segunda-feira, 28 de agosto de 2017

MICROINJEÇAO INTRACITOPLASMATICA

Introduzida em 1992, a microinjecção intracitoplasmática (português europeu) ou microinjeção intracitoplasmática (português brasileiro) de espermatozóides também conhecida por ICSI (sigla inglesa para intracytoplasmic sperm injection), é uma técnica de reprodução medicamente assistida que consiste na injecção (português europeu) ou injeção (português brasileiro) de um único espermatozóide no citoplasma do ovócito II, evitando assim as dificuldades do processo natural em que espermatozóide tem que passar a "barreira" do ovócito para nele penetrar.
É uma técnica que se associa à fertilização in vitro (FIV) normalmente quando se detectam factores masculinos que não permitem a fertilização apenas pela junção dos espermatozóides aos ovócitos no meio de cultura apropriado.

Método[editar | editar código-fonte]

1: Colocação do espermatozóide na micropipetapela cauda.
Quando não se obtêm espermatozóides de qualidade através de ejaculado, procede-se a métodos alternativos de recolha dos mesmos por diferentes processos:
  • Directamente do epidídimo por um processo chamado percutaneous epididymal sperm aspiration (PESA), aspiração percutânea de espermatozóides do epidídimo;
  • Dos testículos pelo método TESA, acrónimo de testicular sperm extraction, aspiração percutânea de espematozóides do testículo;
ou, em casos mais severos por
2: Início da injecção do espermatozóide no óvulo(assinalado pelo círculo branco o espermatozóide dentro da micropipeta.)
  • Extracção de amostras do testículo através da TESE (extração de tecido testicular por biopsia).
Após a recolha do espermatozóide seleccionado, a injecção é efectuada por micromanipuladores acoplados ao microscópio e microagulhas em que uma delas vai segurar o óvulo e outra vai imobilizar e injectar o espermatozóide.

Indicações[editar | editar código-fonte]

É uma técnica utilizada para ultrapassar vários problemas de infertilidade masculina, entre os quais oligozoospermia, problemas de morfologia ou motilidade dos espermatozóides, vasos deferentes danificados ou vasectomia não reversível, presença de anticorpos antiespermatozóides, dificuldades masculinas na erecção ou ejaculação (por problemas de espinal medula, por exemplo).
Pode ser também indicada em casos de recolha de um número reduzido de ovócitos ou dificuldade em serem fecundados detectada em ciclos anteriores de fertilização in-vitro.
É também a técnica de eleição para a obtenção de embriões para serem sujeitos a diagnóstico genético pré-implantação (DGPI).

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

Referências[editar | editar código-fonte]

  • The HFEA Guide do Infertility, London, disponível em [1] (pág.26/27)
  • Guia do paciente do Centro de Genética da Reprodução Professor Alberto Barros, Ed.CGR, Porto, 2006
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