A cola (também chamada de goma ou grude) é uma substância capaz de unir materiais como madeiras, couros, panos, papéis, entre outros.
Um tipo antigo de cola é a chamada goma-arábica, que consiste em um extrato retirado do tronco e ramos da acácia, de uso bastante difundido no passado, por ser eficiente e atóxica.
Tipos de cola mais comuns[editar | editar código-fonte]
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- Epóxi: Muito versátil. Indicada para uso em metais, plásticos, cerâmicas, vidros e pedras;
- PVA ou Acrílica: Também conhecido como cola escolar ou cola branca. Esse tipo é solúvel em água e pode ser utilizado em madeiras, papéis, tecidos e couros;
- Silicone: Ideal para vidros e objetos expostos a umidade, como aquários, caixas d'água, frigoríficos, enfeites natalinos, entre outros;
- Celulósica: utilizada em vidros, papéis, tecidos e cerâmica;
- Látex: Usada em plásticos e borrachas;
[Esconder] Ferramentas | |
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Ferramentas de corte/perfuração | Tesoura · Faca · Machado · Lâmina · Guilhotina · Canivete · Abridor de garrafas · Picareta · Catana · Ferramenta de diamante · Talhadeira |
Ferramentas de força/impacto | Martelo · Marreta · Maço |
Utensílios de cozinha | Colher · Garfo · Faca |
Ferramentas elétricas | Amperímetro · Voltímetro · Multímetro |
Ferramentas de escritório | Lápis · Borracha · Caneta · Régua · Papel · Grampeador/Agrafador · Tesoura · Cola · Grampo · Clipe · Compasso · Transferidor |
Outras ferramentas | Alicate · Chave de fenda · Chave inglesaO colá[1] (em crioulo cabo-verdiano kolá ou kolâ, conforme as ilhas) é um género musical e de dança de Cabo Verde.
Índice[esconder]Como género musical[editar | editar código-fonte]
Como género musical, o colá caracteriza-se por ter um andamento moderato, um compasso de 6/8 ou 3/4, e tradicionalmente ser apenas melódico, isto é, ser apenas cantado, sem acompanhamento polifónico.
Na sua forma tradicional, o colá estrutura-se como um encadeamento de melopeias (cantadas ou declamadas), entoadas no decorrer de um desfile realizado na rua. Um conjunto de músicos executam o ritmo em tambores (por vezes com outros acompanhando-os com apitos) enquanto são acompanhados por mulheres que vão entoando as melopeias. O homem que toca o tambor é chamado tamboreru ou tamborer em crioulo, enquanto que a mulher que canta era chamada de koladera. A música entoada e o acto de sair à rua para festejar o colá também eram chamados de koladera. Hoje em dia a palavra koladera designa um género musical diferente (ver coladeira).
Modernamente, o colá tem sido composto de outra forma por compositores recentes. A música apoia-se num suporte polifónico (sequência de acordes), e apresenta uma estrutura similar aos outros géneros musicais de Cabo Verde, em que as estrofes musicais vão alternando com um refrão.
Como dança[editar | editar código-fonte]
Como dança, o colá é tradicionalmente executado num desfile de rua. Pares de dançarinos executam um movimento marcado pelo tempo forte do ritmo, com rodopios e com avanços e recuos, e depois tocando-se violentamente na zona pélvica. Esse gesto (que estudiosos especulam evocar o acto sexual) é conhecido em crioulo por da umbigada (dar umbigadas) ou sobâ.
História[editar | editar código-fonte]
Pouco se sabe sobre a história do colá. Mas sendo um género mais popular nas ilhas de Barlavento (que foram povoadas mais tardiamente) pode-se conjecturar que se tenha desenvolvido a partir do Séc. XVII.
No entanto, não deixa de ser curioso notar algumas afinidades com géneros mais populares na ilha de Santiago[2] , como o batuque (compasso de 6/8, mesmo andamento[3] ) e a tabanca (desfile de rua, uso de tambores e apitos, interpretado sobretudo em dias santos). Deste modo, fica no ar a possibilidade de as origens do colá serem mais remotas. De notar também as afinidades do colá com a tabanca do Fogo.
Como manifestação cultural[editar | editar código-fonte]
O colá é sobretudo interpretado no período das festas de romaria em Cabo Verde que decorre de Maio a Junho. Alguns autores[4] vêm o colá como um fenómeno de sincretismo religioso, enquanto se celebram os santos católicos, tem lugar em simultâneo danças de cariz africana. O objectivo seria de pedir um bom ano agrícola, tendo em conta a aproximação da época das chuvas.
Segundo Félix Monteiro[5] , a palavra kolâ é de origem africana (mandinga?), e significa «aclamar, louvar em voz alta, homenagear». Conforme as datas, celebra-se o colá em diferentes localidades, «colando» ao respectivo Santo padroeiro da localidade ou da ilha. Em Santo Antão, «cola-se» à Santa Cruz em 3 de Maio, nas localidades de Coculi e Chã das Pedras, a Santo António em 13 de Junho na localidade de Vila das Pombas, a São João em 24 de Junho na vila do Porto Novo e a São Pedro em 29 de Junho na localidade de Garça. Em São Vicente, a Santa Cruz na localidade de Salamansa, a São João na localidade de Ribeira de Julião e a São Pedro na localidade do mesmo nome. Em São Nicolau também se festejam o São Pedro e o São Pedrinho. No Sal, festejam-se a Santa Cruz e o São João, este último tendo sido também festejado na Boa Vista. Em toda a Brava celebra-se também o São João (padroeiro da ilha), recebendo nesta ilha o nome de kulinha[2] ou kolâ San Djan.
Tabanca do Fogo[editar | editar código-fonte]
Musicalmente relacionado com o colá é o género musical e manifestação cultural conhecido por colêxa (ou kolexa) ou tabanca do Fogo, na ilha do mesmo nome.
Em termos musicais, a colêxa também é um desfile de rua, o compasso também é de 6/8 ou 3/4, mas o andamento é mais lento que o colá (andamento adagio). Os músicos que tocam os tambores também são denominados de tamborerus, e as mulheres que cantam também são chamadas koladeras.
Como manifestação cultural, esse desfile acontece nas Festas da Bandeira que celebram os santos, sendo a mais importante a de São Filipe, padroeiro da ilha, em 1 de Maio. Nota-se aqui também um sincretismo religioso[2] , em que o aspecto mais cristão inclui a missa, a procissão, enquanto que o aspecto mais pagão inclui a corrida de cavalos, a matança e a cerimónia do preparar da festa chamada pilon. O acto de pilar o milho é acompanhado por cânticos e percussão executada em tambores ou em pilões. Nos desfiles de rua existe a presença de dançarinos mascarados de tiras coloridas, conhecidos por kanizadi, fazendo acrobacias e malabarismos.
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