sexta-feira, 13 de novembro de 2015

PERNILONGO

A fêmea é quem pica, pois precisa de sangue antes de reproduzir-se. A boca do macho é muito fraca para dar a picada, e ele alimenta-se apenas do suco das plantas.
A fêmea de mosquito com uma probóscide de sete sub-seções (bico que ela usa pra sugar o sangue), é responsável pela disseminação de duas das maiores doenças da humanindade: a malária e a febre amarela.
Quando encontra a pessoa através do dióxido de carbono que sai dos pulmões, o pernilongo pousa sem ser percebido na pele.
A fêmea insere a ponta de sua probóscide, que funciona como uma seringa de injeção de dois sentidos. Um tubo injeta saliva anticoagulante e o outro suga o sangue.
A infecção ocorre quando o mosquito é portador do parasita da malária ou dos microorganismos da febre amarela.
As duas doenças são transmitidas por diferentes tipos de mosquitos. Há mais de 200 espécies de mosquitos anofelinos que podem hospedar e transmitir a malária, mas somente a espécie aedes pode transmitir a febre amarela. A espécie aedes foi a responsável por epidemias que dizimaram milhares de pessoas na África e na América do Sul, antes que o transmissor fosse identificado.
A espécie aedes também pode transmitir a dengue.
Pernilongos são ovíparos. Os ovos do mosquito só se desenvolvem na água. Mesmo os ovos de espécies que vivem em áreas secas ficam adormecidos até cair uma chuva, que acelera a conclusão dos seus ciclos de vida antes que a seca retorne. Quando se descobriu a necessidade de água nessas fases da vida do mosquito (larva e pupa), muitos esforços foram feitos para o controle dos mosquitos da malária, drenando-se grandes trechos de água ou despejando óleo neles para sufocar as larvas.
Os mosquitos da febre amarela são muito mais difíceis de serem combatidos porque se reproduzem em minúsculas áreas com água, como canaletas no telhado, tanques para água da chuva ou até mesmo cascas de coco. Também são mais difíceis de serem detectados no interior das casas.
Foi desenvolvida uma vacina contra a febre amarela, mas a doença ainda está longe de ser erradicada.
mosquito da dengue

Aedes Egypti

Este é o mosquito transmissor da dengue.
É muito importante fazer o controle de águas paradas, para evitar a proliferação deste pernilongo, pois a dengue é uma doença séria e em alguns municípios até uma epidemia.
Em alguns casos é interessante a contratação de uma detetizadora para que possa destruir insetos vivos e ensinar como evitar as larvas.
A detetização pode ser feita pelo poder municipal, na maioria das cidades, basta informar o órgão competente.
Nos seres humanos, o Aedes Egypti ataca principalmente pés e pernas, mas pode atacar braços e rosto se não tiver nenhuma parte do corpo desprotegida mais abaixo.
O motivo para isso é que não possui muita capacidade de vôo, preferindo sempre voar baixo.
Então se você ver um pernilongo no teto da casa, com certeza não é um Aedes Egypti. No segundo andar, nem pensar. Este pernilongo só voa baixo.
Perto de terrenos baldios (com lixo jogado ao ar livre), piscinas abandonadas e principalmente banhados, é quase certo que o encontrará, então se precisa ir a um lugar assim - use repelente.
Um outro modo de protejer as casas é por meio de telas de proteção contra insetos.
Como todos os outros pernilongos, o pernilongo da dengue só nasce de ovos colocados em lugares onde ele chegou voando.
Em nenhuma hipótese seus ovos seriam levados pelo vento ou por outros animais. Não nascem do ar, nem vêm pelo vento. Ele voa, coloca seus ovos na água, e eles grudam nas paredes do recipiente, e mesmo sem água, continuam vivos (até por um ano). Assim que a água apareça (uma chuva por exemplo) em 10 minutos elas nascem.
O Aedes Egypti só nasce em locais onde ele coloca os ovos. Por este motivo é importante manter limpos recipientes, como potinhos de água de animais.
Só retirar a água não resolve, é preciso esfregar as paredes dos recipientes para retirar os ovos.
Um modo caseiro de matar os ovos e larvas do aedes egiptis (e reduzir o período de vida do pernilongo adulto) é colocar borra de café na água que esteja infectada.
Mas a dengue, que só em 2011 atacou 23 mil pessoas no Rio de Janeiro, agora tem um novo combatente.
Em um estudo na Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, pesquisadores desenvolveram um macho transgênico que, ao cruzar com fêmeas comuns, produz apenas mosquitos machos e que carregam material genético modificado.
Como quem pica é a fêmea...a dengue tem diminuído drasticamente nas cidades onde está sendo testado.
Também está em desenvolvimento, no instituto Butantan, a tão esperada vacina contra a dengue.
Os primeiros testes em humanos começaram no fim de 2013. É um longo e cuidadoso processo, que trará um enorme benefício para a população.

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