Os pulmões do ser humano são órgãos do sistema respiratório, responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. Sua principal função é oxigenar o sangue e eliminar o dióxido de carbono do corpo.[1]
Em 2016, uma equipe da Universidade da Califórnia observou que, em roedores, o órgão também está envolvido na produção de plaquetas sanguíneas e, em certas condições, na regeneração da medula óssea.[2] Os pesquisadores acreditam que a descoberta se estenderá à anatomia humana.[3]
Índice
[esconder]Descrição
São dois órgãos de forma piramidal, de consistência esponjosa medindo mais ou menos 25 centímetros de comprimento que localizam-se dentro da caixa torácica, revestidos externamente por uma membrana chamada pleura[1].
Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobs (pronuncia-se "lóbos", com a primeira vogal aberta). O pulmão esquerdo possui dois lobs e o direito possui três. [1]
O pulmão direito é o mais espesso e mais largo que o esquerdo, é também um pouco mais curto pois o diafragma é mais alto no lado direito para acomodar o fígado.[4]O pulmão esquerdo tem uma concavidade que é a incisura cardíaca. [4]
A base de cada pulmão apóia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdome, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma.
Anatomia
Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolo e alvéolos pulmonares. Os alvéolos totalizam-se em um total de 4 milhões e são estruturas saculares (semelhantes a sacos) que se formam no final de cada bronquíolo e têm em sua volta os chamados capilares pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobinaxina ) com dos capilares para o alvéolo.
Nos pulmões os brônquios ramificam-se intensamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória.
Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sangüíneos, denominadas alvéolos pulmonares.
Respiração
Na respiração pulmonar o ar entra e sai dos pulmões devido à contração e ao relaxamento do diafragma. Quando o diafragma se contrai, ele diminui a pressão nos pulmões e o ar que está fora do corpo entra rico em oxigênio O2; processo chamado de inspiração.
Quando o diafragma relaxa, a pressão dentro dos pulmões aumenta e o ar que estava dentro agora sai com o dióxido de carbono; processo denominado de expiração.
As pessoas podem parar de respirar mas ninguém consegue ficar sem respirar por mais de alguns segundos, porque a concentração de dióxido de carbono no sangue fica tão alta que o corpo não consegue mais fornecer energia para as células e o bulbo (parte do sistema nervoso que forma o encéfalo) manda impulsos nervosos para o diafragma e os músculos intercostais, para que se contraiam e a respiração volte a ser executada normalmente.
Patologias
Ver também
Referências
- ↑ ab c «Pulmão». Saúde, IG. Consultado em 6 jan 2013
- ↑ Lefrançais, Emma (22 de março de 2017). «The lung is a site of platelet biogenesis and a reservoir for haematopoietic progenitors» (em inglês). Nature. doi:10.1038/nature21706. ISSN 1476-4687. Consultado em 3 de abril de 2017
- ↑ Weiler, Nicholas (22 de março de 2017). «Surprising New Role for Lungs: Making Blood». UCSF News Center. University of California San Francisco. Consultado em 3 de abril de 2017
- ↑ ab «Sistema respiratório». Aula de Anatomia.com. Consultado em 6 jan 2013
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