Cachoeira do Sul é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Sul, sendo o quinto mais antigo município do Rio Grande do Sul, emancipado da cidade de Rio Pardo e instalado em 1820. A origem de seu nome se deve a uma antiga cachoeira existente no Rio Jacuí, porém em seu lugar foi construída a Ponte do Fandango. É considerado uma das quatro capitais farroupilhas.
Localiza-se na Mesorregião do Centro Oriental Rio-Grandense e na Microrregião de Cachoeira do Sul. Fisiograficamente, está na Depressão Central do Rio Grande do Sul, na área compreendida como Vale do Jacuí,[6] além de ser a principal e maior cidade do Conselho Regional de Desenvolvimento do Jacuí Centro e da Diocese de Cachoeira do Sul.
Atinge uma altitude média de 26 metros ao nível do mar. Encontra-se às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153) e distancia-se 196 km da capital estadual, Porto Alegre. Em 2007 possui uma população de 86.557 habitantes,[7] sendo a maior cidade às margens do Rio Jacuí e tendo um de seus apelidos como "Princesa do Jacuí".
Cachoeira também ostenta o título de "Capital Nacional do Arroz", devido aos seus laços históricos com este grão. Em comemoração a isto, a cidade sedia a Feira Nacional do Arroz (Fenarroz), o maior evento orizícola das Américas e o segundo no mundo.[8] O município também é o maior produtor de noz-pecã da América Latina.[9] Possui diversos pontos turísticos, dentre os quais pode-se citar o Château d'Eau (cartão-postal da cidade) e a Ponte do Fandango, primeira ponte-barragem construída no Brasil, sobre o Rio Jacuí.
Índice
[esconder]História[editar | editar código-fonte]
A história da cidade confunde-se com as disputas territoriais entre Portugal e Espanha no sul do Brasil.
Fundação e período colonial[editar | editar código-fonte]
A história do município inicia em 1750, quando tropas portuguesas vindas de São Paulo receberam sesmarias e começaram a povoar a área em volta ao Rio Jacuí, para segurança ao cumprimento do Tratado de Madri. As tropas estabeleceram-se com estâncias de criação de gado bovino. Para demarcar a linha de fronteira foi designado para ir ao Rio Grande do Sul, o governador e capitão general do Rio de Janeiro e Minas Gerais, Gomes Freire de Andrade, Visconde de Bobadela, acompanhado por uma comissão técnica e tropas dos exércitos espanhol e português.[10]
Em 1754 ocorreu a Guerra Guaranítica, onde os índios residentes nas Missões se revoltaram contra o poder da Coroa Portuguesa, da Coroa Espanhola e os padres jesuítas.[11] Com a derrota dos indígenas, alguns deles foram recolhidos por portugueses e formaram uma pequena aldeia no Cerro do Botucaraí. Em 1769 foram levados para o Passo do Fandango, onde construíram a capela de São Nicolau. O lugar é hoje o bairro Aldeia. É nessa época que a pequena vila, formada de açorianos e índios, começa a ser chamado de Cachoeira, devido às quedas d'água do Rio Jacuí que havia no local. Em 10 de julho de 1779, a Capela foi elevada à categoria de Freguesia, com a denominação de Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira. Em 28 de setembro de 1799, foi inaugurado o novo templo católico, a Igreja Matriz Nossa Senhora da Conceição.
Em princípios de 1800, a Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Cachoeira entrou num período de crescimento demográfico, comercial e urbano. Contingentes oriundos das guerras de demarcação instalaram-se na povoação; casas comerciais efetuavam transações com o mercado do centro; a cidade ganhou seu atual traçado, elaborado por José de Saldanha, engenheiro, tendo a Praça da Igreja como ponto central. Atendendo a uma aspiração da população cachoeirense, o Alvará de 26 de abril de 1819 elevou a Freguesia à categoria de vila, por ordem do rei Dom João VI, com nome de Vila Nova de São João da Cachoeira, sendo o quinto município a ser criado, precedido de Porto Alegre, Rio Grande, Santo Antônio da Patrulha e Rio Pardo. A solenidade de instalação do município ocorreu a 5 de agosto de 1820, inaugurando-se o Pelourinho, antigo símbolo da autonomia municipal. Após a criação do município, iniciou-se um período de organização política, social e administrativa.[12]
Período imperial[editar | editar código-fonte]
Cachoeira sofreu vários investimentos em seu período imperial, evidenciando-se o desenvolvimento nos seguintes aspectos: criação de aulas públicas (1827); organização dos serviços dos Correios (1829); estabelecimento das Posturas Municipais, (1830); construção do edifício do Paço Municipal e entrega do mesmo à Câmara (1865). Na Revolução Farroupilha, Cachoeira se evidenciou por ser uma das quatorze capitais da revolução e ser terra natal de um dos líderes da guerra: Antônio Vicente da Fontoura.
Em 1857 chegam os primeiros imigrantes alemães, dirigindo-se à Colônia Santo Ângelo, região hoje compreendida nos municípios de Agudo, Paraíso do Sul, Novo Cabrais, Cerro Branco, Dona Francisca, Nova Palma e Restinga Seca. Essas famílias alemãs dedicaram-se à agricultura, especialmente ao cultivo do arroz. Já a colonização italiana se dá a partir de 1877, quando as primeiras famílias estabelecem-se em Cortado, vindas da Quarta Colônia. Depois, essas famílias transferem-se para a cidade trabalhar no comércio cachoeirense.[13]
Em 1859, a Lei de 15 de dezembro concedeu o foro de cidade à sede do município de Cachoeira, e a solenidade de elevação à categoria de cidade ocorreu na sessão da Câmara de 10 de janeiro de 1860, presidida por Miguel Cândido da Trindade. Em 1876, Cachoeira foi ligada a Porto Alegre por linha telegráfica. Alguns anos depois, em 7 de março de 1883, chegou à Estação Ferroviária de Cachoeira, a primeira locomotiva, inaugurando a estrada de ferro Porto Alegre - Uruguaiana.
Período republicano[editar | editar código-fonte]
No ano de 1900, a agricultura começa a modernizar-se e acaba por impulsionar a economia cachoeirense, sendo cultivados diversos hectares de arroz, e aplicados altos investimentos em engenhos de beneficiamento de arroz. Dos que se destacam, está o Engenho Roesch. Nesta época também se dá um impulso no número de habitantes, que chegam na cidade interessados no comércio.[12] O enriquecimento cultural também chega, com diversos eventos e encontros. Nesta época até os anos 1920 que são construídos os prédios de maior valor cultural da cidade, tais como a atual Casa de Cultura e a Câmara de Vereadores.[14]
É no início da década de 1920 que Cachoeira atinge a liderança brasileira na produção de arroz, fato este que ganhou o apelido de "Capital Nacional do Arroz". Em 1924 é terminada a construção do 3° Batalhão de Engenharia e Combate Conrado Bittencourt e, em 1925, é inaugurado o monumento símbolo da cidade: o Château d'Eau.
A economia cachoeirense, que estava bastante desenvolvida e adiantada, estando nos primeiros lugares dos números populacionais e demográficos, passa por uma crise nos anos 1930: uma infestação de gafanhotos toma a cidade, devorando diversas plantações.[15] Em 1941, após uma breve alta na economia e com a safra recorde de arroz, é realizada a Festa do Arroz. A festa foi um sucesso, porém ninguém esperava o que iria acontecer depois: com as seqüentes chuvas, o Rio Jacuí transbordou e a parte baixa da cidade foi invadida pelas águas do rio, sendo essa a maior enchente que o município vivenciou. Por causa disso, a economia cachoeirense quebrou.[16] Em 1944, para não haver problemas burocráticos entre o município e a cidade de Cachoeira, no estado da Bahia, mudou-se o nome de Cachoeira para Cachoeira do Sul.
Nos anos 1950 acontecem os principais avanços no transporte cachoeirense: a Transporte Nossa Senhora das Graças entra em operação, dando início ao transporte coletivo em Cachoeira do Sul. Em 1955 entra em funcionamento a Estação Rodoviária de Cachoeira do Sul, localizada, na época, ao lado da Estação Ferroviária de Cachoeira do Sul. Na década de 1970 os dois endereços mudam para lugares diferentes na cidade. Em 1961 é construída a Ponte do Fandango.
Na década de 1970, os engenhos e as lavouras de arroz voltam a movimentar continuadamente a economia local, transformando Cachoeira do Sul em um pólo regional, com grande desenvolvimento. Nessa época surge o rumor de ser erguida na cidade uma Universidade Federal, porém ela vai para Santa Maria. Também está nos planos de engenheiros da BR-290 cruzar a cidade, mas por falta de movimentação local, esse plano não se conclui, fazendo com que a estrada passasse às margens da Vila Piquiri. Por conta disso, é inaugurada a Rodovia Transbrasiliana, a BR-153, no trecho entre Rincão dos Cabrais e a BR-290, ligando Cachoeira a Santa Cruz do Sul e Porto Alegre.
A prosperidade do município, nos anos 1980 faz com que seja construída a Centralsul (uma cooperativa para distribuição de arroz e soja) e a plataforma de cargas do Porto de Cachoeira do Sul. Contudo, a economia local dá sinais de estagnação e a Centralsul, uma das maiores cooperativas de arroz do Rio Grande do Sul, anuncia a sua falência cinco anos depois de sua construção. Assim, a população começa a sair do município e migrar para outros centros de consumo.
Hoje, o município enfrenta o desafio de acabar com o trauma da estagnação desde os anos 1980 e que se arrastou durante toda a década de 1990. Com atrativos, a cidade está vivenciando um processo de industrialização com novas empresas, como Granol e Aracruz Celulose. Também chega para a cidade o Centro Regional IV da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul, dentre outras instituições.
Emancipações[editar | editar código-fonte]
Por ter um território vasto, Cachoeira do Sul teve consequentes desmembramentos. Em 1831, com a Lei de 25 de outubro, separou do município de Cachoeira, os de Alegrete (com Santana do Livramento), e Caçapava do Sul (com São Gabriel), elevando-os à condição de vilas. Em 1857, separou-se a Freguesia de Santa Maria que foi elevada à vila, por decreto de 16 de dezembro daquele ano. Em 1959 emancipam-se o 5º e o 6º Distritos de Cachoeira, formando os municípios Faxinal do Soturno e Agudo, este último parte da antiga Colônia de Santo Ângelo e o primeiro parte da antiga Colônia Silveira Martins, a Quarta Colônia de Imigração Italiana. No ano seguinte, é criado o município de Nova Palma, que também engloba parte do antigo território Cachoeirense. Os municípios Dona Francisca e São João do Polêsine emanciparam-se de Faxinal do Soturno em 1965 e 1992 respectivamente. Também surgiram do território cachoeirense os municípios de São Sepé, em 1876, (deste último, Formigueiro, em 1963) e Restinga Seca, em 1960. Em 1988Paraíso do Sul e Cerro Branco conseguem emancipação e, em 1996, foi a vez de Rincão dos Cabrais possuir autonomia, sob o nome de Novo Cabrais.
Geografia[editar | editar código-fonte]
A área do município é de 3.735,167 km², representando 1,3891% do Rio Grande do Sul (o nono maior município em território do estado), 0,6628% da Região Sul do Brasil e 0,044% de todo o território brasileiro.[17][18] Está a 196 km de Porto Alegre, por via asfáltica, e 160,1 km em linha reta.
Relevo e geologia[editar | editar código-fonte]
Cachoeira do Sul possui um relevo bastante variado. Em sua parte meridional há várias coxilha (leves ondulações nas planícies), sendo essa a causa para o nome de um dos distritos localizados nessa região: Cordilheira, apesar de haver poucas altitudes e morros nessa área. Em sua parte setentrional há presença de vários morros e cerros, que fazem parte das Escarpas do Botucaraí. A altitude média na zona urbana do município é de 26 metros ao nível do mar, com uma altitude máxima de 68 metros, localizada próximo ao distrito de Três Vendas.
O município é incluído na Depressão Central do Rio Grande do Sul, uma grande bacia localizada entre o Planalto Médio e as Serras do Sudeste e que é compreendida entre a Região Metropolitana de Porto Alegre até a Microrregião da Campanha Ocidental. Uma das partes dessa depressão é o Vale do Jacuí, região que abrange todas as cidades às margens do Rio Jacuí. Por sua vez, Cachoeira é a maior cidade às margens desse rio, fato este que seu apelido secundário seja Princesa do Jacuí. O Vale do Jacuí é uma região integrante da Região dos Vales, que une esse vale com o Vale do Rio Pardo, Vale do Taquari e Vale do Caí.
Quanto a geologia, o município está sobre os grupos pedológicos Pinheiro Machado e São Pedro, apresentando solos bem drenados, de coloração escura, textura média, com porcentagens elevadas de frações de terras mais grosseiras, como areia e cascalhos. Está em uma camada de escudo cristalino, com depósitos aluvionais de arenitos, siltitos e argilitos, em camadas distintas. A presença de basalto somente é evidenciada em algumas porções do limite norte, em ocorrências isoladas. A presença de rochas biogênicas como calcário, cromita, caulim e carvão mineral, na região sul do município evidenciam reservas de grandes volumes destas riquezas minerais. Da mesma forma, rochas ígneas e metamórficas, também de ocorrência no sul do município, contribuem para uma diversidade mineral, como a presença de granitos e cianitos, que constituem-se em rochas de grande valor comercial. Os principais tipos de solo existentes são o latossolo vermelho-amarelo, os litossolos, o nitossolo vermelho, os argissolos e os planossolos. Este último, utilizado para o cultivo de arroz irrigado.[19]
Clima[editar | editar código-fonte]
O município de Cachoeira do Sul pertence à zona climática designada pela letra C, com o tipo climático Cfa, segundo a classificação do clima de Köppen. Tal tipo climático se caracteriza por ser um clima subtropical úmido. A temperatura média é de 19 °C[20] e a pluviosidade média de tal clima é de 1 477 mm/ano, sendo agosto o mês mais chuvoso, com 157,4 mm, e abril o mais seco, com 83,6 mm.[21] Sofre déficit hídrico de 85 mm entre dezembro e março,[22] não sendo raro períodos de estiagem durante o verão.
As estações do ano são bem distintas: o verão na cidade é quente, um pouco amenizado pelo efeito das águas do Rio Jacuí; já o outono é frio, com ocorrência de queda de folhas, mas também é nesse período que acontece o "veranico", época de calor comparado ao verão entre os meses de abril e maio. O inverno é muito frio, com temperaturas negativas nas partes mais altas do município, com ocorrência de geada e nevoeiro. A primavera é o início da floração. A partir do mês de outubro o calor começa novamente, com a proximidade do verão.
Os ventos que sopram na cidade são o sudeste e o leste, mas, por influência das massas de ar polar vindas do Uruguai e da Argentina, no inverno sopra o minuano. A média de umidade do ar é de 75% anualmente.[23] Em 8 de julho de 1994 Cachoeira foi testemunha de precipitação de neve, que se repetiu no dia 4 de setembro de 2006, em forma de saraiva, com cristais de gelo.[24]
Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), referentes ao período de 1961 a 1983, a menor temperatura registrada em Cachoeira do Sul foi de -1,8 °C em 14 de junho de 1967,[25] e a maior atingiu 40 °C nos dias 28 de novembro de 1962, 12 de dezembro de 1968 e 30 de dezembro de 1971.[26] O maior acumulado de precipitação observado em 24 horas foi de 120,3 mm em 12 de junho de 1975. Outros grandes acumulados foram 116,1 mm em 8 de junho de 1972, 115 mm em 17 de abril de 1977, 114,5 mm em 14 de junho de 1969 e 112,9 mm em 22 de junho de 1971.[27] O menor índice de umidade relativa do ar foi registrado na tarde de 28 de novembro de 1962, de 20%.[28]
| [Esconder]Dados climatológicos para Cachoeira do Sul (1961-1990) | |||||||||||||
|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
| Mês | Jan | Fev | Mar | Abr | Mai | Jun | Jul | Ago | Set | Out | Nov | Dez | Ano |
| Temperatura máxima absoluta (°C) | 39,6 | 39 | 38,1 | 36,5 | 31,4 | 31 | 31,5 | 33,7 | 36 | 36,8 | 40 | 40 | 40 |
| Temperatura máxima média (°C) | 31,2 | 30,6 | 28,5 | 25,2 | 22 | 18,8 | 19 | 20 | 22,5 | 25,1 | 27,7 | 30,3 | 25,1 |
| Temperatura média (°C) | 24,5 | 24,3 | 22,3 | 19 | 16,1 | 13,5 | 13,7 | 14,4 | 16,8 | 19 | 21,4 | 23,7 | 19,1 |
| Temperatura mínima média (°C) | 19,3 | 19,3 | 17,7 | 14,4 | 11,7 | 9,4 | 9,4 | 9,9 | 12,1 | 13,8 | 15,6 | 17,8 | 14,2 |
| Temperatura mínima absoluta (°C) | 9,3 | 8,2 | 7,5 | 4 | 0,8 | -1,8 | -0,2 | 0 | 1,5 | 5 | 7,6 | 9,8 | -1,8 |
| Precipitação (mm) | 127,6 | 111,2 | 121,1 | 83,6 | 93,3 | 138,6 | 145,3 | 157,4 | 148,4 | 124,9 | 112,1 | 113,7 | 1 477,1 |
| Dias com precipitação (≥ 1 mm) | 9 | 7 | 8 | 6 | 6 | 8 | 9 | 9 | 9 | 8 | 7 | 7 | 93 |
| Umidade relativa (%) | 69,2 | 72 | 74,8 | 75,6 | 80,3 | 81,9 | 82,1 | 79,1 | 76 | 71,4 | 68,4 | 66,1 | 74,7 |
| Fonte: Instituto Nacional de Meteorologia (recordes de temperatura de 1961 a 1983).[25][26][20][29][30][21][31][23] | |||||||||||||
Vegetação[editar | editar código-fonte]
A vegetação típica da cidade são os pampas, especialmente nas coxilhas. Há ilhas de mata nesses campos, principalmente composta de eucaliptos e pinus. Na beira de rios, arroios e sangas há uma arborização bastante densa, servindo de mata ciliar desses córregos. Porém a maior parte dos campos já está devastada, para a criação de gado e a prática da agricultura. Já a mata ciliar está ainda conservada; no Rio Jacuí, próximo à cidade, começa a acontecer o fenômeno da erosão.
Hidrografia[editar | editar código-fonte]
Cachoeira situa-se na Bacia Hidrográfica do Baixo Jacuí, tendo como referência o rio Jacuí, com uma vazão média de 632 m³/s e uma largura média de 150m.[32] Além da água de escoamento superficial, Cachoeira do Sul possui reservação de água disposta em barragens e açudes de domínio privado, que são, muitas vezes, zonas para pesca. Esta grande disponibilidade hídrica associa-se a presença do Aqüífero Guarani onde o limite sul do município, junto a borda da formação geológica do escudo cristalino é importante área de recarga desta reserva. Apesar do domínio hidrográfico principal ser do rio Jacuí, a contribuição de seus afluentes é bastante expressiva e pode-se citar como sub-bacias os rios Vacacaí e Botucaraí
Os arroios são presentes também, como pequenos córregos que banham as lavouras de arroz presentes no interior do município, como o Passo da Areia, Arroio Ferreira e Arroio Taboão, mas o maior destaque é o Arroio do Amorim, que corta a zona leste da cidade e separa a região do Prado do Centro de Cachoeira do Sul. Ainda há diversas sangas no perímetro urbano; destaque para as sangas da Inês e da Micaela, na qual se conta a lenda que, no dia que elas se encontrarem, a cidade irá cair em um buraco.
Política[editar | editar código-fonte]
| 2000 | R$ 34.434.675,64 |
| 2001 | R$ 37.761.967,34 |
| 2002 | R$ 42.382.754,06 |
| 2003 | R$ 44.728.159,09 |
| 2004 | R$ 52.171.037,09 |
| 2005 | R$ 55.414.223,09 |
| 2006 | R$ 61.988.309,00 |
| 2007 | R$ 73.873.840,00 |
| 2008 | R$ 86.000.000,00 |
| 2009 | R$ 100.000.000,00 |
O primeiro representante do poder executivo e prefeito do município foi Olímpio Leal, ainda chamado de intendente, em 1892. O atual prefeito de Cachoeira é Neiron Viegas (mandato 2013/2016).
O poder legislativo está na Câmara de Vereadores, denominada, no município, como Palácio Legislativo João Neves da Fontoura. Há a representatividade de dez vereadores, que está composto da seguinte forma: uma cadeira do Partido da República (PR); uma cadeira do Democratas (DEM); uma cadeira do Partido dos Trabalhadores (PT); duas cadeiras do Partido Progressista (PP), duas cadeiras do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) e três cadeiras do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB).
A cidade possui as seguintes representatividades do poder judiciário: uma Vara da Justiça Federal; Procuradoria da Justiça Federal; Fórum da 10ª Comarca, com duas varas cíveis, duas varas criminais e Justiça Eleitoral; Vara da Justiça do Trabalho e Ministério Público.[36]
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