quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

MANDACARU PRA QUE SERVE

PARA QUE SERVE O MANDACARU

Cereus giganteus

Descrição : Planta da família das Cactaceae, também conhecida como jamacaru, cardeiro, urumbeba, urumbeva, saguaro (espanhol, inglês, , português), cactus saguaro , saguaro kaktus .
Parte utilizada: Flores, caule, polpa dos frutos.
Princípios Ativos: ácido nucleico, lipídios, proteínas, resina.
Propriedades medicinais: diurética, cardiotônica.
Indicações: Afecção pulmonar, catarro da bexiga, retenção da urina, estimulante, tônica para o coração.
Modo de usar:
- flores consumidas "in natura" ou secas.
- polpa dos frutos.
- caule batido em liquidificador, com água.
- pomada da tintura da seiva do caule.


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Aproveitou o feriadão de fim de ano na praia ou na piscina? Então essa é uma boa hora para cuidar da pele com produtos à base de plantas brasileiras. Assim você começa 2014 com seu bronzeado protegido e com a pele inteira, sem descascar como uma cobra.
A sugestão da vez são os cosméticos de extratos de mandacaru (Cereus jamacaru), um dos cactos mais conhecidos do sertão nordestino e até dos cerradões mais secos de outras regiões brasileiras.  De grande porte, imponente, cheio de braços erguidos como os de um candelabro, o mandacaru pode chegar aos 5 ou 6 metros de altura. Em geral, serve como cerca viva nas pequenas propriedades, sempre à mão para virar comida de emergência para o gado, caso a estiagem se prolongue demais e a água de beber comece a escassear.
O caule do mandacaru tem cerca de 15% de água, 10% de proteínas e diversas substâncias com potencial industrial e medicinal. Já tratamos aqui, no Biodiversa, do uso do cerne do mandacaru em estações de tratamento de água, para aglutinar os poluentes em suspensão. Tradicionalmente, há quem utilize as raízes ou o extrato como diurético e cardiotônico. E os frutos – apreciados pela fauna e pela meninada – são uma opção para combate ao escorbuto, a doença dos navegadores, derivada da carência crônica de vitamina C.
Mais recentemente, alguns pesquisadores descobriram outras serventias interessantes para o extrato do caule, caso de Aline Davet, durante seu mestrado em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). O mandacaru foi eficaz nos testes feitos com culturas de oito das bactérias mais comuns, entre as prejudiciais ao homem, causadoras de infecções hospitalares. Os efeitos foram mais evidentes contra Streptococcus epidermidisStaphylococcus aureusPseudomonas aeruginosa Escherichia coli.
Segundo Aline, “as cactáceas são reconhecidamente ricas em esteróides e essas substâncias podem estar relacionadas à atividade antimicrobiana do mandacaru”. Ela destaca, em especial, a tiramina como uma das substâncias com ação bactericida. A partir dos resultados obtidos, parecem boas as perspectivas de obtenção deantibióticos naturais  a partir do cacto brasileiro.
Junte-se a isso as propriedades cosméticas do mandacaru – já exploradas comercialmente pela indústria francesa L’Occitane desde meados de 2013, em sua primeira linha de produtos criada fora da França – e podemos vislumbrar um futuro com mais plantações de cactos no semiárido. Só o abastecimento da produção de hidratantes, sabonetes, esfoliantes, cremes para mãos e desodorantes da L’Occitane au Brésil já tirou o mandacaru da cerca e o levou para o meio do campo, no município de Uauá, no interior da Bahia.
Se a moda pega, o mandacaru pode virar hit de verão, combinando as qualidades hidratantes e antimicrobianas com todos os tipos de pele. Vale notar que, ao contrário de alguns químicos sintéticos, eventualmente utilizados em cosméticos, os derivados de mandacaru são biodegradáveis. A palavra de ordem, então, é botar o mandacaru para aguar as mãos, os pés, o corpo todo!

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