A criogenia é um ramo da físico-química que estuda tecnologias para a produção de temperaturas muito baixas (abaixo de −150°C, de −238°F ou de 123 K), principalmente até à temperatura de ebulição do nitrogénio líquido ou ainda mais baixas, e o comportamento dos elementos e materiais nessas temperaturas sendo que a tecnologia usada explora os efeitos de transferência térmica entre um agente e o meio. Esse ramo da ciência que é constantemente associado com seu principal ramo, a criobiologia, que é o estudo de baixas temperaturas em organismos.
Além das escalas de temperatura comuns, como Fahrenheit, Celsius e Kelvin, os criogenistas usam outras escalas de temperatura, como a de Rankine.
Quando liquefeitos, gases como o nitrogênio, hélio e oxigênio são usados em muitas aplicações criogênicas. O nitrogênio líquido é o elemento mais usado na criogenia e é comprado legalmente em todo o mundo. O hélio líquido geralmente também é usado e permite atingir temperaturas ainda mais baixas. O oxigênio líquido é obtido por meio da destilação fracionada do ar atmosférico e vendido para hospitais e indústrias.
Estes gases são presos em recipientes especiais conhecidos como frascos de Dewar, ou garrafas de Dewar, que têm aproximadamente 1.8 metros de altura e 90 centímetrosde diâmetro, mas existem também os tanques gigantes em operações comerciais maiores. Os frascos de Dewar foram nomeados em homenagem ao seu inventor, James Dewar, o primeiro homem a liquefazer o hidrogênio.
Um outro uso da criogenia são nos combustíveis criogênicos. Estes, principalmente compostos de oxigênio e hidrogênio, são usados como combustíveis para foguetes. O comércio internacional de gás natural é praticado na sua forma criogênica, o gás natural liquefeito ou GNL.
Definições[editar | editar código-fonte]
- Criogenia
- é o ramo da física e engenharia que estuda a produção e uso de temperaturas muito baixas. Embora vulgarmente confundida, não se deve confundir com criónica.
- Criobiologia
- é o estudo da vida a baixas temperaturas.
- Criocirurgia
- é o ramo da cirurgia que aplica temperaturas muito baixas (abaixo de -196 ° C) para destruir tecido maligno, por exemplo, células cancerosas.
- Criônica
- é a preservação a baixas temperaturas de humanos ou mamíferos com o objectivo de serem reanimados no futuro. A criónica não é considerada como uma parte da criobiologia, uma vez que continua dependente em grande parte de especulações de tecnologia futura que pode ou não ser inventada.
- Criopreservação
- é a tecnologia através da qual células, tecidos ou embriões são preservados pelo arrefecimento a temperaturas abaixo do ponto de congelação da água.
Ver também[editar | editar código-fonte]
- Congelamento de Walt Disney
- Criobiologia
- Criocirurgia
- Criónica
- Criopreservação
- Crioterapia
- Forno de Bier
- Supercondutividade
- Termoterapia
- É a técnica de manter cadáveres congelados anos a fio para ressuscitá-los um dia. Hoje, isso já dá certo com embriões: óvulos fecundados podem ficar na "geladeira" com chances boas de sobreviver a um descongelamento - estima-se que perto de 60% deles conseguem vingar, dando origem a um bebê. Por isso, um bocado de gente acredita que isso ainda vai funcionar com seres humanos inteiros. Até agora, cerca de 100 pessoas já foram congeladas depois da morte e esperam por vida nova no futuro.A idéia é fantástica: você morre e os médicos o colocam num tanque de nitrogênio líquido, guardado a -196 ºC, temperatura em que o cadáver não apodrece. Aí, daqui a uns 500 anos, os cientistas descobrem um jeito de combater a doença que causou sua morte e o degelam. Uma beleza, né? Mas o processo não é tão simples. "Os próprios métodos usados para congelar uma pessoa causam danos às células que só poderiam ser reparados por tecnologias que ainda não existem", afirma o físico americano Robert Ettinger, considerado o grande divulgador da criogenia. Por enquanto, o congelamento não funciona com pessoas porque o líquido que compõe as células vira gelo, aumentando de tamanho e fazendo-as trincar. Com os embriões congelados, esse efeito é evitado com a aplicação de substâncias químicas que driblam a formação de cristais de gelo, impedindo que as paredes celulares se danifiquem. "Mas com os seres humanos desenvolvidos o problema é que cada tipo de célula exige uma substância protetora diferente, e muitas delas ainda não foram inventadas", diz o ginecologista Ricardo Baruffi, da Maternidade Sinhá Junqueira, em Ribeirão Preto (SP), um especialista em congelamento de embriões. Quer tentar a sorte mesmo assim? Então é melhor se mudar para os Estados Unidos, porque as duas únicas empresas no mundo com estrutura para receber novos "pacientes" ficam lá. E, se você quiser levar um bichinho de estimação para não se sentir muito sozinho daqui a 500 anos, sem problemas. Dez gatos, sete cachorros e até um papagaio já entraram nessa fria com seus donos.
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