O que são carrapatos?
Carrapatos são parasitas externos, artrópodes, pertencentes à Ordem Acarina, que se alimentam do sangue do hospedeiro.
Onde vivem?
Dependendo da fase do ciclo de vida em que se encontram, podem viver tanto na superfície da pele do cão como no ambiente.
Quais animais são parasitados?
Geralmente animais domésticos, silvestres e, inclusive, o homem.
Como se alimentam?
Os carrapatos podem estar no solo, como, por exemplo, locais com vegetação (gramados) e também nas frestas de paredes sempre à espera de um hospedeiro. Quando percebe a passagem de um hospedeiro, dirige-se para ele, “passeando” pelo seu corpo até encontrar um local seguro, como o pescoço ou a cabeça, onde o cão não o possa arrancar. Logo após, o carrapato introduz o seu aparelho sugador na pele e, durante horas, alimenta-se do sangue do hospedeiro. Após a alimentação de sangue, desprende-se voluntariamente e cai no solo para continuar o seu ciclo.
Por que os carrapatos são tão prejudiciais para os animais e para o homem?
Existem vários mecanismos através dos quais o carrapato pode provocar doença ou lesão no hospedeiro:
- Lesões pela ação das suas peças bucais na pele.
- Efeitos tóxicos, pois a saliva do carrapato contém neurotoxinas que podem causar paralisia.
- A ingestão de grandes quantidades de sangue pode levar à anemia e a um estado de fraqueza.
- Transmissão de outras doenças causadas por protozoários, bactérias e vírus.
O que é uma zoonose?
Por definição, uma zoonose é a transmissão de qualquer doença de um animal para o homem. Todas as zoonoses são de importância para a Saúde Pública. Como exemplos podemos citar: Raiva, Leptospirose, Brucelose, Leishmaniose etc.
Que doenças os carrapatos podem transmitir?
Cada espécie de carrapato pode transmitir uma ou várias doenças entre as quais podemos destacar:
- Babesiose: Doença causada por um protozoário, caracterizada por febre, depressão, anorexia e anemia. É fatal se o cão não for tratado a tempo.
- Borreliose ou Doença de Lyme: é, das zoonoses transmitidas por carrapatos, a mais importante. Causada pela bactéria Borrelia burgdorferi que produz quadros de febre, anorexia, poliartrite, miopatias e adenopatias.
- Ehrlichiose: Doença causada pela bactéria Ehrlichia canis que causa febre, anemia, depressão, diarreia, edema, complicações respiratórias e circulatórias.
- Febre maculosa - doença causada pela Rickettsia rickettisii, um parasita intracelular que leva a quadros de febre, falta de apetite, vômito, diarreia, manchas nas mucosas, desidratação e perda de peso.
Em que épocas do ano se veem mais carrapatos e por quê?
Os carrapatos precisam de condições específicas para o seu correto desenvolvimento, principalmente de temperatura, umidade e horas de intensidade de luz. À medida que aumentam as horas de luz e a temperatura, a atividade dos carrapatos aumenta. Consequentemente, a época mais favorável para o aumento das infestações por carrapatos pode estender-se desde a Primavera até o Outono.
Qual é o ciclo de vida do carrapato?
O ciclo de vida do carrapato é composto por quatro estágios: ovo, larva, ninfa e adulto. As fêmeas alimentam-se sempre de sangue, enquanto os machos raramente o fazem.
O cruzamento entre o macho e a fêmea ocorre na superfície da pele do hospedeiro. A fêmea necessita se alimentar de sangue para uma boa maturação dos ovos. A fêmea ingurgitada cai no solo e põe entre 3.000 a 5.000 ovos em locais altos.
O cruzamento entre o macho e a fêmea ocorre na superfície da pele do hospedeiro. A fêmea necessita se alimentar de sangue para uma boa maturação dos ovos. A fêmea ingurgitada cai no solo e põe entre 3.000 a 5.000 ovos em locais altos.
O que faço com os carrapatos que o meu cão já tem?
Em primeiro lugar, é contra-indicado arrancar o carrapato que está preso na pele, pois dessa forma estaremos somente eliminando o corpo do parasita, visto que a parte da boca que se prende ao corpo do cão permanecerá no local, podendo causar reações locais e a formação de granulomas. Existem vários produtos indicados para o controle do carrapato: produtos para banho com efeito imediato, como por exemplo, o (Triatox®); produtos para aplicação no dorso do animal, como por exemplo, o Pulvex® Pour on, cuja ação não é imediata, mas apresenta efeito prolongado, e as coleiras antiparasitárias, como por exemplo, a própria coleira Scalibor® cuja ação também não é imediata, porém possuem um longo período de ação.
A pulverização do ambiente onde o animal vive (canil, quintal, etc.) também é recomendada pela maioria dos Médicos Veterinários com o objetivo de eliminar os carrapatos presentes nessas áreas, mantendo, assim, o ambiente e o cão livres do parasita de forma rápida, segura e por mais tempo auxiliando no controle.Um carrapato, carraça ou chato é um artrópode da ordem dos ácaros, classificado nas famílias Ixodidae ou Argasidae. São ectoparasitas hematófagos, responsáveis pela transmissão de inúmeras doenças. Registros fósseis sugerem sua existência há pelo menos 90 milhões de anos, com mais de 800 tipos.[1]
Localização[editar | editar código-fonte]
Encontra-se difundido por toda a Terra tanto no campo como na cidade, pois o principal motivo de sua ação é o ser humano ou animal de cujo sangue se alimenta, sendo por isso considerado hematófago e um dos principais vetores de muitas doenças causadas por vírus, bactérias, protozoários e riquétsias, que transmitem doenças ao homem e animais.
Existem espécies a partir de 0,25 mm de diâmetro. Vivem em touceiras, capim, no chão, entre as madeiras em climas úmidos ou secos.
Os carrapatos geralmente têm a forma oval e quando em jejum são planos no sentido dorso-ventral, porém após se alimentarem ficam convexos e até esféricos.
Sua carapaça é composta por quitina, na forma de um exoesqueleto, bem resistente e firme em relação a sua pouca espessura.
Tipos de parasitismo[editar | editar código-fonte]
Carrapatos da família Argasidae normalmente não permanecem aderidos ao hospedeiro por períodos prolongados; passam a maior parte do tempo no ambiente (escondidos em frestas em abrigos de animais, por exemplo) e procuram o hospedeiro apenas para se alimentar, normalmente quando estes dormem. Esses carrapatos são notáveis por poderem permanecer em jejum por períodos prolongados, frequentemente mais de um ano, esperando pela oportunidade de se alimentar. Já os carrapatos da família Ixodidae permanecem longos períodos sobre seus hospedeiros. Aqui, há dois principais tipos de parasitismo:
- Carrapatos de um hospedeiro, como o carrapato do boi Boophilus microplus, aderem ao hospedeiro quando ainda na fase de larva, alguns dias após eclodirem dos ovos; após iniciarem o parasitismo, crescem ficando com aspecto "ingurgitado", realizam mudas chegando à fase adulta. Após as fêmeas estarem alimentadas (ingurgitadas) com o sangue, as fêmeas caem no solo e procuram um local protegido para realizar a postura de ovos. As fêmeas produzem milhares de ovos morrendo em seguida.
- Carrapatos de dois hospedeiros, em que os estágios de larva e ninfa ocorrem no mesmo hospedeiro, mas o estágio de adulto num hospedeiro diferente
- Carrapatos de três hospedeiros, como o carrapato do cavalo Amblyomma cajennense: esses carrapatos caem ao solo para realizar as mudas, subindo em um novo hospedeiro em seguida.
Espécies[editar | editar código-fonte]
No Brasil[editar | editar código-fonte]
Os carrapatos mais comuns no Brasil são:
- Carrapato-de-boi (Boophilus microplus) que transmite ao gado a Babesiose.
- Carrapato-de-cavalo ou Carrapato Estrela (Amblyomma cajennense) é o que mais comumente parasita o homem. Também infesta mamíferos domésticos e silvestres e aves. Em sua forma adulta, ele é conhecido como carrapato estrela. Fica grande, do tamanho de um feijão verde, ou até maior. A sua forma larval, o micuim, está nos pastos no período de março a julho. Este tipo de micuim, que pode ficar até 24 meses sem se alimentar, esperando um hospedeiro, no homem causa terrível coceira e inflamação que pode durar mais de um mes. É o principal vetor da Febre Maculosa.
- Carrapato-de-galinha (Argas miniatus), que transmite aos galináceos a bouba, doença infecciosa semelhante à sífilis.
- Carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus), típico de cães e gatos. Os adultos preferem instalar-se na pele, entre o coxim plantar e as orelhas do cão. Sobem pelas cercas, muros, e espalham-se pelo canil, casa, etc. É de fácil controle.
Os Makuxi da região do rio Branco e rio Rupununi, compreendendo Brasil e Guiana, eram grandes apreciadores de carrapatos como alimento[2] .
Referências
- ↑ "Carrapatos". Portal do Dog. Consultado em 11 de fevereiro de 2013.
- ↑ BASTOS, Abguar. A pantofagia ou as estranhas práticas alimentares da selva: Estudo na região amazônica. São Paulo, Editora Nacional; Brasília DF, INL. 1987, 153 p.
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