O nome designa uma família botânica com cerca de 3000 espécies, todas oriundas das Américas Central e do Sul. Caracterizam-se por terem as folhas dispostas em espiral, muitas delas acumulando água no seu interior (urna), estabelecendo uma interessante relação com essa “reserva” de vida.Falaremos disso mais adiante.
Têm também como característica diferenciadora, o facto de manterem com as raízes, uma relação de menor dependência do que as restantes plantas.
Existem algumas espécies que nem chegam a produzir raízes, cumprindo normalmente o seu ciclo vital.Nas nossas casas, podemos observar este ciclo, e caracterizá-lo em três fases, consecutivas e interdependentes: manutenção, floração, reprodução. Ou seja: se mantivermos uma bromélia nas condições de que ela gosta, ela irá crescer, de seguida irá florir e depois reproduzir-se, dando origem a sementes e rebentos.
Sendo fáceis de reproduzir por separação de rebentos, torna-se irrelevante, também pelo elevado grau de dificuldade, a reprodução por semente.
Em termos do local onde vivem, podemos dividir as espécies de bromélias em 3 tipos (embora ocorram exceções): as que vivem no solo, como por exemplo as aechmea, billbergia, ananas, criptanthus, dyckia, puya, as epífitas, que habitam os estratos intermédios das florestas, falamos das neoregelia, vriesea, guzmania, canistropsis, e as aéreas, que são a maioria das espécies de tillandsia, que não necessitam, de todo, de substrato para viver.
Todas têm sistemas alternativos de recolha/processamento de nutrientes, ao nível foliar, pelo que, como foi atrás referido, as raízes servem praticamente apenas para fixação da planta ao local onde vive.Em futuros artigos falaremos das espécies mais comuns no nosso mercado e de como cuidar delas.
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Sobre o autor
JORGE FREIXIAL é professor. Tem mais de 20 anos de experiência com Bromélias, sendo esta uma família botânica que fascina pela diversidade, pela adaptabilidade e pela beleza. Algumas espécies (guzmanias e vrieseas, em especial) podem-se encontrar à venda em muitos locais, mas poucos sabem como as tratar adequadamente, poucos sabem que elas podem ter vida longa e continuá-la através dos rebentos que produzem. Autor de artigos e livros sobre Bromélias, formador em cursos e workshops sobre esta temática sendo também produtor. Website Bromélias do Brejo
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