Antipirético ou antitérmico (também pode ser chamado de febrífugo e antifebril) é um medicamento que previne ou reduz a febre, diminuindo a temperatura corporal que está acima do normal (acima de 37°C). Entretanto, eles não vão afetar a temperatura normal do corpo se uma pessoa que não tiver febre o ingerir.
Os antipiréticos fazem com que o hipotálamo "ignore" ou modula as funções do hipotalamo a diminuir a temperatura um aumento induzido por interleucina. O corpo então irá trabalhar para baixar a temperatura e o resultado é a redução da febre.
Contraditoriamente, a maioria dos antipiréticos são usados para outros fins. Por exemplo, os antipiréticos mais comuns no Brasil e nos Estados Unidos são a aspirina e o paracetamol, que são usados primariamente para o alívio da dor. Existe um debate sobre o uso apropriado de tais medicamentos: a febre é parte da resposta imune do corpo contra uma infecção que acarreta benefícios e malefícios.
Entre os benefícios da febre destacam-se o aumento da resposta imunitária e promoção da fagocitose por parte dos leucócitos. O aumento da temperatura corporal impede também a proliferação de bactérias impedindo a sua captação de ferro.
Entre os maiores riscos da febre destacam-se os doentes com patologias cardíacas. A febre resulta em parte de um aumento da taxa metabólica do organismo, o que se traduz num aumento do consumo deoxigénio (13% por 1 ºC) e maior produção de metabolitos. Isto resulta num aumento da frequência cardíaca para aumentar o aporte sanguíneo nos tecidos. Em doentes com patologias cardíacas este aumento é bastante crítico sendo que doentes que sofreram enfartes recentes têm maior risco de sofrerem danos cerebrais.
Quando algum tipo de dor nos visita, tomar um remédio costuma ser a primeira coisa que passa pelas nossas cabeças, até porque esse costume é passado de geração em geração há tempos. Mas não basta apenas tomar um remédio, é preciso saber como escolher o tipo certo para cada dor. Entenda melhor o que é cada um e como agem em nosso corpo.
Índice
Antitérmicos
O que são Antitérmicos
Os medicamentos antitérmicos são utilizados no combate ou na diminuição da febre. Em um corpo febril, o antitérmico diminui a temperatura, que está acima do normal, porém ele não tem efeito algum sobre uma pessoa que não está com febre.
Sua ação inibe a atuação da enzima causadora do problema, mas mesmo que os remédios antitérmicos tragam um alívio com relação ao sintoma, eles não proporcionam a cura do distúrbio que ocasiona a dor.
Afinal, qual é o certo: antitérmico ou antipirético?
Essa é uma dúvida bastante frequente entre as pessoas e é por isso que decidimos acabar de uma vez por todas com ela! Os medicamentos antitérmicos são a mesma coisa que os antipiréticos, ou seja, possuem o mesmo composto, apenas com nomenclaturas diferentes. Eles podem ser chamados de febrífugos ou ainda de antifebris.
Como os antitérmicos agem no corpo
Quando o nosso corpo contrai uma infecção, inflamação ou lesão no sistema nervoso, ele emite um sinal a nós avisando que algo não está certo: a febre. Com ela, uma enzima presente em nosso corpo é produzida em uma quantidade maior e que interfere diretamente no funcionamento do hipotálamo, região do cérebro que controla a temperatura do corpo.
A febre não é prejudicial, muito pelo contrário! As pequenas elevações na temperatura corporal aumentam o metabolismo e ajudam a combater infecções. Portanto, cabe aos antitérmicos agirem sobre essa reação do corpo. Dentre os tipos desses medicamento, há aqueles que agem logo no início do processo, impedindo que a enzima seja produzida, e há outros que agem diretamente no hipotálamo, impedindo que seu funcionamento seja afetado.
Os principais antitérmicos
Aspirina
Presente no mundo há mais de 100 anos, a aspirina é o antitérmico mais antigo que existe. Além da ação antitérmica, o medicamento também possui outras duas ações: a anti-inflamatória e a analgésica.
Dipirona
Cada vez mais empregada em nosso dia a dia, a dipirona traz em sua fórmula a ação antitérmica e também a analgésica.
Ibuprofeno
O ibuprofeno é um anti-inflamatório não hormonal, mas que também possui ações antitérmica e analgésica.
Paracetamol
Atualmente, o paracetamol é o medicamento de maior uso no mundo todo, substituindo a aspirina, que possuía o topo até os anos 70. Esse medicamento é, além de antitérmico, analgésico. Sua função anti-inflamatória não é clinicamente significativa.
Analgésicos
O que são Analgésicos
Todas as dores que sentimos, independente de qual seja, são transmitidas através do sistema nervoso. Para suprimir a dor, nada melhor do que um analgésico, tipo de medicamento que diminui ou interrompe essas vias de transmissão nervosa. Muitos dos analgésicos que conhecemos podem ter propriedades antitérmicas também.
Como os analgésicos agem no corpo
Os medicamentos analgésicos bloqueiam os receptores sensoriais de nosso corpo, fazendo com que o cérebro não receba mais o aviso de que há um foco de inflamação ou algo do tipo.
Existem no mercado dois tipos de analgésicos: o periférico e o central. O periférico é o mais comum, encontrado nas farmácias, e, após ser ingerido, ele se espalha por toda a corrente sanguínea até chegar ao local em que a dor se encontra, onde o corpo absorve o medicamento. Já os analgésicos centrais são utilizados em casos mais graves e atuam diretamente no sistema nervoso central, que é composto pelo cérebro e pela medula espinhal, fazendo com que a percepção de dor seja eliminada de todo o nosso corpo.
Os principais analgésicos
Atualmente, existe uma enorme quantidade de analgésicos disponíveis, de diversas marcas e em diversos formatos, mas só há apenas três tipos principais desse tipo de medicamento.
Fármacos anti-inflamatórios não-esteróides (AINEs)
Os AINEs são usados, normalmente, para a redução da dor causada por algum tipo de lesão. Alguns exemplos desse tipo de medicamento são: ibuprofeno, diclofenaco e celecoxib.
Paracetamol
Como explicado anteriormente, o paracetamol além de analgésico, também possui função antitérmica sobre o nosso corpo.
Opióides fracos e opióides fortes
Substâncias derivadas do ópio, os opióides fazem com que as dores não sejam mais sentidas quando usados em dores crônicas e/ou de alta intensidade. Um exemplo de opióide é a morfina.
Cuidados
O tratamento de dores não devem ser feitas rotineira e aleatoriamente com os medicamentos acima citados, pois podem apresentar riscos de interações medicamentosas e outros efeitos adversos. Sempre leia a bula antes do uso de qualquer medicamento e peça orientação ao seu médico ou farmacêutico antes de utilizá-lo.
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