segunda-feira, 9 de maio de 2016

SOLUÇO

O soluço é provocado por um espasmo do diafragma, um músculo que separa o tórax do abdômen e está diretamente relacionado com a respiração. Esse espasmo é acompanhado simultaneamente pelo fechamento da glote, o que prejudica a passagem de ar para os pulmões e produz o som típico e característico do soluço. Bebês estão sujeitos a crises mais frequentes de soluço, uma vez que seu sistema nervoso ainda imaturo não atua adequadamente sobre o diafragma.
Causas
O soluço pode se benigno. Nesse caso, apesar de incômodas e desagradáveis, as crises costumam ser passageiras e autolimitadas. Elas podem ter como causa a distensão do estômago provocada pela ingestão de grande quantidade de alimentos, de bebidas carbonatadas, como os refrigerantes, ou pela deglutição de ar.
Mudanças bruscas de temperatura, tabagismo, álcool, ansiedade e estresse estão entre as outras causas possíveis do distúrbio.
No entanto, as crises de soluço podem ser recorrentes ou persistentes e terem como causa problemas ligados ao sistema nervoso central, ao metabolismo, à irritação do nervo vago ou frênico, a procedimentos cirúrgicos e pós-operatórios ou a fatores emocionais.
Diagnóstico e tratamento
Existe uma série de manobras simples, que podem ser úteis no controle das crises de soluço benigno. Algumas, de fato funcionam. É o que acontece quando o paciente interrompe a respiração ou respira dentro de um saco de papel por alguns segundos, pressiona os joelhos dobrados contra o peito ou puxa a língua para provocar vômitos e eructações, a fim de aliviar a pressão dentro do estômago.
Nos casos de soluço persistente, a preocupação deve voltar-se para  a identificação e tratamento das causas. Para tanto, existem diversos tipos de medicamentos que ajudam a debelar as crises. Para os quadros mais renitentes, há ainda o recurso do bloqueio do nervo frênico.
Recomendações
Como a maior parte dos ataques de soluço dura apenas alguns minutos, é grande o número de tratamentos caseiros indicados. É muito difícil avaliar a eficácia de medidas tão empíricas, mas como são inócuas, vale a pena tentá-las no início da crise. Todavia, procure o médico se as crises durarem mais de 24 horas, principalmente se interferirem com o sono. Soluço crônico usualmente requer acompanhamento neurológico.
Manobras caseiras;
* Prenda a respiração por alguns segundos;
* Engula uma porção de açúcar cristal (uma colher de chá), miolo de pão ou gelo moído;
* Chupe uma fatia de limão;
* Respire repetidamente dentro de um saco de papel;
* Faça gargarejos com água;
* Puxe sua língua para provocar reações de vômito;
* Coce o céu da boca com um cotonete de algodão;
* Suspenda a úvula (campainha da garganta) com uma colher de chá;
* Erga os joelhos até o peito e incline-se sobre eles.
 O soluço, salouco[1] ou singulto (em latim: Singultus) é um fenômeno reflexo que se manifesta por contração espasmódica e involuntária do Diafragma, prosseguida de movimento de distensão e de relaxamento, através do qual o pouco ar que a contração forçara a entrar no estômago é expulso com um ruído característico. Costuma ocorrer geralmente após a ingestão de líquido ou sólido. Geralmente é benigno e auto-limitado, mas pode ser sintoma de uma doença crônica e necessitar de tratamento. Apesar de relatos anedóticos, o soluço em si não é fatal.
O soluço benigno do qual que geralmente sofremos pode ser resolvido com uma curta interrupção do ciclo respiratório, ou seja, pelo ato de prender por alguns segundos a respiração. Fazendo isto, o diafragma será forçado a voltar a funcionar juntamente com a respiração e o soluço tende a passar, mas pode continuar a ocorrer em alguns casos.

Evolução[editar | editar código-fonte]

Soluços não são exclusivos dos seres humanos, mas partilhados com outros mamíferos. Há uma zona do tronco cerebral (bulbo) que, se estimulada, induz soluços em gatos. Esta zona do cérebro é responsável pelo controle involuntário da respiração. A localização destes nervos permanece constante desde o aparecimento dos peixes. Fósseis de ostracodermes, com 400 milhões de anos, mostram que os nervos que controlam a respiração partem do tronco cerebral. Embora em peixes o impulso elétrico destes nervos não precise percorrer grandes distâncias para controlar a respiração, em mamíferos a distância percorrida é bastante maior. Qualquer impedimento no caminho do nervo pode causar um espasmo. Além da contração do diafragma, um soluço envolve vários músculos da parede corporal, pescoço e garganta. Uma rápida inspiração é seguida, 35 ms depois, pelo fecho da glote, o que produz o som do soluço. Girinos usam tanto guelras como pulmões para respirar e possuem um conjunto de nervos que produzem o mesmo padrão de contrações musculares quando respiram pela guelras. Nessa altura, a entrada de água nos pulmões é impedida pelo fecho da glote, logo após uma inspiração. Se for dado dióxido de carbono a girinos ou se a sua parede corporal for esticada, como quando uma pessoa respira para dentro de um saco, ou quando inspira fundo e sustém a respiração, respectivamente, os girinos passam a respirar pelos pulmões. [2]

Causas[editar | editar código-fonte]

Os soluços podem ser causados por muitas disfunções dos sistemas nervosos central e periférico. Soluços geralmente ocorrem após a ingestão de bebidas alcoólicas ou carbonadas (i.e.: gaseificadas). Soluços persistentes ou incessantes podem ser causados por qualquer condição que irrite ou afete os nervos relevantes. Há suspeitas de que a quimioterapia - que utiliza uma grande quantidade de drogas diferentes - cause soluços, apesar de certos estudos não encontrarem relação entre as duas coisas.
Possíveis causas para o soluço
  • Bebidas carbonadas (e.g.: refrigerantes)
  • Falta de água
  • Comer muito rápido[3]
  • Ficar com fome por certo período de tempo
  • Tomar uma bebida gelada enquanto come uma refeição muito quente
  • Comer pratos muito quentes ou picantes
  • Rir muito
  • Redução da temperatura corporal
  • Tossir
  • Bebidas alcoólicas em excesso
  • Chorar compulsivamente (o "soluçar" do choro permite que o ar entre no estômago)
  • Fumar, em certas situações onde possa ocorrer inalação anormal
  • Falar durante muito tempo
  • Falta de vitaminas
  • Laringite
  • Refluxo gástrico
  • Sensação de alimento no esôfago
  • Irritação do tímpano
  • Quimioterapia
  • Anestesia geral
  • Cirurgia
  • Tumor
  • Infecções
  • Diabetes
  • Levantar-se muito rapidamente
  • Vomitar
  • Falta de ar

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Ir para cima Verbete "salouco" no dicionário Estraviz e no Wikcionário.
  2. Ir para cima Neil Shubin (2007). Your Inner Fish Penguin Books [S.l.] ISBN 978-0-141-02758-6.
  3. Ir para cima Howes, D.. (2012). ""Hiccups: A new explanation for the mysterious reflex"". BioEssaysDOI:10.1002/bies.201100194.
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