sábado, 5 de agosto de 2017

OSSO FRONTAL

O osso frontal, Os frontale[1][2][3] ou frontalis em latim,[4][5] é um osso ímpar, mediano, simétrico[6] e chato (ou plano),[7][8] localizado na região anterior e média da calota craniana (calvária).[8][9]

Localização e posição anatômica[editar | editar código-fonte]

No terço superior do crânio,[10] na região média e anterior da calota craniana, formando a fronte, o teto da órbita ocular e a maior parte da fossa craniana anterior.[8][11] A face convexa é anterior, e a porção aplanada, que apresenta a incisura etmoidal, é inferior.[12]

Estrutura e acidentes ósseos[editar | editar código-fonte]

Dada a sua morfologia, pode-se distinguir em duas partes: um segmento curvado vertical, a escama do frontal (squama frontalis), e um segmento horizontal, a porção orbitonasal, que é dividida em placas ligeiramente triangulares pela incisura etmoidal. Apresenta duas faces: uma posterior e côncava (face interna ou endocranial) e uma anterior e convexa (face externa ou exocranial).[13][14][15][16][17]

Margem parietal[editar | editar código-fonte]

Margem posterior do frontal, que se articula com os parietais.[18]

Margem nasal[editar | editar código-fonte]

Margem inferior serrada da parte nasal. Liga-se aos [osso nasal|ossos nasais]] e [osso maxilar|maxilas]].[18]

Margem esfenoidal[editar | editar código-fonte]

Margem que se une à asa maior do osso esfenoide.[18]

Glabela[editar | editar código-fonte]

Pequena depressão entre os arcos superciliares, na face externa.[19][20]

Margem supraorbital[editar | editar código-fonte]

Margem espessada que forma o limite superior da órbita, sob as sobrancelhas.[21][16]

Incisura (forame) supraorbital[editar | editar código-fonte]

Sobre a margem supraorbital de cada órbita. É o ponto de penetração do ramo lateral do nervo supraorbital e da artéria supraorbital.[22][10][20][23][14]

Forame (incisura) frontal[editar | editar código-fonte]

Localiza-se na margem supraorbital, medialmente à incisura (forame) supraorbital. Constitui uma abertura por onde passam o ramo medial do nervo supraorbital e a artéria supratroclear.[23][14][24]

Crista frontal[editar | editar código-fonte]

Localizada na face interna, trata-se de uma pequena eminência óssea, em forma de cunha, que percorre verticalmente a linha mediana da face interna da escama frontal até a fossa craniana anterior, anterior ao forame cego. Serve como fixação para a foice do cérebro.[25][26][27][28]

Sulco do seio sagital superior[editar | editar código-fonte]

Na face interna, trata-se de um sulco onde insere-se o seio homônimo.[18]

Incisura etmoidal[editar | editar código-fonte]

Endentação entra as partes orbitais na qual insere-se o osso etmoide.[18]

Espinha nasal[editar | editar código-fonte]

Situada na porção orbitonasal, trata-se de uma eminência pontiaguda encontrada no centro da parte anterior da incisura etmoidal.[14]

Seios[editar | editar código-fonte]

Cavidades encontradas internamente na escama, de cada lado da linha mediana e laterais à glabela.[22][21][16]

Septo dos seios frontais[editar | editar código-fonte]

Parede localizada entre os seios frontais, dividindo-os.[18]

Túber (eminência)[editar | editar código-fonte]

Na face externa, é uma convexidade arredondada pronunciada acima de cada órbita.[26][10]

Arco superciliar[editar | editar código-fonte]

Elevação um pouco abaixo do túber e acima da margem supraorbital.[16][23]

Processo zigomático[editar | editar código-fonte]

Localizado na face externa, forma a margem lateral da órbita.[29][21]

Linha temporal[editar | editar código-fonte]

Crista curva que atravessa lateralmente o osso frontal, marcando o limite da fossa temporal. Trata-se da continuação da linha formada pela união das linhas temporais superior e inferior do osso parietal.[30][23]

Forame cego[editar | editar código-fonte]

Internamente, é por onde passa a veia emissária para o seio sagital superior.[31][32]

Sutura frontal (metópica)[editar | editar código-fonte]

Divide o osso frontal em dois, dispondo-se no sentido vertical, no centro dele. É visualizável na face externa, mas , na maioria dos casos, desaparece na infância.[33][34][27]

Espinha troclear[editar | editar código-fonte]

Estrutura pequena e inconstante. Localiza-se ântero-superiormente no ângulo medial da órbita, sendo o ponto de fixação do músculo oblíquo superior.[18]

Fóvea troclear[editar | editar código-fonte]

Depressão onde fixa-se a alça fibrosa do músculo oblíquo superior.[18]

Fossa da glândula lacrimal[editar | editar código-fonte]

No ângulo lateral da órbita, é uma depressão onde situa-se a glândula lacrimal.[18]

Abertura do seio frontal[editar | editar código-fonte]

Orifício medial no assoalho do seio frontal para a eliminação de secreções.[18]

Articulações[editar | editar código-fonte]

Articula-se com sete ossos:

Inserções[editar | editar código-fonte]

Imagens[editar | editar código-fonte]

  • Frontal em destaque no crânio. Vista em 360°.
    •  
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista anterior (externa).
    •  
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista posterior (interna).
    •  
  • Acidentes ósseos (em inglês). Vista inferior.
    •  
  • Seios frontais (em vermelho).
    •  
  • Linhas temporais (em vermelho). Visão em 360°.
    •  
  • Processos zigomáticos (em vermelho). Visão em 360°.
    •  
  • Detalhe da sutura frontal (metópica). Vista anterior.
    •  
  • Osso frontal ao nascimento. Vista anterior.
    •  
  • Frontal em um recém-nascido. Vista externa.
    •  
  • Frontal em um recém-nascido. Vista interna.

Referências

  1. Ir para cima↑ Federative Committee on Anatomical Terminology (1998). Terminologia anatomica. Stuttgart: Thieme. p. 10. ISBN 978-31-311-4361-7
  2. Ir para cima↑ Comité Federal sobre Terminología Anatómica (2001). Terminología anatómica. Madri: Panamericana. p. 10. ISBN 84-7903-614-1
  3. Ir para cima↑ Tellez-Girón, J. Reyes; Tovar, C. Núñez (1998). Nomenclatura anatómica internacional. México, D.F.: Panamericana. p. 19. ISBN 968-36-6801-1
  4. Ir para cima↑ Lugo, Elisa Vargas; Curiel, Gustavo (1991). Juan Correa: su vida y su obra. Tomo III. México D.F.: Universidad Nacional Autónoma de México. p. 287. ISBN 968-36-1178-8
  5. Ir para cima↑ Munguía, Santiago Segura (2014). Lexicón etimológico y semántico del Latín y de las voces actuales que proceden de raíces latinas o griegas [incompleto]. Bilbao: Universidad de Deusto. p. 229. ISBN 978-84-15759-50-8
  6. Ir para cima↑ de Oliveira, Maria Gerhardt (2002). Manual de anatomia da cabeça e do pescoço 4ª ed. Porto Alegre: Edipucrs. p. 20. ISBN 85-7430-295-3
  7. Ir para cima↑ Abrão, Jorge; Moro, Alexandre; Horliana, Ricardo Fidos; Shimizu, Roberto Hideo (2014). Ortodontia preventiva. São Paulo: Artes médicas. p. 10. ISBN 978-85-367-0228-5
  8. ↑ Ir para:a b c Puig, W. Rosell; Borjas, C. Dovale; Torres, I. Álvarez (2001). Morfologia humana. Tomo I. Havana: Ciencias médicas. p. 108. ISBN 959-7132-72-9
  9. Ir para cima↑ Jones, H. Royden; Burns, Ted M.; Aminoff, Michael J.; Pomeroy, Scott L. (2014). Sistema Nervoso, Volume 7, parte I - Cérebro: Coleção Netter de Ilustrações Médicas 2ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier. p. 341. ISBN 978-85-352-7907-8
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  36. ↑ Ir para:a b c Viso Rodríguez, Julián (1998). Nomenclatura anatómica moderna. Caracas: U.C.V., Consejo de desarrollo científico y humanístico. p. 58. ISBN 980-00-1278-8
  37. Ir para cima↑ Palermo, Eliandre; et al. (2012). Tratado de cirurgia dermatológica, cosmiatria e laser. Rio de Janeiro: Elsevier. p. 475. ISBN 978-85-352-6931-4
  38. Ir para cima↑ Norton, Neil S. (2012). Netter Atlas de cabeça e pescoço 2 ed. Rio de Janeiro: Elsevier. p. 164. ISBN 978-85-352-6536-1
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