Aristocracia (do grego ἀριστοκρατία: aristokratía, de ἄριστος (aristos) "excelente" e κράτος (kratos) "poder") é uma forma de governo na qual o poder político é exercido por nobres, pessoas de confiança do Monarca ou do Regente.
A aristocracia teve origem na necessidade de um novo governo que combatesse a tirania, forma de governo em que o poder se concentrava em uma pessoa. Tal como a oligarquia, a tirania era uma forma de governo perversa, desviada da originária monarquia[1]. Um exemplo de estado governado pela aristocracia é a antiga cidade-estado de Esparta que, durante toda a sua história, foi governada pela aristocracia latifundiária guerreira.
A conotação negativa do termo surgiu quando a aristocracia passou a ser confundida com oligarquia, quando os governantes atendem a interesses privados[2].
Visão aristocrática[editar | editar código-fonte]
Para Aristóteles, a aristocracia é o poder confiado aos melhores cidadãos, no sentido de possuírem melhor formação moral e intelectual para atender aos interesses do povo, sem distinções de nascimento ou riqueza.
Para Platão, o termo aristocracia se fundia na virtude e na sabedoria. Caberia, portanto, aos sábios, aos melhores, aos aristocráticos, enfim, dirigir o Estado no rumo do verdadeiro bem.
Em Do contrato social, Jean-Jacques Rousseau define como aristocracia, um governo no qual são magistrados mais do que um cidadão, e menos do que metade de todos eles; um número de magistrados maior que a metade, uma democracia; e o governo no qual há um magistrado único, do qual todos os outros recebem o poder, uma monarquia.
A partir da Idade Média, a aristocracia deixa de ser, terminologicamente, uma forma de poder para indicar um estamento diverso da nobreza e do clero, e que se sobressaía pelos altos postos militares e por privilégios transmitidos hereditariamente, perdendo assim o seu sentido inicial. Hoje, caindo em desuso, o termo é muitas vezes sinônimo de alta sociedade, de origem fidalga ou não, tanto que expressões como aristocracia, alta sociedade, burguesia, elite, classe dominante, etc., não costumam ser diferenciadas.
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