Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Pipoca" originou-se do termo tupi pï'poka, "estalando a pele",[1] formado pela junção de pi' (pele) e poka (estourar).[2] "Pororoca" originou-se do termo tupi poro'roka, gerúndio de poro'rog, "estrondar".[3]
Descrição[editar | editar código-fonte]
O milho cultivado para a produção de pipoca é de uma variedade especial, com espigas menores que as do milho tradicional. Seus grãos podem aparecer em vários formatos (achatados, pontiagudos etc.) e cores (como amarelo, branco, rosa, roxo etc.). Apresenta, como característica, grãos pequenos contendo amido duro ou cristalino. Possui a propriedade de estourar quando submetido ao aquecimento, originando a popular pipoca. Algumas espécies cultivadas: Zélia e Colorado pop-1. Semeada normalmente nos meses de setembro a novembro (primavera na maior parte da América do Sul).[4] [5]
Cultivo[editar | editar código-fonte]
Com espaçamento de 0,8 metro entre linhas e 0,2 metro entre plantas, normalmente usa-se entre 10 a 15 quilogramas por hectare de sementes. A colheita é manual ou mecânica, com os grãos em torno de 16 e 18 por cento de umidade. O milho-pipoca deve ser comercializado com teor de umidade em torno de 12 e 13 por cento.
História[editar | editar código-fonte]
Os primeiros europeus que chegaram ao continente americano descreveram a pipoca, desconhecida para eles, como um salgado à base de milho usado pelos índios tanto como alimento quanto como enfeite para o cabelo. Sementes de milho usadas para fazer pipoca foram encontradas por arqueólogos não só no Peru, como também no atual Estado de Utah, nos Estados Unidos, o que sugere que ela fazia parte da alimentação de vários povos americanos. Sabe-se, porém, que inicialmente os índios preparavam a pipoca com a espiga inteira sobre o fogo. Depois, eles passaram a colocar só os grãos sobre as brasas - até inventarem um método mais sofisticado: cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente.
A pipoca já era vendida em feiras e parques nos Estados Unidos no século XIX. No fim desse período, surgiram os primeiros cinemas americanos, e, com eles, vieram os ambulantes e seus carrinhos com pipoca e guloseimas, mistura de pipoca, amendoim e açúcar queimado. No começo, os donos dos cinemas torciam o nariz e achavam que a pipoca distraía os espectadores dos filmes.
Durante a Grande Depressão, a pipoca era relativamente barata e se tornou popular. Assim, o negócio da pipoca prosperou e se tornou uma fonte de renda para alguns agricultores em dificuldades.
Informação nutricional de Pipoca Porção de: 25g (1 xícara) | ||
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Quantidade por porção | VD% | |
Valor energético | 78 cal | 4% |
Proteínas | 2,7 g | 4% |
Carboidratos | 17 g | 6% |
Gorduras Saturadas | <1 g | <1% |
Gorduras Trans | <1 g ou 0g | * |
Fibra Alimentar | 3,0 g | 12% |
Sódio | 18 mg | 1% |
Cálcio | <8 mg | <1% |
Ferro | 0,36 mg | 3% |
Referências
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inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasFERREIRA.2C_A._B._H._1986._p._1
- ↑ NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.
- ↑ COELHO ARAUJO, Wilma Maria; DI PILLA MONTEBELLO; Narcy. Alquimia dos Alimentos. Senac, 2008. pp. 346. ISBN 859-869-430-4
- ↑ Confederação Nacional do Comércio. Carta mensal do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Edições 297-302. pp. 8.
Pode não parecer, mas aquela porção do cineminha tem cinco vezes mais fibras do que se você comesse a mesma quantidade, em gramas, de alface! A notícia, por si só, já é saborosa para quem precisa botar o intestino nos eixos. Mas o efeito digestivo só acontece se você beber alguma coisa junto. E, por favor, evite o refrigerante. Água ou suco são as melhores pedidas.
A parte mais fibrosa do milho ou pericarpo, no jargão dos especialistas também tem papel importante na explosão dos grãos. "Trata-se de uma película grossa que retém o amido", diz o engenheiro agrônomo Eduardo Sawasaki, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior de São Paulo. A questão é que esse amido incha-se em altas temperaturas. A capa de fibras não. Ou seja, a pressão no interior do grão se torna insuportável. Resultado: poc!Como num passe de mágica, o grão duríssimo se transforma em um floco branco e macio. Nesse novo e irresistível formato, uma substância chama a atenção dos experts em saúde: o amido resistente. Preste atenção porque a notícia, aqui, é mais quente do que pipoca recém-saída da panela: esse carboidrato duro na queda passa intacto (ou quase) pelo aparelho digestivo e assim não provoca altas repentinas nos níveis de glicose. Quem ganha com isso? "Quem está no grupo de risco do diabete tipo 2", responde a nutricionista Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, em Sete Lagoas, Minas Gerais.
A parte mais fibrosa do milho ou pericarpo, no jargão dos especialistas também tem papel importante na explosão dos grãos. "Trata-se de uma película grossa que retém o amido", diz o engenheiro agrônomo Eduardo Sawasaki, do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), no interior de São Paulo. A questão é que esse amido incha-se em altas temperaturas. A capa de fibras não. Ou seja, a pressão no interior do grão se torna insuportável. Resultado: poc!Como num passe de mágica, o grão duríssimo se transforma em um floco branco e macio. Nesse novo e irresistível formato, uma substância chama a atenção dos experts em saúde: o amido resistente. Preste atenção porque a notícia, aqui, é mais quente do que pipoca recém-saída da panela: esse carboidrato duro na queda passa intacto (ou quase) pelo aparelho digestivo e assim não provoca altas repentinas nos níveis de glicose. Quem ganha com isso? "Quem está no grupo de risco do diabete tipo 2", responde a nutricionista Maria Cristina Dias Paes, da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, a Embrapa, em Sete Lagoas, Minas Gerais.
Bote mais milho na pipoqueira porque lá vem outra boa nova: a campeã de audiência na sessão da tarde e no escurinho do cinema oferece ácido fólico, vitamina importante para mulheres em idade fértil e que desponta em diversas pesquisas como protetora do coração. Contém ainda pequenas doses de minerais como o fósforo e o potássio, uma dupla que atua no sistema nervoso, na formação dos ossos e na manutenção dos músculos. Final feliz? Ainda não. Conheça a segunda parte desse enredo.O lado, digamos, dramático desse filme é a gordura. E ponto. Não dá para deixar o ingrediente de lado e só contar o lado bom da história principalmente quando se fala da versão para microondas. "A gordura, no caso, aparece em doses generosas porque afasta a umidade que poderia comprometer os grãos dentro da embalagem", diz Eduardo Sawasaki, do IAC. O óleo também acentua o sabor e torna os flocos mais macios. Por isso é usado sem economia por aí.
Em casa pode ser diferente. A velha pipoca caseira não precisa ser feita em uma panela toda besuntada. Basta um discreto fio de óleo. Ele, aliás, é necessário, sim. "A gordura, dentro da panela, ajuda a dissipar o calor, o que garante que a maioria dos grãos irá estourar", justifica o engenheiro agrônomo Cleso Patto Pacheco, da Embrapa."Se quiser diminuir calorias, você pode até se virar sem esse fiozinho modesto", conta a química Alice Murai, da Hikari. Mas aí prepare-se para encontrar, lá no fundo da panela, um montão de piruás, como dizem os mineiros, referindo-se aos grãos que sobram inteiros, às vezes queimados.
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