Moringa oleifera (ou Moringa moringa, (L.) Millsp. e Moringa pterygosperma, Gaertner) é uma planta da família das oringáceas, mais conhecidas simplesmente por moringas, ainda que seja também vulgarmente designada como acácia-branca, árvore-rabanete-de-cavalo, cedro, moringueiro e quiabo-de-quina. Em Cabo Verde é conhecida como akásia-branka; em Timor, como morangue e na Índia[1] como moxingo. É a espécie do seu género mais cultivada. As folhas e vagens são utilizadas na alimentação humana. A árvore em si não é muito robusta, mas desenvolve ramos que crescem até cerca de 10 m de comprimento. Sua principal riqueza está no altíssimo valor nutricional das suas folhas e frutos.
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[esconder]Descrição[editar | editar código-fonte]
A Moringa oleifera possui folhas compostas que apresentam filotaxia alterna. As flores são zigomorfas, possuem um único pistilo, seu tamanho varia entre 2 e 3cm, exibem a coloração que varia do branco ao amarelo pálido, as sépalas, por sua vez, estão dispostas em um único verticilo. O ovário é súpero e unilocular, possui apenas um único óvulo e o gineceu é tricarpelar. Suas anteras se abrem longitudinalmente. O fruto possui em média 30 cm e é indescente, ou seja, não se abre quando atinge a maturação. Apresenta estípulas e suas brácteas não representam um nectário.
Cultivo[editar | editar código-fonte]
Cresce principalmente em áreas semi-áridas tropicais e subtropicais. Sendo o seu habitat preferencial o solo seco e arenoso, tolera solos pobres, como em áreas costeiras. Suas mudas são obtidas através de semeadura ou estaquia de ramos com mais de 20 cm. No cultivo em larga escala, seu tronco é submetido a podas regulares de forma que sua altura não ultrapasse cerca de um metro e meio, visando facilitar a colheita das folhas.
Seu crescimento é extremamente rápido, atingindo o porte arbóreo já nos primeiros meses após a semeadura. A produção de sementes se inicia no primeiro ano.
Aparentemente, é nativa dos sopés montanhosos meridionais dos Himalaias (Noroeste da Índia). Hoje, o seu cultivo estende-se a África, à América Central e América do Sul, Sri Lanka, Índia, México, Malásia e nas Filipinas.
Utilizações[editar | editar código-fonte]
Considerada como uma das árvores cultivadas mais úteis para o ser humano, praticamente todas as suas partes podem ser utilizadas para diversos fins. Nos trópicos, a sua folhagem é usada como forragem para animais. As suas sementes, oleosas, são utilizadas para a produção do óleo de Ben (ou Bem), usado em pintura artística. São cápsulas arredondadas e com três asas equidistantes. As folhas são bipinadas. As flores são amarelo-pálidas e relativamente grandes. A sua polinização é efetuada por pássaros e insetos. A madeira é usada na produção de papel e de fibras têxteis. As raízes são consideradas abortivas. Quando reproduzida através da técnica de estaquia, produz raízes capazes de conter a erosão dos solos.
Valor nutricional[editar | editar código-fonte]
A Moringa oleifera contêm mais de 92 nutrientes e 46 tipos de antioxidantes, além de 36 substâncias anti-inflamatórias e 18 aminoácidos, inclusive os 9 aminoácidos essenciais que não são fabricados pelo corpo humano. As folhas frescas contêm nutrientes na seguinte proporção:
Sete vezes mais vitamina C que a laranja; dezassete vezes mais cálcio que o leite; dez vezes mais vitamina A que a cenoura; quinze vezes mais potássio que a banana; duas vezes mais proteína que o leite (cerca de 27% de proteína, equivalente à carne do boi); vinte e cinco vezes mais ferro que o espinafre; vitaminas presentes: A, B (tiamina, riboflavina, niacina), C, E, e betacaroteno. Minerais presentes: Cromo, Cobre, Fósforo, Ferro, Magnésio, Manganês, Potássio, Selênio e Zinco.
Referências bibliográficas[editar | editar código-fonte]
- SOUSA, Edite - Moringa in Enciclopédia Luso-Brasileira da Cultura, Edição Século XXI Volume XX. Braga: Editorial Verbo, Setembro de 2001
- HOUAISS, Antônio; Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa; Lisboa; Temas e Debates; 2005
- SOUZA, Vinicius. C.; LORENZI, H.; Botânica Sistemática.; Editora(s): Plantarum.
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