terça-feira, 12 de abril de 2016

PIPOCA

Etimologia[editar | editar código-fonte]

"Pipoca" originou-se do termo tupi pï'poka, "estalando a pele",[1] formado pela junção de pi' (pele) e poka (estourar).[2] "Pororoca" originou-se do termo tupi poro'rokagerúndio de poro'rog, "estrondar".[3]

Descrição[editar | editar código-fonte]

milho cultivado para a produção de pipoca é de uma variedade especial, com espigas menores que as do milho tradicional. Seus grãos podem aparecer em vários formatos (achatados, pontiagudos etc.) e cores (como amarelobrancorosaroxo etc.). Apresenta, como característica, grãos pequenos contendo amido duro ou cristalino. Possui a propriedade de estourar quando submetido ao aquecimento, originando a popular pipoca. Algumas espécies cultivadas: Zélia e Colorado pop-1. Semeada normalmente nos meses de setembro a novembro (primavera na maior parte da América do Sul).[4] [5]

Cultivo[editar | editar código-fonte]

Com espaçamento de 0,8 metro entre linhas e 0,2 metro entre plantas, normalmente usa-se entre 10 a 15 quilogramas por hectare de sementes. A colheita é manual ou mecânica, com os grãos em torno de 16 e 18 por cento de umidade. O milho-pipoca deve ser comercializado com teor de umidade em torno de 12 e 13 por cento.

História[editar | editar código-fonte]

Os primeiros europeus que chegaram ao continente americano descreveram a pipoca, desconhecida para eles, como um salgado à base de milho usado pelos índios tanto como alimento quanto como enfeite para o cabelo. Sementes de milho usadas para fazer pipoca foram encontradas por arqueólogos não só no Peru, como também no atual Estado de Utah, nos Estados Unidos, o que sugere que ela fazia parte da alimentação de vários povos americanos. Sabe-se, porém, que inicialmente os índios preparavam a pipoca com a espiga inteira sobre o fogo. Depois, eles passaram a colocar só os grãos sobre as brasas - até inventarem um método mais sofisticado: cozinhar o milho numa panela de barro com areia quente.
A pipoca já era vendida em feiras e parques nos Estados Unidos no século XIX. No fim desse período, surgiram os primeiros cinemas americanos, e, com eles, vieram os ambulantes e seus carrinhos com pipoca e guloseimas, mistura de pipoca, amendoim e açúcar queimado. No começo, os donos dos cinemas torciam o nariz e achavam que a pipoca distraía os espectadores dos filmes.
Durante a Grande Depressão, a pipoca era relativamente barata e se tornou popular. Assim, o negócio da pipoca prosperou e se tornou uma fonte de renda para alguns agricultores em dificuldades.
Informação nutricional de Pipoca
Porção de: 25g (1 xícara)
Quantidade
por porção
VD%
Valor energético78 cal4%
Proteínas2,7 g4%
Carboidratos17 g6%
Gorduras Saturadas<1 g<1%
Gorduras Trans<1 g ou 0g*
Fibra Alimentar3,0 g12%
Sódio18 mg1%
Cálcio<8 mg<1%
Ferro0,36 mg3%

Referências

  1. Ir para cima Erro de citação: Tag <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas FERREIRA.2C_A._B._H._1986._p._1
  2. Ir para cima NAVARRO, E. A. Método moderno de tupi antigo: a língua do Brasil dos primeiros séculos. 3ª edição. São Paulo. Global. 2005. 463 p.
  3. Ir para cima FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.
  4. Ir para cima COELHO ARAUJO, Wilma Maria; DI PILLA MONTEBELLO; Narcy. Alquimia dos Alimentos. Senac, 2008. pp. 346. ISBN 859-869-430-4
  5. Ir para cima Confederação Nacional do Comércio. Carta mensal do Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio, Edições 297-302. pp. 8.

Bote mais milho na pipoqueira porque lá vem outra boa nova: a campeã de audiência na sessão da tarde e no escurinho do cinema oferece ácido fólico, vitamina importante para mulheres em idade fértil e que desponta em diversas pesquisas como protetora do coração. Contém ainda pequenas doses de minerais como o fósforo e o potássio, uma dupla que atua no sistema nervoso, na formação dos ossos e na manutenção dos músculos. Final feliz? Ainda não. Conheça a segunda parte desse enredo.O lado, digamos, dramático desse filme é a gordura. E ponto. Não dá para deixar o ingrediente de lado e só contar o lado bom da história principalmente quando se fala da versão para microondas. "A gordura, no caso, aparece em doses generosas porque afasta a umidade que poderia comprometer os grãos dentro da embalagem", diz Eduardo Sawasaki, do IAC. O óleo também acentua o sabor e torna os flocos mais macios. Por isso é usado sem economia por aí.

Em casa pode ser diferente. A velha pipoca caseira não precisa ser feita em uma panela toda besuntada. Basta um discreto fio de óleo. Ele, aliás, é necessário, sim. "A gordura, dentro da panela, ajuda a dissipar o calor, o que garante que a maioria dos grãos irá estourar", justifica o engenheiro agrônomo Cleso Patto Pacheco, da Embrapa."Se quiser diminuir calorias, você pode até se virar sem esse fiozinho modesto", conta a química Alice Murai, da Hikari. Mas aí prepare-se para encontrar, lá no fundo da panela, um montão de piruás, como dizem os mineiros, referindo-se aos grãos que sobram inteiros, às vezes queimados.

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