Arborização urbana diz respeito aos elementos vegetais de porte arbóreo, dentro da cidade. Nesse enfoque, as árvores plantadas em calçadas, fazem parte da arborização urbana, assim como parques e praças sem caracterizar Áreas de Preservação Permanente (APP) e podem ser subdivididas em áreas verdes de uso público (lazer) e particular.

Importância[editar | editar código-fonte]

A arborização urbana é de vital importância, principalmente nos grandes centros urbanos. Com uma maior área verde na cidade, a temperatura é mais baixa, evitando asilhas de calor, que se formam rapidamente em grande metrópoles com urbanização intensa, como São Paulo e Rio de Janeiro, no Brasil, e Nova IorquePequimBombaim,CairoCidade do México, entre outras. Geralmente, as ilhas de calor formadas pela grande concentração de concreto, pela escassez de áreas verdes e pelo elevado nível de poluição (ocasionado, na maioria das vezes, pelos veículos que circulam pela cidade), concentram-se na região central das metrópoles, onde se encontram o centro financeiro, vários edifícios, e uma enorme frota de veículos. Portanto, a arborização é de grande importância para a população de uma cidade, pois melhora a qualidade do ar, reduz a propagação do som, e diminui, em cerca de 10%, o nível de material particulado.
São Paulo, a maior cidade brasileira, possui 968,3 km² de área urbanizada (cerca de 9 vezes maior que a área territorial de Paris), sem contar com sua região metropolitana(2.209 km² de área urbana - quase duas vezes a área territorial de Nova Iorque). Desta forma, a cidade apresenta vários programas de arborização, como, por exemplo, o projeto Pomar, iniciativa de plantar flores e árvores frutíferas nas margens do rio Pinheiros, com o objetivo de transformá-las em um jardim de 14 km de extensão com espécies nativas. O mesmo acontece com o Tietê, que, apesar da intensa poluição, conta com alguns projetos de arborização para suas margens. Há, além destes, planos direcionados à ampliação ou reconstituição de áreas verdes de avenidas, ruas e parques urbanos. No Rio de Janeiro, o bairro de Campo Grande e outros pequenos bairros contíguos, passam, atualmente, por um processo de arborização que visa formar uma extensa malha viária verde constituída majoritariamente por espécies arbóreas da floranativa.
Outras grandes cidades brasileiras que contam com arborização são CuritibaPorto Alegre e Campo Grande, entre outras. Podem-se citar, também, cidades menores comoMaringá, no Paraná.
Uma pesquisa realizada em 2007, publicada pela revista Reader's Digest, classificou 141 países de acordo com a arborização nacional. A classificação por países foi elaborada a partir de critérios ambientais, como a qualidade do ar, da água, da biodiversidade ou o nível de emissão de gases do efeito estufa. Foram considerados também fatores sócio-econômicos, como produto interno brutoeducação, taxa de desemprego e expectativa de vida. Além dos países, 72 cidades foram pesquisadas, sobre as quais obtiveram dados locais e se apoiaram em informações da União Internacional de Transportes Públicos (que leva em conta elementos como lixo, reciclagem, preço da eletricidade e poluição por partículas, espaços verdes e transportes coletivos).
No ranking das nações, a Finlândia obteve o primeiro lugar, seguida pela Islândia e Noruega. A Etiópia ocupa a 141ª posição.
Entre as cidades, Estocolmo ficou com a primeira posição, seguida por OsloMunique e Paris. Na última colocação, a capital chinesa, Pequim.
De acordo com a pesquisa, o Brasil ocupa a 40ª posição entre os 141 países analisados. Entre as 72 cidades pesquisadas, Curitiba está no 54º lugar e São Paulo na 62ª posição.[1]

Intensidade de Arborização[editar | editar código-fonte]

A arborização pode ser determinada a partir de uma escala de intensidade dividida em quatro classes[2]:
  • Total: Cobertura vegetal densa e homogénea (copas confinantes) que abrange toda a área da via, criando situações de "túneis verdes". As árvores podem estar dispostas nas extremidades das vias como no meio das mesmas, desde que a sua copa cubra a total largura da via.
  • Parcial: Cobertura vegetal presente nos dois lados, de um lado ou no meio das vias ou até pontualmente, em que a copa é mais reduzida, mas cobrindo parcialmente e isoladamente a área do arruamento. O edificado pode ajudar no fornecimento de sombra para o seu respetivo lado adjacente e, segundo a posição do sol.
  • Escassa: Cobertura vegetal de um lado da via, pontualmente ou mesmo sem presença de árvores, mas ainda com sombra derivado do edificado adjacente e, segundo a posição do sol.
  • Inexistente: Vias sem qualquer cobertura vegetal e que, o edificado não influencia ou é decisivo no sombreamento. Este facto prende-se tanto com a altura do edificado como com a orientação geográfica da via.

Plantação[editar | editar código-fonte]

Mudas[editar | editar código-fonte]

As plantas só devem ir para o local definitivo (na rua, na avenida ou na praça) quando alcançarem, no mínimo, 1 metro.
Devem estar acondicionadas em recipientes apropriados (jacáslatas ou caixões de madeira).

Plantio[editar | editar código-fonte]

O plantio deve ser feito em covas grandes, no mínimo de 0,60 x 0,60 x 0,60 metros. Se for lata, tirar o recipiente por ocasião do plantio. Misturar à terra 10 a 15 litros de esterco bem curtido e também:
A melhor época de plantar uma árvore é no período chuvoso, pois a chuva acelera o seu crescimento.
O espaçamento é bastante variável; depende sobretudo de largura da via carroçável, largura do passeio, recuo das construções, altura de rede elétrica, localização e profundidade da rede de água e esgoto, tamanho e conformação da espécie vegetal.

Podas[editar | editar código-fonte]

Normalmente a muda já recebe uma primeira poda ao sair do viveiro. Nelas são deixados 3 ou 4 ramos que deverão dar a futura copa.
Deve-se eliminar os "ladrões" que aparecem no tronco, só deixar os ramos principais.
O que se deve fazer é ir despontando os ramos que prejudiquem o trânsito ou mesmo eliminar aqueles que saem muito baixos ou que se inclinam demasiadamente.

Referências

  1. Ir para cima http://www1.folha.uol.com.br/folha/ambiente/ult10007u330000.shtml
  2. Ir para cima Figueiredo, Rossano (2014). Áreas de Influência dos Espaços Verdes Urbanos de Proximidade: uma abordagem exploratória na Freguesia de Arroios, Mestrado Bolonha em Urbanismo e Ordenamento do Território, Instituto Superior Técnico.
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