terça-feira, 13 de outubro de 2015

HONOFRE

Onofre foi um eremita que viveu no Egito no final do século IV e início do século V. Ele foi encontrado por um abade chamado Pafúncio. Acostumado a fazer visitas a alguns eremitas na região de Tebaida, esse abade empreendeu sua peregrinação a fim de descobrir se também seria chamado a vivê-la.

Pafúncio perambulou no deserto durante vinte e um dias, quando, totalmente exausto e sem forças, caiu ao chão. Nesse instante, viu aparecer uma figura que o fez estremecer: era um homem idoso, de cabelos e barbas que desciam até o chão, recoberto de pêlos tal qual um animal, usando uma tanga de folhas.

Era comum os eremitas serem encontrados com tal aspecto, pois viviam sozinhos no isolamento do deserto. No final, ficavam despidos porque qualquer vestimenta era difícil de ser encontrada e reposta.

No primeiro instante, Pafúncio pôs-se a correr, assustado, com aquela figura. Porém, minutos depois, essa figura o chamou dizendo que nada temesse, pois também era um ser humano e servo de Deus.

O abade retornou ao local e os dois passaram a conversar. Onofre disse a Pafúncio o seu nome e explicou-lhe a sua verdadeira história. Era monge em um mosteiro, mas sentira-se chamado à vida solitária. Resolveu seguir para o deserto e levar a vida de eremita, a exemplo de são João Batista e do profeta Elias, vivendo apenas de ervas e do pouco alimento que encontrasse.

Onofre falou sobre a fome e a sede que sentira e também sobre o conforto que Deus lhe dera alimentando-o com os frutos de uma tamareira que ficava próxima da gruta que era sua moradia. Em seguida, conduziu Pafúncio à tal gruta, onde conversaram sobre as coisas celestes até o pôr-do-sol, quando apareceu, repentinamente, diante dos dois, um pouco de pão e água que os revigorou.

Pafúncio falou a ele sobre seu desejo de tornar-se um eremita. Mas Onofre disse que não era essa a vontade de Deus, que o tinha enviado para assistir-lhe a morte. Depois, deveria retornar e contar a todos sua vida e o que presenciara. Pafúncio ficou, e assistiu quando um anjo deu a Eucaristia a Onofre antes da morte, no dia 12 de junho.

Retornando à cidade, escreveu a história de santo Onofre e a divulgou por toda a Ásia. A devoção a este santo era muito grande no Oriente e passou para o Ocidente no tempo das cruzadas. O dia 12 de junho foi mantido pela Igreja, tendo em vista a época em que Pafúncio viveu e escreveu o livro da vida de santo Onofre, que buscou de todas as maneiras os ensinamentos de Deus.Às vezes chamado também de Santo Honofre e São Onouphrius.

A vida de Santo Onofre só é conhecida pelo que conta um de seus discípulos, São Paphuntius, (no Brasil é chamado de São Pafuncio), o qual o encontrou no deserto no Egito. Onouphrius viveu no século IV e tornou-se um monge em um monastério perto de Tebas de onde ele saiu para viver uma vida de eremita e contemplação. Por 60 a 70 anos Onofre viveu só no deserto e usava como vestimenta apenas o seu cabelo e uma espécie de calça feita de folhas. Não obstante ele foi e ainda é um assunto muito popular na arte Medieval. É muito festejado na Espanha e vários são os milagres a ele atribuídos. 
Quando o então Abade Pafuncio estava decidindo o que representaria para ele uma vida de eremita, conheceu no deserto a Onofre que já era um eremita por 70 anos. Onofre contou a ele que havia sido um monge em um austero monastério em Thebas, mas teve uma visão chamando-o a imitar São João Batista e assim foi levado a viver a sua vida de eremita. Ele lutou por muitos anos contra tentações as mais terríveis, mas com perseverança conseguiu vencer a todas. São Pafuncio ficou maravilhado quando a comida milagrosamente apareceu para a refeição da noite (Diz a tradição que foi um anjo que trouxe a comida de ambos).
O Abade passou a noite com o eremita. Na manhã seguinte, Onofre disse a Pafuncio que o Senhor havia dito, que ele iria morrer em breve e que havia enviado Pafuncio para enterrá-lo. E algum tempo depois, Onofre realmente faleceu e São Pafuncio o enterrou em um buraco em uma montanha e o lugar imediatamente desapareceu, como para dizer ao Abade que seus restos não eram para ficar ali.

A historia foi colocada em escritos por São Pafûncio e já era popular no sexto século. Durante a idade media ele foi muito popular no Leste e Oeste principalmente na Rússia, onde é venerado juntamente com Saint Peter of Athos.

Na liturgia da igreja católica ele é mostrado como um velho eremita vestido apenas com um longo cabelo e uma folha cobrindo sua cintura.

Algumas vezes ele é mostrado com um anjo trazendo o pão da Eucaristia com uma coroa a seus pés.

Ele é o padroeiro dos tecelões, talvez porque as vezes tecia sua própria peça de roupa com fios de plantas encontradas no deserto.

É protetor dos alcoólatras. Diz a lenda que teria no início de sua vida vencido esse terrível vicio, mas nada foi provado nesse sentido. Não obstante ele é invocado para a cura do alcoolismo.

Sua festa é celebrada no dia 12 de junho.



ORAÇÃO A SANTO ONOFRE (1)

Meu glorioso Santo Onofre, que pela Divina Providência fostes vós santificado e hoje estais no circulo da Providência Divina, confessor das verdades, consolador dos aflitos.
Vós, às portas de Roma, viestes encontrar-vos com o nosso Senhor Jesus Cristo e a graça pedistes para que não pecásseis. Assim como lhe pedistes e recebestes a graça, eu vos peço a minha.
Meu glorioso Santo Onofre, peço-vos que me façais esta esmola para eu bem passar; vós que fostes pai dos solteiros, sede também para mim. Vós que fostes pai dos casados, sede também para mim. Vós que fostes pai dos viúvos, também sede para mim, meu glorioso Santo Onofre, por meu Senhor Jesus Cristo, por sua mãe Santíssima, pelas cinco Chagas de Jesus, pelas sete dores de Nossa Santissima Mãe Maria, pelas almas Santas Benditas, por todos os anjos e Santos do Céu e da terra. Peço-vos que me concedais a graça de... (cite a graça desejada).

Meu glorioso Santo Onofre, pela Sagrada Paixão e Morte de Nosso Senhor Jesus Cristo, pela Santa Cruz em que morreu, pelo Sangue vertido na Cruz, peço-vos que impetreis essa graça de que tanto necessito e espero ser atendido (a) num tempo menor que 40 dias, conforme o que vós dissestes com a vossa sagrada boca.

Que assim seja, em nome de Jesus.

(A oração deve ser repetida ao longo desses quarenta dias de espera).

ORAÇÃO A SANTO ONOFRE (2)

Santo Onofre, que vencestes o vício do álcool, através da penitência e da oração, olhai para todas as nossas famílias, que sofrem por causa desta doença.

Afastai delas as terríveis conseqüências deste mal, que têm causado a destruição de muitos lares.

Livrai também meus amigos e toda a juventude dos males de nosso tempo: álcool, drogas, mas companhias, diversões permissivas.

Volte a reinar a paz e a alegria, a fim de que alcancemos todos, um dia, o Reino eterno.

Que Assim Seja.

ORAÇÃO A SANTO ONOFRE (3)

Ó santo Onofre, que pela fé, penitência e força de vontade vencestes o vício do álcool, concedei-me a força e a graça de resistir à tentação da bebida.

Livrai do vício, que é uma verdadeira doença, também os meus familiares e os meus amigos.

Abençoai os "alcoólicos anônimos" para que conservem firme o seu propósito de viver afastados da bebida e de ajudar os seus semelhantes a fazer o mesmo.

Virgem Maria, mãe compassiva dos pecadores, socorrei-nos!

Santo Onofre, rogai por nós!



Que Assim Seja.Santo Onofre, Confessor (em grego: ; transl.: Onouphrios; em latim: Onuphrius), considerado santo pela Igreja Católica e venerável pela Igreja Ortodoxa, foi um eremitaque viveu no deserto da Tebaida no Alto Egipto, em fins do século IV da era cristã (o seu nome grego pode ser mesmo uma corruptela do termo egípcio Uen-nefer - «o que está sempre feliz, satisfeito» - um epíteto tradicionalmente guardado para o antigo deus egípcio Osíris; de resto, a dificuldade da sua transcrição em outras línguas levou-o, por exemplo, a ser venerado sob o nome de Humphrey, na Inglaterra).
O relato de um seu discípulo, Pafnútio, que o encontrou no deserto egípcio, constitui a nossa única fonte para o conhecimento da vida de Santo Onofre: monge numcenobita da região da Tebaida, abandonou-o para viver uma vida de eremita; durante 60 a 70 anos, Onofre viveu sozinho no deserto, usando apenas, para proteger as partes pudentas, folhas e/ou o seu longo cabelo e barbas.
No rito ortodoxo, reza a lenda que o Venerável Onofre teria sido uma virtuosa rapariga que, para preservar a sua virgindade de um feroz perseguidor, rezou a Deus para que o transformasse num homem, o que lhe foi concedido pela intervenção providencial; só depois terá fugido para o deserto, tornando-se então eremita.
Onofre tornou-se bastante representado na arte medieval, sobretudo nas representações de homens selvagens e dos Padres do Deserto.
Tanto a Igreja Católica como a Igreja Ortodoxa o celebram no dia 12 de Junho.

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