quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

BARCO

Barco é um artefato construído por um ser humano, capaz de flutuar e se deslocar sobre a água que envolve vários princípios da física e da geometria bem antes deArquimedes os antigos compreendiam a importância da relação entre o peso e deslocamento, as transformações de energia e cedo perceberam a utilidade da física aplicada nesse tipo de transporte.
Toda construção feita de madeiraferroaçofibra de vidroalumínio ou da combinação desses e de outros materiais, com uma forma especial, servindo para transportar, pela água, pessoas ou cargas é sinônimo de embarcação e designada de vários modos em diversas culturas. Adaptado a vários tipos de propulsão, cedo na história se percebeu que este meio de locomoção oferecia muitas vantagens.

História[editar | editar código-fonte]

Um barco em uma pintura, túmulo egípcio cerca de 1450 aC
Babur cruzando o rio Son; fólio de um manuscrito ilustrado de "Babur-Nama", Mughal, Akbar Período 1598 aC
Desde os tempos mais remotos, os barcos têm sido usado para transporte de curta distância.[1] Evidências circunstanciais, como um primitivo acampamento da Austrália de mais de 40 mil anos, e descobertas em Creta datadas de 130 mil anos[2] sugerem que barcos têm sido usado desde a Idade da Pedra. Considera-se[3] que os primeiros barcos tenham sido as canoas de tronco. Os mais antigos barcos descobertos por escavações arqueológicas são canoas de tronco de 7.000-10.000 anos atrás. O mais antigo barco recuperado no mundo é a canoa de Pesse, uma canoa de tronco escavado de Pinus sylvestris, construída entre 8200 e 7600 a.C. Esta canoa está exibida no museu Drents, na cidade holandesa de Assen.[4] [5] Muitas outras canoas de tronco antigas têm sido descobertas.[6] [7] [8] [9] Um barco feito de junco de 7 000 anos foi encontrado no Kuwait.[10]
Entre 4000 e 3000 a.C., já eram utilizados na Suméria [1] Egito antigo[11] e no Oceano Índico.[1] [12]
Os barcos representaram um importante papel no comércio entre as civilizações do vale do Indo e da Mesopotâmia.[13] Foram encontradas evidências de variados modelos de barcos em vários pontos do vale do Indo.[14] [15] O uru, um grande barco de madeira feito em Beypore, uma vila ao sul de Calcutá, no sudoeste da Índia, foi usado por árabes e gregos desde tempos antigos, como navios comerciais. Este gigantesco navio de madeira foi construído usando teca, sem qualquer ferro ou diagrama, e tem capacidade de transporte de 400 toneladas.
Os registros dos historiadores HeródotoCaio Plínio Segundo, e Estrabão sugerem o uso de barcos em comércio e viagens.[16]

Barcos notáveis[editar | editar código-fonte]

Alguns barcos se tornaram famosos por um evento especial ou por suas características. Pode-se categorizar alguns tipos de barcos que são particularmente conhecidos: os relacionados a naufrágios e resgates; os navios com dimensões ou especificações excepcionais; aqueles associados a uma descoberta humana ou a um recorde; e também os barcos relacionados com um lenda ou uma história.

Naufrágios e resgates[editar | editar código-fonte]

Desenho do naufrágio do RMS Titanic, por Willy Stöwer.
Todos os anos, acontecem dezenas de naufrágios,[17] mas os mais notáveis são aqueles que causam catástrofe ambiental ou humana. O maior desastre marítimo da história foi o naufrágio do Wilhelm Gustloff que matou mais de 9 mil pessoas em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial. Depois dele, segue o naufrágio do Cap Arcona, com cerca de 8 mil mortos. Em tempos de paz, o maior desastre foi o do Titanic, em 1912, que vitimou mais de 1500 pessoas, e foi amplamente divulgado por ser um navio supostamente "inafundável". A Imperatriz da Irlanda afundou em maio de 1914 em St. Lawrence, causando a morte de 1.012 pessoas, tornando-se o segundo maior desastre marítimo. No entanto, as tragédias de Joola em 2002 (cerca de 2000 vítimas) e Doña Paz em 1987 (1565 vítimas oficialmente, ou 4 mil extra-oficialmente) teriam sido piores.
Entre os naufrágios notáveis, também se pode citar o do Lancastria, que em 1940 causou pelo menos 5.200 mortos, o Blanche-Nef, em 1120, que carregava o herdeiro do trono da Inglaterra, o Medusa, que inspirou o famoso quadro Vasa, que afundou na inauguração, em 1628, por sobrecarga no convés. Outros naufrágios podem não ter causado uma enorme catástrofe humana, mas trouxeram mudanças significativas na regulamentação do transporte: além do Titanic, que provocou a introdução do código Solas, há o Herald of Free Enterprise (portas estanques nos Supercargueiro Ro-Ro), o Amoco Cadiz (contrato de resgate), o MV Derbyshire (estrutura de navios graneleiros) e o Exxon Valdez (casco duplo para petroleiros).
MV Blue Marlin carregando oUSS Cole
Derramamentos de óleo causados ​​pelo naufrágio de um navio petroleiro pode causar graves danos ambientais. O maior derramamento de petróleo de um navio foi o do Atlantic Empress, que em 1979 lançou 287 mil toneladas de petróleo no mar. No entanto, os piores desastres são aqueles que ocorrem perto da costa, como o Amoco Cadiz e o Erika, na França, o Exxon Valdez nos Estados Unidos, o Prestige na Espanha ou o Torrey Canyon, na Inglaterra. Os navios-tanque químicos também representam um grande risco para o ambiente como o Ievoli Sun, em 2004. Há também os submarinos movidos a energia nuclear, que representam risco de contaminação, como o Koursk K-141 ou o Komsomolets.
Embarcações usadas por equipes de resgate também podem impressionar pelos recursos empregados: barcos de salvamento muitas vezes atraem a admiração do público, assim como os rebocadores de alto-mar ou de salvamento, como os franceses Bourbon Abeille e Flandre Abeille ou osemi-submersível Blue Marlin.

Tipos de barcos[editar | editar código-fonte]

Barco de turismo, rio Tietê em Barra Bonita.
Navio, nau e nave designam, em geral, embarcações de porte maior que 20m ou 65 pés.
Há, também, boteschalanasdinguesinfláveis, etc que, apesar de também pertencerem a família das embarcações, são embarcações miúdas, quase sempre a serviço das maiores e que não tem mais do que 5m (15 pés) e obedecem a sua regulamentação própria e mais simples.

Barcos tradicionais portugueses[editar | editar código-fonte]

Barco ancorado nos arredores de Alcobaça,Bahia.
Organizados por Norte, Centro, Sul e Ilhas

Tipos de propulsão[editar | editar código-fonte]

Para se fazer mover uma embarcação pode-se utilizar os remos, as velas, o motor - que pode estar instalado fora da embarcação e é denominado de fora de bordo [18] ou dentro do barco, os inboard [19] . Com a aparecimento das mota de água (Jet ski) um novo sistema foi inventado, o jacto propulsor.

Imagens[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. ↑ Ir para:a b c Denemark 2000, page 208
  2. Ir para cima "Plakias Survey Finds Mesolithic and Palaeolithic Artifacts on Crete". www.ascsa.edu.gr. Consultado em 28 de outubro de 2011.
  3. Ir para cima McGrail 2001, pp. 11
  4. Ir para cima Van der Heide, G.D.. Scheepsarcheologie in Nederland (Archeology of Ships in the Netherlands).. Naarden (HOL): [s.n.], 1974.
  5. Ir para cima "Worlds oldest boat". Consultado em 14 de março de 2010[ligação inativa].
  6. Ir para cima "Oldest Boat Unearthed". China.org.cn. Consultado em 5 de maio de 2008.
  7. Ir para cima McGrail 2001, pp. 431
  8. Ir para cima "Africa's Oldest Known Boat". wysinger.homestead.com. Consultado em 17 de agosto de 2008.
  9. Ir para cima "8,000-year-old dug out canoe on show in Italy" (em inglês). Stone Pages Archeo News. Consultado em 17 de agosto de 2008.
  10. Ir para cima Lawler, Andrew. (7 de junho de 2002). "Report of Oldest Boat Hints at Early Trade Routes". Science 296(5574): 1791–1792. AAASDOI:10.1126/science.296.5574.1791PMID 12052936. Visitado em 5 de maio de 2008.
  11. Ir para cima McGrail 2001, pp. 17
  12. Ir para cima McGrail 2001, pp. 17-18
  13. Ir para cima McGrail 2001, pp. 251
  14. Ir para cima McGrail 2001
  15. Ir para cima "Beypore History - The Dhows of Beypore". Maddy -http://www.blogger.com/profile/18163804773843409980. Ligação externa em |publisher= (Ajuda)
  16. Ir para cima McGrail 2001, pp. 50-51
  17. Ir para cima Joseph, N. Gores. Marine Salvage. [S.l.]: Newton Abbot, 1972. ISBN 071535454x
  18. Ir para cima Motor fora de bordo (em inglês) - Abril 2012
  19. Ir para cima Inboard Engine (em inglês) - Abril 2012
  • BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é fácil. Editora Catau.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • McGrailBoats of the World. Oxford: Oxford University Press, 2001. ISBN 0-19-814468-7

Ligações externas[editar | editar código-fonte]Os barcos são usados há milhares de anos paratransportar pessoas e objetos através da água. Embora haja barcos de todos os tamanhos, no dia a dia a palavra “barco” designa uma embarcação pequena usada para lazer ou para transportar cargas pequenas. Embarcações maiores, que transportam muitas pessoas ou toneladas de mercadorias por distâncias longas, são chamadas navios.

As partes de um barco

Existem várias partes que são comuns à maioria dos barcos. O casco é o corpo ou estrutura do barco. As paredes são chamadas anteparas. O convés é o nome do chão da parte superior, ao ar livre. A quilha e o leme ficam na parte de baixo do barco. A quilha percorre todo o comprimento do barco, na parte mais profunda e central do casco. Ela tem a importante função de impedir que o barco tombe para os lados. O leme fica preso à parte traseira do barco e é usado para determinar o rumo da navegação.
Os setores do barco também têm nomes específicos. A parte dianteira é chamada proa, e a parte traseira é a popa. O lado esquerdo de um barco é conhecido como bombordo, e o lado direito é o boreste. Os barcos modernos muitas vezes são feitos de metal, fibra de vidro ou plástico — embora ainda existam os de madeira.

Tipos de barco

Existem barcos de muitos tamanhos e tipos diferentes, mas eles podem ser agrupados em três categorias principais, com base no tipo de energia usada para movimentá-los na água.
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Pescadores remam em Gana.
John Moss/Photo Researchers, Inc.
Muitos barcos são movidos pelo esforço humano, com o auxílio doremo, uma haste de madeira ou metal com uma pá na ponta. Entre esses tipos de embarcação estão a canoa e o caiaque, barcos pequenos, leves e pontudos. O convés da canoa é todo aberto, o que possibilita a presença de mais de uma pessoa, enquanto o caiaque é menor e só tem abertura no convés para uma pessoa. O canoeiro usa um remo de uma pá, enquanto o condutor do caiaque usa um remo de duas pás, uma em cada ponta, para remar dos dois lados com mais facilidade. Outro tipo de barco movido pela força humana é o chamado barco a remo, que é mais largo e pesado que a canoa ou o caiaque. Para movimentá-lo, as pessoas usam remos mais longos.
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Regata de veleiros no lago Huron.
James L. Amos/Corbis
Outros barcos são movidos pelo vento. Trata-se dos veleiros, embarcações com velas (grandes pedaços de pano) montadas sobre colunas chamadas mastros. As velas inflam com o vento, que empurra o veleiro para a frente. Há veleiros de diversos tamanhos, desde os pequenos, para uma só pessoa, até embarcações enormes, capazes de fazer travessias oceânicas.
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Um barco navega por um canal de Amsterdam.
© Patrick Ward/Corbis
Já um barco a motor é o que diz o nome: um barco movido por ummotor, que pode ser de centro ou de popa. O motor de centro fica preso dentro do casco da embarcação, enquanto o de popa é fixado à parte externa do casco e pode ser removido facilmente. Os dois tipos de motor normalmente movem o barco com a ajuda de uma hélice que gira na água. As embarcações a motor mais conhecidas são o bote e a lancha. O bote é um barco pequeno que é levado por um barco maior. Ele tem a função de navegar pequenos trechos, geralmente locais onde o barco maior atolaria. Já a lancha é maior e bem mais rápida que o bote, podendo percorrer trechos maiores.

Usos

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Mulher e criança praticam canoagem em um rio da França.
© Sandra van der Steen/Fotolia
Os barcos podem ser utilizados para lazer, para fins esportivos ou para trabalho. Muitas pessoas gostam de andar de canoa ou caiaque em um rio ou se divertem velejando em um lago. Outras gostam de participar de corridas de barco, as regatas. Os barcos a remo usados para competir são muito estreitos e recebem o nome de esquife. Os Jogos Olímpicos têm provas de remo e vela. Em outras competições, porém, os barcos a motor também são usados. As embarcações usadas para trabalho são variadas e incluem, entre outras, os barcos pesqueiros e os rebocadores.

História

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Navio viking de sepultamento exposto em um museu de Oslo, na Noruega.
age fotostock/SuperStock
Há 10 mil anos, os barcos já eram usados por povos da Antiguidade. Entre as embarcações mais antigas estavam jangadas simples feitas de toras ou caniços (canas finas) amarrados. Os vikings, um povo guerreiro do norte da Europa, eram bons marinheiros e viajavam num tipo de navio chamado drakkar, ou navio-dragão, que se deslocava pelos mares graças à atividade dos remadores e às velas. Este povo escandinavo enterrava seus chefes guerreiros em seus barcos.
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Indígenas em um barco no rio Amazonas perto de Manaus, capital de Amazonas, Brasil.
© Wigi Photography/Shutterstock.com
Os povos indígenas brasileiros faziam pirogas, canoas cavadas em troncos de árvores. Já os índios americanos e os inuítes (povo esquimó) faziam canoas de cascas de árvore ou couro de animais. Mais tarde, alguns povos passaram a construir barcos de pranchas de madeira. Para aumentar a velocidade das embarcações, foram acrescentados mastros e velas e, mais recentemente, motores.
Na história da navegação moderna, o Titanic é um dos navios mais conhecidos por ser um dos maiores transatlânticos de seu tempo. Ele tinha mais de 270 metros de comprimento e nove deques, ou andares. O casco era feito de aço e dividido em dezesseis compartimentos. Com destino à cidade de Nova York desde a Inglaterra, depois de quatro dias, afundou no Atlântico logo depois de bater em um iceberg, no 14 de abril de 1912. Foi um dos mais famosos desastres do século XX em que morreram 1.500 pessoas.

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