Os fetos, fetas, samambaias são plantas vasculares que não produzem sementes - reproduzem-se por esporos, que dão origem a um indivíduo geralmente insignificante e de vida curta (o protalo), que por sua vez produz gâmetas para dar origem a uma nova planta. As plantas totalmente desenvolvidas são formadas por um caule, normalmente um rizoma. As folhas, chamadas frondes neste grupo, são muitas vezes compostas ou recompostas, ou ainda em forma de língua e possuem, na sua face inferior (ou abaxial), pequenos órgãos chamados soros, que contêm os esporos.
Índice
[esconder]Etimologia[editar | editar código-fonte]
"Feto" e "feta" originam-se do termo latino filictu.[2] "Samambaia" é um termo originário da língua tupi, com duas explicações etimológicas possíveis:
- ham ã'bae, "o que se torce em espiral";[3]
- samambaîa, "corda de pesos, de brincos, de pingentes".[4]
Descrição[editar | editar código-fonte]
Esta definição geral inclui não só as conhecidas samambaias de grandes folhas verdes, mas também vários outros grupos de plantas que tradicionalmente estão (ou estiveram) na divisão Plantae/Pteridophyta, mas que, atualmente, distribuem-se em várias divisões.
Este artigo refere-se às "verdadeiras" samambaias, incluídas no grupo dos Fetos (ou fetas) leptoesporangiados (por partilharem o leptosporângio, ver abaixo). Este é o grupo mais diversificado de plantas verdes depois das espermatófitas, com mais de 12 000 espécies presentes no mundo, principalmente em climas tropicais.
O esporófito das samambaias - a planta adulto|adulta que normalmente vemos - é formada por:
- Um rizoma, ou seja, um caule rastejante, em grande parte subterrâneo, sem nós e constituído apenas por tecidos primários (epiderme, parênquima, xilema e floema), embora algumas espécies desenvolvam um tronco vertical - os fetos arbóreos ou xaxins;
- Rizoides, normalmente finas e resistentes, nascentes nas bases das folhas;
- Frondes ou folhas verdes (com capacidade fotossintética) formadas por:
- Um pecíolo, também chamado estipe, cujas características são muitas vezes usadas para classificar os fetos em gêneros e famílias;
- A lâmina, ou seja, a parte verde da folha, que é muitas vezes composta em pinas ou recomposta em pínulas; o eixo ou nervura central da lâmina tem o nome de raque ráquis;
- soros que são conjuntos de esporângios, normalmente na página abaxial das frondes - estas, também chamadas folhas ou frondes férteis podem ser diferentes das folhas vegetativas;
Samambaias são pteridófitas. Ao contrário das folhas das espermatófitas, que crescem lateralmente, as frondes dos fetos crescem a partir dum meristema apical, na sua extremidade, desenrolando-se à medida que crescem, num processo conhecido por vernação circinada.
Venação das Frondes das Samambaias[editar | editar código-fonte]
A maioria das samambaias possuem folhas com nervuras pinadas, com a nervura principal partindo do raque e as nervuras secundárias repetindo o processo. Em algumas espécies, no entanto, as nervuras juntam-se numa teia (anastomosam-se; venação reticulada), em que a área fechada por nervuras se denomina aréola. Em casos raros, a venação pode ser completamente dicotômica, em que as nervuras partem aos pares de cada ponto e se ramificam também aos pares, sem nunca chegar a existir uma verdadeira nervura central. As folhas jovens de muitas espécies de fetos têm venação dicotômica, mas as folhas mais desenvolvidas têm geralmente uma nervura central distinta.
Indumento das Samambaias[editar | editar código-fonte]
Nas samambaias ou fetos, o crescimento das epidermes de caules e folhas são comuns e variados, e estas características são bastante importantes na descrição e na identificação. As consequências simples compuseram de uma única pilha ou uma corrente de diversas pilhas, que é chamada geralmente de cabelos ou os trichomes.
Trichomes que tem duas ou três fileiras paralelas das pilhas na base e em uma única lima das pilhas na ponta é chamado cerdas (setae). Sequências mais elaboradas que deem forma a placas lisas de 3-20 ou mais fileiras das pilhas são escalas (paleae). As escalas podem ser unidas na base ou centralmente em um estalse pequeno. Uma das características mais distintivas de muitos cabelos e escalas é a presença de pilhas secretoras terminais ampliadas e arredondadas. Os cabelos glandulares, chamados às vezes as glândulas, podem caracterizar a espécie particular. Tais glândulas não devem ser confundidas com os nectários, que são também estruturas secretoras. Os nectários são raros nas samambaias e foram encontrados no feno da samambaia e em determinados polypodies. Gametophytes de a maioria das samambaias tende a ter os cabelos amarronzados ou incolores distintivos (rizoide) esse aparentemente saque coletar a água e para escorar a planta.
Esporângios das Samambaias[editar | editar código-fonte]
Os esporângios das samambaias, chamados eusporangiados, têm uma estrutura semelhante aos microsporângios das espermatófitas, com paredes formadas por várias camadas de células. Estes esporângios abrem normalmente por uma fenda transversal e podem produzir centenas ou milhares de esporos. Nos fetos leptosporangiados, no entanto, o esporângio tem origem numa única célula-mãe e está reduzido a uma pequena cápsula formada por uma única camada de células, com um pedúnculo formado por tricomas, ou "pelos" vegetais. Estes leptosporângios produzem sempre um número de esporos múltiplo de 16, na maior parte dos casos, 64. Algumas destas estruturas possuem um anel (anulus) formado por uma fiada de células de paredes mais grossas que as restantes, cuja forma é um fator de classificação das famílias de fetos.
Os esporângios das samambaias podem formar-se solitariamente ou em soros, que estão normalmente protegidos por uma parede chamada indúsia. Em algumas espécies, esta proteção é formada por uma dobra da margem da fronde, passando a chamar-se falsa indúsia.
Esporos das Samambaias[editar | editar código-fonte]
Os esporos das samambaias modernas são todos de um único tipo, e a taxa seria homoesporous. Os esporos individuais são na maior parte 20-60 micrômetros no comprimento ou no diâmetro. Os esporos podem ser tetrahedral ou quase globose, e a cicatriz (laesura) na superfície (proximal) interna pode ser triradiate; ou os esporos podem ser mais ou menos reniforme ou feijão-dado forma e bilateral, com um único laesura reto. O tipo com o laesura do triradiate é chamado trilete, e esse com o laesura linear, monolete. Algumas samambaias evoluíram a circunstância sabida como heterospory, em que dois tipos de esporos são produzidos por uma espécie dada: esporos pequenos na maior parte 20-30 micrômetros de comprimento (chamado macho) e os esporos grandes 200-700 micrômetros no diâmetro (chamado fêmea).
Cromossomos das Samambaias[editar | editar código-fonte]
As células-mães dos esporos, localizadas dentro dos esporângios em desenvolvimento, são muitas vezes usadas para estudar os cromossomos das fetas. As espécies homósporas têm um elevado número de cromossomos, com o número básico (haplóide) variando entre vinte e 110; este número é dos mais elevados que se conhecem entre as plantas vasculares. Os fetos heterósporos têm um número básico de cromossomos muito mais baixo, da ordem dos que se conhecem entre as espermatófitas, ou seja, entre sete e onze. Pela observação de cromossomos em meiose, pode determinar-se se a planta é um híbrido - nestes casos, a meiose é geralmente irregular e resulta em esporos mal formados.
Gametófito das Samambaias[editar | editar código-fonte]
O gametófito das samambaias - protalo - é formado por:
- Um tecido muito simples, parenquimatoso e sem estrutura vascular - um talo - que pode ser aéreo e verde (com capacidade fotossintética, ou subterrâneo e saprófito, por vezes com rizoides, sobre o qual (ou embebidos no tecido) se encontram
- os gametângios - o órgão reprodutor masculino, denominado anterídeo, que produz anterozoides móveis.
Uma vez que os anterozoides são móveis, a sua maturação depende da presença de água, ambiente no qual estes gâmetas nadam até ao arquegônio para fecundarem o óvulo. A maioria dos protalos dos fetos são dioisdfddedcos, ou seja, cada indivíduo sdf apenas anterídeos ou arquegônios, promovendo assim a recombinação genética.
Evolução e Classificação das Samambaias[editar | editar código-fonte]
As fetas, ou samambaias apareceram pela primeira vez em fósseis do Período Carbonífero. Por volta do Triássico surgiram os primeiros fósseis com características de espécies modernas. A grande expansão das samambaias ocorreu no final do período Cretáceo, quando muitas das famílias atuais de fetas surgiram.
Os fetos e samambaias têm tradicionalmente sido agrupados na classe Filices. Dois relacionaram os grupos das plantas, sabidos geralmente como samambaias, são relacionados mais distante ao grupo principal das samambaias: as samambaias do agito (Psilófita) e as adicionador-linguetas, os moonworts e as uvas-samambaias(Ophioglossophyta). A Ophioglossophytes foi considerada anteriormente samambaia "verdadeira", e agrupada na família Ophioglossaceae, mas encontrado frenquentemente para ser relacionado mais distante. Alguns sistemas de classificação incluem o Psilopytes e o Ophioglossophytes na divisão Pteridophyta, quando outros lhes atribuírem divisões separadas. A filogenia moderna indica que o Ophioglossophytes, o Psilopytes, e os fenos verdadeiros constituem juntos um grupo monofilético, com um ancestral comum único. Os fenos "verdadeiros" podem ser subdivididos em quatro grupos principais, ou classes (ou ordens se as samambaias forem considerados como uma classe):
- Marattiopsida
- Osmundopsida
- Gleicheniopsida
- Pteridopsida
Filogenia[editar | editar código-fonte]
De acordo com a análise filogenética, as relações entre os grupos são como se segue:[5]
Monilophyta |
| ||||||||||||||||||||||||||||||
Referências
- ↑ Smith, A.R.; Pryer, K.M.; Schuettpelz, E.; Korall, P.; Schneider, H.; Wolf, P.G. (2006). "A classification for extant ferns". Taxon 55 (3): 705–731. DOI:10.1093/molbev/msm267. PMID 18056074.
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.773
- ↑ FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 543.
- ↑ NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 437.
- ↑ Theodor Cole & Hartmut Hilger 2013 Trachaeophyte Phylogeny
Nenhum comentário:
Postar um comentário