sábado, 16 de abril de 2016

GUARDA CHUVVA

Guarda-chuva, chamado ainda de sombrinha, é um objeto usado para proteção contra sol e chuvas que consiste em um aramado suportado por uma haste, que sustenta uma tela feita geralmente de material plástico.

Origem[editar | editar código-fonte]

Os mais antigos que se conhecem foram da Mesopotâmia, há 3400 anos.
Na mesopotâmia, região do atual Iraque, há 3400 anos já existiam artefatos destinados a proteger a cabeça dos reis — contra o sol, não contra a chuva, uma raridade naquele lugar. Assim como os abanos, eram feitos de folhas de palmeiras, plumas e papiro. No Egito, adquiriram significado religioso e na Grécia e em Roma eram tidos como artigo exclusivamente feminino. Só no século XVIII a obstinação do comerciante inglês Jonas Hanway, um apaixonado por guarda-chuvas (versão inglesa do guarda-sol tropical), conseguiria torná-los dignos também de cavalheiros. Embora ridicularizado em vida, após a sua morte, em 1786, os ingleses aceitaram sair à rua munido do acessório nos sempre frequentes dias de chuvas do país.[1]

Fabricação[editar | editar código-fonte]

Partes de um Guarda-chuva
Os guarda-chuvas, ao contrário dos guarda-sóis, tendem a ser fabricados com materiais leves a fim de que possam ser facilmente transportados, mesmo quando abertos. O tecido protetor é atualmente feito de diversos materiais impermeáveis.

Cultura popular[editar | editar código-fonte]

É bastante popular em algumas culturas, fazendo parte de suas tradições artísticas, tal como no Carnaval de Olinda.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ir para cima Superinteressante - Edição Abril de 2010Apesar da sua origem ser incerta o guarda-chuva é uma invenção muito antiga. Sabe-se que no século XII a.C. já era usado pelos chineses.
    Mais tarde os Assírios, Egípcios, Persas e Romanos tiveram influência na utilização de novos materiais na busca de conseguirem combinar a utilidade com a elegância.
    Durante muito tempo o guarda-chuva foi visto como um objecto com significado sagrado, ao ponto de só ser utilizado para cobrir as divindades e a realeza em procissões e eventos de grande significado espiritual.
    Esse aspecto de objecto “divino” chegou mesmo ao Cristianismo. Nas cerimónias litúrgicas existiam sempre dois guarda-chuvas que seguiam à frente do Papa. Um deles, que ia aberto, simbolizava o poder temporal e o outro, sempre fechado, representava o poder espiritual.
    Foram os Japoneses e Chineses que mais contribuíram para a sua adopção como um simples acessório de protecção para a chuva e para o sol, sem quaisquer valores sociais ou divinos associados. É com esta função que o guarda-chuva chega à Grécia e a Roma, onde foi largamente usado como um acessório feminino. Em Roma era comum as senhoras saírem acompanhadas por um escravo (o chamado ombrellifero) que tinha a função de as proteger com sombrinhas, normalmente ricamente adornadas com ouro e marfim.Durante a Idade Média o guarda-chuva desapareceu, apenas voltando a reaparecer por altura da Renascença, apesar do seu uso ser muito limitado, ao que também não seria estranho o facto de serem feitos em couro e com pesados cabos de madeira, podendo chegar aos 2 kg de peso.
    Mas a partir do momento que os Jesuítas introduziram a seda no fabrico dos guarda-chuvas, tudo mudou. Nos finais do século XVII foi na cidade de Paris que se começou a refinar o conceito deste acessório: melhorou-se o formato e criou-se a distinção entre guarda-chuva e guarda-sol. De imediato o guarda-sol passou a ser considerado peça indispensável para as mulheres da época. Esta nova utilização deu origem às sombrinhas enfeitadas com bordados em seda, de ar muito leve e que serviam para dar algum recato aos rostos durante os passeios ao sol.
    Talvez devido a este sucesso no meio do público feminino é que o guarda-chuva teve muita dificuldade em ser adoptado pelo lado masculino da sociedade. Só no final do XVIII é que ele começou a ser aceite pelos homens em Inglaterra, muito devido à obstinação do comerciante inglês Jonas Hanway, um apaixonado por guarda-chuvas, que conseguiu provar que eram dignos de serem utilizados por um gentleman.
    Jonas Hanway a passear com o seu guarda-chuva
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