sábado, 2 de janeiro de 2016

MOSQUITO

Mosquitos são um grupo insectos da subordem Nematocera, normalmente dando ênfase para a família Culicidae. Por constituírem vernáculos, não obedecendo às regras da nomenclatura científica, abarcam diversos táxons, como é o caso dos mosquitos-palha.

Regionalismos[editar | editar código-fonte]

Em várias partes do Brasil, faz-se distinção entre mosquito e pernilongo: o primeiro refere-se a pequenas moscas, como as drosófilas, enquanto que o segundo, além dessa denominação, é também referido como "muriçoca"[2] . Na maioria dos estados da Região Norte do Brasil, este pernilongo chama-se "carapanã".[3] . As fêmeas do pernilongo são também conhecidas como "melgas" ou "trompeteiros".

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Mosquito" vem do latim musca[4] . "Pernilongo" é uma referência às longas pernas do inseto[5] . "Mosquito-prego" é uma referência a sua picada que se assemelha à perfuração de um prego. "Muriçoca", "meruçoca" e "muruçoca" são oriundos do tupi muri'soka[6] . "Carapanã" vem do tupi karapa'nã[7] . "Carapanã-pinima" vem da junção dos termos tupis karapa'nã ("mosquito") e pi'nima ("pintado)[7] . "Fincão" e "fincudo" vem de "fincar"[8] e são uma referência a sua picada. "Sovela" é uma referência ao instrumento cortante homônimo utilizado pelos sapateiros e correeiros[9] , numa alusão à picada dos insetos. "Perereca" vem do gerúndio do tupi pere'reg, "ir aos saltos"[10]e é uma alusão ao hábito do inseto de pular de um lugar para outro para fugir de seus inimigos. "Bicuda" é uma alusão à sua picada.

Biologia[editar | editar código-fonte]

Como os outros membros da ordem Diptera, os mosquitos têm um par de asas e um par de halteres, que são modificações das asas posteriores usadas como órgãos deequilíbrio. Nos chamados mosquitos a probóscide (tromba) está adaptada para a sucção de líquidos como néctarseiva ou sangue. Muitas espécies, como os Anopheles e o Aedes aegypti são vetores de parasitas, como, nestes casos e respetivamente, a malária e a dengue.
Larvas de mosquito
Em geral, apresentam dimorfismo sexual acentuado: os machos apresentam antenas plumosas (como pequenas árvores de natal), e as fêmeas apresentam antenas pilosas e são muito mais corpulentas; em quase todas as espécies elas alimentam-se de sangue de vertebrados (incluindo o homem) para maturar seus ovários antes de pôr os ovos.
O tamanho varia, mas é raramente maior que 15 mm. O peso dos mosquitos é apenas de 2 a 2,5 miligramas. Eles conseguem voar de 1,5 a 2,5 km/h. Os mosquitos existem há 170 milhões de anos (Jurássico médio).

Referências

  1. Ir para cima (em inglês) Mech, L.D. & Boitani, L. (IUCN SSC Wolf Specialist Group) (2008). Canis lupusLista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de 2009IUCN 2009. Obtido em 22 de Fevereiro de 2010.
  2. Ir para cima Dicionário Aurélio de Língua Portuguesa, ed. Nova Fronteira
  3. Ir para cima Dicionário Online de Português, http://www.dicio.com.br/carapana_2/ 10 de Janeiro de 2010
  4. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. pp.1 163,1 162
  5. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 314
  6. Ir para cima Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas FERREIRA.2C_A._B._H._1986._p.1
  7. ↑ Ir para:a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.348
  8. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.781
  9. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 616
  10. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 308
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Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Mosquito
  • MosquiteiroOs mosquitos, também conhecidos como muriçocas ou carapanãs, pertencem à Classe Insecta, Ordem Diptera e Família Culicidae. Seu corpo é dividido em cabeça, tórax e abdome. Eles também possuem um par de antenas sensível ao tato e responsável por captar cheiros; um par de asas; outro par transformado em balancins; e aparelho bucal picador-sugador. Há diversas espécies que são transmissoras de patógenos, como os animais do gênero Aedes, transmissores da dengue e febre amarela; e os do gênero Culex, transmissores da filariose.
    Os adultos desses animais invertebrados possuem hábitos variáveis, alimentando-se geralmente de sangue, sendo por isso chamados de hematófagos. Esse hábito alimentar se restringe apenas às fêmeas, que também se alimentam de seiva e néctar. Após o acasalamento, elas se alimentam de sangue, pois esse alimento fornece proteínas e ferro, substâncias necessárias para o desenvolvimento de seus ovos. Os machos se alimentam apenas de néctar de flores e suco de frutas.
    As fêmeas desses mosquitos são atraídas por substâncias emanadas pelo hospedeiro. Por possuírem capacidade de percepção química, esses animais sentem o odor corporal, a transpiração e o dióxido de carbono que os mamíferos e aves liberam no processo da respiração.
    Milton Strieder, biólogo e professor da Unisinos no Rio Grande do Sul, afirma que não há explicações científicas para que o inseto ataque a região das orelhas. “O que sabemos é que o mosquito é atraído pelo gás carbônico liberado pelo homem por meio do nariz” explica o professor.
    O zumbido irritante que a fêmea faz quando nos ronda atrás de alimento nada mais é do que o som proveniente do movimento de suas asas enquanto voa.
    Paula Louredo
    Graduada em Biologia

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