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Nefrologia é uma área de especialização médica que tem como objetivo diagnosticar e tratar doenças nos rins e no sistema urinário.
Relativamente à etimologia desta palavra, ela tem origem no grego, onde nephrossignifica "rim" e logia significa "tratamento".
Um médico especializado em nefrologia é conhecido como nefrologista, e não se ocupa de doenças que ocorrem exclusivamente nos rins, mas também de condições e doenças como a hipertensão e o diabetes, que podem causar danos nos rins.
Muitas doenças e problemas abordados pela nefrologia ocorrem a nível do néfron, a unidade anatômica e funcional do rim. Essas doenças ou condições adversas podem serinsuficiência renal, cálculo renal, nefrites, infecções urinárias, hipertensão arterial, diálise peritoneal, etc. Alguns medicamentos também podem causar lesões renais. Contudo, muitas situações como essas podem ser evitadas se a pessoa visitar um nefrologista.
A hemodiálise é um tratamento comum na área da nefrologia, que filtra substâncias tóxicas do sangue, tornando-o mais puro. A hemodiálise funciona como um "rim artificial", porque cumpre a mesma função de um rim.
Em algumas circunstâncias, quando o rim não consegue cumprir a sua função, pode ocorrer um transplante renal, onde um rim é substituído por outro. O ser humano nasce com dois rins, mas é capaz de viver com apenas um. No entanto, uma pessoa que só tem um rim deve seguir um estilo de vida saudável, e cumprir algumas indicações, como beber bastante água e evitar comida excessivamente salgada, para não sobrecarregar o seu rim.
Como em todas as áreas da medicina, a prevenção é de elevada importância. Assim, os médicos recomendam que pessoas acima dos 40 anos façam tenham uma consulta no nefrologista todos os anos, para fazerem alguns exames. Apesar disso, pessoas que apresentem algumas condições (sejam hipertensas, diabéticas ou tenham casos de doenças renais no histórico familiar), devem consultar um nefrologista com maior frequência.
No Brasil, para se formar como especialista em Nefrologia, um indivíduo precisa de 10 anos de estudo (6 anos no curso médico, 2 como residente ou estágiário e mais 2 como residente ou estagiário em nefrologia).Nefrologia e Urologia são as duas especialidades médicas que cuidam do trato urinário. Como são especialidades complementares, é muito comum que a população faça confusão em relação às atribuições de cada uma.
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O termo Nefros vem do Grego e significa rins. Portanto, o médico nefrologista é aquele que estuda as funções e as doenças dos rins. Do mesmo modo, Nefrologia é a especialidade médica que trata dos problemas clínicos dos rins.
A Urologia é um pouco diferente, pois ela é a especialidade cirúrgica que lida com o trato urinário. Logo, o nefrologista é o clínico especializado no sistema urinário, enquanto o urologista é o cirurgião do trato geniturinário. É a mesma relação que há, por exemplo, entre os cardiologistas e os cirurgiões cardíacos, entre os neurologistas e os neurocirurgiões e entre os angiologistas e o cirurgião vascular.
Grosso modo, para saber se o seu problema renal deve ser tratado por um urologista ou nefrologista, devemos questionar: o tratamento é feito com cirurgia ou com remédios? Se for cirúrgico, o especialista é o urologista. Se for doença clínica, o especialista indicado é o nefrologista.
O urologista também trata de doenças da próstata e do sistema reprodutor masculino, mesmo que elas não sejam necessariamente cirúrgicas.
Antes de seguirmos em frente, veja esse curto vídeo de 3 minutos, produzido pela equipe do MD.Saúde, que explica de forma simples a insuficiência renal e o exame da creatinina:
QUAIS SÃO AS DOENÇAS QUE O NEFROLOGISTA TRATA?
A principal doença com que o nefrologista lida é a insuficiência renal, estado em que a função dos rins encontra-se comprometida. A insuficiência renal pode ser aguda, quando os rins subitamente sofrem alguma lesão e deixam de funcionar adequadamente por algum tempo, ou crônica, quando o processo de perda de função se dá de forma gradual, mas permanente.
Além da insuficiência renal, o tratamento de várias outras doenças clínicas do sistema urinário fazem parte das atribuições do médico nefrologista, entre as mais comuns, podemos citar:
O nefrologista também é o médico responsável por tratar os pacientes cuja a insuficiência renal é tão grave que eles passam a necessitar de hemodiálise ou diálise peritonial para se manterem vivos (leia: O QUE É HEMODIÁLISE).
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Outra atribuição do médico nefrologista é cuidar dos pacientes transplantados renais. Quem realiza a cirurgia do transplante é o urologista, mas o médico que indica o transplante, prepara o paciente, escolhe o doador (em caso de doador vivo), e fica cuidando do paciente após a realização do transplante é o nefrologista (leia: COMO FUNCIONA O TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS). É preciso destacar que o paciente transplantado precisa ficar tomando drogas imunossupressoras por muitos anos para que o rim transplantado não sofra rejeição. Isso implica em um maior risco de problemas, como infecções e surgimento de tumores. É o nefrologista o responsável por controlar as doses dos remédios e procurar manter o rim transplantado funcionando por longos anos.
IMPORTÂNCIA DO NEFROLOGISTA NA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA
Os nossos dois rins filtram em média 180 litros de sangue por dia, o que dá, aproximadamente, 90 a 125 ml de sangue por minuto. Este valor é chamado de taxa de filtração glomerular (TFG) ouclearance de creatinina. Como a TFG média é de 100 ml/min, para um melhor entendimento dos pacientes, costumamos dizer que esse valor corresponde a 100% da função renal. Portanto, se o seu médico diz que você tem 60% de função dos rins, isso significa grosseiramente que seus rins filtram mais ou menos 60 ml/min.
Apesar de ser a doença chave da especialidade, a maioria dos pacientes com insuficiência renal crônica chega aos nefrologistas tardiamente, já com menos de 30% da função dos rins, uma fase que pouco pode ser feito para tentar impedir o avanço da doença em direção à hemodiálise. Isso obviamente não é culpa só dos pacientes, mas também dos seus médicos que demoram a referenciar ao nefrologista os seus insuficientes renais crônicos.
Os pacientes com insuficiência renal crônica que chegam ao nefrologista precocemente, ou seja, em fases iniciais da doença, apresentam as seguintes vantagens:
– Menor mortalidade a longo prazo. – Melhor controle da pressão arterial. – Menos doenças associadas à falência renal, como lesões ósseas, anemia, desnutrição e doenças cardiovasculares. – Menor perda de função renal ao longo dos anos, o que faz com esses pacientes demorem mais tempo para atingir a insuficiência renal terminal. Muitas vezes, o paciente consegue controlar a sua doença de forma a nunca precisar da hemodiálise. – Aqueles que acabam precisando de hemodiálise apresentam menos complicações e menor mortalidade, além de um melhor preparo e menor tempo para o transplante renal, se for este o desejo do paciente. – Maior chance de cura, caso a causa da insuficiência renal tenha tratamento.
QUANDO SE DEVE PROCURAR UM NEFROLOGISTA
As doenças dos rins podem ser traiçoeiras, pois muitas vezes apresentam poucos ou nenhum sintoma nas suas fases iniciais. Às vezes, apenas através de exames laboratoriais de sangue ou urina conseguimos identificar uma doença renal em curso. Por isso, é importante reconhecer os pacientes com fatores de risco para doenças renais e os primeiros sintomas de lesão nos rins para que os indivíduos doentes possam ser avaliados adequadamente por um médico nefrologista.
Não espere que a insuficiência renal crônica provoque dor nos rins ou redução do volume urinário. Ela é uma doença silenciosa que não irá apresentar sintomas até fases bem avançadas. Se você acha que só porque os seus rins não doem e sua urina está normal não há risco dos seus rins estarem doentes, você pode ter uma desagradável surpresa no futuro.
Em geral, sugerimos uma avaliação por um nefrologista para todas as pessoas que apresentam as seguintes características:
– Alterações na taxa de creatinina sanguínea, que é o principal marcador da função renal (leia: O QUE SÃO CREATININA E UREIA). – Urina que espuma muito ou identificação de perdas de proteínas na urina através de exames laboratoriais (leia: URINA ESPUMOSA E PROTEINÚRIA). – Urina avermelhada ou identificação de sangue na urina através de exames laboratoriais (leia: HEMATÚRIA (URINA COM SANGUE)). – Infecção urinária de repetição, principalmente se forem mais de 3 episódios por ano (leia: INFECÇÃO URINÁRIA (CISTITE)). – Mais de um episódio de cálculo renal durante a vida. O urologista trata os cálculos, mas é o nefrologista quem impede que novas pedras surjam. – Edemas e inchaços sem causa aparente (leia: INCHAÇOS E EDEMAS | Causas e tratamento). – Alterações no potássio, sódio, fósforo, ácido úrico, magnésio e cálcio sanguíneos que o clínico geral não identifique facilmente a causa. – Alteração do metabolismo ácido-básico sem causa aparente. – Aparecimento de múltiplos cistos renais em exames como ultra-som (ecografia), tomografia computadorizada ou ressonância magnética dor rim. – Alterações do volume de urina sem causa aparente.
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