sábado, 25 de junho de 2016

TOCANTINS

Tocantins (pronúncia em português: [tokɐ̃ˈtʃĩs]) é uma das 27 unidades federativas do Brasil, sendo o seu mais novo estado. Está localizado a sudeste da Região Norte e tem como limites Goiás a sul, Mato Grosso a oeste e sudoeste, Pará a oeste e noroeste, Maranhão a norte, nordeste e leste, Piauí a leste e Bahia a leste e sudeste. Ocupa uma área de 277 720,520 km², pouco maior que o EquadorBurkina Faso e Nova Zelândia. Sua capital é a cidade planejada dePalmas. Na bandeira nacional e no selo nacional do Brasil, o Tocantins é representado pela estrela Adhara (ε Canis Majoris).
As maiores cidades do estado são respectivamente: PalmasAraguaínaGurupiPorto Nacional e Paraíso do Tocantins. Juntas, estas cinco cidades abrigavam, em 2009, cerca de 42,22 por cento da população total do estado.[7] O relevo apresenta chapadas ao centro, ao sul e ao leste, a Serra Geral a sudeste, a Serra das Traíras (ou das Palmas) ao sul, e a planície do Araguaia, com a Ilha do Bananal, nas regiões norte, oeste e sudoeste. São importantes oRio Tocantins (incluindo o Rio Maranhão), o Rio Araguaia, o Rio Javaés, o Rio do Sono, o Rio das Balsas, o Rio Manuel Alves e o rio Paranã. O clima étropicalVeja lista de rios do Tocantins.
economia se baseia no comércio, na agricultura (arrozmilhofeijãosojamelancia), na pecuária e em criações.

Topônimo[editar | editar código-fonte]

"Tocantins" é uma referência ao rio Tocantins. É um termo oriundo do tupi antigo: significa "bicos de tucanos", através da junção dos termos tukana ("tucanos") e tim ("bicos"). O nome do rio, por sua vez, é uma referência à tribo indígena que habitava a região na época da chegada dos primeiros colonizadores portugueses.[8]

História[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: História do Tocantins

Estado de Goiás[editar | editar código-fonte]

Catedral de Nossa Senhora das Mercês, construída entre o final do século XIX e o início do século XX em Porto Nacional.
O estado de Goiás tinha uma região geográfica extensa e uma grande diferença no modo de vida dos habitantes das regiões ao norte e ao sul do estado. Sendo a capital Goiânia localizada mais a sul, e com a construção de Brasília, o sul de Goiás rapidamente se desenvolveu, se tornando uma região próspera e rica, com grande ênfase na indústria e no agronegócio, um estado promissor a novos investimentos, com grandes usinas hidrelétricas em construção e em projeto, como em ItumbiaraCachoeira Dourada e Serra da Mesa. Assim, a região sul de Goiás se desenvolvia a todo vapor.
Devido à distância e terras com pouca cultura pela falta de tecnologia para cultivos agrícolas, o norte goiano sempre foi atrasado em relação ao resto do Estado. Assim, a população e autoridades dessa região, preocupadas com o desenvolvimento, decidiram não mais brigar para que o governo de Goiás olhasse para o norte, optaram por se libertar e constituíram um novo Estado brasileiro. Nasceu a ideia do que, futuramente, se tornou o Estado do Tocantins.

Primeiros movimentos emancipacionistas[editar | editar código-fonte]

Em 1821, Joaquim Teotônio Segurado chegou a proclamar um governo autônomo, mas o movimento foi reprimido e a luta pela emancipação do norte goianoficou estagnada até que em 13 de maio de 1956 Feliciano Machado Braga, juiz de Direito de Porto Nacional juntamente com Fabrício César Freire, Osvaldo Cruz da Silva, João Matos Qunaud, Dr. Francisco Mascarenhas e Dr. Severo Gomes, lançou o "Movimento Pró-Criação do Estado do Tocantins" como uma expressão do desejo emancipacionista do norte de Goiás. Formaram-se comissões para estudar as formas de implantação do novo estado, sendo criados, então uma bandeira e hino.
Durante quatro anos, foram realizadas paradas cívicas no dia 13 de maio alusivas à data de lançamento do movimento. Em sinal de sua dedicação à causa, o juiz Feliciano Machado Braga passou a despachar documentos oficiais como: "Porto Nacional, Estado do Tocantins". O juiz Feliciano Machado Braga foi transferido de Porto Nacional e assim, o movimento perdeu sua força e seu líder. A ocorrência de intensos conflitos agrários na região do Bico do Papagaio, na divisa entre o norte de Tocantins, o Pará e o Maranhão, a partir de 1960, alimentou a causa dos que defendiam a emancipação da região, ao longo das décadas seguintes.

O veto de José Sarney[editar | editar código-fonte]

José Wilson Siqueira Campos, ex-governador e líder do movimento pela emancipação do estado do Tocantins.
Em 1982, circulou um rumor segundo o qual o governo federal estaria disposto a criar o "Território Federal do Tocantins" de modo a contrabalançar a influência do Partido do Movimento Democrático Brasileiro na Região Norte do país, visto que a legenda oposicionista conquistou os governos do Amazonas,Pará e Acre, restando ao Partido Democrático Social o controle, por nomeação presidencial, do estado de Rondônia e dos territórios federais do Amapá eRoraima. Tal alarido logo foi desmentido. Entretanto, o movimento autonomista já havia se articulado e, em 1985, o Senador Benedito Ferreira(PFL-Goiás), também conhecido por Benedito Boa Sorte em 1985 protocolou no Senado Federal um projeto de lei para criar o Estado do Tocantins, este sob o número Nº 201. Depois de ter seu projeto vetado pelo presidente Sarney, o deputado federal José Wilson Siqueira Campos (Partido Democrático Social-Goiás) apresentou, ao Congresso Nacional, um projeto de lei criando o estado do Tocantins. Aprovado pelos parlamentares em março, foi encaminhado ao presidente José Sarney[9] que o vetou em 3 de abril de 1985. Sarney afirmou na época, que tal matéria deveria ser submetida à Constituinte, que elaboraria a nova Constituição nacional.

Constituição de 1988[editar | editar código-fonte]

Uma nova tentativa de emancipação foi durante a Assembleia Nacional Constituinte, que estabeleceu, no Artigo 13 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, as condições para a criação do novo estado no bojo de uma reforma que extinguiu os territórios federais existentes e concedeu plena autonomia política ao Distrito Federal.
Em 5 de outubro de 1988, o norte de Goiás finalmente foi emancipado, passando a se chamar Tocantins, inserido na Região Norte. Em 1º de janeiro de 1989, o novo estado foi oficialmente instalado. O girassol tornou-se a planta-símbolo do estado. Sua flor amarela, aberta em várias pétalas, simboliza o sol que nasce para todos. As cores oficiais do estado são o amarelo, o azul e o branco.

Subdivisões[editar | editar código-fonte]

Panorama de Palmas, a capital e maior cidade do estado do Tocantins.
O Tocantins é dividido em duas mesorregiões e oito microrregiões.
PosiçãoNome da MicrorregiãoÁrea em km²PopulaçãoNúmero de Municípios
01Bico do Papagaio15 767,856 km²198 38825
02Araguaína26 493,499 km²260 49817
03Miracema do Tocantins34 721,860 km²145 53524
04Jalapão53 416,435 km²65 70515
05Porto Nacional21.197,989 km²304 11011
06Rio Formoso51 405,340 km²112 02013
07Gurupi27 445,292 km²127 81614
08Dianópolis47 172,643 km²118 37720
Total277 621,858 km²1 383 453139

Municípios[editar | editar código-fonte]

Palácio Araguaia, sede do governo do estado, em Palmas.

Geografia[editar | editar código-fonte]

Vegetação[editar | editar código-fonte]

Planta típica do cerradotocantinense na região do Jalapão. Ao fundo podem ser vistos alguns buritis, que é uma das plantas nativas mais características do estado.
vegetação do Tocantins é bastante variada; apresenta desde o campo cerrado, cerradão, campos limpos ou rupestres a floresta equatorial de transição, sob forma de "mata de galeria", extremamente variada.
A vegetação é o espelho do clima. Em área, o cerrado ocupa o primeiro lugar no estado do Tocantins. As árvores do cerrado estão adaptadas à escassez de água durante uma estação do ano. Caracterizam-se por uma vegetação campestre, com árvores e arbustos esparsos, útil à criação extensiva do gado, por ser uma vegetação de campos naturais, em espécie vegetal dos diferentes tipos de cerrado.
  • Cerrado – Árvores de pequeno porte, poucas folhagens, raízes longas adequadas à procura de água no sub-solo, folhas pequenas duras e grossas, ciando grande parte na Estação seca. As espécies nativas mais comuns são: pau-terra, pau-santo, barbatimão, pequi, araticum e murici.
  • Campo sujo – Uma divisão do cerrado, que apresenta árvores bastante espaçadas uma das outras e, às vezes, em formação compacta. Ex: lixeira, gramínea etc.
  • Campo limpo – Caracteriza-se por se constituir uma formação tipicamente herbácea, com feição de estepes, quando isoladas; se em tubas deixam parcelas de terrenos descobertas, sob a forma de praiarias; quando é contínua, reveste densamente o terreno. Está ligada à topografia e hidrografia, notando-se uma associação nos divisores de água, nas encostas das elevações onde o lençol freático aflora, e, também, nas várzeas dos rios. Ex: Ilha do Bananal – onde se dá criação extensiva do gado no estado.
  • Floresta equatorial – Aparece de modo contínuo no norte do estado, próximo ao paralelo 5º, e acompanha o curso dos rios, sob forma de "mata de galeria". Essa formação em área de temperatura alta e pluviosidade elevada, propicia o aparecimento de uma forma densa bastante estratificada, composta de espécies variadas.
  • Floresta tropical – Características de regiões cuja temperatura é permanentemente alta com chuvas superiores a um total de 1 500 mm anual. Apresenta muitas espécies vegetais de grande valor econômico como as madeiras-de- lei, destacando-se o mogno e o pau-brasil etc. As bordas litorâneas do vale do Tocantins, no norte do estado, notadamente Tocantinópolis e Babaçulândia, oferecem uma grande riqueza vegetal – o babaçu. O estado ocupa o terceiro lugar, no Brasil, em relação à sua produção.
Vista da região ecoturística doJalapão, situada no centro-leste do Tocantins.
Resultantes da interação entre altitudes, latitudes, relevo, solo, hidrografia e o clima, o estado pode ser dividido em três regiões que são:
  1. Região Norte: de influência Amazônica, caracterizada pelas florestas pluviais.
  2. Região do Médio Araguaia: constituída, principalmente, pelo complexo do Bananal – onde se encontram os cerrados associados às matas de Galeria e à Floresta Estacional Semidecidual.
  3. Região Centro-Sul e Leste: onde predomina o cerrado com algumas variações de Floresta Estacional Decidual nas fronteiras de Bahia- Goiás.
De maneira geral podemos afirmar que a cobertura vegetal predominante no Tocantins é o cerrado, perfazendo um percentual superior a sessenta por cento. O restante é composto por florestas esparsas que podem ser identificadas, sobretudo, nas Bacias hídricas Tocantins-Araguaia – Paranã e seus afluentes.
Os recursos naturais de origem vegetal que merecem maior destaque no Tocantins são: o coco babaçu, o pequi e o buriti. O babaçu é rico em celulose e óleo, que, ao lado do pequi é aproveitado nos pratos típicos da região. O coco tem grande valor industrial, pois serve para a fabricação de gorduras, sabões e sabonetes. A casca do coco serve como combustível e a palha do babaçu presta-se para o fabrico de redes, cordas, cobertura de casas etc.
Outra riqueza vegetal largamente explorada é a produção da madeira-de-lei.

Relevo[editar | editar código-fonte]

A Serra do Estrondo em Paraíso do Tocantins.
O relevo do estado do Tocantins é sóbrio. Pertence ao Planalto Central Brasileiro. Caracteriza-se, sobretudo, pelo solo sob cerrados, predominando, na sua maioria, superfícies tabulares e aplainadas, resultantes dos processos de pediplanação.
Regiões geográficas
  1. Chapada da Bahia do Meio-Norte: fronteiras gerais Bahia - Maranhão – são chapadas com altitudes variadas de 300 a 600 metros, representadas pela Serra da Cangalha e Mangabeira no Município de Itacajá.
  2. Chapada da Bacia de São Francisco: apresenta como divisor das águas das Bacias São Francisco/Tocantins, com altitude média de novecentos metros. Característica fisionômica: a Serra Geral de Goiás, a Leste do estado.
  3. Planalto do Tocantins: com altitude médias de setecentos metros. Os planaltos Cristalino e Peneplanície do Araguaia se constituem em degraus intermediários, com altitudes médias entre mil metros e trezentos metros.
  4. Peneplanície do Araguaia: constituída por um peneplano de colinas suaves com altitudes de trezentos a quatrocentos metros, ao longo dos vales dos rios Araguaia e das Mortes.
O estado, num todo, é caracterizado por variadas gamas de rochas ígneas e metamórficas do complexo cristalino e unidades sedimentares de diversas idades.
Pontos extremos
Vista da Ponte Fernando Henrique Cardoso em Palmas com a Serra do Lajeado ao fundo.
ponto culminante do estado fica localizado na nascente do Rio Claro, no extremo sul do município de Paranã, numa serra conhecida como Serra das Traíras (ou das Palmas). O local possui uma altitude aproximada de 1.340 metros, segundo o IBGE e a Diretoria de Serviço Geográfico do Exército Brasileiro, estando a apenas 2,5 km da divisa com o estado de Goiás.[10] [11] Pode-se chegar até a região através da TO-130, da GO-241 e da GO-464 que é a rodovia asfaltada mais próxima (via Minaçu - Goiás). As localidades mais próximas do local são o povoado do Mocambo (ou Baliza) e o povoado do Campo Alegre, em Paranã, além do povoado São José e da UHE Cana Brava, em Goiás.
Já o ponto mais baixo do estado, está localizado na extremidade oeste da Ilha dos Bois em Esperantina, na tríplice divisa com os estados do Pará e do Maranhão. Este ponto possui noventa metros de altitude, estando situado bem próximo à cidade paraense de São João do Araguaia. A Ilha dos Bois se encontra localizada logo após a confluência entre os rios Tocantins e Araguaia, sendo que toda a bacia hidrográfica do estado (Bacia do Tocantins-Araguaia) segue em direção à ilha.
Serras e Formações Geológicas
Vista da cidade de Lizarda.

Clima[editar | editar código-fonte]

O clima predominante no estado é o tropical seco, que é caracterizado por uma estação chuvosa (de outubro a abril) e outra seca (de maio a setembro). É condicionado fundamentalmente pela sua ampla extensão latitudinal e pelo relevo de altitude gradual e crescente de norte a sul, que variam desde as grande planícies fluviais até as plataformas e cabeceiras elevadas entre duzentos e seiscentos metros, especialmente pelo relevo mais acidentado, acima de seiscentos metros de altitude, ao sul.
Há uma certa homogeneidade climática no Tocantins. Porém, por sua grande extensão de contorno vertical definem-se duas áreas climáticas distintas a saber.
  • Ao Norte do paralelo 6ºS, onde o relevo é suavemente ondulado, coberto pela Floresta Fluvial Amazônica, o clima é úmido, segundo Kopper, sem inverno seco. Com temperaturas médias anuais variando entre 24 °C e 28 °C, as máximas ocorrem em agosto/setembro com 38 °C e a média mínima mensal em julho, com 22 °C, sendo que a temperatura média anual é de 26 °C. Em geral as precipitações pluviométricas são variáveis entre 1 500 e 2 100 mm, com chuvas de novembro a março.
  • Ao Sul do paralelo 6º S, onde o clima predominante é subúmido ou (estacionalmente) seco, os meses chuvosos e os secos se equilibram e as temperaturas médias anuais diminuem lentamente, à medida que se eleva a altitude. As máximas coincidem com o rigor das secas em setembro/outubro com ar seco e enfumaçado das queimadas de pastos e cerrados. Assim, a temperatura compensada no extremo sul, varia de 22 °C e 23 °C, no centro varia de 26 °C a 27 °C e no norte, de 22 °C a 23 °C. As chuvas ocorrem de outubro a abril.

Hidrografia[editar | editar código-fonte]

Rio Javaés e a Ilha do Bananalna Aldeia Txuiri/Porto Piauí emFormoso do Araguaia.
hidrografia do estado do Tocantins é delimitada a oeste pelo Rio Araguaia e ao centro pelo Rio Tocantins. Ambos correm de sul para norte e se unem no município deEsperantina, banhando boa parte do território tocantinense.
O Projeto de Desenvolvimento Integrado da Bacia do Araguaia-Tocantins (PRODIAT) dividiu a hidrografia do estado em duas sub-bacias, a saber:
  1. Sub-bacia do Rio Araguaia: formada pelo Rio Araguaia e seus afluentes, tendo um terço de seu volume no estado.
  2. Sub-bacia do Rio Tocantins: formada pelo Rio Tocantins e seus afluentes, ocupando dois terços de seu volume aproximadamente no Estado.
O Rio Araguaia nasce nas vertentes da Serra do Caiapó e corre de sul para norte, formando a maior ilha fluvial do mundo, a Ilha do Bananal e lança suas águas no Tocantins, depois de percorrer 1 135 km engrossado por seus afluentes.
O Rio Tocantins nasce em Goiás, com o nome de Rio Padre Souza, no limite entre os municípios de Ouro Verde de Goiás (GO), Anápolis (GO) e Petrolina de Goiás (GO). O Rio Tocantins só passa a receber o seu nome após a confluência entre o Rio das Almas e o Rio Maranhão, localizada entre os municípios tocantinenses de Paranã e São Salvador do Tocantins. Sendo um rio de planalto, lança suas águas barrentas em plena baía de Guajará, no Pará.
regime hídrico da Bacia Araguaia-Tocantins é bem definido, apresentando um período de estiagem, que culmina em setembro-outubro e um período de cheias, de fevereiro a abril. Há anos em que as enchentes ocorrem mais cedo, em dezembro, dependendo da antecipação das chuvas nas cabeceiras. (MINTER/1988).
Rios Tocantinenses
Praia da Graciosa, localizada às margens do Rio Tocantins em Palmas.
Vista do centro da cidade deParaíso do Tocantins.
  • Rio Tocantins
  • Rio Araguaia
  • Rio Javaés
  • Rio do Sono
  • Rio Lontra
  • Rio Guaxupé
  • Rio Jacuba
  • Rio Capela
  • Rio Manoel Alves
  • Rio Corrente
  • Rio Inhumas
  • Rio Murici
  • Rio Baixa-Grande
  • Rio Brejão
  • Rio Laje
  • Rio Raposa
  • Rio Curiti
  • Rio Taquaruçu
  • Rio Solteiro
  • Rio Neblina
  • Rio São Valério
  • Rio Providência

Unidades de Conservação[editar | editar código-fonte]

Lago no interior do Parque Estadual do Cantão, situado na região centro-oeste do estado.
O estado do Tocantins possui várias Unidades de Conservação de âmbito Federal e Estadual.
As unidades de conservação federais são:
As unidades de conservação estaduais são:
Em 5 de abril de 2005, através da Lei Estadual nº 1.560, o Governo do Estado do Tocantins instituiu o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC), estabelecendo os critérios e normas para a criação e gestão das unidades estaduais.

Economia[editar | editar código-fonte]

Exportações do Tocantins - (2012)[12]
O Tocantins, estado mais novo da nação, é conhecido como uma terra nova, de novas possibilidades e oportunidades, atrativa para migrantes e propícia ao aporte de novosinvestimentos com uma série de incentivos fiscais: a economia tocantinense está assentada em um agressivo modelo expansionista de agroexportações e é marcada por seguidos records de hiper-superávits primários: cerca de 89% de sua pauta de exportação é soja em grão, cerca de 10% é carne bovina e 1% outros, revelando sua forte inclinação agropecuária.
Em 2005, Tocantins exportou 158,7 milhões de dólares e importou 14,3 milhões. Sua indústria é principalmente a agroindústria, centralizada em seis distritos instalados em cinco cidades-polo: PalmasAraguaínaGurupiPorto Nacional e Paraíso do Tocantins. Sua indústria é ainda pequena e voltada principalmente para consumo próprio.
O potencial exportador do estado vem aumentando consideravelmente, tendo o Tocantins, em 2012, exportado aproximadamente U$S 644.000.000,00 (seiscentos e quarenta e quatro milhões de dólares), divididos principalmente em soja (69,37%), carne bovina congelada (20,29%), álcool etílico (3,35%), carne bovina (2,58%) e miúdos comestíveis (1,34%)[12] .
Boa parte de suas importações é de maquinário, material de construção, ferro e aeronaves de pequeno porte, produtos que representam a base de um expansionismo econômico. Não se observa a importação de produtos produtíveis em solo estadual: o que representa uma contenção de evasão econômica, garantindo um superávit na balança comercial, retendo mais divisas dentro do estado.
Vista do centro da cidade deGurupi.
Uma importante ajuda à economia estadual, como ocorre com a maioria das prefeituras do país, consiste no recebimento de verbas federais, principalmente através do FPM – Fundo de Participação dos Municípios.
No setor terciário (comércio e serviços) suas principais atividades estão concentradas na capital Palmas e também nas cidades que estão localizadas à beira da Rodovia Belém-Brasília (BR's 153 e 226). Faz-se importante frisar a relevância dessa rodovia para o Tocantins, pois ela corta o estado de norte a sul e possibilita um melhor desempenho no crescimento econômico das cidades localizadas às suas margens, servindo como entreposto de transportes rodoviários e de serviços a viajantes. Além disso, a Rodovia Belém-Brasília também facilita o escoamento da produção do Tocantins para outros estados e para portos no litoral.
Observa-se uma economia, que com sucesso consegue reter capitais com sua pequena indústria (reduzindo a necessidade de importações), uma população com renda per capita em posição mediana, uma potência agrícola em expansão com um PIB cada vez maior e com deficiências principalmente no setor secundário (indústrias).
A produção de borracha natural (látex in-natura) após anos de incentivo dos órgãos agropecuários estaduais, estabilizou-se em três regiões, norte (Araguaína), centro (Pium) e sul (Palmeirópolis), com a região sul possuindo a maior área plantada do estado.

Demografia[editar | editar código-fonte]

Cor/RaçaPorcentagem
Pardos68,8%
Brancos24,2%
Negros6,8%
Amarelos ou Indígenas0,3%
Fonte: IBGE [13] .

Povos indígenas[editar | editar código-fonte]

No Tocantins, assim como no restante do país, foram os índios os seus primeiros habitantes, sendo de assinalar que, após o descobrimento, houve um genocídio da raça indígena, uma vez que eram em número superior a 150 mil os que povoaram especialmente a zona litorânea. Mesmo assim, até hoje ainda existe no Tocantins um pequeno grupo de índios isolados da tribo Avá-Canoeiro, que vivem sem nenhum tipo de contato com a civilização na região da Mata do Mamão, localizada no interior da Ilha do Bananal. Até hoje estes índios continuam rejeitando qualquer tentativa de contato, sendo que já foram encontrados diversos vestígios que indicam a presença deles na Mata do Mamão.
Quilombos do Tocantins

Infraestrutura[editar | editar código-fonte]

Transportes[editar | editar código-fonte]

Trecho da BR-153 em Fortaleza do Tabocão, entre a sede do município e o entroncamento com a rodovia TO-336/BR-235.

Educação[editar | editar código-fonte]

Vista aérea do Campus I daUniversidade Regional de Gurupi(UNIRG).

Mídia[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Televisão no Tocantins
telefonia fixa no Tocantins foi prestada inicialmente pela Telegoiás (até 1998), e mais posteriormente pela concessionária Brasil Telecom (até 2009). Hoje a Brasil Telecom foi incorporada pela Oi, que passou a deter a concessão do sistema telefônico do estado. Além da Oi, a GVT e a Embratel também atuam no Tocantins como empresas permissionárias. A telefonia celular é prestada por quatro operadoras, sendo elas aClaro, a Oi, a Vivo e a TIM. O código de DDD de todos os municípios do estado é o 63.
Obs.: A GVT atua somente em Palmas, enquanto que a Embratel também atua nos municípios de Araguaína e Gurupi, além de outras localidades remotas do estado através da telefonia pública via-satélite.

Regiões turísticas e culturais[editar | editar código-fonte]

Esportes[editar | editar código-fonte]

No Futebol a primeira divisão do Campeonato Tocantinense é disputada por 8 times, o atual campeão de 2013 é O Interporto Futebol Clube, os maiores campeões são o Palmas Futebol e Regatas e o Gurupi Esporte Clube, cada um com 5 títulos, em seguida vem o Tocantinópolis Esporte Clube com 3 títulos, na Copa Tocantins o Kaburé Esporte Clube é o maior campeão com 3 títulos.
Na Copa do Brasil de 2004 O Palmas Futebol e Regatas surpreendeu chegando até as quartas de finais elimando times bem mais tradicionais do futebol brasileiro, na primeira fase eliminou o Clube do Remo na primeira fase , na segunda fase eliminou Nacional Futebol Clube de Manaus , nas Oitavas de finais eliminou o (Sociedade Esportiva do Gama) , nas quartas de finais foi eliminado por outra surpresa que foi Clube 15 de Novembro de Campo Bom-RS, time que na época era treinado por Mano Menezes, nessa mesma edição teve ainda como maior surpresa Esporte Clube Santo André , vencendo na final o Clube de Regatas Flamengo por 2 a 0 em pleno Maracanã.
Atleta de voo livre em parapente, pronto para decolar na Serra do Estrondo em Axixá do Tocantins

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons possui uma categoriacontendo imagens e outros ficheiros sobre Tocantins

Referências

  1. Ir para cima NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013.
  2. Ir para cima Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).«Área Territorial Oficial - Consulta por Unidade da Federação». Arquivado desde o original em 9 de abril de 2014. Consultado em 9 de setembro de 2013.
  3. Ir para cima «Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da federação com data de referência em 1º de julho de 2015» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. 28 de agosto de 2015. Consultado em 28 de agosto de 2015.
  4. Ir para cima «Produto Interno Bruto - PIB e participação das Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2010» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2010. Consultado em 24 de novembro de 2010.
  5. Ir para cima «Síntese dos Inidicadores Sociais 2009» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 22 de outubro de 2009.
  6. Ir para cima PNUD Brasil. «Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2010 - Todos os Estados do Brasil»(PDF). Consultado em 29 de julho de 2013.
  7. Ir para cima [1]Estimativas das populações residentes em 1º de julho de 2009, segundo os municípios - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  8. Ir para cima NAVARRO, E. A. Dicionário de Tupi Antigo: a Língua Indígena Clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 603
  9. Ir para cima Portal do Governo Brasileiro
  10. Ir para cima Secretaria de Indústria e Comércio do Estado de Goiás. «"Carta topográfica da região da Serra das Traíras"» (PDF)ISSN 0100-1299. Acesso em 16/04/2010.
  11. Ir para cima Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.«"Anuário Estatístico do Brasil - volume 66 - 2006"»(PDF)ISSN 0100-1299. Rio de Janeiro: 2007. Tabela 1.3.2.2, pág. 1-29. Acesso em 16/04/2010.
  12. ↑ Ir para:a b «Exportações do Tocantins (2012)».Plataforma DataViva. Consultado em 13 de janeiro de 2014.
  13. Ir para cima [2] Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
  14. Ir para cimahttp://www.ibge.gov.br/cidadesat/historicos_cidades/historico_conteudo.php?codmun=170950
  15. Ir para cima http://www.aguaboanews.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=22034:belem-brasilia-foi-projeto-audacioso-para-ligar-o-norte-ao-resto-do-brasil-&catid=21:nacional&Itemid=23
  16. Ir para cima http://www.portalntc.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=41195%3Ana-rota-dos-caminhoneiros-&Itemid=310
  17. Ir para cima http://www.abcdeluta.org.br/contexto.asp?id_ANO=7
  18. Ir para cima http://www.revistaoempreiteiro.com.br/index.php?page=materia.php&id=178
  19. Ir para cima http://pt.scribd.com/doc/100368820/1943

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