apesar do nome, as contas-correntes da empresa tem o mesmo comportamento do seu caixa e seu movimento faz parte desse fluxo de caixa. O que não pode ser considerado é a transação de depósito ou saque bancários, ou melhor, as transações entre Caixa e Contas-Correntes não são computadas.
Para melhor compreensão do fluxo de caixa, convém destacar, que o uso e a prática, assim consagram esta denominação através do tempo, porém não se deve confundir com a conta caixa do ativo disponível da empresa. Procura-se administrar financeiramente, através do fluxo de caixa, as seguintes contas: caixa, bancos e aplicações financeiras de resgate imediato da empresa; em síntese, consiste no fluxo do disponível.[1]
O fluxo de caixa é uma ótima ferramenta para auxiliar o administrador de determinada empresa nas tomadas de decisões. É através deste "mapa" que os custos fixos e variáveis ficam evidentes, permitindo-se desta forma um controle efetivo sobre determinadas questões empresariais.
Existem várias medidas com capacidade para caracterizar a rentabilidade de um projeto de investimento: os resultados do exercício(do projeto) são à primeira vista a medida de rendibilidade por excelência da atividade do projeto. Acontece que os resultados do exercício(o lucro) é uma medida que depende de vários procedimentos nomeadamente do registo contabilístico adotado(como o método de valorização das existências, das amortizações e reintegrações, etc), de tal forma que existem, em geral para a mesma empresa e para o mesmo exercício, duas medidas distintas do lucro, uma para a administração fiscal e outra para os acionistas.
As diferentes medidas dos resultados do exercício (lucro) provocariam, acaso se utilizasse o lucro como medida de rentabilidade do projeto, que estes procedimentos poderiam levar a considerar um bom projeto em um mau projeto.
Para evitar a dependência da medida de rendibilidade do projeto do procedimento contabilístico, utiliza-se como medida de rendibilidade do projeto o cash-flow.
O conceito de cash-flow designa os fluxos líquidos gerados pelo projeto que assumem a forma de numerário.
A vantagem do cash-flow relativamente ao lucro é que o cash-flow é um conceito objetivo, bem definido, que é registrável de forma inequívoca.
Os recebimentos e os pagamentos efetivos em numerário são os registros relevantes para a medição do cash-flow.
Na definição do cash-flow é importante identificar os recebimentos e pagamentos do projeto em numerário, bem como o período de tempo em que esse fluxo é gerado, dado que o dinheiro tem valor no tempo.
Este conceito é desagregável no projeto de investimento em:
- Cash-flow de investimento
- Cash-flow de exploração
O cash-flow de investimento obtém-se a partir do plano global de investimentos, e o de exploração a partir do plano de exploração previsional.
Estes conceitos são distintos e medem coisas distintas se pretendermos medir a rendabilidade devemos usar o conceito de cash-flow; se pretendemos medir a solvabilidade devemos utilizar o conceito de fluxo de tesouraria.
Índice
[esconder]Ciclos financeiros[editar | editar código-fonte]
Os fluxos financeiros podem ser divididos em três ciclos principais: o ciclo de investimento, o ciclo operacional e o ciclo das operações financeiras, no qual ciclo de operações financeiras é composto por operações de capital e operações de tesouraria.
Atividades de investimento, englobam a aquisição e alienação de imobilizações corpóreas e incorpóreas.
Aplicações financeiras não consideras como equivalentes de caixa: pagamentos e recebimentos relativos à aquisição e alienação de imobilizações, pagamentos e recebimentos relativos à aquisição e alienação de partes de capital, de obrigações e de outras dividas, adiantamentos e empréstimos concedidos e seus reembolsos, pagamentos e recebimentos inerentes a contratos de futuros, opções e de SWAP, exceto quando tais contratos constituem atividade operacional ou sejam classificados como atividades de financiamento.
Atividades operacionais são o conjunto de atividades que formam o objeto da empresa. No qual gera no balanço contas de ativo cíclico e de passivo cíclico, contas a receber e a pagar no curto prazo relacionadas com a exploração.
Atividades de financiamento, resultam de alterações na extensão e composição dos empréstimos obtidos e do capital próprio da empresa.
Métodos de elaboração da demonstração dos fluxos de caixa[editar | editar código-fonte]
A demonstração de fluxo de caixa pode ser elaborada por dois métodos diferentes, desde que não seja uma empresa listada na bolsa de valores, uma vez que no Brasil a CVM exige que as empresas cotadas usem o método direto.
Método Direto:
Divulgam-se os principais componentes dos recebimentos e pagamentos de caixa em termos brutos, pelo ajustamento das vendas, custo das vendas e outras rubricas.
Método Indireto:
Consiste em ajustar o resultado líquido do exercício dos efeitos das transações que não sejam a dinheiro, acréscimos e diferimentos relacionados com recebimentos ou pagamentos futuros e contas de proveitos ou de custos relacionados com fluxos de caixa respeitantes às atividades de financiamento e investimento. (Foca as diferenças entre o resultado liquido e os fluxos de atividades operacionais).
Com tudo a medidas são listadas abaixo
Rácios[editar | editar código-fonte]
Como acontece com outros indicadores da análise de empresas, a utilização de rácios facilita a análise, assim, são vários os rácios elaborados a partir do fluxo de caixa, dos quais aqui deixamos alguns exemplos:
- Rácios de cobertura - Rácios de qualidade de resultados - Rácios de financiamento do investimento - Rácios de rendibilidade financeira
Seria um erro, acima de tudo, considerar que o fluxo de caixa possa ser utilizado apenas por empresas. Atualmente, cada vez mais pessoas físicas se interessam por uma organização financeira mais eficiente e utilizam o planejamento financeiro pessoal para organizar a sua vida financeira. Existem hoje no mercado diferentes tipos de ferramentas que tem por objetivo facilitar a confecção do fluxo de caixa. Algumas empresas oferecem inclusive ferramentas específicas para pessoas físicas e jurídicas, além de excelentes manuais de funcionamento e materiais didáticos.
Referências
- ↑ ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo de caixa: uma decisão de planejamento e controle financeiros. 7 ed. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 1998. p. 26.
- CAMPOS, Ademar F. Demonstração dos fluxos de caixa. São Paulo; Atlas, 1999.
- FALCINI, Primo. Avaliação Econômica de Empresas. São Paulo; Atlas, 1992.
- FREZATTI, Fábio. gestão de fluxo de caixa diário. São Paulo; Atlas, 1997.
- SANTI, Armando. Análise do Demonstrativo do Fluxo de caixa. Sâo Paulo; SANTI, 2005.
- SILVA, Edson Cordeiro da. Como Administrar o Fluxo de caixa das Empresas. São Paulo; Editora Atlas, 2005.
- ZDANOWICZ, José E. Fluxo de caixa. Porto Alegre: Sagra-Dc Luzzatto, 1995.
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
- COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS - PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 03 - DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA - Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 7 (IASB) - www.cpc.org.br
- Vídeo aula sobre Fluxo de Caixa
- E-book Fluxo de Caixa
- Guia Rápido de Fluxo de Caixa
Nenhum comentário:
Postar um comentário