Os Persas (em grego, ΠΕΡΣΑΙ - PERSAI, na transliteração) é uma tragédia da autoria do grego Ésquilo, datada de 472 a.C.
A peça fazia parte da tetralogia composta pelas tragédias Fineu, Os persas, Glauco de Potnies e pelo drama satírico Prometeu, o Acendedor do Fogo, sendo Os persas a única destas que permaneceu completa. Com a tetralogia Ésquilo ganhou o festival ateniense das Grandes Dionísias daquele ano.
Os persas é a mais antiga peça de teatro de que se conhece o texto completo. É de assinalar igualmente que é das tragédias gregas clássicas a única cujo tema se baseia em factos contemporâneos do autor e não em histórias mitológicas. A acção decorre em Susa, capital da Pérsia, por alturas da Batalha de Salamina (480 a.C.), da qual Ésquilo participou como soldado. Curiosamente, esta batalha é analisada pelo lado do inimigo dos gregos, os derrotados persas. A trama roda assim em torno do comportamento dos persas, sobretudo dos nobres persas (representados no coro, logo na abertura), de Xerxes, o rei derrotado perante sua mãe, Atossa, e o fantasma do pai, Dario.
Traduções[editar | editar código-fonte]
Há traduções, do grego, tanto brasileiras quanto portuguesas. No Brasil, há a de J.A.A Torrano (no prelo) e a de Mário da Gama Kury, ambas em verso. Em Portugal, existem as traduções de Urbano Tavares Rodrigues e de Manuel de Oliveira Pulquério, ambas em prosa.
- ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Os persas; Electra; Hécuba. Trad. Mário da Gama Kury. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor
- ÉSQUILO. Os persas. Trad. Urbano Tavares Rodrigues. Inquérito, 1984
- ÉSQUILO. Persas. Trad. Manuel de Oliveira Pulquério. Lisboa: Edições 70, 1998
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