Jaboatão dos Guararapes é um município brasileiro do estado de Pernambuco, situado no nordeste do país. Pertence à Mesorregião Metropolitana do Recife, à Microrregião de Recife e à Região Metropolitana do Recife; localizando-se a sul da capital do estado, distando desta cerca de 18 km.[6] Ocupa uma área de 257,3 km², estando 23,6 km² formando o perímetro urbano e os 233,7 km² restantes formando a zona rural do município.[7] Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2015 sua população era de 686 122 habitantes,[3] sendo, desta forma, o segundo município mais populoso do estado.[8]
A sede municipal tem uma temperatura média anual de 24,4 °C,[9] tendo a Mata Atlântica como vegetação nativa e predominante, tendo também alguns trechos de restinga e manguezal.[10] Em 2013, aproximadamente 97,82 % da população vivia na zona urbana municipal,[11] dispondo de 114 estabelecimentos de saúde, segundo dados de 2009.[12] O seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH-M) é de 0,717, sendo considerado médio e acima da média estadual, ocupando o quinto lugar no ranking estadual.[13]
As terras que formam o atual território municipal foram concedidas por Duarte Coelho, em 1566, a Gaspar Alves Purga e Dona Isabel Ferreira, com o objetivo de desenvolver a produtividade das terras. Numa extensão de uma légua, foi instalado o engenho São João Batista, o qual foi vendido em 1573 a Fernão Soares, cuja herdeira, Maria Feijó, foi casada com o português Antônio Bulhões, havendo a mudança do nome do engenho para Bulhões. O município foi fundado sob o nome de Jaboatão em 4 de maio de 1593 por Bento Luiz Figueira, o terceiro proprietário do antigo Engenho São João Batista. A cidade é conhecida como "Berço da Pátria", por ter sido palco da Batalha dos Guararapes, travada em dois confrontos, em 1648 e 1649. Nesta batalha, pernambucanos e portugueses expulsaram os invasores holandeses do seu território. Em 1989, o município passou a chamar-se "Jaboatão dos Guararapes", parte em homenagem ao Monte dos Guararapes, local onde ocorreu a batalha, que foi parte da Insurreição Pernambucana[14] e parte para barrar diversas tentativas de emancipação do Distrito de Prazeres, por este motivo a sede da prefeitura foi transferida do centro do município para o distrito de prazeres, porém ao mudar o local da sede do município o nome deste deve ser mudado, por este motivo acrescentou-se o "dos Guararapes" ao antigo nome do município passando assim a Jaboatão dos Guararapes o mesmo ocorreu com a bandeira, foi acrescida do texto "dos Guararapes".
Jaboatão dos Guararapes destaca-se por sua indústria, possuindo o terceiro maior PIB industrial de Pernambuco[15] e estando situado numa região estratégica de desenvolvimento econômico de Pernambuco, junto com as cidades de Rio Formoso ,localizando no caminho entre Recife e o Porto de Suape, que é o principal polo de investimentos do estado.[16] É cortado pelas principais rodovias do estado, a BR-101 (de norte a sul), a BR-232 (de leste a oeste) e o futuro Arco Metropolitano, que tem em seu projeto um traçado no sul do município.[17] Juntamente com outros municípios da sua região, Jaboatão faz parte do Território Estratégico de Suape, criado pela Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (CONDEPE/FIDEM) para delimitar a área de influência do Complexo Industrial e Portuário de Suape.[18]
Índice
[esconder]Etimologia[editar | editar código-fonte]
O topônimo Jaboatão tem origem indígena. Para alguns autores, é derivado do vocábulo "jabotiatão" — Jaboti (uma espécie de cágado) e atam ou atã (andar) — dando a entender “andar devagar, andar como cágado”. Segundo o lexicógrafo Antenor Nascentes, o topônimo tem origem de “uma planta não identificada, que dá mastros para embarcação”. A denominação dessa espécie árvore, segundo o também lexicógrafo Teodoro Sampaio, vem do tupi yapoa’tã, significando “o indivíduo linheiro, o tronco reto”. De acordo com o lexicógrafo Rodolfo Garcia, ya (o que tem), po ou bo (fibra) e an’tã (dura), significando “arbusto de fibra dura”. Enquanto a "Guararapes", também originada da língua tupi, significa "som, estrondo ou estrépito" provocado por queda ou pancada, tendo a intenção de exprimir o rumor que fazem as águas caindo nas concavidades e cavernas daqueles montes. [19]
História[editar | editar código-fonte]
Na época das capitanias hereditárias os donatários concediam lotes, em regime de sesmarias , para desenvolver a produtividade das terras. Em 1566 , por uma carta de sesmaria lavrada na vila de Olinda, Duarte de Albuquerque Coelho (segundo donatário de Pernambuco) concedeu a Gaspar Alves de Pugas uma légua de terras situadas nas margens do rio Jaboatão, judicialmente demarcadas em 1575. Grande parte dessa sesmaria foi vendida, em 15 de setembro de 1573, a Fernão Soares, que, juntamente com seu irmão, Diogo Soares, construiu o Engenho Nossa Senhora da Assunção (posteriormente Suassuna), o qual começou a moer em 1587. Gaspar Alves de Pugas ainda ficou com uma grande parte da sesmaria, na qual construiu o Engenho São João Batista (atual Usina Bulhões), que já estava em atividade em 1575. Em 1584 esse engenho foi comprado por Pedro Dias da Fonseca, que nove anos depois o revendeu aos portugueses Bento Luiz de Figueiroa e sua mulher, D. Maria Feijó de Figueiroa, ambos naturais da cidade do Porto. A escritura pública foi lavrada na vila de Olinda, no dia 04 de maio de 1593, considerada a data simbólica da fundação de Jaboatão. Eles se estabeleceram como terceiros proprietários do engenho, nas terras onde hoje se localiza o município de Jaboatão dos Guararapes.[20]
Às famílias que para ali afluíram, oriundas principalmente de Olinda e do Recife, Bento de Figueiroa doou terras para a construção de casas, na parte situada entre os rios Jaboatão e Duas Unas e na confluência dos mesmos, a título de aforamento perpétuo; a partir de então teve início o primeiro núcleo de população. Com o tempo, já desenvolvida a povoação, Bento de Figueiroa doou um terreno para erigir uma igreja, além de contribuir com donativos para a construção da mesma e terras para a constituição do seu patrimônio canônico. A igreja foi erguida sob a invocação de Santo Amaro e, em 1598, recebeu foros de paróquia. No mesmo ano foi criado um curato, por D. Antônio Barreiros, terceiro bispo do Brasil, anteriormente prior da Ordem de S. Bento de Avis; o curato foi provido em 1609. D. Maria Feijó de Figueiroa faleceu no dia 12 de novembro desse mesmo ano e foi sepultada na capela-mor da igreja matriz, atendendo ao pedido que constava em seu testamento.[21]
No dia 21 de outubro de 1633 a povoado foi invadida e saqueada por 700 neerlandeses, os quais foram rechaçados pelas tropas comandadas pelo major Pedro Correia da Gama e pelo capitão Luiz Barbalho Bezerra. No município ocorreram dois fatos importantes da história pernambucana: as lutas contra o invasor holandês, travadas nos Montes Guararapes, nos dias 19 de abril de 1648 e 19 de fevereiro de 1649. No segundo desses combates saiu ferido Henrique Dias, que veio a falecer anos depois, em consequência dos golpes recebidos.[23]
Pela Lei Estadual nº 4, de 05 de maio de 1989, o município passou a denominar-se Jaboatão dos Guararapes, em homenagem ao local das batalhas históricas, os Montes Guararapes. A mesma lei criou o distrito de Jaboatão, integrado ao município de Jaboatão dos Guararapes, e extinguiu o distrito de Muribeca dos Guararapes, cujo território passou a pertencer ao distrito sede. Em divisão territorial datada de 1º de junho de 1995, o município é constituído de três distritos: Jaboatão dos Guararapes (sede), Cavaleiro e Jaboatão, assim mantendo em divisão datada de 2005. No dia 11 de janeiro de 2008 a Lei Complementar nº 2 criou mais dois distritos: Curado e Jardim Jordão.[24]
A importância dos Montes Guararapes no contexto nacional é reconhecida desde o seu tombamento, em 1961. Ratificando o valor histórico do sítio onde foram travadas as duas batalhas (1648 e 1649), foi criado o Parque Histórico Nacional dos Guararapes (PHNG), homologado através do Decreto nº 68.527, de 19 de abril de 1971. O parque ocupa uma área de 224, 40 ha, desapropriada pela União desde 1965.[25]
Geografia[editar | editar código-fonte]
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o território município é de cerca de 257,3 km², sendo 23,6 km² compondo a zona urbana e os 233,7 km² restantes formando a zona rural.[7] Situa-se a 08º 06' 46" de latitude sul e 35º 00' 53" de longitude oeste, estando a 18 km a sul de Recife.[26] Os municípios limítrofes são: Recife e São Lourenço da Mata, a norte; Cabo de Santo Agostinho, ao sul; Moreno e São Lourenço da Mata, a oeste; e o Oceano Atlântico, a leste.[10]
Hidrografia[editar | editar código-fonte]
O município de Jaboatão dos Guararapes está incluído nos domínios dos Grupos de Bacias Hidrográficas de Pequenos Rios Litorâneos. Seus principais rios são os rios: rio Jaboatão e rio Tejipió. Os principais afluentes do rio Jaboatão são os rios Duas Unas, Zumbi, Palmeiras e Muribequinha. Seus principais açudes são: Palmeira, Mossaiba, Jangadinha, além da Barragem de Duas Unas.[27]
Clima[editar | editar código-fonte]
O município tem o clima tropical, do tipo As´. Os verões são quentes e secos. Os invernos são amenos e úmidos, com o aumento de chuvas; as mínimas podem chegar a 15°C. As primaveras são muito quentes e secas, com temperaturas que algumas ocasiões podem chegar aos 35°C. [28]
[Esconder] Dados climatológicos para Jaboatão dos Guararapes | |||||||||||||
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Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
Temperatura máxima média (°C) | 29,8 | 29,7 | 29,5 | 28,9 | 28,2 | 27,2 | 26,7 | 27 | 27,8 | 28,8 | 29,4 | 29,2 | 28,5 |
Temperatura média (°C) | 26,5 | 26,5 | 26,2 | 25,6 | 25 | 24,2 | 23,6 | 23,7 | 24,5 | 25,4 | 26 | 26 | 25,3 |
Temperatura mínima média (°C) | 23,2 | 23,3 | 23 | 22,4 | 21,9 | 21,3 | 20,6 | 20,5 | 21,3 | 22,1 | 22,6 | 22,9 | 22,1 |
Precipitação (mm) | 72 | 90 | 179 | 212 | 239 | 259 | 262 | 146 | 79 | 42 | 33 | 47 | 1 660 |
Fonte: Climate Data.[29] |
Subdivisões[editar | editar código-fonte]
Regionais[editar | editar código-fonte]
- Jaboatão - Regional 1
- Cavaleiro - Regional 2
- Curado - Regional 3
- Muribeca - Regional 4
- Prazeres - Regional 5
- Praias - Regional 6
- Guararapes - Regional 7
Bairros[editar | editar código-fonte]
- Jaboatão Centro
- Manassu
- Socorro
- Vargem Fria
- Bulhões
- Santo Aleixo
- Vila Rica
- Floriano
- Centro
- Vista Alegre
- Santana
- Engenho Velho
- Muribequinha
Rio das Velhas
- Cavaleiro
- Cavaleiro
- Dois Carneiros
- Sucupira
- Zumbi do Pacheco
- Curado
- Curado I
- Curado II
- Curado III
- Curado IV
- Muribeca
- Marcos Freire
- Muribeca
- Prazeres
- Jardim Jordão
- Guararapes
- Comportas
- Prazeres
- Cajueiro Seco
- Praias
- Piedade
- Candeias
- Barra de Jangada
- Guararapes II
- Guararapes
- Jardim Jordão
- Prazeres [30]
Relevo[editar | editar código-fonte]
O município possui três tipos de relevo em seu território: as Planícies Costeiras, com trechos periódicos ou permanentemente inundados, com terraços marinhos com altitudes variando entre um e oito metros. Há, também, áreas com altitudes elevadas, podendo atingir mais de 100 metros na zona leste do município. [31]
Vegetação[editar | editar código-fonte]
A cobertura vegetal nativa do município é a mata atlântica, composta por floresta perenefólia, floresta caducifólia e manguezal. Hoje resta menos de 3% da cobertura original. A atividade econômica relacionada à cana-de-açúcar foi o principal responsável pelo desmatamento. [32]
Reserva florestal de Manassu[editar | editar código-fonte]
A reserva está localizada no Engenho Manassu e é uma das cinco áreas de reserva ecológica de município. A reserva constitui uma área de proteção integral, de acordo com o que diz um decreto estadual de 1987, que deveria estar sob a responsabilidade e proteção da Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos (CPRH). Devido ao impasse fundiária entre a Companhia Pernambucana de Recursos Hídricos e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, o decreto ainda não foi validado. A reserva possui 264,24 hectares e é bastante rica em fauna e flora. A região da reserva é cortada pelos rios Manassu e Mussaíba, que nascem no município de São Lourenço da Mata e que são afluentes do rio Jaboatão. Eles encontram-se relativamente bem preservados.
Os impasses entre os dois órgãos citados atrapalham a fiscalização desse refúgio, que está, pouco a pouco, sendo destruído pela extração de madeira na época de festejos juninos. As principais espécies encontradas são: visgueiros, sucupiras, imbiribas, pau-ferro, urucuba, munguba, entre outras.
Solo[editar | editar código-fonte]
Os principais tipos de solos encontrados no município são: latossolo vermelho amarelo distrófico, podzólico vermelho amarelo, podzol hidromórfico, solos aluviais, areias quartzosas marinhas e solos indiscriminados de mangues.[33]
Geologia[editar | editar código-fonte]
O município está incluído, geologicamente, na Província da Borborema, sendo constituído por complexo gnáissico-migmatítico, rochas plutônicas, grupo pernambuco (formação cabo), formação barreiras e depósitos quatemários.[34]
Demografia[editar | editar código-fonte]
Jaboatão dos Guararapes é o segundo maior município de Pernambuco em população. Segundo a estimativa para 1º de julho de 2015 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, sua população era de 686 122 habitantes,[3] distribuídos numa área de 258,694 quilômetros quadrados, tendo, assim, uma densidade demográfica de 2 491,82 habitantes por quilômetro quadrado. [35]
População dos bairros[editar | editar código-fonte]
Posição | Bairro | População |
---|---|---|
1 | Candeias | 64 587 |
2 | Piedade | 64 503 |
3 | Cajueiro Seco | 52 535 |
4 | Curado | 46 449 |
5 | Guararapes | 38 985 |
6 | Cavaleiro | 38 677 |
7 | Barra de Jangada | 36 214 |
8 | Prazeres | 35 594 |
9 | Vila Rica | 29 722 |
10 | Zumbi do Pacheco | 28 125 |
11 | Jardim Jordão | 27 010 |
12 | Muribeca | 26 147 |
13 | Sucupira | 25 975 |
14 | Santo Aleixo | 22 019 |
15 | Marcos Freire | 20 744 |
16 | Dois Carneiros | 19 647 |
17 | Centro | 12 518 |
18 | Vista Alegre | 10 894 |
19 | Floriano | 10 724 |
20 | Áreas rurais | 7 218 |
21 | Engenho Velho | 7 177 |
22 | Santana | 5 937 |
23 | Socorro | 5 753 |
24 | Comportas | 2 869 |
25 | Muribequinha | 1 953 |
26 | Manassu | 1 689 |
27 | Vargem Fria | 799 |
28 | Bulhões | 156 |
Política[editar | editar código-fonte]
O comando do executivo já foi muito diversificado na história do município, sendo exercido por donos de engenho, comerciantes, interventores estaduais e militares, segue a lista de prefeitos do município:
Cel. Joaquim Xavier Carneiro de Lacerda (1892-1895) - Primeiro prefeito e dono do Engenho Bulhões.
Manuel Xavier Carneiro de Albuquerquerque (1895-1898) - Proprietário do Engenho Palmeiras
Cel. Joaquim Maximiano Pereira Viana (1898-1901) - Proprietário do Engenho Pereiras
Dr. Joaquim Carneiro Nobre de Lacerda (1901-1904) - Proprietário do Engenho Santana
Antonio de Souza Leão (1904-1907) - Dono do Engenho Morenos e neto do Barão homônimo.
João de Souza Leão (1907-1910) - Dono do Engenho Tapera em Bonança.
De 1910 a 1913, devido às tensões na política estadual, cinco prefeitos governaram: Joaquim Nobre de Lacerda, José Mariano Carneiro Leão, Sivério Batista Magalhães, Luis Gonzaga Maranhão e Praxedes Brederodes Costa.
Fábio Carneiro de Albuquerque Maranhão (1913-1916) - Dono do Engenho Novo da Muribeca.
Carlos Alberto Paes Barreto (1916-1919) - Era advogado e faleceu no último ano do mandato.
Arnaldo Xavier Carneiro de Albuquerque (1919-1922) - Dono do Engenho Palmeiras e sócio da Usina Muribeca.
Francisco Antônio Brandão Cavalcanti (1922-1926) - Proprietário do Engenho Jangadinha.
Fabio Albuquerque Maranhão (1926-1930) - Prefeito pela segunda vez
Entre 1930 e 1934 governaram os prefeitos-interventores: Antonio de Paula Carneiro da Cunha e Epitácio de Oliveira Belém.
Epitácio de Oliveira Belém (1934-1937) - Governou de novo desta vez eleito.
De 1937 a 1947, época do estado Novo, foram nomeados os seguintes prefeitos: Luís Gonzaga Maranhão, Carlos Barboza da Paz Portela, Davino Ribeiro de Sena, José Carneiro de Barros, Evandro Luís Neto, Dr. Clóvis Wanderley e o Dr. Aníbal Varejão.
Dr. Manoel Rodrigues Calheiros (1947-1951)- Considerado o primeiro prefeito comunista do Brasil
Humberto Lins Barradas (1951-1955) - Dono do Engenho Megaype de Cima em Muribeca.
Dr. Aníbal Varejão (1955-1959) - Derrubou o prédio da prefeitura construindo outro no lugar e acusado de matar o Dr. Luís Regueira.
Humberto Lins Barradas (1959-1963) - Prefeito pela segunda vez.
Vicente Alberto Carício (1963-1968) - Teve o mandato prorrogado por mais um ano.
José Fagundes de Menezes (1968-1973) - Governou apenas 3 meses pois foi cassado pelo AI5 (Governo Militar). Assumiu em seu lugar o interventor General Heitor de Melo Machado.
Severino Claudino da Silva (1973-1977) - Era comerciante.
Geraldo José de Almeida Melo (1977-1982) -Também era comerciante.
José Fagundes de Menezes (1983-1988) - Sofreu mais uma intervenção no final do mandato assumindo o interventor Marcos Vasconcelos.
Geraldo José de Almeida Melo (1989-1993) - Assumiu o governo pela segunda vez
José Humberto Lacerda Barradas (1993-1997) - Filho do ex-prefeito homônimo.
Newton D'Emery Carneiro (1997-2000) - Sofreu uma intervenção em 1999 assumindo Byron Sarinho e, posteriormente o vice Fernando Rodovalho.
Fernando Antônio Rodovalho (2001-2004) - Era o vice de Newton que ganhou a eleição seguinte.
Newton D'Emery Carneiro (2005-2008) -Assume novamente e quase sofre outra intervenção no fim do mandato.
Elias Gomes da Silva (2009-2012 e 2013-2016) - É o atual prefeito com mandato até 2016. Elias Gomes foi o único prefeito eleito a exercer dois mandatos consecutivos em Jaboatão.
Economia[editar | editar código-fonte]
Segundo dados sobre o produto interno bruto dos municípios, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística referente ao ano de 2011, a soma das riquezas produzidos no município é de R$ 8 474 65,00 reais (o 3° maior do estado). Sendo o setor de serviços o mais representativo na economia jaboatonense, somando R$ 4 906 229,00 reais. Já os setores industrial e da agricultura representam R$ 2 197 656,00 reais e R$ 15 629 000,00 reais, respectivamente. O produto interno bruto per capita do município é de R$ 13 042,18 reais (o 8° maior do estado). [37]
Serviços[editar | editar código-fonte]
Com um diversificado setor comercial que representa mais de 50% do produto interno bruto do município, a cidade apresenta grandes bairros comerciais como Cavaleiro, Jaboatão Centro, e Prazeres.[38] No bairro de Piedade, encontra-se um dos maiores e mais movimentados shoppings de Pernambuco, o Shopping Guararapes.
Indústria[editar | editar código-fonte]
Jaboatão localiza-se entre o Recife e o Porto de Suape: por isso, possui um importante distrito industrial. Estão instaladas, no município, fábricas como a da Coca-Cola, da Unilever, da Basf e da Vitarella. Jaboatão também é um importante centro logístico, destacando-se o Centro de Distribuição da Rede Wal-Mart e a Nestlé[39], possui várias transportadoras entre elas a Rapidão Cometa. Jaboatão receberá a fábrica de Novartis, a empresa suíça que seria instalada no Polo Farmacoquímico e de Biotecnologia em Goiana (PE), vai ser instalada em Jaboatão dos Guararapes. A construção da fábrica de vacinas terá um investimento de 300 milhões de dólares estadunidenses (480 milhões de reais) e vai gerar cerca de 120 postos de trabalho. [40]
Estrutura[editar | editar código-fonte]
Educação[editar | editar código-fonte]
Jaboatão conta com 02 instituições de ensino superior, Faculdade dos Guararapes e faculdade Metropolitana, mas, por sua proximidade com Recife, boa parte de seus estudantes estudam no Recife. Em Jaboatão, ainda existem quatro faculdades privadas e uma escola técnica estadual (ETE).[41]
Existem 87 223 alunos matriculados no ensino fundamental em Jaboatão, sendo 35 599 na rede municipal, 27 041 na rede estadual e 24 583 na rede privada, e também 25 055 no ensino médio, sendo 19 844 na rede estadual, 1 720 na rede municipal e 3 491 na rede privada.[42]
Saúde[editar | editar código-fonte]
Em Jaboatão, existem 2 hospitais públicos: um no bairro de Prazeres e outro em Jaboatão. O município conta com mais 3 unidades de pronto atendimento nos bairros de Engenho Velho, Curado e em Barra de Jangada. O bairro de Prazeres ainda conta com uma policlínica que possui várias especialidades médicas.[43]
Alguns bairros do município ficam próximos a hospitais de outras cidades, como é o caso de Sotave, que fica perto do Hospital Dom Helder Câmara, no Cabo de Santo Agostinho, e Cavaleiro, que fica próximo ao Hospital Otávio de Freitas, no Recife. No bairro de Piedade, encontra-se o Hospital da Aeronáutica. [44]
Transportes[editar | editar código-fonte]
O município é muito bem servido pelas linhas de ônibus e metrô urbano. Conta com quatro linhas de metrô, sendo a Linha Centro ligando a região central de Recife à região central de Jaboatão. A linha sul liga a região central de Recife ao bairro de Cajueiro Seco, que a partir desta estação, há uma linha de veículo leve sobre trilhos que liga a população ao centro do município de Cabo de Santo Agostinho. Além da linha que liga a estação de Cajueiro Seco à do Curado, zona oeste do Recife. [45] [46] [47]
O município ainda conta com o transporte complementar micro-ônibus que circula internamente entre os bairros da cidade.
O município é cortado pelas rodovias BR-101, BR-232, BR-408, PE-017, PE-007, PE-025, PE-008, PE-009.
Cultura[editar | editar código-fonte]
Turismo[editar | editar código-fonte]
Possui grande infraestrutura Hoteleira, detém relevante patrimônio cultural, mas falta políticas públicas para desenvolver a atividade turística.
Praias[editar | editar código-fonte]
Jaboatão tem três praias, sendo elas:
- Barra de Jangada: sua extensão é de aproximadamente 400m em praia quebrada, é considerada regular para banho. Localizada entre a Praia de Candeias ao norte e a Praia do Paiva no Cabo de Santo Agostinho ao sul, suas águas são pouco profundas com média intensidade de ondas. Ainda em Barra de Jangada existe a Ilha do Amor, uma praia de vegetação intocada que fica próxima à costa ligada a Praia do Paiva por um istmo de terra.[48]
- Candeias: sua extensão é de aproximadamente 3 quilômetros em praia de trechos quebrados e trechos ondulados. Localizada entre a Praia de Piedade ao norte e a Praia de Barra de Jangada ao sul, Candeias é uma das praias mais bonitas da cidade seu calçadão é bem localizado com áreas de esporte e lazer, a conta com vários restaurantes em seu entorno.[49]
- Piedade: sua extensão é de aproximadamente 4,5 quilômetros de praia quebrada. Localizada entre a Praia de Boa Viagem, ao norte, e a Praia de Candeias, ao sul, com ondas de média densidade ocorrendo erosão em alguns trechos, é a praia mais procurada da cidade nos fins de semana. Em sua orla, encontram-se os melhores hotéis da cidade, além de boates, bares e restaurantes. Foi divulgado recentemente que sua orla passaria por grandes reformas.[50]
Igreja de Nossa Senhora do Loreto[editar | editar código-fonte]
Foi construída em 1660, possivelmente edificada como pagamento de promessa após a invasão holandesa. É uma capela maneirista que passou para a propriedade da Ordem dos Beneditinos, depois de sofrer reformas. Chama atenção o belo jardim que a circunda. [51] Passou a condição de Paróquia em 2013. Como paróquia, possui quatro comunidades: Nossa Senhora do Loreto, Nossa Senhora da Conceição, Divino Mestre e São Sebastião.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário[editar | editar código-fonte]
Fica no povoado de Muribeca. Erguida no século XVII, durante a invasão holandesa, foi depredada e transformada em fortaleza. Em 1781, foi reconstruída pelo proprietário do Engenho Santo André, Felipe Campelo. A igreja destaca-se do conjunto por sua proporção e imponência. [52]
Santuário Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora / Gruta de Nossa Senhora de Lourdes[editar | editar código-fonte]
O santuário foi construído em 1915, pelo padre italiano Antônio Villar, a pedido de Dom Bosco. Foi erguido sobre um monólito, no Antigo Engenho Suassuna. É de estilo romântico com forma externa bizantina e lá se encontra a imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, com 4m de altura. O santuário está vinculado à Basílica de São Pedro, no Vaticano, e concede às pessoas que o visitam as mesmas indulgências da Basílica. Em 1918, deu-se a inauguração da escadaria de 52 degraus que leva à Gruta de Nossa Senhora de Lourdes, sobre a qual foi erguida a Igreja. [53]
Igreja de Nossa Senhora do Rosário[editar | editar código-fonte]
No local mais antigo da cidade, há, hoje, uma praça. E é lá que foi erguida, no século XVII, a Igreja votiva à Nossa Senhora do Rosário, que possui lindos vitrais. [54]
Igreja de Santo Amaro[editar | editar código-fonte]
Foi erguida em 1598, quando os proprietários do Engenho São João Batista doaram o terreno para sua construção. Em 1691, a igreja, já bastante avariada e distante do povoamento, foi transferida para o local atual. É uma das áreas mais elevadas da cidade, o que lhe confere posição de destaque. [55]
Igreja de Nossa Senhora do Livramento[editar | editar código-fonte]
Construída no fim do século XVIII, tem o interior adornado por falsas janelas. Como a maioria das igrejas do município, é um atrativo urbano. [56]
Esportes[editar | editar código-fonte]
No passado a cidade possuiu vários clubes de futebol no Campeonato Pernambucano de Futebol, dentre eles o Asas Futebol Clube, a Associação Sportiva Companhia Portela e o Elmo Esporte Clube[57]. Atualmente a cidade está representada pelo Jaguar, que joga de mandante no Estádio Jefferson de Freitas[58]
Ver também[editar | editar código-fonte]
Referências
- ↑ ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008.
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Bibliografia[editar | editar código-fonte]
- CORRÊA, Alexandre Fernandes. Festim Barroco. Ensaio de Culturanálise da Festa de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes/PE. São Luis/MA: EDUFMA, 2009
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