quarta-feira, 11 de novembro de 2015

SAO LUIZ

“...Porém é um só e o mesmo espírito quem faz tudo isso. Ele dá um Dom diferente para cada pessoa, conforme ele quer”. (1 Cor. 12, 11)

A vida de nosso jovem

O dia 09 de março amanhece cheio de expectativa no Castelo de Castiglione, a nobre Laura Gonzaga esta para dar a luz ao primogênito de seus 8 filhos. Os trabalhados de parto estavam difíceis e todos lá temiam pela vida da mãe e da criança. Foi então que, por inspiração divina, Dona Laura fez uma promessa a Nossa Senhora de Loreto, de consagrar-lhe esse primeiro filho e de levá-lo em peregrinação ao seu santuário, tão logo ambos se recuperassem. Imediatamente o menino nasceu, e com grande alegria. Puseram-lhe o nome de Luís, Luís de Gonzaga.
O recém-nascido haveria de ser a maior glória da dinastia dos Gonzaga, uma das mais ilustres de toda a Itália. Seu pai, Fernando Gonzaga, era Marquês de Castiglione e príncipe do Sacro Império.
Desde muito pequeno, Luis gostava de ouvir falar de Deus; da mãe herdara a piedade e as virtudes cristãs e do pai o espírito determinado e corajoso dos militares.
Aos 5 anos, o pequeno nobre, recebe de presente de seu pai, uma pequena armadura, elmo espadinha e um pequeno arcabuz de verdade; assim fardado foi levado para o acampamento e para revista das tropas.
Luís gostava de estar junto das tropas, imitava seus gestos e muitas vezes até os palavrões, sem saber o que significavam. Foi então que seu tutor chamou sua atenção dizendo que aquela não era linguagem de lábios limpos e puros. Luis comoveu-se as lagrimas e por toda a sua vida dizia que aquele episódio marcou a sua conversão, tinha somente 5 anos.
A partir dos 7 anos, despertou de maneira mais intensa o interesse pela vida de oração e pela vida espiritual. Em seu coração nutria um grande amor pela Santíssima Virgem Maria e para ela dispensava longas e carinhosas manifestações de sua devoção.
Apesar dos fortes apelos da sociedade e das outras crianças da época, que sonhavam com as glórias das conquistas militares e das honras da nobreza, o pequeno Luis cada dia crescia nas virtudes cristãs.
Aos 9 anos de idade consagrou sua vida a Virgem Maria, fazendo voto de castidade perpétua, muito embora sem o conhecimento de seus pais.
Quando tinha 10 anos, durante uma das viagens de seus pais, recebeu, no castelo, o então cardeal-arcebispo de Milão, São Carlos Borromeu. Este ficou encantado com a pureza e santidade, tendo declarado: “Que jamais encontrara jovem que, em tal idade, atingisse tão elevada perfeição”. O próprio cardeal administrou-lhe a primeira comunhão, aconselhando-o a pratica da comunhão freqüente e a leitura do catecismo romano.
Luis crescia em idade e sabedoria diante de Deus e dos homens, a meditação continua tornou-se hábito constante a ponto de um de seus criados afirmar: “Todos seus pensamentos estavam fixos em Deus. Fugia dos jogos, dos espetáculos e das festas. Se dizíamos algum palavrão, logo chamava-nos e repreendia-nos com toda caridade”.
Viveu em plena época do renascimento, estudou as línguas clássicas, chegando a escrever latim em sua essência. Foi em latim que fez o discurso de saudação ao monarca espanhol Felipe II quando da sua vitória sobre Portugal.
No ano de 1581, com 13 anos, foi levado pelo pai para a Espanha, onde reinava Felipe II. Ele foi para lá para ser pajem dos infantes daquele país.
Aos 16 anos, sentindo no coração imenso desejo de viver totalmente sua vocação dedicada a Deus e ao próximo, apresenta ao marquês, seu pai, suas intenções, que com grande dificuldade deu o seu sim, pois Luis representava a garantia de sucessão!
No dia 1º de novembro de 1585, aos 17 anos, diante dos pais e parentes mais próximos, Luis renunciou aos direitos de primogênito, aos bens e aos títulos em favor de seu irmão Rodolfo.

A companhia de Jesus (Jesuítas)

O jovem Luís apresentou-se ao superior da companhia de Jesus, em Roma, tendo 18 anos incompletos. Foi aceito como noviço, e como tal, mostrou-se espiritualmente preparado para vida sacerdotal e religiosa.
Para ele era sempre uma alegria poder ajudar na cozinha e na limpeza da casa. Visitava doentes e encarcerados. Não tinha vergonha de percorrer as ruas de Roma para esmolar, com um saco as costas, o que era necessário para a comunidade.
Dedicava-se de corpo e alma à contemplação da vida de Cristo, principalmente a Paixão e Morte de Jesus.
Cultivava grande devoção a Virgem Maria, ao Santíssimo Sacramento e ao seu anjo da guarda, em todas as ocasiões, mantinha uma profunda intimidade com Deus, meditava por horas seguidas, a Paixão de Jesus e para todos dizia: “Aquele que não é homem de oração não chegara jamais a um ato grande de santidade nem jamais triunfará sobre si mesmo...”.

A Morte

Tendo recebido a noticia do falecimento de seu pai, Luis teve que ir a Castiglione para resolver a discórdia surgida entre seu irmão Rodolfo e o tio por causa da herança e de terras. Graças a sua intervenção as duas partes entraram em acordo e fizeram as pazes.
Ao voltar a Roma, no entanto, teve que enfrentar a situação difícil que a população estava vivendo. Era o ano de 1591, e uma terrível epidemia espalhou-se pela cidade vitimando centenas de pessoas. Luís empregava seu tempo para tratar os doentes, visitando-os nas casas e ajudando-os a chegarem aos hospitais.
Seu zelo era incomparável e incansável era em querer salvar a todos, tanto das enfermidades do corpo como da alma. Luis Gonzaga era um exemplo edificante para todos, superiores, colegas, parentes, amigos e principalmente para o povo sofrido e marginalizado da época.
Carregava os doentes nas costas, apesar de seu corpo magro e frágil. Acabou sendo vitimado do contágio da epidemia e ao adoecer teve o carinho e o cuidado dos irmãos Jesuítas, que se revezavam em atendê-lo, pois para todos o jovem Luis era um santo já em vida.
Luis Gonzaga faleceu santamente no dia 21 de junho de 1591, com apenas 23 anos de idade. Seu exemplo e testemunho marcaram gerações de jovens; e no ano de 1926, o Papa Pio XI o proclamou “Celeste Patrono da Juventude”.

Oremos:

São Luis Gonzaga, que vivestes um amor tão intenso a Deus e um amor tão dedicado ao próximo, que não vos importastes de carregar os doentes encontrados pelo caminho, ajudai-nos a viver nossa vocação!
Vossa pureza seja estímulo para que os jovens, mergulhados num mundo de violência e de malícia, possam se manter afastados dos vícios e saibam valorizar a juventude como tempo privilegiado da vida.
Animai-nos sempre com vosso exemplo e com vossa intercessão!

Amém!Luís de Gonzaga S.J. (Castiglione delle Stiviere, 9 de março de 1568  Roma, 21 de junho de 1591) foi um religioso italiano e santo da Igreja Católica.
Filho de Ferrante Gonzaga, marquês de Castiglione e irmão do Duque de Mântua, príncipe do Sacro Império, sendo herdeiro do feudo soberano de Castiglione; seu pai gostaria que seu primogênito seguisse seus passos de soldado e comandante no exército imperial.
Com apenas 5 anos de idade já marchava atrás do exército do pai, aprendendo o uso das armas com os rudes soldados. Recebeu educação esmerada e uma forte educação cristã por parte de mãe, frequentou os ambientes mais sofisticados da alta nobreza italiana.
Mas aquele menino daria fama à família Gonzaga com armas totalmente diferentes e quando foi enviado a Florença na qualidade de pajem do grão-duque da Toscana, aos dez anos de idade.
Luís imprimiu em sua própria vida uma direção bem definida, voltando-se à perpétua virgindade. Em sua viagem para a Espanha, onde ficou alguns anos como pajem do Infante Diogo de Espanha, filho do rei dom Filipe II, serviu-lhe para estudo da filosofia na universidade de Alcalá de Henares e a leitura de livros devotos. Após ter recebido a primeira comunhão das mãos de São Carlos Borromeu, decidiu para surpresa de todos, pela vida religiosa, entrando para a Companhia de Jesus, derrubando por terra os interesses nele depositados pelo seu pai, tendo sido eternizado na fachada da Sé Nova de Coimbra com uma estátua em sua homenagem.
Luís tornou-se o modelo da pureza para todos os jovens, mesmo em meio às vaidades e tentações do seu tempo. Ele teve uma grande provação por parte do seu pai, que ao saber que desejava ser sacerdote, não só o desaconselhou, mas passou a levá-lo em festas mundanas, até que perguntou a Luís: "Ainda segue desejando ser sacerdote?" "É isto que penso noite e dia", respondeu o jovem e perseverante santo.
Renunciou ao título e à herança paternas e aos catorze anos entrou no noviciado romano da Companhia de Jesus, sob a direção de São Roberto Belarmino. Esquecendo totalmente sua origem de nobreza, escolheu para si as incumbências mais humildes.
São Luís Gonzaga escreveu: "Também os príncipes são pó como os pobres: talvez, cinzas mais fétidas".
Algo também que marcava a espiritualidade de Luís era a pergunta que fazia a si mesmo diante de algo importante a fazer: "De que serve isto para a Eternidade?"
São Luís Gonzaga teve de ir para Roma no ano de 1590 por motivos de estudo, mas ao deparar-se com as vítimas do contagioso tifo, compadeceu-se dos que sofriam e seu envolvimento foi tanto ao ponto de pegar a doença e morrer no dia 21 de junho de 1591 (data esta que hoje se comemora o seu dia) com apenas 23 anos, em nome da caridade e pureza.
São Luís Gonzaga é considerado padroeiro da juventude e dos estudantes, e seu corpo repousa na Igreja de Santo Inácio, em Roma.

Oração[editar | editar código-fonte]

Cquote1.svgÓ Luís Santo, adornado de angélicos costumes, eu, vosso indigníssimo devoto, vos recomendo singularmente a castidade da minha alma e do meu corpo. Rogo-vos por vossa angélica pureza, que intercedais por mim ante ao Cordeiro Imaculado, Cristo Jesus e sua santíssima Mãe, a Virgens das virgens, e me preserveis de todo o pecado. Não permitais que eu seja manchado com a mínima nódoa de impureza; mas quando me virdes em tentação ou perigo de pecar, afastai do meu coração todos os pensamentos e afetos impuros e, despertando em mim a lembrança da eternidade e de Jesus crucificado, imprime profundamente no meu coração o sentimento do santo temor de Deus e inflamai-me no amor divino, para que, imitando-vos cá na terra, mereça gozar a Deus convosco lá no céu. Amém.

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