domingo, 8 de novembro de 2015

TOALHA

Uma toalha é um pedaço de tecido de linho ou de algodão usado para secar ou enxugar qualquer parte do corpo que se molhe ou se lave ou usado para estender sobre superfícies, como a mesa de refeição.
Geralmente, elas são denominadas conforme sua aplicação: toalha de mesa, toalha de banho, toalha de rosto, toalha de mão, toalha de praia, etc. E estão disponíveis em diversas cores, estampas e tamanhos podendo possuir acabamentos como rendas, crochê, bordado inglês, aplicações e outros.

História[editar | editar código-fonte]

Toalha de praia.
Não há referências do uso da toalha de mesa entre os antigos gregos, tendo estreado entre os romanos por volta do século I dC..[1] Diferentemente das atuais, assemelhavam-se a tapetes, eram grossas e pesadas, eram denominadas mantele ou mantille. Embelezavam o ambinte, absorviam os líquidos e amorteciam ruídos.
Uma única passagem na Bíblia cita uma toalha para o corpo. Trata-se da passagem que na tradição católica chama-se Lavapés, o momento em que Jesus, antes da Última Ceia lava os pés dos apóstolos e os enxuga com uma toalha (Jo; 13).
A toalha de mesa foi sendo bem usada durante os primeiros séculos da Era Cristã, tendo sido, porém, muito difundida na Idade Média. Eram muitas vezes brancas, apresentavam pinturas de pássaros, flores, eram por vezes banhadas com perfumes. As toalhas passaram a indicar distinção, importância social, "status" e não uso das mesmas era sinal de humilhação na era medieval. Durante os séculos XI a XIII, época das Cruzadas, esses signos de merecimento foram bem significativos.
Nos séculos XV e XVI, nos Banquetes, usavam-se três toalhas sobrepostas: uma para receber os convidados, a segunda que era revelada para servir a refeição e a terceira a ser descoberta para o serviço da sobremesa.[2] A troca das toalhas era um ritual para surpreender e encantar os convivas. No banquete nupcial de Constanzo I Sforza comCamila de Aragão em 1475 as toalhas foram trocadas várias vezes na mesa dos noivos, duas vezes nas dos convidados.[3]
Os padrões para as toalhas apresentaram viariações na Europa conforme a época: No século XVI exibiam bordados com requinte, enquanto que no século XVII eram geralmente brancas, lisas, terminando em rendados nas bordas. Nos primórdios do século XVIII predominaram as muitas cores, as rendas e o rococó. Esse aspectos vieram, mais para o fim dese século, a desaparecer, sendo substituídas pelas brancas, simples, amplas, indo até o chão. No século XIX predominaram as adamascadas, vieram os motivos geométricos, flores, frutas. A Rainha Vitória da Inglaterra, após sua viuvez do Príncipe Alberto em 1861, impôs aos súditos a moda da viuvês. As toalhas se mantiveram, no país, escuras e sóbrias até o início do século XX.

Toalhas na Cultura Popular[editar | editar código-fonte]

  • A ficção de O Guia do Mochileiro das Galáxias, de Douglas Adams, descreve uma toalha (do tipo usado para se enxugar) como uma das coisas mais úteis para um Mochileiro das Galáxias. Pode ser usada para se proteger do frio, da chuva, ser amarrada na forma de venda nos olhos no caso de precisar evitar olhar para algo, como uma grande altura ou uma Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você - estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); pode também ser usada para evitar contato com o chão durante a noite, caso queira ou precise dormir ao relento e pode ser usada para se secar após um banho se estiver seca e limpa o suficiente.
  • desenho animado South Park tem um personagem chamado Towelie, uma toalha antropomórfica, em uma provável referência à obra de Douglas Adams.A assim denominada "trilogia de cinco livros" conta a história de Arthur Dent e seus amigos em aventuras pela galáxia e pelo tempo. Um detalhe importante da história é a importância da toalha para os "viajantes da galáxia", a qual seria útil para as mais variadas e inimagináveis situações. Conforme o Capítulo 3 do livro:
    Cquote1.svgSegundo ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não pode vê-lo, ele também não pode ver você -estúpido feito uma anta, mas muito, muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver razoavelmente limpa.
    Porém o mais importante é o imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete, lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante, repelente, capa de chuva, traje espacial, etc, etc. Além disso, o estrito terá prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros, que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o estrito vai pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.
    Daí a expressão que entrou na gíria dos mochileiros, exemplificada na seguinte frase: “Vem cá, você sancha esse cara dupal, o Ford Prefect? Taí um mingo que sabe onde guarda a toalha.” (Sancha: conhecer, estar ciente de, encontrar, ter relações sexuais com; dupal: cara muito incrível; mingo: cara realmente muito incrível.)
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    Douglas Adams, Guia do Mochileiro das Galáxias, Cap. 3
    Primeiramente, quando do falecimento de Douglas Adams, fãs do autor queriam encontrar uma forma de homenagear uma pessoa que tinha feito o mundo rir e chorar de rir, então precisavam de um tema engraçado para sua homenagem. Como sua mais conhecida obra é O Guia do Mochileiro das Galáxias, e como no livro o autor dedicou um página inteira sobre a toalha e sua importância para os mochileiros das galáxias, decidiu-se então pelo uso da toalha como tema da homenagem.[2]
    O dia 25 de maio de 2001 foi o dia em que foi feita a primeira homenagem pelos membros do h2g2.[1] [2] Depois discutiu-se sobre a possibilidade de alterar o dia para 42 dias após a data de falecimento, devido a outro detalhe da saga, que afirma que a resposta para questão fundamental da vida, o universo e tudo mais seria 42. De todo modo, acabou continuando a data da primeira comemoração, 25 de maio. A data é lembrada pelos fãs que carregam uma toalha durante o dia inteiro com eles. Alguns usam como uma capa, outros como um turbante, enfim cada um usa a toalha como deseja, desde que esteja consigo a toalha.[3]
    O dia 25 de maio também é chamado de Dia do Orgulho Nerd, por ser também o dia das première do primeiro filme da série Star Wars Episódio IV: Uma Nova Esperança, em 25 de maio de 1977.[2]
    Na Galiza também se celebra na mesma data o DdoOLeRDia do Orgulho Lusista e Reintegrata, para reivindicar as ideas defendida polo reintegracionismo a favor da unidade linguística entre o galego e oportugués.[4]

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