sábado, 30 de setembro de 2017

SISTEMA NERVOSO PARASSIMPATICO

Chama-se sistema nervoso parassimpático a parte do sistema nervoso autônomo cujos neurônios se localizam no tronco cerebral ou na medula sacral, segmentos S2, S3 e S4. É o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de calma. Essas ações são: a desaceleração dos batimentos cardíacos, diminuição da pressão arterial, a diminuição da adrenalina e açúcar no sangue.
No tronco cerebral, o sistema nervoso parassimpático é formado mais especificamente pelos seguintes núcleos de nervos cranianos, que por sua vez participam da formação dos seguintes pares de nervos cranianos:
Assim como o sistema nervoso simpático, o parassimpático também apresenta uma via com dois neurônios, 23.2.2.65.neurônio pré ganglionar, localizado nos locais acima descritos e o neurônio pós ganglionar, situado em um gânglio nervoso, próximo ao órgão final de ação. A localização dos gânglios pertencentes ao sistema parassimpático, porém, é geralmente perto dos órgãos-alvo, podendo chegar até a estarem dentro destes órgãos.
neurotransmissor tanto da fibra pré ganglionar como da pós ganglionar é a acetilcolina, e os receptores podem ser nicotínicos ou muscarínicos.

Localização[editar | editar código-fonte]

A área parassimpática, no tronco cerebral, parte dos pares de nervos cranianos III, VII, IX e principalmente do X[1].
par de nervos cranianosNome do parFunção
IIIOculomotorcoordenação do músculo ciliar, do esfíncter da pupila e de quase todos os músculos extrínsecos do bulbo do olho, à exceção do músculo oblíquo superior do bulbo ocular e do músculo reto lateral, que estão a cargo do par IV e VI, respetivamente.
VIIfacialcontrola os músculos faciais, permitindo também, a percepção gustativa no terço anterior da língua
IXglossofaríngeoresponsável pela percepção gustativa no terço posterior da língua, bem como, pelas percepções sensoriais da laringe, palato e faringe
XVagointegra as sensações da orelha, faringe, laringe, tórax (vísceras torácicas) e estômago, rins, uretra (vísceras abdominais). É neste último nervo que se encontram cerca de 75% das fibras parassimpáticas.
Na parte inferior da espinal medula, as fibras derivam do segundo e terceiro nervo sacral e em alguns pontos do primeiro e do quarto nervo[1].

Funções[editar | editar código-fonte]

  • economia e conservação de energia do organismo[1].
  • Acalmar e restabelecer o corpo após uma situação de emergência[1]
  • O sistema nervoso parassimpático apresenta um efeito estimulador sobre o pâncreas via acetilcolina. A visão e o odor do alimento induzem respostas vagais centrais levando à secreção pancreática[2].
  • Olhos: o sistema nervoso parassimpático, junto com o sistema nervoso simpático, controlam o diâmetro das pupilas [3]
  • Epilepsia: alguns dados clínicos sugerem o envolvimento do sistema nervoso parassimpático durante as crises epilépticas, evidenciado por bradicardia sinusal, a qual pode ser conseqüência da apnéia registrada durante as crises[4].

Problemas associados a alterações no sistema nervoso parassimpático[editar | editar código-fonte]

  • Defeitos no controle dos esfíncteres e motilidade da bexiga e reto [5].

Exemplo[editar | editar código-fonte]

Se um indivíduo vê um carro vindo em sua direção, ele fica nervoso (pronto para agir) devido à ação do sistema nervoso simpático. Após o indivíduo ter conseguido escapar ileso ao acidente, por via da acetilcolina dar-se-á inicio ao processo de regressão ao estado inicial de todas as alterações desencadeadas pelo sistema nervoso simpático: as descargas eletroquímicas de acetilcolina farão com que os sistemas voltem a um estado de equilíbrio no seu funcionamento habitual (homeostático), fazendo por exemplo com que a frequência cardíaca, a circulação sanguínea e a expressão facial voltem ao normal[1]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. ↑ Ir para:a b c d e ALMEIDA, L., Alves, A., FERNANDES, H., REMONDES-COSTA, S.. Sistema Nervoso Autónomo: Mecanismo Não Mecânico Fonte Do Equilíbrio Corporal. 2010?. Disponível em: <http://www.psicologianaactualidade.com/upload/Sistema%20Nervoso%20Aut%C3%B3nomo%20Mecanismo%20N%C3%A3o%20Mec%C3%A2nico%20Fonte%20Do%20Equil%C3%ADbrio%20Corporal.pdf>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  2. Ir para cima Morfofisiologia do Trato Intestinal. 2009. Disponível em: <http://pt.engormix.com/MA-avicultura/administracao/artigos/morfofisiologia-trato-intestinal-t165/124-p0.htm>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  3. Ir para cima CALDENARO, Marcelo e ADONI, Tarso. Coma e Alteração no Estado de Consciência. 2008.
  4. Ir para cima SCORZA, Fulvio Alexandre; ARIDA, Ricardo Mario; ALBUQUERQUE, Marly de; CAVALHEIRO, Esper Abrão. Morte súbita na epilepsia: todos os caminhos levam ao coração. 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0104-42302008000300008&script=sci_arttext>. Acesso em: 30 de setembro de 2012.
  5. Ir para cima RIET-CORREA, Franklin, RIET-CORREA, Gabriela e SCHILD, Ana Lucia. Importância do exame clínico para o diagnóstico das enfermidades do sistema nervoso em ruminantes e eqüídeos. Pesq. Vet. Bras. vol.22 no.4 Rio de Janeiro Oct./Dec. 2002. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-736X2002000400006&script=sci_arttext&tlng=es>

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