Barco é um artefato construído por um ser humano, capaz de flutuar e se deslocar sobre a água que envolve vários princípios da física e da geometria bem antes deArquimedes os antigos compreendiam a importância da relação entre o peso e deslocamento, as transformações de energia e cedo perceberam a utilidade da física aplicada nesse tipo de transporte.
Toda construção feita de madeira, ferro, aço, fibra de vidro, alumínio ou da combinação desses e de outros materiais, com uma forma especial, servindo para transportar, pela água, pessoas ou cargas é sinônimo de embarcação e designada de vários modos em diversas culturas. Adaptado a vários tipos de propulsão, cedo na história se percebeu que este meio de locomoção oferecia muitas vantagens.
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
Desde os tempos mais remotos, os barcos têm sido usado para transporte de curta distância.[1] Evidências circunstanciais, como um primitivo acampamento da Austrália de mais de 40 mil anos, e descobertas em Creta datadas de 130 mil anos[2] sugerem que barcos têm sido usado desde a Idade da Pedra. Considera-se[3] que os primeiros barcos tenham sido as canoas de tronco. Os mais antigos barcos descobertos por escavações arqueológicas são canoas de tronco de 7.000-10.000 anos atrás. O mais antigo barco recuperado no mundo é a canoa de Pesse, uma canoa de tronco escavado de Pinus sylvestris, construída entre 8200 e 7600 a.C. Esta canoa está exibida no museu Drents, na cidade holandesa de Assen.[4] [5] Muitas outras canoas de tronco antigas têm sido descobertas.[6] [7] [8] [9] Um barco feito de junco de 7 000 anos foi encontrado no Kuwait.[10]
Entre 4000 e 3000 a.C., já eram utilizados na Suméria [1] Egito antigo[11] e no Oceano Índico.[1] [12]
Os barcos representaram um importante papel no comércio entre as civilizações do vale do Indo e da Mesopotâmia.[13] Foram encontradas evidências de variados modelos de barcos em vários pontos do vale do Indo.[14] [15] O uru, um grande barco de madeira feito em Beypore, uma vila ao sul de Calcutá, no sudoeste da Índia, foi usado por árabes e gregos desde tempos antigos, como navios comerciais. Este gigantesco navio de madeira foi construído usando teca, sem qualquer ferro ou diagrama, e tem capacidade de transporte de 400 toneladas.
Os registros dos historiadores Heródoto, Caio Plínio Segundo, e Estrabão sugerem o uso de barcos em comércio e viagens.[16]
Barcos notáveis[editar | editar código-fonte]
Alguns barcos se tornaram famosos por um evento especial ou por suas características. Pode-se categorizar alguns tipos de barcos que são particularmente conhecidos: os relacionados a naufrágios e resgates; os navios com dimensões ou especificações excepcionais; aqueles associados a uma descoberta humana ou a um recorde; e também os barcos relacionados com um lenda ou uma história.
Naufrágios e resgates[editar | editar código-fonte]
Todos os anos, acontecem dezenas de naufrágios,[17] mas os mais notáveis são aqueles que causam catástrofe ambiental ou humana. O maior desastre marítimo da história foi o naufrágio do Wilhelm Gustloff que matou mais de 9 mil pessoas em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial. Depois dele, segue o naufrágio do Cap Arcona, com cerca de 8 mil mortos. Em tempos de paz, o maior desastre foi o do Titanic, em 1912, que vitimou mais de 1500 pessoas, e foi amplamente divulgado por ser um navio supostamente "inafundável". A Imperatriz da Irlanda afundou em maio de 1914 em St. Lawrence, causando a morte de 1.012 pessoas, tornando-se o segundo maior desastre marítimo. No entanto, as tragédias de Joola em 2002 (cerca de 2000 vítimas) e Doña Paz em 1987 (1565 vítimas oficialmente, ou 4 mil extra-oficialmente) teriam sido piores.
Entre os naufrágios notáveis, também se pode citar o do Lancastria, que em 1940 causou pelo menos 5.200 mortos, o Blanche-Nef, em 1120, que carregava o herdeiro do trono da Inglaterra, o Medusa, que inspirou o famoso quadro Vasa, que afundou na inauguração, em 1628, por sobrecarga no convés. Outros naufrágios podem não ter causado uma enorme catástrofe humana, mas trouxeram mudanças significativas na regulamentação do transporte: além do Titanic, que provocou a introdução do código Solas, há o Herald of Free Enterprise (portas estanques nos Supercargueiro Ro-Ro), o Amoco Cadiz (contrato de resgate), o MV Derbyshire (estrutura de navios graneleiros) e o Exxon Valdez (casco duplo para petroleiros).
Derramamentos de óleo causados pelo naufrágio de um navio petroleiro pode causar graves danos ambientais. O maior derramamento de petróleo de um navio foi o do Atlantic Empress, que em 1979 lançou 287 mil toneladas de petróleo no mar. No entanto, os piores desastres são aqueles que ocorrem perto da costa, como o Amoco Cadiz e o Erika, na França, o Exxon Valdez nos Estados Unidos, o Prestige na Espanha ou o Torrey Canyon, na Inglaterra. Os navios-tanque químicos também representam um grande risco para o ambiente como o Ievoli Sun, em 2004. Há também os submarinos movidos a energia nuclear, que representam risco de contaminação, como o Koursk K-141 ou o Komsomolets.
Embarcações usadas por equipes de resgate também podem impressionar pelos recursos empregados: barcos de salvamento muitas vezes atraem a admiração do público, assim como os rebocadores de alto-mar ou de salvamento, como os franceses Bourbon Abeille e Flandre Abeille ou osemi-submersível Blue Marlin.
Tipos de barcos[editar | editar código-fonte]
- Balsa
- Barco a vapor
- Barco de pesca
- Barco de transporte passageiros, turismo e outros
- Canoa
- Iate
- Insuflável
- Navio
- Veleiro
- Aerobarco
Há, também, botes, chalanas, dingues, infláveis, etc que, apesar de também pertencerem a família das embarcações, são embarcações miúdas, quase sempre a serviço das maiores e que não tem mais do que 5m (15 pés) e obedecem a sua regulamentação própria e mais simples.
Barcos tradicionais portugueses[editar | editar código-fonte]
Organizados por Norte, Centro, Sul e Ilhas
- Alvarenga
- Baleeira da Câmara de Lobos
- Baleeira do Pico
- Barca da Ericeira
- Barca da Pesca do Alto
- Barco da Pesca do Carapau
- Barco da Pescada
- Barco de Avintes
- Barco de Ílhavo
- Barco de Riba-Tejo
- Barco de Sesimbra
- Barco Moliceiro
- Barco Rabelo
- Barco Valboeiro
- Barquinho do Rio Minho
- Bateira da Figueira da Foz
- Bateira do Rio Voga
- Batel do Alto
- Batel do Tejo
- Bote Cacilheiro
- Bote da Arte da Tarantanha
- Bote do Pinho
- Caíque de Traquete
- Caíque do Algarve
- Traineira
- Cangueiro
- Canoa Caçadeira
- Canoa Cacilheira
- Canoa da Picada
- Canoa do Espinel
- Culé
- Enviada da Arte da Chávega
- Enviado do Atum
- Falua com Vela à Latina
- Falua
- Fragata
- Galeão (Nazaré)
- Lancha da Sardinha
- Lancha do Alto
- Lancha Poveira
- Maceira
- Mercantel
- Moliceiro
- Muleta de Arrasto
- Muleta do Seixal
- Praieira
- Rasca de Pesca
- Traineira de Peniche
- Varino
Tipos de propulsão[editar | editar código-fonte]
Para se fazer mover uma embarcação pode-se utilizar os remos, as velas, o motor - que pode estar instalado fora da embarcação e é denominado de fora de bordo [18] ou dentro do barco, os inboard [19] . Com a aparecimento das mota de água (Jet ski) um novo sistema foi inventado, o jacto propulsor.
Imagens[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ ab c Denemark 2000, page 208
- ↑ "Plakias Survey Finds Mesolithic and Palaeolithic Artifacts on Crete". www.ascsa.edu.gr. Consultado em 28 de outubro de 2011.
- ↑ McGrail 2001, pp. 11
- ↑ Van der Heide, G.D.. Scheepsarcheologie in Nederland (Archeology of Ships in the Netherlands).. Naarden (HOL): [s.n.], 1974.
- ↑ "Worlds oldest boat". Consultado em 14 de março de 2010[ligação inativa].
- ↑ "Oldest Boat Unearthed". China.org.cn. Consultado em 5 de maio de 2008.
- ↑ McGrail 2001, pp. 431
- ↑ "Africa's Oldest Known Boat". wysinger.homestead.com. Consultado em 17 de agosto de 2008.
- ↑ "8,000-year-old dug out canoe on show in Italy" (em inglês). Stone Pages Archeo News. Consultado em 17 de agosto de 2008.
- ↑ Lawler, Andrew. (7 de junho de 2002). "Report of Oldest Boat Hints at Early Trade Routes". Science 296(5574): 1791–1792. AAAS. DOI:10.1126/science.296.5574.1791. PMID 12052936. Visitado em 5 de maio de 2008.
- ↑ McGrail 2001, pp. 17
- ↑ McGrail 2001, pp. 17-18
- ↑ McGrail 2001, pp. 251
- ↑ McGrail 2001
- ↑ "Beypore History - The Dhows of Beypore". Maddy -http://www.blogger.com/profile/18163804773843409980. Ligação externa em
|publisher=
(Ajuda) - ↑ McGrail 2001, pp. 50-51
- ↑ Joseph, N. Gores. Marine Salvage. [S.l.]: Newton Abbot, 1972. ISBN 071535454x
- ↑ Motor fora de bordo (em inglês) - Abril 2012
- ↑ Inboard Engine (em inglês) - Abril 2012
- BARROS, Geraldo Luiz Miranda de. Navegar é fácil. Editora Catau.
Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- McGrail. Boats of the World. Oxford: Oxford University Press, 2001. ISBN 0-19-814468-7
Ligações externas[editar | editar código-fonte]Os barcos são usados há milhares de anos paratransportar pessoas e objetos através da água. Embora haja barcos de todos os tamanhos, no dia a dia a palavra “barco” designa uma embarcação pequena usada para lazer ou para transportar cargas pequenas. Embarcações maiores, que transportam muitas pessoas ou toneladas de mercadorias por distâncias longas, são chamadas navios.
As partes de um barco
Existem várias partes que são comuns à maioria dos barcos. O casco é o corpo ou estrutura do barco. As paredes são chamadas anteparas. O convés é o nome do chão da parte superior, ao ar livre. A quilha e o leme ficam na parte de baixo do barco. A quilha percorre todo o comprimento do barco, na parte mais profunda e central do casco. Ela tem a importante função de impedir que o barco tombe para os lados. O leme fica preso à parte traseira do barco e é usado para determinar o rumo da navegação.
Os setores do barco também têm nomes específicos. A parte dianteira é chamada proa, e a parte traseira é a popa. O lado esquerdo de um barco é conhecido como bombordo, e o lado direito é o boreste. Os barcos modernos muitas vezes são feitos de metal, fibra de vidro ou plástico — embora ainda existam os de madeira.
Tipos de barco
Existem barcos de muitos tamanhos e tipos diferentes, mas eles podem ser agrupados em três categorias principais, com base no tipo de energia usada para movimentá-los na água.
Usos
História
Na história da navegação moderna, o Titanic é um dos navios mais conhecidos por ser um dos maiores transatlânticos de seu tempo. Ele tinha mais de 270 metros de comprimento e nove deques, ou andares. O casco era feito de aço e dividido em dezesseis compartimentos. Com destino à cidade de Nova York desde a Inglaterra, depois de quatro dias, afundou no Atlântico logo depois de bater em um iceberg, no 14 de abril de 1912. Foi um dos mais famosos desastres do século XX em que morreram 1.500 pessoas.
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